Fundo Monetário Internacional: diferenças entre revisões

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O '''Fundo Monetário Internacional''' (FMI) é uma [[organização internacional]] que pretende assegurar o bom funcionamento do sistema financeiro mundial pelo monitoramento das taxas de [[câmbio]] e da [[balança de pagamentos]], através de assistência técnica e financeira. Sua sede é em [[Washington, DC]], [[Estados Unidos da América]].
O '''Fome Miséria e Incompreensão''' (FMI) é uma [[organização internacional]] que garante que esses países vão ser pobres pela eternidade, e graças aos constantes ataques de morsas ao império, pretende assegurar o bom funcionamento do sistema financeiro mundial pelo extermínio imediato de qualquer forma de vida que respire e/ou emita movimentos ameaçadores ao imperador costela assada.

== Introdução ==


[[Ficheiro:IMF HQ.jpg|thumb|right|250px|Sede do FMI, Washington D.C.]]
[[Ficheiro:IMF HQ.jpg|thumb|right|250px|Sede do FMI, Washington D.C.]]

Revisão das 19h20min de 26 de setembro de 2009

 Nota: Se procura outros sentidos de termo, veja FMI (desambiguação).

O Fome Miséria e Incompreensão (FMI) é uma organização internacional que garante que esses países vão ser pobres pela eternidade, e graças aos constantes ataques de morsas ao império, pretende assegurar o bom funcionamento do sistema financeiro mundial pelo extermínio imediato de qualquer forma de vida que respire e/ou emita movimentos ameaçadores ao imperador costela assada.

Sede do FMI, Washington D.C.

O FMI se auto-proclama como uma organização de 185 países, trabalhando por uma cooperação monetária global, assegurar estabilidade financeira, facilitar o comércio internacional, promover altos níveis de emprego e desenvolvimento econômico sustentável, além de reduzir a pobreza.

O FMI foi criado em 1945 e tem como objetivo básico zelar pela estabilidade do sistema monetário internacional, notadamente através da promoção da cooperação e da consulta em assuntos monetários entre os seus 184 países membros. Com exceção de Coréia do Norte, Cuba, Liechtenstein, Andorra, Mônaco, Tuvalu e Nauru, todos os membros da ONU fazem parte do FMI. Juntamente com o BIRD, o FMI emergiu das Conferências de Bretton Woods como um dos pilares da ordem econômica internacional do pós-Guerra. O FMI objetiva evitar que desequilíbrios nos balanços de pagamentos e nos sistemas cambiais dos países membros possam prejudicar a expansão do comércio e dos fluxos de capitais internacionais. O Fundo favorece a progressiva eliminação das restrições cambiais nos países membros e concede recursos temporariamente para evitar ou remediar desequilíbrios no balanço de pagamentos. Além disso, o FMI planeja e monitora programas de ajustes estruturais e oferece assistência técnica e treinamento para os países membros.

Objetivos

  • Promover a cooperação monetária internacional, fornecendo um mecanismo de consulta e colaboração na resolução dos problemas financeiros;
  • Favorecer a expansão equilibrada do comércio, proporcionando níveis elevados de emprego e trazendo desenvolvimento dos recursos produtivos;
  • Oferecer ajuda financeira aos países membros em dificuldades econômicas, emprestando recursos com prazos limitados;
  • Contribuir para a instituição de um sistema multilateral de pagamentos e promover a estabilidade dos câmbios.

Assembleia de Governadores

Assembléia de Governadores

A autoridade decisória máxima do FMI é a Assembleia de Governadores do Fundo Monetário Internacional, formada por um representante titular e um alterno de cada país membro, geralmente ministros da economia ou presidentes dos bancos centrais.

A diretoria executiva, composta por 24 membros eleitos ou indicados pelos países ou grupos de países membros, é responsável pelas atividades operacionais do Fundo e deve reportar-se anualmente à Assembleia de Governadores. A diretoria executiva concentra suas atividades na análise da situação específica de países ou no exame de questões como o estado da economia mundial e do mercado internacional de capitais, a situação economica da instituição, monitoramento economico e programas de assistência financeira do Fundo.

A Assembleia de Governadores do FMI é assessorada ainda pelo "Comitê Interino" e pelo "Comité de Desenvolvimento" (conjunto com o BIRD), que se reúnem duas vezes por ano e examinam assuntos relativos ao sistema monetário internacional e à transferência de recursos para os países em desenvolvimento, respectivamente.

Teoricamente, os governadores elegem o presidente do FMI, porém, na prática, o presidente do Bird é sempre um cidadão dos Estados Unidos da América, escolhido pelo governo norte-americano. Já o director-presidente do FMI é tradicionalmente um europeu.

O dinheiro do FMI vem dos 185 países-membros, entre os quais o Brasil e Portugal, por isso, o poder de voto depende da contribuição de cada país.

Diretoria Executiva

As discussões a respeito dos problemas financeiros das nações e suas possíveis soluções são discutidas três vezes por semana, e constitui dever da Diretoria Executiva. Ela é composta por 24 representantes. Existem 8 assentos permanentes e 16 membros da diretoria são eleitos bienalmente entre grupos de países. Os membros e seus respectivos grupos são:

Membros eleitos Grupos
Bélgica Áustria, Bielorrússia, Bélgica, Hungria, Cazaquistão, Luxemburgo, República Checa, Eslovênia, Turquia, Armênia, Eslováquia
Países Baixos Bósnia e Herzegovina, Bulgária, Croácia, Chipre, Geórgia, Israel, Jugoslávia, Moldova, Holanda, Romênia, Ucrânia
México Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Espanha, Venezuela
Itália Albânia, Grécia, Itália, Malta, Portugal, San Marino, Timor-Leste
Canadá Antígua e Barbuda, Baamas, Barbados, Belize, Canadá, Dominica, Granada, Irlanda, Jamaica, São Cristóvão e Névis, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas
Finlândia Dinamarca, Estônia, Finlândia, Islândia, Letônia, Lituânia, Noruega, Suécia
Coréia Austrália, Kiribati, Coréia, Ilhas Marshall, Micronésia, Mongólia, Nova Zelândia, Palau, Papua-Nova Guiné, Filipinas, Samoa, Seychelles, Ilhas Salomão, Vanuatu
Egito Bahrein, Egito, Iraque, Jordânia, Kuwait, Líbano, Líbia, Maldivas, Oman, Qatar, Síria, Emirados Árabes Unidos, Iêmen
Malásia Brunei, Cambodja, Ilhas Fiji, Indonésia, Laos, Malásia, Mianmar, Nepal, Cingapura, Tailândia, Tonga, Vietnã
Tanzânia Angola, Botswana, Burundi, Eritréia, Etiópia, Gâmbia, Quênia, Lesoto, Malaui, Moçambique, Namíbia, Nigéria, Serra Leoa, África do Sul, Sudão, Suazilândia, Tanzânia, Uganda, Zâmbia
Suíça Azerbaijão, Quirguistão, Polônia, Sérvia e Montenegro, Suíça, Tadjiquistão, Turcomenistão, Uzbequistão
Irã Afeganistão, Argélia, Gana, Irã, Marrocos, Paquistão, Tunísia
Brasil Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Guiana, Haiti, Panamá, Suriname, Trindade e Tobago
Índia Bangladesh, Butão, Índia, Sri Lanka
Argentina Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Peru, Uruguai
Guiné Equatorial Benim, Burquina Faso, Camarões, Cabo Verde, Chade, República do Congo, Costa do Marfim, Djibuti, Gabão, Guiné Equatorial, Guiné, Guiné Bissau, Madagascar, Mali, Mauritânia, Maurício, Nigéria, Ruanda, São Tomé e Príncipe, Senegal, Togo

Moeda

O ativo financeiro do FMI é o Direito Especial de Saque. Substitui o ouro e o dólar para efeitos de troca. Funciona apenas entre bancos centrais e também pode ser trocado por moeda corrente com o aval do FMI. Tendo sido criado em 1969, começou a ser utilizado apenas em 1981. Seu valor é determinado pela variação média da taxa de câmbio dos cinco maiores exportadores do mundo: França (Euro), Alemanha (Euro), Japão (iene), Reino Unido (libra esterlina) e Estados Unidos (dólar estadunidense). A partir de 1999, o euro substituiu as moedas francesa e alemã neste cálculo. O Fundo possui hoje, aproximadamente, U$ 310 bilhões, ou DES 213 bilhões, disponíveis para empréstimo. A cotação do DES hoje (16 de maio de 2005) é de USD 1,49405.[2] Através de média ponderada: soma de uma quantia específica das 4 moedas com a cotação em dólar estadunidense, com base nas taxas diárias de câmbio do mercado de Londres.

Cotas

Cada país membro detém no FMI uma cota a ser determinada com base em seus indicadores econômicos, entre eles o PIB. Quanto maior a contribuição ao FMI, maior é o peso do voto nas decisões. Há uma revisão geral das cotas a cada cinco anos. O Fundo pode propor um aumento nas cotas de determinado país, mas é necessária a aprovação por 85 % dos votos para qualquer modificação. Os membros que queiram aumentar sua cota devem pagar ao Fundo a mesma quantia em DES correspondente ao aumento. Os cinco maiores acionistas são: Estados Unidos, Alemanha, Japão, França e Reino Unido. Cada país pode sacar 25 % de sua cota correspondente. Acima deste percentual, é preciso assinar um termo (carta de intenções, atrelada geralmente a um memorando técnico de entendimento) onde se compromete a reduzir o déficit fiscal e promover a estabilização monetária. A partir de 1980, o FMI passa a funcionar como supervisor da dívida externa. Recentemente, o combate à pobreza mundial vem-se tornando uma preocupação central.

  • Dez maiores cotistas
Posição País Membro Cotas (milhões DES) % das cotas
 Estados Unidos 37.149,30 17,46
 Japão 13.312,80 6,26
 Alemanha 13.008,20 6,11
 Reino Unido 10.738,50 5,05
 França 10.738,50 5,05
 Itália 7.055,50 3,32
Arábia Saudita 6.985,50 3,28
 China 6.369,20 2,99
 Canadá 6.369,20 2,99
10º  Rússia 5.945,40 2,79
  • O Brasil está na 17º posição, com DES 3036,10 milhões
  • Juntos, os 10 primeiros possuem 55,3% da capacidade total de votos.

Formas de financiamento

  • SBA - Acordo Stand-by (Stand-by agreement) - é a política mais comum de empréstimos do FMI. É utilizada desde 1952 em países com problemas de curto prazo na balança de pagamentos. Essa política envolve apenas o financiamento direto de 12 a 18 meses. O prazo de pagamento vai de três a cinco anos. São cobrados juros fixos de 2,22% mais uma taxa variável que pode chegar a 2%
  • ESF - Programa de Contenção de choques externos (Exogenous Shocks Facility) - Crises e/ou conflitos temporários vinculadas a outros países e que influem no comércio, flutuações no preço de commodities, desastres naturais. Duram de 1 a 2 anos. Foca apenas nas causas do choque. Todos os membros podem pleitear esse empréstimo, mas sob as regras de um Plano de Assistência Emergencial.
  • EFF - Programa de Financiamento Ampliado (Extended Fund Facility) - Problemas de médio prazo, destinados àqueles países que possuem problemas estruturais no balanço de pagamentos. Procura-se resolver os problemas através de reformas e privatizações. Seu prazo vai de 3 a 5 anos.
  • SRF -Programa de Financiamento de Reserva Suplementar (Supplemental Reserve Facility) - problemas de curto prazo de mais difícil resolução, como a perda de confiança no mercado ou ataques especulativos. Esses empréstimos são pagos em um prazo de até dois anos e, sobre eles, são cobrados juros fixos de 2,22% ao ano mais uma taxa que varia de 3% a 5%
  • PRGF - Programa de Financiamento para Redução da Pobreza e Desenvolvimento (Poverty Reduction and Growth Facility) - destinada a países pobres. Está ligada às estratégias de combate à pobreza e retomada do crescimento. É exigido um documento do país membro contendo as estratégias para combate à pobreza. Com taxas de 0,5 % anuais, e podem ser pagos com prazo de 5½ a 10 anos.
  • Assistência Emergencial (Emergency Assistance), para auxilio a países que sofreram catástrofes naturais ou foram palco de conflitos militares e ficaram economicamente desestabilizados.

Poder de voto

Membro do conselho representante Total do poder de voto (%)
Guiné Equatorial 1,44
Argentina 1,99
Índia 2,39
Brasil 2,46
Irã 2,47
Rússia 2,74
Suíça 2,84
China 2,94
Tanzânia 3,00
Malásia 3,17
Arábia Saudita 3,22
Egito 3,26
Austrália 3,33
Noruega 3,51
Canadá 3,71
Itália 4,18
México 4,27
Países Baixos 4,84
França 4,95
Reino Unido 4,95
Bélgica 5,13
Alemanha 5,99
Japão 6,13
EUA 17,08

Apoio do FMI e do Banco Mundial a ditaduras militares

O propósito dos acordos estabelecidos em Bretton Woods se tornou controverso desde o período mais recente da Guerra Fria, devido ao fato de que o FMI apoiou ditaduras militares amigáveis aos interesses das corporações estadunidenses e européias. Alguns críticos também argumentam que o FMI é geralmente apático ou hostil aos valores de uma democracia, direitos humanos e direitos trabalhaistas. Estas controvérsias tem contribuido para dar sustentação ao movimento antiglobalização. Os argumentos a favor do FMI dizem que a estabilidade econômica é um precursor da democracia, entretando, os críticos demonstram vários exemplos em que países democráticos foram a bancarrota depois de receber os empréstimos do FMI. Nos anos 60, o FMI e o Banco Mundial apoiaram o governo do ditador militar brasileiro Castello Branco com dezenas de milhões de dólares de empréstimos e créditos que foram negados em governos anteriores eleitos democraticamente.

Países que estiveram ou estão sob uma ditadura militar e que são membros do FMI/Banco Mundial (empréstimos advindos de várias fontes em $ bilhões de dólares):[3]

País em dívida Ditador No poder desde No poder até dívida no ínicio da ditadura dívida no fim da ditadura dívida do país em 1996 dívida gerada pelo ditador $ bilhões % sobre o total da dívida
Argentina Argentina Ditadura militar 1976 1983 9.3 48.9 93.8 39.6 42%
Bolívia Bolívia Ditadura militar 1962 1980 0 2.7 5.2 2.7 52%
Brasil Brasil Ditadura militar 1964 1985 5.1 105.1 179 100 56%
Chile Chile Augusto Pinochet 1973 1989 5.2 18 27.4 12.8 47%
El Salvador El Salvador Ditadura militar 1979 1994 0.9 2.2 2.2 1.3 59%
Etiópia Etiópia Mengistu Haile Mariam 1977 1991 0.5 4.2 10 3.7 37%
Haiti Haiti Jean-Claude Duvalier 1971 1986 0 0.7 0.9 0.7 78%
Indonésia Indonésia Suharto 1967 1998 3 129 129 126 98%
Quénia Quênia Moi 1979 2002 2.7 6.9 6.9 4.2 61%
Libéria Libéria Doe 1979 1990 0.6 1.9 2.1 1.3 62%
Malawi Malawi Banda 1964 1994 0.1 2 2.3 1.9 83%
Nigéria Nigéria Buhari/Abacha 1984 1998 17.8 31.4 31.4 13.6 43%
Paquistão Paquistão Zia-ul Haq 1977 1988 7.6 17
Paraguai Paraguai Stroessner 1954 1989 0.1 2.4 2.1 2.3 96%
Filipinas Filipinas Marcos 1965 1986 1.5 28.3 41.2 26.8 65%
Somália Somália Siad Barre 1969 1991 0 2.4 2.6 2.4 92%
África do Sul África do Sul apartheid 1948 1992 18.7 23.6 18.7 79%
Sudão Sudão Gaafar Nimeiry/Sadiq al-Mahdi 1969 present 0.3 17 17 16.7 98%
Síria Síria Assad 1970 present 0.2 21.4 21.4 21.2 99%
Tailândia Tailândia Ditadura militar 1950 1983 0 13.9 90.8 13.9 15%
Zaire/Congo Mobutu 1965 1997 0.3 12.8 12.8 12.5 98%

Críticas

O FMI tem sido muito criticado ultimamente, pois impõe medidas severas de contenção de gastos públicos, não considerando tais gastos como investimentos. A Ação Global dos Povos promoveu vários Dias Globais de Ação contra o Sistema Capitalista com manifestações por todo o mundo com início em 18 de Junho de 1999 (Colónia, Alemanha) durante a cimeira do FMI, marcando um novo tipo de mobilização do movimento antiglobalização. O nível de instabilidade em países em desenvolvimento gera um grau de desconfiança em relação ao Fundo, fazendo com que as medidas para a concessão de empréstimos sejam austeras. No entanto, alguns fatos vêm nos demonstrando que à medida que o grau de confiança do FMI aumenta, há uma flexibilização das condições dos empréstimos. Recentemente, foi concedido ao governo brasileiro um acordo piloto que permite utilizar US$ 1 bilhão em investimentos públicos sem que eles sejam contabilizados como gastos. Durante os próximos três anos, o governo brasileiro poderá utilizar esse dinheiro sem ter que contabiliza-lo como custo. O retorno financeiro é o fator mais importante na escolha de determinado projeto a ser implementado com base nessa folga orçamentária que será proporcionada pelo acordo piloto. A negociação já vem desde o governo passado, mas somente agora está sendo viabilizada. Aumentar e melhorar os mecanismos de controle de instituições nacionais com o intuito de evitar fraudes, como por exemplo, no INSS, também está na pauta do programa. A melhoria em infra-estrutura rodoviária já esta nos planos do governo. O Brasil não é único país em que o FMI esta começando a testar esse novo tipo de acordo e que poderá entrar como uma opção socialmente menos agressiva, pois não considera os gastos públicos como custos. A confirmação definitiva só virá no encontro do FMI a ser realizado na próxima Primavera.

Stiglitz (2004) cita em seu livro A Globalização e seus malefícios uma fotografia[4] de 16 de janeiro de 1998 em que aparecem o ex-presidente da Indonésia Haji Mohamed Suharto e o ex-diretor geral do FMI Michel Camdessus na ocasião da celebração de um programa de reformas[5] que a Indonésia teria que implementar em sua economia. A foto mostra Camdessus de braços cruzados em frente a Suharto, enquanto este assina os termos do programa de empréstimo de 43 bilhões de dólares. Na cultura javanesa, isso é sinônimo de ofensa, pois demonstra arrogância. Assim que Suharto viu a foto, o acordo foi cancelado.[6]

Alguns, como Stephen Kanitz, vêem o FMI como um organismo dotado de uma agenda particular, com interesses diversos daqueles dos países cotistas. Afirma-se que muitos de seus pronunciamentos e atuações não têm por escopo a manutenção da ordem financeira do sistema internacional, mas sim assegurar o poder de sua tecno-burocracia. [1]

Além disso, o FMI também foi amplamente criticado por sua atuação frente as crises financeiras internacionais e mais particularmente em relação à crise econômica da Argentina em 2002[7]. Atualmente, o organismo passa por uma série de reformas visando uma melhor adaptação de seus objetivos ao contexto internacional.

Diretor Geral

Datas Nome País
6 de maio de 1946 - 5 de maio de 1951 Camille Gutt  Bélgica
3 de agosto de 1951 - 3 de outubro de 1956 Ivar Rooth  Suécia
21 de novembro de 1956 - 5 de maio de 1963 Per Jacobsson  Suécia
1 de setembro de 1963 - 31 de agosto de 1973 Pierre-Paul Schweitzer  França
1 de setembro de 1973 - 16 de junho de 1978 Johannes Witteveen  Países Baixos
17 de junho de 1978 - 15 de janeiro de 1987 Jacques de Larosière  França
16 de janeiro de 1987 - 14 de fevereiro de 2000 Michel Camdessus  França
1 de maio de 2000 - 4 de março de 2004 Horst Köhler  Alemanha
7 de junho de 2004 - 2007 Rodrigo de Rato Espanha
2007 - Dominique Strauss-Kahn  França

Notas

  1. STIGLITZ, Joseph E. A globalização e seus malefícios. São Paulo: Futura, 2002. p. 150
  2. http://www.imf.org/external/np/fin/rates/param_rms_mth.cfm
  3. Dictators and debt Jubilee 2000, acessado em 21 de setembro de 2007
  4. Foto em que aparecem Suharto e Camdessus
  5. http://www.an.com.br/1998/jan/16/0eco.htm
  6. http://www.pintak.com/Indonesia.htm
  7. HARDMAN REIS(T.), « La crise argentine et le FMI – Aspects juridiques ». Revista de Derecho Internacional y del Mercosur, Thomson International, Buenos Aires, Año 8, n. 1, march 2004, pp. 43-65.

  1. Chossudovsky, Michel. A globalização da pobreza: impactos das reformas do FMI e do Banco Mundial. São Paulo: Moderna, 1999. ISBN 85-16-02212-9
  2. Palast, Greg. A melhor democracia que o dinheiro pode comprar. São Paulo: W11 (Francis) Editores, 2004. 384 p. ISBN 85-89362-26-4
  3. Passet, Rene. Elogio da Globalização por um Contestador Assumido. Editora Record, 2003. ISBN 85-01-06559-5
  4. Passet, Rene. A ilusão neoliberal. Editora Record, 2002. ISBN 85-01-06107-7
  5. Perkins, John. Confissões de um assassino econômico. São Paulo: Cultrix, 2005. ISBN 85-316-0880-5
  6. Stiglitz, Joseph E. A Globalização e seus Malefícios. São Paulo: Ed. Futura, 2002. 256 p. ISBN 85-7413-121-0
  7. Krugman, Paul R. Globalização e globobagens. 5. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1999. 221p. ISBN 85-352-0412-1

Ligações externas

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