Integração por substituição

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Em cálculo, integração por substituição, também conhecido como substituição u ou mudança de variáveis,[1] é um método para calcular integrais e antiderivadas. É a contraparte da regra da cadeia para derivadas, e pode ser vagamente considerada como o uso da regra da cadeia "para trás".

Substituição para uma única variável[editar | editar código-fonte]

Introdução[editar | editar código-fonte]

Antes de estabelecer o resultado rigorosamente, consideremos um caso simples usando integral indefinida.

Calcular .[2]

Definir . Isto significa que , ou, na forma diferencial . Assim


,

onde é uma constante arbitrária de integração.

Este procedimento é usado frequentemente, porém nem todas as integrais são de uma forma que permita seu uso. De qualquer forma, o resultado deve ser verificado mediante derivação e comparação com o integrando original.

Para integrais definidas os limites de integração também devem ser ajustados, mas o procedimento é basicamente o mesmo.

Integrais definidas[editar | editar código-fonte]

Seja φ : [a,b] → I uma função diferenciável com derivada contínua, onde IR é um intervalo. Suponha que f : IR é uma função contínua. Então[3]

Na notação de Leibniz, a substituição u = φ(x) fornece

Trabalhando euristicamente com infinitesimais resulta a equação

que sugere a fórmula de substituição acima. (Esta equação pode ser colocada em uma base rigorosa interpretando-a como uma afirmação sobre formas diferenciais.) Pode-se ver o método de integração por substituição como uma justificativa parcial da notação de Leibniz para integrais e derivadas.

A fórmula é usada para transformar uma integral em outra integral que seja mais fácil de calcular. Assim, a fórmula pode ser lida da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda para simplificar uma dada integral. Quando usada da maneira anterior, às vezes é conhecido como substituição u ou substituição w, em que uma nova variável é definida como uma função da variável original encontrada dentro da função composta multiplicada pela derivada da função interna. A última maneira é comumente usada na substituição trigonométrica, substituindo a variável original por uma função trigonométrica de uma nova variável e o diferencial original pelo diferencial da função trigonométrica.

Prova[editar | editar código-fonte]

A integração por substituição pode ser demonstrada a partir do teorema fundamental do cálculo como segue. Sejam f e φ duas funções satisfazendo as hipóteses acima de que f é contínua sobre I e φ é integrável sobre o intervalo fechado [a,b]. Então a função f(φ(x))φ′(x) é também integrável sobre [a,b]. Portanto as integrais

e

existem de fato, e resta mostrar que as mesmas são iguais.

Como f é contínua, a mesma possui a antiderivada F. A função composta Fφ é então definida. Dado que φ é diferenciável, combinando a regra da cadeia e a definição de uma antiderivada resulta

Aplicando o teorema fundamental do cálculo duas vezes resulta

que é a regra da substituição.

Exemplos[editar | editar código-fonte]

Exemplo 1[editar | editar código-fonte]

Considere a integral

Faça a substituição para obter , significando . Portanto,

Como o limite inferior foi substituído por e o limite superior por , uma transformação de volta em termos de não é necessária.



Referências

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]