MPB: diferenças entre revisões
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A MPB surgiu exatamente em um momento de declínio da [[Bossa Nova]], gênero renovador na música brasileira surgido na segunda metade da [[década de 1950]]. Influenciado pelo [[jazz]] [[Estados Unidos|norte-americano]], a Bossa Nova deu novas marcas ao [[samba]] tradicional. |
A MPB surgiu exatamente em um momento de declínio da [[Bossa Nova]], gênero renovador na música brasileira surgido na segunda metade da [[década de 1950]]. Influenciado pelo [[jazz]] [[Estados Unidos|norte-americano]], a Bossa Nova deu novas marcas ao [[samba]] tradicional. |
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''Arrastão'' foi defendida, em [[1965]], por [[Elis Regina]] no I ''[[Festival de Música Popular Brasileira]]'' ([[TV Excelsior]], [[Guarujá]]-[[São Paulo|SP]]). A partir dali, difundiriam-se artistas novatos, ''filhos'' da Bossa Nova, como [[Geraldo Vandré]], [[Taiguara]], Edu Lobo e [[Chico Buarque de Hollanda]], que apareciam com frequência em festivais de música popular. Bem-sucedidos como artistas, eles tinham pouco ou quase nada de bossa nova. Vencedoras do ''II Festival de Música Popular Brasileira'', (São Paulo em [[1966]]), ''Disparada'', de Geraldo, e ''A Banda'', de Chico, podem ser consideradas marcos desta ruptura e mutação da ''Bossa'' para MPB. |
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* [[Paulo Cesar de Araújo]], [[Roberto Carlos Em Detalhes]], Editora Planeta, 2006. ISBN 8576652285 |
* [[Paulo Cesar de Araújo]], [[Roberto Carlos Em Detalhes]], Editora Planeta, 2006. ISBN 8576652285 |
Revisão das 16h36min de 1 de novembro de 2013
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MPB | |
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Origens estilísticas | Bossa nova |
Contexto cultural | Desde 1966, Brasil |
Instrumentos típicos | violão, atabaque, pandeiro, guitarra, cavaquinho |
Outros tópicos | |
Música do Brasil - Iê-Iê-Iê, Tropicália |
A Música Popular Brasileira (mais conhecida como MPB) é um gênero musical brasileiro. A MPB surgiu a partir de 1966, com a segunda geração da Bossa Nova. Na prática, a sigla MPB anunciou uma fusão de dois movimentos musicais até então divergentes, a Bossa Nova e o engajamento folclórico dos Centros Populares de Cultura da União Nacional dos Estudantes, os primeiros defendendo a sofisticação musical e os segundos, a fidelidade à música de raiz brasileira. Seus propósitos se misturaram e, com o golpe de 1964, os dois movimentos se tornaram uma frente ampla cultural contra o regime militar, adotando a sigla MPB na sua bandeira de luta.
Depois, a MPB passou abranger outras misturas de ritmos como a do rock, soul e o samba, dando origem a um estilo conhecido como samba-rock, a do música pop e do Samba, tendo como artistas famosos Gilberto Gil, Chico Buarque e outros e no fim da década de 1990 a mistura da música latina influenciada pelo reggae e o samba, dando origem a um gênero conhecido como Samba reggae.
História
O termo música popular mais Leticia Dutra é Linda
brasileira já era utilizado no início do século XX, sem entretanto definir um movimento ou grupo de artistas.[1] No ano de 1945, o livro "Música popular brasileira", de Oneyda Alvarenga, relaciona o termo a manifestações populares, como o bumba-meu-boi. Somente duas décadas depois ganharia também a sigla MPB e a concepção que se tem do termo.
A MPB surgiu exatamente em um momento de declínio da Bossa Nova, gênero renovador na música brasileira surgido na segunda metade da década de 1950. Influenciado pelo jazz norte-americano, a Bossa Nova deu novas marcas ao samba tradicional.
Mas na primeira metade da década de 1960, a bossa nova passaria por transformações e, a partir de uma nova geração de compositores, o movimento chegaria ao fim já na segunda metade daquela década. Uma canção que marca o fim da bossa nova e o início daquilo que se passaria a chamar de MPB é Arrastão, de Vinícius de Moraes (um dos precursores da Bossa) e Edu Lobo (músico novato que fazia parte de uma onda de renovação do movimento, marcada notadamente por um nacionalismo e uma reaproximação com o samba tradicional, como de Cartola).
Arrastão foi defendida, em 1965, por Elis Regina no I Festival de Música Popular Brasileira (TV Excelsior, Guarujá-SP). A partir dali, difundiriam-se artistas novatos, filhos da Bossa Nova, como Geraldo Vandré, Taiguara, Edu Lobo e Chico Buarque de Hollanda, que apareciam com frequência em festivais de música popular. Bem-sucedidos como artistas, eles tinham pouco ou quase nada de bossa nova. Vencedoras do II Festival de Música Popular Brasileira, (São Paulo em 1966), Disparada, de Geraldo, e A Banda, de Chico, podem ser consideradas marcos desta ruptura e mutação da Bossa para MPB.
Referências
- ↑ Antônio José Chaves. Comunicação e música. SP: Clube de Autores, 2012. ISBN 978-85-914392-3-2
Bibliografia
- Paulo Cesar de Araújo, Roberto Carlos Em Detalhes, Editora Planeta, 2006. ISBN 8576652285
- Ricardo Cravo Albin. O livro de ouro da MPB: a história de nossa música popular de sua origem até hoje. Ediouro Publicações, 2003 ISBN 9788500013454
- Gildo De Stefano, O povo do samba. O caso e os protagonistas da história da música popular brasileira, prefácio de Chico Buarque de Hollanda, Introdução por Gianni Minà, Edições de RAI, Roma 2005. ISBN 8839713484