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MPB: diferenças entre revisões

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== História ==
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O termo música popular mais Leticia Dutra é Linda
O termo música popular brasileira já era utilizado no início do [[século XX]], sem entretanto definir um movimento ou grupo de artistas.<ref>Antônio José Chaves. Comunicação e música. SP: Clube de Autores, 2012. ISBN 978-85-914392-3-2</ref> No ano de 1945, o livro "Música popular brasileira", de [[Oneyda Alvarenga]], relaciona o termo a manifestações populares, como o [[bumba-meu-boi]]. Somente duas décadas depois ganharia também a sigla MPB e a concepção que se tem do termo.
brasileira já era utilizado no início do [[século XX]], sem entretanto definir um movimento ou grupo de artistas.<ref>Antônio José Chaves. Comunicação e música. SP: Clube de Autores, 2012. ISBN 978-85-914392-3-2</ref> No ano de 1945, o livro "Música popular brasileira", de [[Oneyda Alvarenga]], relaciona o termo a manifestações populares, como o [[bumba-meu-boi]]. Somente duas décadas depois ganharia também a sigla MPB e a concepção que se tem do termo.


A MPB surgiu exatamente em um momento de declínio da [[Bossa Nova]], gênero renovador na música brasileira surgido na segunda metade da [[década de 1950]]. Influenciado pelo [[jazz]] [[Estados Unidos|norte-americano]], a Bossa Nova deu novas marcas ao [[samba]] tradicional.
A MPB surgiu exatamente em um momento de declínio da [[Bossa Nova]], gênero renovador na música brasileira surgido na segunda metade da [[década de 1950]]. Influenciado pelo [[jazz]] [[Estados Unidos|norte-americano]], a Bossa Nova deu novas marcas ao [[samba]] tradicional.
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''Arrastão'' foi defendida, em [[1965]], por [[Elis Regina]] no I ''[[Festival de Música Popular Brasileira]]'' ([[TV Excelsior]], [[Guarujá]]-[[São Paulo|SP]]). A partir dali, difundiriam-se artistas novatos, ''filhos'' da Bossa Nova, como [[Geraldo Vandré]], [[Taiguara]], Edu Lobo e [[Chico Buarque de Hollanda]], que apareciam com frequência em festivais de música popular. Bem-sucedidos como artistas, eles tinham pouco ou quase nada de bossa nova. Vencedoras do ''II Festival de Música Popular Brasileira'', (São Paulo em [[1966]]), ''Disparada'', de Geraldo, e ''A Banda'', de Chico, podem ser consideradas marcos desta ruptura e mutação da ''Bossa'' para MPB.
''Arrastão'' foi defendida, em [[1965]], por [[Elis Regina]] no I ''[[Festival de Música Popular Brasileira]]'' ([[TV Excelsior]], [[Guarujá]]-[[São Paulo|SP]]). A partir dali, difundiriam-se artistas novatos, ''filhos'' da Bossa Nova, como [[Geraldo Vandré]], [[Taiguara]], Edu Lobo e [[Chico Buarque de Hollanda]], que apareciam com frequência em festivais de música popular. Bem-sucedidos como artistas, eles tinham pouco ou quase nada de bossa nova. Vencedoras do ''II Festival de Música Popular Brasileira'', (São Paulo em [[1966]]), ''Disparada'', de Geraldo, e ''A Banda'', de Chico, podem ser consideradas marcos desta ruptura e mutação da ''Bossa'' para MPB.
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== Bibliografia ==
== Bibliografia ==
* [[Paulo Cesar de Araújo]], [[Roberto Carlos Em Detalhes]], Editora Planeta, 2006. ISBN 8576652285
* [[Paulo Cesar de Araújo]], [[Roberto Carlos Em Detalhes]], Editora Planeta, 2006. ISBN 8576652285

Revisão das 16h36min de 1 de novembro de 2013

 Nota: Para um ritmo musical e movimento cultural, veja Música do Brasil (desambiguação).
 Nota: Não confundir com Movimento Música para Baixar – MPB.
MPB
Origens estilísticas Bossa nova
Contexto cultural Desde 1966, Brasil
Instrumentos típicos violão, atabaque, pandeiro, guitarra, cavaquinho
Outros tópicos
Música do Brasil - Iê-Iê-Iê, Tropicália

A Música Popular Brasileira (mais conhecida como MPB) é um gênero musical brasileiro. A MPB surgiu a partir de 1966, com a segunda geração da Bossa Nova. Na prática, a sigla MPB anunciou uma fusão de dois movimentos musicais até então divergentes, a Bossa Nova e o engajamento folclórico dos Centros Populares de Cultura da União Nacional dos Estudantes, os primeiros defendendo a sofisticação musical e os segundos, a fidelidade à música de raiz brasileira. Seus propósitos se misturaram e, com o golpe de 1964, os dois movimentos se tornaram uma frente ampla cultural contra o regime militar, adotando a sigla MPB na sua bandeira de luta.

Depois, a MPB passou abranger outras misturas de ritmos como a do rock, soul e o samba, dando origem a um estilo conhecido como samba-rock, a do música pop e do Samba, tendo como artistas famosos Gilberto Gil, Chico Buarque e outros e no fim da década de 1990 a mistura da música latina influenciada pelo reggae e o samba, dando origem a um gênero conhecido como Samba reggae.

História

O termo música popular mais Leticia Dutra é Linda

brasileira já era utilizado no início do século XX, sem entretanto definir um movimento ou grupo de artistas.[1] No ano de 1945, o livro "Música popular brasileira", de Oneyda Alvarenga, relaciona o termo a manifestações populares, como o bumba-meu-boi. Somente duas décadas depois ganharia também a sigla MPB e a concepção que se tem do termo.

A MPB surgiu exatamente em um momento de declínio da Bossa Nova, gênero renovador na música brasileira surgido na segunda metade da década de 1950. Influenciado pelo jazz norte-americano, a Bossa Nova deu novas marcas ao samba tradicional.

Mas na primeira metade da década de 1960, a bossa nova passaria por transformações e, a partir de uma nova geração de compositores, o movimento chegaria ao fim já na segunda metade daquela década. Uma canção que marca o fim da bossa nova e o início daquilo que se passaria a chamar de MPB é Arrastão, de Vinícius de Moraes (um dos precursores da Bossa) e Edu Lobo (músico novato que fazia parte de uma onda de renovação do movimento, marcada notadamente por um nacionalismo e uma reaproximação com o samba tradicional, como de Cartola).

Arrastão foi defendida, em 1965, por Elis Regina no I Festival de Música Popular Brasileira (TV Excelsior, Guarujá-SP). A partir dali, difundiriam-se artistas novatos, filhos da Bossa Nova, como Geraldo Vandré, Taiguara, Edu Lobo e Chico Buarque de Hollanda, que apareciam com frequência em festivais de música popular. Bem-sucedidos como artistas, eles tinham pouco ou quase nada de bossa nova. Vencedoras do II Festival de Música Popular Brasileira, (São Paulo em 1966), Disparada, de Geraldo, e A Banda, de Chico, podem ser consideradas marcos desta ruptura e mutação da Bossa para MPB.

Referências

  1. Antônio José Chaves. Comunicação e música. SP: Clube de Autores, 2012. ISBN 978-85-914392-3-2

Bibliografia

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