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Paulistana (Piauí)

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Paulistana
  Município do Brasil  
Símbolos
Hino
Lema Recanto Feliz do Brasil
Gentílico paulistanense
Localização
Localização de Paulistana no Piauí
Localização de Paulistana no Piauí
Localização de Paulistana no Piauí
Paulistana está localizado em: Brasil
Paulistana
Localização de Paulistana no Brasil
Mapa
Mapa de Paulistana
Coordenadas 8° 08' 38" S 41° 09' O
País Brasil
Unidade federativa Piauí
Municípios limítrofes Jacobina do Piauí, Acauã, São Francisco de Assis do Piauí e Betânia do Piauí
Distância até a capital 467 km
História
Fundação 15 de dezembro de 1938 (85 anos)
Administração
Prefeito(a) Joaquim Júlio Coelho (PSD, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [1] 1 751,993 km²
População total (est. IBGE/2022[2]) 21,055 hab.
Densidade 0 hab./km²
Clima Semiárido
Altitude 354 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000[3]) 0,605 médio
PIB (IBGE/2008[4]) R$ 65 913,026 mil
PIB per capita (IBGE/2008[4]) R$ 3 228,50

Paulistana é um município brasileiro, do estado do Piauí, distante 467 km de sua capital, Teresina. Sua fundação oficial foi em 15 de dezembro de 1938.[5] Originou-se da antiga povoação de Paulista, que depois se tornou uma freguesia (1883) e foi elevada à categoria de vila autônoma, em 1885, com o nome de Villa de Paulista.[6] O desenvolvimento da região começou no Século XVIII, com a criação do Arraial de Paulistas[7] e a instalação da Fazenda Paulista, que pertencia ao fidalgo português Dom Valério Coelho Rodrigues[8].

Localizada no Alto Médio Canindé do sudeste piauiense, a cidade é cortada pela BR-407 (Rodovia que faz a ligação entre o Piauí, Pernambuco e Bahia) e fica a uma distância de 174 km de Petrolina. O município mais próximo é Acauã, distante cerca de 12 km.

Sua área é de 1.752 km² representando 0,69% do estado, 0,11% da região e 0,02% de todo o território brasileiro.

Sua população estimada em 2022 foi de 21.055, segundo o IBGE. Cerca de 53,9% da população concentra-se na área urbana do município. A cidade possui um médio IDH-M (0,605).[9]

História[editar | editar código-fonte]

Origem do nome do município Paulistana[editar | editar código-fonte]

Na origem, o lugar foi chamado de fazenda Paulista, como forma de homenagear a Província de São Paulo, que serviu de berço à família paterna da esposa de Valério, Dona Domiciana Vieira de Carvalho, filha do paulista Hilário Vieira de Carvalho[10] e neta do casal José Vieira de Carvalho e Maria Freire da Silva, fundadores do Arraial de Paulistas no sudeste do Piauí[7].

O historiador Reginaldo Miranda esclarece que a atual cidade de Paulistana foi originária do Arraial de Paulistas fundado pela família paterna de Dona Domiciana Vieira de Carvalho[7].

O Governador do Piauí instituiu a Ordem Estadual Valério Coelho Rodrigues, pelo Decreto nº 15.311, de 19 de agosto de 2013, com a finalidade de agraciar cidadãos que se destacam por serviços de excepcional relevância prestados ao Estado.[11]

O nome da ordem foi uma forma de homenagear Valério Coelho Rodrigues, filho de Domingos Coelho e Águeda Rodrigues, nascido em 03 de setembro de 1713, na freguesia de São Salvador do Paço de Sousa, Bispado do Porto, em Portugal.

A data escolhida para o Estado do Piauí realizar as condecorações aos cidadãos homenageados foi o dia do aniversário de Valério Coelho Rodrigues. As nomeações para receber as medalhas são feitas por decreto do Governador, na qualidade de Grão-mestre, e as condecorações ocorrem em solenidades realizadas no dia 03 de setembro de cada ano, conforme disciplina o Decreto instituidor.[12]

Conhecido como Patriarca do Sertão brasileiro, o homenageado fixou domicílio na fazenda Paulista, atualmente município de Paulistana, e foi um personagem importante no processo de colonização portuguesa no Piauí, por ter sido um dos desbravadores do interior do Estado ao longo do Século XVIII, tendo firmado importantes raízes históricas e sociais na Região.

Valério Coelho Rodrigues atuou como político, sendo eleito de pelouros diversas vezes para o senado da câmara de Oeiras. Entre 1754 e 1756, ele também ocupou o cargo de juiz ordinário na antiga capital da Capitania do Piauí. Em 1769, exerceu novamente o cargo de juiz ordinário de Oeiras. Em seguida, até o ano de 1771, ocupou os cargos reunidos de ouvidor-geral, provedor da real fazenda e dos defuntos e ausentes, capelas e resíduos da capitania, tendo sido indicado para mestre-de-campo do terço de infantaria auxiliar da guarnição do Piauí.[8]

Patriarcas do sertão e raízes genealógicas[editar | editar código-fonte]

A união das famílias pioneiras na colonização do sertão piauiense, na primeira metade do Século XVIII, em virtude do casamento de Hilário Vieira de Carvalho[10] (nascido em São Paulo, filho do casal José Vieira de Carvalho e Maria Freire da Silva) com Maria do Rego Monteiro (filha do casal Manoel do Rego Monteiro[13] e Maria da Encarnação), e, posteriormente, com o enlace matrimonial de sua filha, Domiciana Vieira de Carvalho com o português Valério Coelho Rodrigues[8], possibilitaram a geração de uma rede familiar com muitos descendentes na Região Nordeste do Brasil com raízes genealógicas de Paulistana, estado do Piauí.

Maria do Rego Monteiro
Hilário Vieira de Carvalho
Valério Coelho Rodrigues
Domiciana Vieira de Carvalho

Valério Coelho Rodrigues e sua esposa Domiciana Vieira de Carvalho tiveram dezesseis filhos, sendo oito homens e oito mulheres:

1. Ana Rodrigues de Santana, casada com o português Manuel de Sousa Martins, pais de Manuel de Sousa Martins (o segundo de seu nome);

2. Maria Rodrigues de Santana, casada com Marcos Francisco de Araújo Costa, pais de Inácio Francisco de Araújo Costa e do educador Padre Marcos de Araújo Costa[14];

3. Valério Coelho Rodrigues Filho, casado com Antônia da Silva Vieira;

4. José Rodrigues Coelho, casado com Cristina Maria de Jesus;

5. Estêvão Coelho Rodrigues, casado com Mariana de Sousa;

6. Lourenço Rodrigues Coelho, casado duas vezes, sendo a primeira com Ana Maria de Jesus e a segunda com Antônia Benício;

7. Manuel Coelho Rodrigues, casado com Maria Aldonça Micaela Freire de Andrade;

8. Ignácio Coelho Rodrigues, casado com Ângela de Sousa;

9. Águeda Rodrigues de Santana, casada com Dionísio da Costa Veloso;

10. Teresa Rodrigues de Santana, casada com João Barbosa de Carvalho;

11. Josefa Rodrigues de Santana, casada com Martinho Lopes dos Reis;

12. Gertrudes Rodrigues de Santana, casada com João Ferreira de Carvalho;

13. Domiciana Rodrigues de Santana, casada com Francisco Machado de Sousa;

14. Florêncio Coelho Rodrigues, casado com Joana Calista;

15. Dionísia Rodrigues de Santana, casada com José da Costa Mauriz; e

16. Teobaldo Coelho Rodrigues, jesuíta leigo, faleceu solteiro.

Os filhos do casal Valério e Domiciana continuaram a tradição de união de famílias patriarcas e multiplicação de descendentes, contribuindo com a formação genealógica de muitas gerações do sertão do Nordeste.

Por isso, há muitos nordestinos com alguma raiz genealógica de Paulistana, estado do Piauí, descendentes de filhos do casal Valério Coelho Rodrigues e Domiciana Vieira de Carvalho.

Reconhecimento legal de Utilidade Pública da ADVC[editar | editar código-fonte]

O estado do Piauí reconheceu de Utilidade Pública estadual a Associação dos Descendentes de Valério Coelho – ADVC, pela Lei Estadual nº 8.147, de 14 de setembro de 2023 (publicada no Diário Oficial do Estado do Piauí em 03/10/2023), com sede em Paulistana, estado do Piauí, criada em 1 de janeiro de 2021, com a finalidade de preservar a memória de Valério Coelho Rodrigues, seus demais antepassados e congregar os seus descendentes.[15]

Formação Administrativa[editar | editar código-fonte]

Surgimento da cidade[editar | editar código-fonte]

No Século XVIII, paulistas e portugueses intensificaram o desbravamento do sertão do sudeste piauiense, em busca de expansão da criação de gado bovino.

A criação do Arraial de Paulistas nas ribeiras do Rio Canindé e a construção de uma capela na Fazenda Paulista, pertencente ao português Valério Coelho Rodrigues, contribuíram para o desenvolvimento da comunidade e o surgimento da povoação de Paulista, que depois foi transformada em freguesia e elevada à categoria de vila com o nome de Villa de Paulista.

Primeiro o município foi criado com o nome de Paulista, e mais tarde passou a ser chamado de Paulistana.

Cronologia da formação administrativa[editar | editar código-fonte]

Fatos sociais que marcam a formação política de Paulistana[6]
Período Fato social histórico Vinculação
Século XVIII 1. Criação de um Arraial de Paulistas nas ribeiras do Rio Canindé;[8]

2. Construção de uma capela na Fazenda Paulista, que depois passou a ser chamada de Igreja Nossa Senhora dos Humildes.[16]

3. Surgimento da povoação de Paulista.

Oeiras
1829 Instituição de um distrito de Paz na povoação de Paulista. Oeiras
1883 1. Criação da freguesia de Paulista (resolução provincial nº 1078, de 13-07-1883).

2. Criação da Paróquia de Nossa Senhora dos Humildes, Padroeira da Comunidade).

Jaicós
1885 Criação da Villa de Paulista, desmembrando-se de Jaicós (resolução provincial nº 1137, de 20-07-1885). Instalada em 25 de dezembro de 1885. Paulista
1888 No dia 14 de agosto de 1888, a vila Paulista foi provida canonicamente. Paulista
1895 Criação dos distritos de Conceição e Santa Maria, e anexados ao município de Paulista (lei municipal nº 4, de 02-04-1895). Paulista
1931 Extinção do município (decreto estadual nº 1279, de 26-06-1931), voltando a ser distrito, e seu território foi anexado ao município de Jaicós. Jaicós
1933 Elevação à categoria de município, com a denominação de Paulista, desmembrando-se de Jaicós (decreto estadual nº 1478, de 04-09-1933). Paulista
1938 Paulista adquiriu a categoria de Cidade. O dia 15 de dezembro de 1938 é a data oficial de fundação do município. Paulista
1943 O nome do município Paulista passou a ser denominado de Paulistana (por meio do decreto-lei estadual nº 754, de 30-12-1943). Paulistana

Povoados ou distritos[editar | editar código-fonte]

desmembramento para formação de novos municípios[editar | editar código-fonte]

Em 1954, o distrito de Conceição foi desmembrado de Paulistana e foi criado o município de Conceição do Canindé, regulamentado pela lei estadual nº 924, de 12-02-1954.

A Constituição Estadual de 05 de outubro de 1989 (artigo 35, inciso II, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias) criou novos municípios, desmembrando povoados de Paulistana:

  1. Em 1992, o povoado de Jacobina foi desmembrado de Paulistana e elevado à categoria de município com a denominação de Jacobina do Piauí, pela lei estadual nº 4477, de 29-04-1992. Instalado em 01-01-1993.
  2. Em 1992, o povoado de Queimada Nova foi desmembrado de Paulistana e elevado à categoria de município com a denominação de Queimada Nova, pela lei estadual nº 4477, de 29-04-1992. Instalado em 01-01-1993.
  3. Em 1992, o povoado de Betânia foi desmembrado de Paulistana e elevado à categoria de município com a denominação de Betânia do Piauí, pela lei estadual nº 4680 de 26 de janeiro de 1994, com instalação oficial em 01 de janeiro de 1997.

Em 1995, o povoado de Acauã foi desmembrado de Paulistana e elevado à categoria de município com a denominação de Acauã, pela lei estadual nº 4.810, de 14-12-1995, com instalação oficial em 01 de janeiro de 1997.

Povoados atuais[editar | editar código-fonte]

Atualmente, Paulistana tem seis povoados:[17]

  1. Aroeiras
  2. Barro Vermelho
  3. Caraibeira
  4. Itaizinho
  5. Tigre
  6. Serra Vermelha

Comunidades quilombolas[editar | editar código-fonte]

As comunidades descritas a seguir, localizadas no município de Paulistana, Piauí, foram certificadas como remanescente de quilombo pelo Governo Federal:

Comunidades quilombolas em Paulistana (PI)
Nome atribuído Registro/Ato normativo
Quilombo Barro Vermelho Registrada no Livro de Cadastro Geral n.º 014, Registro nº1.685, fl.102 - processo nº 01420.010409/2012- 06.

Portaria nº 190, de 28 de setembro de 2012, publicada no Diário Oficial da União de 1 de outubro de 2012.

Quilombo Contente Portaria nº 104, de 29 de maio de 2023, publicada no Diário Oficial da União (DOU) de 6 de junho de 2023.[18]

Lista de Prefeitos[editar | editar código-fonte]

Lista dos Prefeitos de Paulistana - Piauí[19]
Início Término Prefeito
2021 2024 Joaquim Júlio Coelho PSD
2017 2020 Gilberto José de Melo PSB
2013 2016 Gilberto José de Melo PSB
2009 2012 Luiz Coelho da Luz Filho PMDB
2005 2008 Luiz Coelho da Luz Filho PMDB
2001 2004 Helena Gomes Rosendo de Oliveira PSDB
1997 2000 Luiz Coelho da Luz Filho PMDB
1993 1996 João Crisóstomo de Oliveira PTB
1989 1992 Manoel Luis Cunha Cavalcanti PDS
01/02/1983 1988 Evaldo Macedo Cavalcante PDS
15/01/1983 30/01/1983 José Humberto Peregrino Cunha -
1977 14/01/1983 Miguel Arcanjo Cavalcante ARENA
1973 1976 Antônio Ferreira Damasceno ARENA
1971 1972 Walfredo Coelho Damasceno ARENA
1967 1970 Antônio Ferreira Damasceno ARENA
1963 1966 - -
1959 1962 Raimundo Ferreira Damasceno PSD
1955 1958 Hucênio Coelho Damasceno PSD
1952 1954 -
1948 1951 Caio Coelho Damasceno PSD

Clima[editar | editar código-fonte]

Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1975 a 1985 e a partir de 1993, a menor temperatura registrada em Paulistana foi de 15,3 °C em 29 de maio de 1984,[20] e a maior atingiu 40,8 °C em 13 de novembro de 2015.[21] O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 128,4 milímetros (mm) em 19 de novembro de 2014, seguido por 124,8 mm em 16 de fevereiro do mesmo ano.[22] Janeiro de 2004, com 544,2 mm, foi o mês de maior precipitação.[23]

Dados climatológicos para Paulistana
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima recorde (°C) 39,4 39 39,2 37,7 37,6 36,8 35,6 38 39,4 39,6 40,8 39,4 40,8
Temperatura máxima média (°C) 32,4 32 31,5 31,7 32 31,4 31,4 32,5 34,4 35,6 35 33,9 32,8
Temperatura média compensada (°C) 26,9 26,4 26,1 26,3 26,5 25,8 25,7 26,5 28,3 29,5 29,2 28,2 27,1
Temperatura mínima média (°C) 22,2 22,2 21,9 21,9 21,7 20,8 20,5 20,9 22,3 23,6 24 23,4 22,1
Temperatura mínima recorde (°C) 16,4 17,9 17,1 17,4 15,3 16 15,5 16,7 16,9 18,5 17,7 16,8 15,3
Precipitação (mm) 129,3 113,2 165,1 49,7 22,4 3,8 1,3 0,3 3,5 21,8 55,8 69 635,2
Dias com precipitação (≥ 1 mm) 9 7 11 5 2 1 0 0 0 2 5 7 49
Umidade relativa compensada (%) 66,4 70,9 75 70,5 63,3 57,9 55 49,5 44,3 44 50 58,1 58,7
Horas de sol 210,2 183,2 206,9 218,8 247,6 249,8 274,2 302,3 302,9 294,7 259,1 232,7 2 982,4
Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) (normal climatológica de 1981-2010;[24]
recordes de temperatura: 22/09/1975 a 31/12/1985 e 01/01/1993-presente)[20][21]

Saúde[editar | editar código-fonte]

Não houve evolução na demanda dos serviços oficiais de saúde no município (atenção básica) entre 2005 e 2009, segundo dados do IBGE (censo 2010).[25] Ao contrário, no que tange à atenção básica (SUS), o município ampliou, de forma tímida, apenas o serviço ambulatorial, de 8 para 12 estabelecimentos. Em 2013, o município conta com oito equipes do Programa de saúde da família (PSF), 6 equipes de saúde bucal (PSB) e 1 equipe do núcleo de apoio a saúde da família (NASF 1). Além de serviços de suma importância como o Centro de especialidades odontológicas (CEO II), o Centro de atenção Psico-social (CAPS), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e SOS Paulistana. O Hospital Regional Mariana Pires Ferreira, que serve de referência para as cidades circunvizinhas e era de gestão estadual foi municipalizado.

O município conta com quatro unidades hospitalares (três privadas e uma pública), um centro integrado de fisioterapia e oito postos de saúde, além de 51 agentes comunitários de saúde.

Em 2009, o município implantou o Programa Saúde nas Escolas programa intersetorial(saúde-educação) que oferece serviços de saúde aos alunos em idade escolar, no ambiente e horário das aulas, trata-se do Programa Saúde nas Escolas (PSE) do governo federal.

Esporte[editar | editar código-fonte]

No esporte Paulistana vem se destacando com sua forte Seleção de futebol, que se tornou uma das principais do estado no ano de 2006, ficando com o 4º lugar no campeonato estadual. Para a prática de esportes a prefeitura já fez a inauguração de três quadras poliesportivas na cidades.

O futebol sempre foi uma paixão municipal e seu campeonato intermunicipal sempre foi muito forte, devido ao intercâmbio com as regiões de Picos - PI e Petrolina - PE.

Outro destaque no município é a Peteca. A cidade é uma das pioneiras em todo a região nordeste e já conta com algumas dezenas de adeptos. A equipe da cidade tem participado de competições interestaduais.

Religiosidade[editar | editar código-fonte]

Em Paulistana, a maioria da população é católica, como forma de herança da religiosidade trazida com os colonos de origem portuguesa a região, mas já é possível encontrar no município adeptos de outras religiosidades, como Testemunhas de Jeová, evangélicos, espíritas, umbandistas e outras religiões minoritárias. Em 2011, o município foi cenário do documentário A Teia Pagã, que registrou a presença de adeptos do neo-paganismo no município.

O principal e mais antigo templo religioso da cidade é a Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Humildes. Dados históricos revelam que a capela foi construída na segunda metade do século XVIII, passando por reformas e ampliações ao longo dos anos. Em virtude do crescente desenvolvimento da povoação, foi instituído um Juizado de Paz em 1829, e, em 1883, foi criada a Paróquia de Nossa Senhora dos Humildes, Padroeira da Cidade.

Os festejos de Nossa Senhora Dos Humildes, também conhecidos como a festa de Agosto, tiveram início no ano de 1841. São celebrados no dia 15 de Agosto.

A centenária imagem da padroeira chegou a igreja no ano de 1890, através da beata Etelvina e outras beatas da vila. A primeira versão conta que a imagem veio de Crato-CE, a segunda versão conta que veio da Bahia.

A Paróquia foi instalada no dia 15 de Agosto de 1888 e seu primeiro pároco foi o padre Francisco Álvares Teixeira .

A história do município se inicia com chegada de Dom Valério Coelho Rodrigues, Nobre de Portugal a região, atraído pela riqueza hídrica e potencialidades do terreno fértil da região, logo fundou uma fazenda de gado, a qual chamava-se Paulista, como forma de homenagear sua esposa Dona Domiciana Vieira de Carvalho, nascida em São Paulo. Com o progresso advindo das atividades agropecuárias logo a região começou a ser povoada outros imigrantes portugueses, baianos e paulistas.[8][26][27][28]

Dom Valério Coelho Rodrigues era filho de Domingos Coelho e sua mulher Águeda Rodrigues, ambos provenientes de famílias com origens na fidalguia portuguesa. Valério Coelho Rodrigues morou em São Paulo, onde se casou com Dona Domiciana Vieira de Carvalho, filha de abastados comerciantes, também de origem portuguesa, estabelecidos em São Paulo.

Posterior ao casamento de Dom Valério Coelho Rodrigues com Dona Domiciana Vieira de Carvalho, referida como Domiciana Rodrigues, após o casamento, o casal se mudou e fixaram-se em caráter definitivo na Província do Piauí, onde foi instalado o assentamento da "Fazenda Paulista", atual cidade de Paulistana (Piauí), onde Valério Coelho fez grande fortuna e gerou vasta família com descendência que se projeta na política nacional do Brasil até os dias de hoje. Uma curiosidade a respeito da Fazenda Paulista é que a mesma recebeu esse nome como uma forma de Dom Valério Coelho Rodrigues homenagear sua querida esposa, filha do paulista Hilário Vieira de Carvalho.

Cidades-irmãs[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  2. «IBGE Cidades». Estimativa Populacional de 2022. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 28 de junho de 2023. Consultado em 23 de julho de 2023 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  5. «História». Câmara Municipal de Vereadores. Consultado em 6 de julho de 2024 
  6. a b IBGE (2023). «Formação Administrativa de Paulistana, Piauí». IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística | v4.6.73. Consultado em 5 de julho de 2024 
  7. a b c «Os dois Arraiais de Paulistas - Diálogos com a história | Portal Entretextos». www.portalentretextos.com.br. Consultado em 1 de junho de 2024 
  8. a b c d e «Valério Coelho Rodrigues - Diálogos com a história | Portal Entretextos». www.portalentretextos.com.br. Consultado em 28 de março de 2023 
  9. PNUD Brasil (2000)
  10. a b «Hilário Vieira de Carvalho - Diálogos com a história | Portal Entretextos». www.portalentretextos.com.br. Consultado em 1 de junho de 2024 
  11. «Governo do Piauí - Site Oficial do Governo do Estado do Piauí». dev.pi.gov.br (em inglês). Consultado em 8 de julho de 2024 
  12. Diário Oficial do Estado do Piauí (2013). «Decreto nº 15.311, de 19 de agosto de 2013». Diário Oficial do Estado do Piauí. Consultado em 5 de julho de 2024 
  13. «Capitão-mor Manoel do Rego Monteiro - Diálogos com a história | Portal Entretextos». www.portalentretextos.com.br. Consultado em 8 de julho de 2024 
  14. «Familia Coelho Rodrigues». www.coelhorodrigues.ong.br. Consultado em 8 de julho de 2024 
  15. «SAPL - Sistema de Apoio ao Processo Legislativo». sapl.al.pi.leg.br. Consultado em 5 de julho de 2024 
  16. UNIVASF (24 de dezembro de 2021). «Memória Sertão Igreja Nossa Sr.ª dos Humildes, Paulistana». Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF). Consultado em 5 de julho de 2024 
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  19. «Justiça Eleitoral». Justiça Eleitoral. Consultado em 6 de julho de 2024 
  20. a b «BDMEP - série histórica - dados diários - temperatura mínima (°C) - Paulistana». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 16 de junho de 2018 
  21. a b «BDMEP - série histórica - dados diários - temperatura máxima (°C) - Paulistana». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 16 de junho de 2018 
  22. «BDMEP - série histórica - dados diários - precipitação (mm) - Paulistana». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 16 de junho de 2018 
  23. «BDMEP - série histórica - dados mensais - precipitação total (mm) - Paulistana». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 16 de junho de 2018 
  24. «NORMAIS CLIMATOLÓGICAS DO BRASIL». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 16 de junho de 2018 
  25. «"Serviços de Saúde 2005,2009 (IBGE 2010)"». Consultado em 6 de fevereiro de 2013. Arquivado do original em 30 de abril de 2012 
  26. APL, Assessoria (2 de junho de 2021). «Descendentes de Valério Coelho criam associação e site». Academia Piauiense de Letras - APL. Consultado em 28 de março de 2023 
  27. «Valério Coelho Rodrigues - Diálogos com a história | Portal Entretextos». www.portalentretextos.com.br. Consultado em 28 de março de 2023 
  28. «Familia Coelho Rodrigues». www.coelhorodrigues.ong.br. Consultado em 28 de março de 2023 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]