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República Romana: diferenças entre revisões

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FEITO POR: FLÁVIA MAYUMI IAMAGUTE

Revisão das 19h32min de 9 de março de 2009

 Nota: Para outros significados, veja República Romana (desambiguação).
Res publica romana
República Romana
Lema:
Senatus Populusque Romanus (SPQR)
(Latim: "O Senado e o Povo de Roma")
LocationRomanRepublic.png
Língua(s) Latim
Capital Roma
Forma de Governo Res Publica
Chefe de Estado Cônsul
Estabelecimento 509 a.C.
Término 2 de setembro de 31 a.C. (batalha de Áccio)
Primeiro(s) cônsul(es) Lúcio Júnio Bruto, Lúcio Tarquínio Colatino (509 a.C.-508 a.C.)
Último cônsul(es) Marco António, Lúciuo Escribónio Libão, Emílio Lépidus Paulo (34 a.C.-33 a.C.)
Antecessor Reino de Roma
Sucessor Império Romano

A República Romana (do latim res publica, "coisa pública") é o termo utilizado por convenção para definir o Estado romano e suas províncias desde o fim do Reino de Roma em 509 a.C. (quando o último rei foi deposto) ao estabelecimento do Império Romano em 27 a.C..

Conquistas territoriais

Durante o período republicano, Roma transformou-se de simples cidade-estado em um grande império, voltando-se inicialmente para a conquista da Península Itálica e mais tarde para todo o mundo da orla do Mar Mediterrâneo.

Como a expansão romana provocou profundas transformações na vida econômica, social e política de Roma, dividiremos esse período em duas fases: a primeira, que se estende até o século III a.C., identificada com a conquista da Península Itálica; e a segunda, que corresponde à formação do poderoso império mediterrâneo.

Conquista da Península Itálica

Durante a monarquia romana, Roma havia imposto o seu domínio no Lácio, conquistando Alba Longa e estendendo o seu território até a foz do Rio Tibre.

No início do século V a.C., o objetivo fundamental da aristocracia romana era manter sua hegemonia na região do Lácio, o que preocupava as cidades etruscas.

Depois da queda da supremacia dos etruscos, na Península Itálica em fins do período monárquico e início da República, as cidades latinas formaram uma liga contra Roma para fazer frente a suas pretensões expansionistas. Denominou-se Liga Latina.

Em 493 a.C., na batalha do Lago Regillus, Roma celebrou tratado de paz com a Liga (que se chamou Foedus Cassianum), ficando ambas as partes em situação de igualdade.

O crescimento do poder de Roma na Península Itálica.

No entanto, pouco a pouco, foi-se afirmando a supremacia de Roma até que esta, em 338 a.C., rompeu o tratado e dissolveu a Liga Latina. O território de algumas das cidades que a integravam foi incorporado a Roma, que as organizou sob a forma de tribos rurais. Com outras cidades foram firmados tratados (foedera), pelos quais, embora essas cidades mantivessem sua autonomia administrativa, não tinham elas o direito de declarar guerra ou fazer paz (ius belli et pacis). Outras cidades mais próximas também foram incorporadas e organizadas em forma de tribos. Daí que, além das quatro tribos urbanas criadas por Sérvio Túlio no final da Realeza (Suburana, Esquilina, Palatina e Colina), surgiram várias outras tribos rurais (31, ao final do século III a.C.). O número final de 35 não mais se alterou, e as incorporações posteriores ao final do século III foram para uma das 35 tribos já existentes.

Os volscos, montanheses do Sul do Lácio, foram derrotados por Gaio Márcio, apelidado Coriolano por ter tomado Coriolos, capital dos vencidos. Coriolano, mais tarde foi condenado ao exílio e se refugiou entre os volscos, chegando a sitiar Roma. Porém, não atacou a cidade porque sua mãe, em prantos, suplicou-lhe para desistir do intento. Disse Coriolano: "Oh mãe, salvas a pátria, mas perdes teu filho".

A Guerra contra os écuos foi ganha por Cincinato.

Em 395 a.C., os romanos, sob o comando de Camilo, venceram a cidade etrusca de Veios, numa luta iniciada pelo controle da foz do Rio Tibre. Após essa vitória, seguiu-se uma derrota, por volta de 390 a.C., imposta pelos gauleses em expedições de saques às regiões do Sul da Etrúria. Mas, em 340 a.C., Roma recuperou-se e submeteu os povos mais próximos.

De 327 a 290 a.C., Roma guerreou três vezes contra os Samnitas pelo domínio da fértil região da Campânia. Na terceira guerra, os romanos enfrentaram e venceram uma coligação de samnitas, galos, etruscos e latinos. A maior parte dos samnitas acabou se aliando aos romanos.

Posteriormente, Roma controlou o norte da Etrúria, cujos domínios compreendiam a Itália central e parte da Itália setentrional. Quando a supremacia romana se estendeu ao Sul da Itália, algumas cidades gregas, como Nápoles, aliaram-se a Roma, enquanto outras, como Tarento (atual Taranto), declararam-lhe guerra.

Charge do século XIX retratando a chegada de Pirro e suas tropas à Itália.
A Rota de Pirro.

Para conquistar essa região, os romanos atacaram a rica cidade de Taranto próspera na indústria e no comércio. Os tarentinos pediram ajuda de Pirro, rei do Épiro (região da atual Albânia). Esse chegou à Península Itálica com um poderoso exército (23.000 soldados) e 20 elefantes de combate. Apesar de ter derrotado duas vezes os romanos (em Heracléia e Ásculo), Pirro sofreu pesadas baixas, perdendo quase todo o exército, e teria exclamado: "Uma vitória mais como esta e fico sem soldados". Daí provém a expressão: "Vitória de Pirro" (para designar uma batalha em que o vencedor sai quase tão esgotado quanto o vencido).

Mais tarde, os romanos reorganizam suas forças e liquidam o exército de Pirro durante a Batalha de Benevento. Em 272 a.C., o Sul da Itália, incluindo Taranto, rendeu-se a Roma. Assim, toda a península Apenina, exceto o vale do rio Pó, passou para o domínio romano.

Ao conquistarem uma região italiana, pelo menos um terço do território ocupado era apropriado pelo Estado, transformado em ager publicus (terras públicas) e depois distribuído aos cidadãos romanos, para várias finalidades: instalação de colônias, distribuição de lotes individuais ou ocupação pela aristocracia, que tinha os meios disponíveis para seu aproveitamento.

Graças ao enorme potencial humano e ao vasto império que dominava, Roma havia se convertido numa enorme potência. Sua influência viu-se fortalecida com a fundação de colônias estratégicas na Itália ligadas por uma rede de estradas. Estas colônias eram formadas por cidadãos romanos ou por latinos; os primeiros faziam parte do Estado Romano, enquanto os demais eram seus aliados, independentes, porém com privilégios.

Expansão externa

Guerras Púnicas

Ver artigo principal: Guerras Púnicas
Cartago antes da Primeira Guerra Púnica.

A expansão fora do território da Península Itálica teve início com as Guerras Púnicas contra Cartago, cidade-estado fenícia localizada no Norte da África, que por volta do século III a.C. dominava o comércio do Mediterrâneo. Os ricos comerciantes cartagineses possuíam diversas colônias na Sicília, Sardenha, Córsega, Península Ibérica e em toda costa setentrional da África.

Os conflitos entre Roma e Cartago iniciaram-se a partir da expansão romana pelo sul da Península Itálica. O motivo da guerra foi o choque entre o expansionismo romano e o cartaginês. Quando Roma anexou os portos do Sul da península e os interesses de Nápoles e Tarento (atual Taranto) (colônias gregas rivais de Cartago) tornaram-se interesses romanos, a guerra passou a ser inevitável. Era quase certo que Roma, como líder dos gregos ocidentais, iria intervir na luta secular entre sicilianos e cartagineses.

A maior parte da Ilha da Sicília era habitada por cartagineses, em luta constante com as colônias gregas ali existentes. Os romanos intervieram e uma de suas legiões, com o apoio de Siracusa, ocupou a cidade de Messina. Os cartagineses declararam guerra a Roma.

As forças das duas potências eram bastante equilibradas, pois o poderio de ambas era sustentado por uma comunidade de cidadãos e um poderoso exército, fortalecido por aliados em caso de guerra.

Nas três Guerras Púnicas (264 a 146 a.C.), os romanos venceram os cartagineses. Dominaram a Sicília, a Córsega e a Sardenha, além da Península Ibérica, que foi totalmente submetida a Roma após a total submissão dos celtiberos, habitantes da península, em 133 a.C. A Lusitânia foi dominada em 140 a.C., quando os lusitanos, liderados pelo pastor Viriato (que foi morto à traição), foram vencidos pelas tropas romanas. Parte do Norte da África também foi subjugado pelos Romanos, a partir da queda e destruição de Cartago, em 146 a.C. Todo o mediterrâneo ocidental passou para o domínio romano.

Ao mesmo tempo que estava envolvida com as guerras púnicas, Roma voltou sua atenção para o Mediterrâneo oriental, onde o império formado por Alexandre Magno havia se desagregado.

Filipe V da Macedônia, aliado a Cartago na Segunda Guerra Púnica, apoiou Antíoco III,rei da Síria, contra Ptolomeu V Epifânio, rei do Egipto e protegido de Roma. O cônsul Tito Quíncio Flamínio o derrotou na batalha de Cinocéfalo em 197 a.C.. A Macedônia tornou-se protetorado romano. Mais tarde, seu filho, Perseu, reiniciou a luta contra os romanos (revolta dos macedônios). Foi derrotado por Paulo Emílio Pidna (168 a.C.). Roma transformou a região em uma província romana.

A expansão para o Oriente

O Crescimento do poder político de Roma na Ásia Menor.

O rei da Bitínia submeteu-se a Roma. O monarca selêucida da Síria, Antíoco III, foi vencido em 189 a.C. na Magnésia, ao sudoeste da Ásia Menor.

Os romanos conquistaram a Grécia em 146 a.C. Os gregos revoltaram-se contra o domínio romano. O cônsul Lúcio Múmio os derrotou e incendiou Corinto. A Grécia tornou-se província romana em 129 a.C. com o nome de Acaia. Seguiu-se o estabelecimento de um protetorado romano no Egito. Em seguida, no ano de 133 a.C., Roma obteve como herança, após a morte do rei Átalo, de Pérgamo, a cobiçada província da Ásia. No mesmo ano, Numância, cidade do curso superior do Douro, foi conquistada por Cipião Emiliano. Os numantinos foram reduzidos à fome e o suicídio coletivo.

A partir do final do século II a.C., Roma já era o império mais poderoso do mundo, que se estendia por 4 mil km, da Espanha até a Asia menor, e dominava uma população estimada em 30 milhões de pessoas.

Com a conquista da Gália Transalpina, efetivada por Júlio César (52 a.C.), a Roma republicana transformou-se no maior império que já tinha existido até então, sua população foi estimada em 55 milhões, ou quase de 25% da população mundial.

Durante longos anos estas conquistas foram tratadas só como fonte de valiosos butins. Os governos provinciais romanos não eram exatores (fiscalistas), em outras palavras - depois da campanha da Macedônia -, a riqueza vinda das províncias conquistadas (junto com os lucros da exploração estatal das minas) permitiu suprimir totalmente os impostos diretos aos habitantes da Italia.

Segundo o historiador Keith Hopkins, a população dominada por Roma aumentou de 4 milhões em 225 a.C. para 60 milhões após a queda da republica.

A crise da República romana

Roma durante a república.

A crise da República romana teve início quando o Senado romano passou a ter seu poder desafiado pelo poderio militar de alguns generais.

A partir de 238 a.C., Roma passou a ter províncias, sendo a primeira delas Córsega e Sardenha, seguida pela Sicília, em 241 a.C. Além disso, o aumento do território e da duração temporal das guerras de conquista obrigou o Senado romano a criar o pro-rogatio, que era a prorrogação do tempo do mandato do pró-cônsul ou do pró-pretor provincial, que era o funcionário da administração central incumbido de governar a nova província. Com isso, a influência e o poder se concentraram nas mãos de alguns generais, o que lhes permite desafiar a tradicional classe senatorial.

Um dos melhores exemplos deste tipo de processo foi o general Caio Mário, que mesmo sendo rejeitado pelo Senado para comandar a expedição ao norte da África com o intuito de solucionar a guerra contra Jugurta, foi enviado com o aval que a decisão popular lhe deu. Isso ilustra um exemplo de como os generais poderiam aliciar militantes a seu favor, mesmo quando Senado decide contra si.

Pode-se afirmar que um dos momentos mais críticos da República Romana até o primeiro triunvirato teria sido a ditadura de Sila, o qual chegou a marchar com seu exército sobre Roma. Desde o fim das Guerras Púnicas, o cargo de ditador romano havía abolido por ser considerado perigoso conceder a um único homem tanto poder. Porém, o cargo foi reintroduzido em 81 a.C. por Sila, no fim da guerra civil com a facção de Gaius Marius.

Neste período turbulento floresceu um dos mais importantes filósofos e políticos de toda a História de Roma: Marco Túlio Cícero. Cícero foi um dos grandes defensores da República e escreveu tanto tratados políticos quanto filosóficos.

Além da reimplantação da ditadura em Roma, houve outros motivos para o colapso da República romana, entre eles o fracasso dos irmãos Graco ao tentar realizar uma reforma agrária; guerras civis e revoltas populares; movimentos separatistas e insurreições de escravos. Podemos salientar também, que a estrutura política da República era inadequada ao Império.

Primeiro triunvirato

Ver artigo principal: Primeiro triunvirato

Em 60 a.C., os três mais poderosos generais de Roma, Júlio César (o favorito da plebe), Pompeu (que triunfara na Hispânia) e Crasso (o homem mais rico de Roma), firmaram um acordo tácito denominado triunvirato (governo de três pessoas), para dividir o governo. A palavra triunvirato originou-se a partir de dois radicais do latim: trium- (três) e vir (homem). Assim, o nome é bem conveniente ao que realmente representou o triunvirato.

Mapa das incursões de César pela Gália.
Vercingétorix, chefe dos gauleses, se rende à Júlio César.

Com a ajuda de Crasso e Pompeu, César elegeu-se cônsul e tornou-se encarregado da execução das medidas propostas pelos três. Distribuiu terras da Campânia para os soldados de Pompeu; apoiou os partidários de Crasso na expulsão de Cícero, senador inimigo de Crasso e contrário às reformas político-sociais em Roma. Também fez com que as soluções administrativas adotadas por Pompeu em suas conquistas no Oriente fossem confirmadas pela Assembléia Popular. Para si, garantiu o domínio das Gálias Cisalpina e Transalpina, onde iria buscar glória militar na luta contra as tribos rebeladas e riquezas para pagar seus credores em Roma e sustentar suas ambições políticas.

As Guerras da Gália duraram quase oito anos. Vercingetórix, herói gaulês que resistiu a César, foi preso e enviado a Roma; depois de definhar na prisão Mamertina, foi degolado. Toda a Gália foi subjugada na campanha da Gália, graças às vitórias e pilhagens, César conquistou a reputação militar, fortuna e glória que lhe faltavam para igualar-se a Crasso e Pompeu.

Crasso, célebre pela luta na Terceira Guerra Servil contra Espártaco e pela fabulosa fortuna que acumulou, foi nomeado governador da Síria. Logo após a vitória contra Espártaco, numa entrevista com o general dos Partos, que ele deveria combater, foi assassinado.

Nessa fase de acirrada disputa política, os soldados mantinham-se fiéis a seus generais, em função dos interesses clientelísticos que estes pudessem lhes garantir. Durante as Guerras Gálicas, César procurou manter o triunvirato. Após a morte de Crasso, César e Pompeu passaram a disputar o poder único.

Pompeu.

O Senado, temendo as ambições de César e seu controle absoluto sobre o experiente exército da Gália, procurou se aproximar de Pompeu, julgado mais cordato aos interesses dos senadores. Pompeu, grande general, considerado o mais ilustre cidadão de Roma desde a morte de Sila, em 54 a.C., exigiu de César o licensiamento do exército e a demissão do governo das Gálias.

A candidatura de César ao consulado é barrada pelo Senado. A tradição romana não permitia que um general vitorioso entrasse na cidade acompanhado de seu exército, o que era uma forma de impedir que os militares pudessem sobrepor-se ao poder senatorial. Quando se dirigiam para a capital, os generais dispersavam suas tropas.

César, no entanto, desconfiava das intenções do Senado e sabia que se licenciasse suas tropas perderia seu poder de barganha e teria suas pretensões políticas frustradas. Em 49 a.C., atravessou com suas legiões o rio Rubicão (que separava a Itália da Gália Cisalpina), limite de sua jurisdição, e disse a famosa frase: Allae Jacta est ("a sorte está lançada"). Quando soube que César havia atravessado o Rubicão com as tropas, Pompeu abandonou Roma. César invadiu a Itália e marchou sobre Roma.

Tempos depois, as tropas de César venceram Pompeu na Farsália. Vencido, Pompeu fugiu para o Egito, onde foi assassinado pelos ministros do faraó Ptolomeu XII. César desembarcou no Egito, onde havia uma disputa pelo poder, e recebeu a cabeça de Pompeu. Conquistou o país e depôs Ptolomeu, colocando em seu lugar Cleópatra (que era irmã do faraó). Incendiou a Biblioteca de Alexandria. César permaneceu nove meses ao lado da rainha Cleópatra antes de deixar o Egito, em 47 a.C.

Em 47 a.C., César dominou regiões da Ásia que se mantinham fiéis aos seguidores de Pompeu. Ao vencer os Farnaces perto de Zela, anunciou sua fácil vitória com a célebre frase: veni, vidi, vici! ("vim, vi e venci!").

Em Tapso, na África, César derrota os partidários de Pompeu. É nomeado ditador por dez anos.

Em Munda, na Espanha, César desbarata os filhos de Pompeu. É nomeado ditador vitalício.

A ditadura de Júlio César

Ver artigo principal: Júlio César
Júlio César.

Júlio César, finalmente instaurado no poder exclusivamente, reformou o Senado romano, aumentando o número de senadores que são de sua orientação política. Além disso, aumentou o número de magistraturas, assentou seus veteranos de guerra em colônias fundadas por ele próprio.

O Senado, agora todo a seu favor, o elegeu pontífice máximo, áugure e pai da pátria. Além disso, para obter o apoio popular, César deu parte do espólio das novas conquistas para serem divididas entre os plebeus.

No entanto, o grupo opositor de César o assassinou durante sessão do Senado, nas próprias escadarias do edifício. Logo após o assassinato, o Senado extinguiu a ditadura do grupo de magistraturas romanas. Marco Antônio, um dos aliados de César agitou manifestações populares durante seu funeral, o que assustou os opositores de César.

Com isso, mesmo com a morte de César, o Senado foi obrigado a ratificar as medidas implementadas pelo ditador e Marco Antônio se tornou um dos mais influentes senadores, dado o seu poder junto ao povo, tendo o Senado que aprovar todas as medidas por ele propostas.

Segundo triunvirato

Ver artigo principal: Segundo triunvirato
Marco Antônio.

O segundo triunvirato consistiu num acordo menos tácito do que o primeiro, já que os três generais dividiam oficialmente o território romano, cada qual com a parte sob sua jurisdição. O segundo triunvirato foi composto por Marco Antônio, Augusto (ou Otávio) e Lépido.

Quando César morreu, deixou um testamento no qual prometeu a distribuição de terras à plebe e aos veteranos de guerra. Além disso, no testamento continha o seu sucessor, seu sobrinho Caius Otavianus (ou Caio Otaviano). Como o Senado havia permitido a César utilizar o nome Imperator antes de seu próprio nome e sendo este título hereditário, Otaviano foi a Roma reivindicar sua herança com o nome de Imperator Caesar Caius Otavianus. O jovem Otávio organizou legiões e entrou para o Senado como pretor.

No Senado, Otávio se uniu a Marco Antônio e a Lépido (o então Pontífice Máximo) a fim de vingar a morte do tio, caçando todos os conspiradores da morte de César, tais como Brutus e Pompeu Crasso. Todas as guerras empreendidas por Otávio foram muito bem narradas por Suetônio em sua obra Vida dos doze Césares. O território romano foi dividido entre os três senadores, mas a parte correspondente a Lépido foi logo anexada por Otávio.

A Marco Antônio competia a parte oriental da República , bem como as províncias do Oriente Médio. No entanto, Marco Antônio redigiu, no Egito, para onde se mudou, um testamento no qual deixaria as províncias a seus filhos com Cleópatra quando morresse.

Este testamento foi usado por Otávio para acusá-lo perante o Senado de ter sido manipulado por Cleópatra a deixar parte do território nas mãos do império egípcio. O Senado, por sua vez, deu carta verde a Otávio para perseguir Marco Antônio, que se suicidou juntamente com Cleópatra, em 30 a.C. Desta forma, Otávio se consolidou sozinho no poder e transformou o Egito em mais uma província romana.

O governo de Otávio

Otávio Augusto.

Em 27 a.C., Otávio recebeu o título de Augusto e o de Pontífice Máximo em 12 a.C. Otávio declarou o fim das guerras civis e devolveu o poder ao Senado. No entanto, Augusto recebeu o título de princeps, ou seja, de primeiro cidadão da Cidade.

Mesmo depois de ter vários poderes recusados por Augusto, tais como o de ditador e o de cônsul vitalício, o Senado concedeu a Augusto o poder de imperium vitalício. Este último cedia a Augusto o controle sobre todas as tropas (legiões) existentes na República, elevando Augusto ao posto de imperador, apesar de as instituições republicanas romanas continuarem existindo.

Desta forma, Augusto se torna o todo-poderoso do Império, mas o Senado figura como depositário deste poder, já que por ele foi concedido e é renovado todos os anos.

Com o poder todo concentrado em suas mãos, Augusto dá início a um novo período da História de Roma conhecido como Império Romano, em 27 a.C. Augusto se mantém imperador de Roma até 14 d.C.

Ver também

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FEITO POR: FLÁVIA MAYUMI IAMAGUTE