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Dependência de opioides

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Dependência de opioides
Dependência de opioides
Casa de ópio, pintura de Gouache (1810).
Especialidade psiquiatria
Classificação e recursos externos
CID-10 F11.1
CID-9 305.5
CID-11 e 111507461 676082180 e 111507461
eMedicine 287790
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Dependência de opioides é caracterizado por uma necessidade cada vez maior de opioides para benefícios cada vez menores. Ocorre após uso regular de largo prazo, geralmente para tratar uma dor crônica. [1] A dependência normalmente também está associada a um forte desejo de usar opioides, crescente tolerância aos opiáceos, falha no cumprimento de obrigações, dificuldade em reduzir o uso e síndrome de abstinência com a descontinuação de opioides. [2] [3]

Sinais e sintomas

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Os sinais e sintomas de abstinência de opioides podem incluir náusea, dores musculares, diarreia, problemas para dormir, agitação e humor desanimado. [4] As complicações dessa dependência podem incluir overdose de opioides, tentativa de suicídio, infecções associadas ao uso de injetáveis (como HIV e hepatite C), problemas no relacionamento amoroso ou desemprego.

Os opioides incluem substâncias como heroína, morfina, fentanil, codeína, oxicodona, tramadol e hidrocodona . [3] [5] A maioria dos usuários de heroína usaram opioides prescritos por médicos primeiro até desenvolver dependência. [6] [7] Opioides são prescritos para tratar dor intensa e diarreias, principalmente no pós-operatorio.

Intoxicação

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A intoxicação pode ser causada por mistura com outros sedantes, como álcool, tabaco ou outro analgésico. É mais frequente após um período de abstinência, pelo aumento de receptores opioides por tolerância crescente. Sinais e sintomas de intoxicação com opioides incluem[8]:

Para prevenir intoxicação acidental recomenda-se deixar todas as drogas bem guardadas, fora do alcance de crianças.

Os sinais de overdose são[9]:

Deve ser revertida com naloxona.

O diagnóstico pode ser baseado em critérios do manual de diagnóstico de saúde mental (DSM-5). O código é F11.2 no CID-10. Dependência é um padrão de uso de substâncias que leva à deterioração ou desconforto clinicamente significativo, expresso por três ou mais dos itens a seguir; em algum momento de um período contínuo de doze meses[10]:

  1. Tolerância: necessidade de quantidades marcadamente crescentes da substância para obter intoxicação ou o efeito desejado. O efeito das mesmas doses diminui claramente com o seu consumo contínuo.
  2. Síndrome de abstinência: pela droga prescrita ou por substância muito semelhante usada para aliviar ou evitar os sintomas de abstinência.
  3. O opioide é consumido em grandes quantidades ou por um período maior do que o originalmente pretendido.
  4. Existe um desejo persistente de uso ou esforços mal sucedidos são feitos para controlar ou interromper o uso de opioides.
  5. Muito tempo é gasto em atividades relacionadas à obtenção da substância (por exemplo, visitando vários médicos ou viajando longas distâncias), no consumo do opioide ou na recuperação de seus efeitos.
  6. Redução ou abandono de importantes atividades sociais, trabalhistas ou recreativas devido ao uso de opioides.
  7. O opioide continua a ser consumido, apesar de estar ciente de problemas psicológicos ou físicos recorrentes ou persistentes que parecem ser causados ou exacerbados pelo uso dessa substância (por exemplo, caídas, tortura, constipação dolorosa e perda importante de peso).

Quando uma pessoa está tomando opioides de maneira indicada pelo médico, não se deve considerar como adicção nem vício. Adicção significa usar opioides em doses maiores que as prescritas ou sem prescrição.

Indivíduos com dependência de opioides são frequentemente tratados com opioides que não causam adicção, metadona ou buprenorfina, porque não geram o bem estar característico. Esse tratamento reduz o risco de overdose e suicídio. [11] Além disso, os indivíduos podem se beneficiar da terapia cognitivo-comportamental, terapia em grupo, programas de doze etapas e outras psicoterapias. [12] O medicamento naltrexona também pode ser útil para prevenir recaídas. [13] A naloxona é útil no tratamento de uma overdose de opioides portanto se recomenda aos dependentes ter doses de naloxona em casa. [14]

Epidemiologia

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Em 2013, o abuso de opioides afetavam cerca de 0,4% da população. [2] Em 2016, afetava cerca de 27 milhões de pessoas. [15] O uso prolongado de opioides ocorre em cerca de 4% das pessoas que usaram opioides após uma cirurgia para reparar um trauma ou tratar dor intensa. [16] O início ocorre frequentemente na idade adulta jovem. Os homens são afetados com mais frequência do que as mulheres. O abuso de opioides resultou em 122.000 mortes em todo o mundo em 2015, [17] contra 18.000 em 1990. [18] Nos Estados Unidos durante 2016, houve mais de 42.000 mortes devido a overdose de opioides, das quais mais de 15.000 foram resultado do abuso de heroína. [19]

Referências

  1. «Commonly Used Terms». www.cdc.gov 
  2. a b American Psychiatric Association (2013), Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (5th ed.), ISBN 978-0890425558, Arlington: American Psychiatric Publishing, pp. 540–546 
  3. a b «Substance Use Disorders» 
  4. «Neurobiologic Advances from the Brain Disease Model of Addiction». The New England Journal of Medicine. 374. PMC 6135257Acessível livremente. PMID 26816013. doi:10.1056/NEJMra1511480 
  5. «Opioid Use and Opioid Use Disorder in Pregnancy». ACOG 
  6. «Prescription opioid use is a risk factor for heroin use». National Institute on Drug Abuse 
  7. «The Pain Hustlers» 
  8. Treatment, Center for Substance Abuse (2006). "[Table], Figure 4-4: Signs and Symptoms of Opioid Intoxication and Withdrawal". www.ncbi.nlm.nih.gov. Retrieved 6 April 2019.
  9. Kosten TR, Haile CN. Opioid-Related Disorders. In: Kasper D, Fauci A, Hauser S, Longo D, Jameson J, Loscalzo J. eds. Harrison's Principles of Internal Medicine, 19e New York, NY: McGraw-Hill; 2014. http://accessmedicine.mhmedical.com/content.aspx?bookid=1130&sectionid=79757372 Accessed 9 March 2017.
  10. Critérios do manual DSM-5 para diagnóstico de dependência de substâncias
  11. «Mortality risk during and after opioid substitution treatment: systematic review and meta-analysis of cohort studies». BMJ. 357. PMC 5421454Acessível livremente. PMID 28446428. doi:10.1136/bmj.j1550 
  12. «Treatment for Substance Use Disorders» 
  13. «Opioid Use Disorders». Child and Adolescent Psychiatric Clinics of North America. 25. PMC 4920977Acessível livremente. PMID 27338968. doi:10.1016/j.chc.2016.03.002 
  14. «Are take-home naloxone programmes effective? Systematic review utilizing application of the Bradford Hill criteria». Addiction. 111. PMC 5071734Acessível livremente. PMID 27028542. doi:10.1111/add.13326 
  15. «WHO | Information sheet on opioid overdose». WHO 
  16. «Risk Factors and Pooled Rate of Prolonged Opioid Use Following Trauma or Surgery: A Systematic Review and Meta-(Regression) Analysis». The Journal of Bone and Joint Surgery. American Volume. 100. PMID 30063596. doi:10.2106/JBJS.17.01239 
  17. «Global, regional, and national life expectancy, all-cause mortality, and cause-specific mortality for 249 causes of death, 1980-2015: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2015». Lancet. 388. PMC 5388903Acessível livremente. PMID 27733281. doi:10.1016/S0140-6736(16)31012-1 
  18. «Global, regional, and national age-sex specific all-cause and cause-specific mortality for 240 causes of death, 1990-2013: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2013». Lancet. 385. PMC 4340604Acessível livremente. PMID 25530442. doi:10.1016/S0140-6736(14)61682-2 
  19. «Data Brief 294. Drug Overdose Deaths in the United States, 1999–2016» (PDF). CDC