Michel Platini
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Informações pessoais | ||
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Nome completo | Michel François Platini | |
Data de nasc. | 21 de junho de 1955 (68 anos) | |
Local de nasc. | Jœuf, França | |
Altura | 1,78 m | |
Informações profissionais | ||
Posição | ex-Meia ex-Treinador | |
Clubes de juventude | ||
1966–1972 | Jœuf | |
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos (golos) |
1972–1979 1979–1982 1982–1987 |
Nancy Saint-Étienne Juventus |
104 (58) 147 (68) 432 (224) | 181 (98)
Seleção nacional | ||
1976–1987 | França | 71 (41) |
Times/clubes que treinou | ||
1988–1992 | França |
Michel François Platini (Jœuf, 21 de junho de 1955) é o atual presidente da UEFA e um dos maiores futebolistas da história.
Assim como outros célebres futebolistas franceses, como Roger Piantoni, Dominique Baratelli, Bernard Genghini, Jean-Luc Ettori e Bruno Bellone, Platini possui origens italianas, é filho de imigrantes italianos que inclusive foram donos de um restaurante especializado em massas.[1]
Michel, cuja pronúncia de seu sobrenome é originalmente "Platíni" na língua italiana
Carreira
Futebol francês
É o décimo quinto maior jogador da história do futebol mundial, embora o início não tenha sido fácil: promovido precocemente às equipes mais velhas por se[2]talento, ficava na reserva devido ao seu físico franzino.[1] Chamou a atenção do Metz aos 16 anos, quando, em amistoso contra o clube da Primeira Divisão Francesa, fez uma partida espetacular pela equipe sub-18 do Jœuf. Os grenats, entretanto, acabaram recusando-no justamente por seu físico, além de uma suposta capacidade respiratória insuficiente.[1]
Platini foi então para o Nancy, então da Segunda Divisão, estreando pela equipe principal aos 17 anos. Aos 18, já era titular. Em 1978, dois anos após estrear pela Seleção Francesa, dava ao Nancy o título da Copa da França e iria com os Bleus para a Copa do Mundo de 1978.
Um ano após o mundial, já como melhor jogador do país, transferiu-se para o Saint-Étienne após ser disputado também por outros dos maiores clubes franceses, como Nantes, Olympique Marselha e Paris Saint-Germain, além da tradicionalíssima equipe italiana da Internazionale.[2]
Nos verts, ganhou a Ligue 1 de 1981, marcando os dois gols da vitória na partida que garantiu o título, contra o Bordeaux. Um ano depois, após grande exibição na Copa do Mundo de 1982, deixou a França rumo às terras de suas origens, contratado pela Juventus - curiosamente, arquirrival da Inter de Milão, que o sondara anos antes.
Juventus
No clube de Turim, faria história em meio a outros celebrados jogadores, como Dino Zoff, Antonio Cabrini, Roberto Bettega, Claudio Gentile, Gaetano Scirea, Marco Tardelli, Massimo Bonini, Paolo Rossi e Zbigniew Boniek. Em sua primeira temporada, a de 1982/83, terminou artilheiro, uma raridade para estrangeiros estreantes. O scudetto finalmente viria na de 1983/84. Suas exibições e gols ao longo de 1983 foram determinantes para que recebesse sua primeira Bola de Ouro como melhor jogador europeu. O título em 1984, completado com nova artilharia e, semanas depois, com sua brilhante participação na conquista da Eurocopa 1984 com a Seleção Francesa, lhe renderia outra Bola de Ouro. O troféu italiano credenciou a Juventus a disputar a Copa dos Campeões da UEFA.
O mais importante torneio europeu interclubes foi levantado pela primeira vez pela Juventus graças a um gol de pênalti dele, o único na decisão contra o Liverpool, a grande potência da competição. A partida, porém, acabaria manchada pela tragédia de Heysel, onde 39 torcedores bianconeri morreram em decorrência da violência dos hooligans ingleses. A temporada 1984/85 encerrara-se com ele conseguindo sua terceira artilharia seguida na Serie A.
A igualmente consecutiva terceira Bola de Ouro viria ao final de 1985. A Juventus terminou o ano campeã do Mundial Interclubes e em meio à campanha que culminaria em novo título italiano em 1985/86, o segundo de Platini na Vecchia Signora. Platini acabou tornando-se um recordista da premiação da France Football: os neerlandeses Johan Cruijff e Marco van Basten também receberiam a Ballon d'Or três vezes, mas não seguidas.
Platini encerrou seu ciclo na Juventus - e nos gramados - ao fim da temporada 1986-87, com apenas 32 anos, deixando o clube órfão de um jogador que encerrou sua carreira ainda no auge[3]. Apenas em 1995, nove anos após a conquista de 1986, é que o clube voltaria a ser campeão italiano, com o surgimento de outro craque, Del Piero.
Seleção Francesa
Recebeu a primeira oportunidade na Seleção Francesa em 1976, estreando contra a Tchecoslováquia [2] - uma seleção de respeito, que naquele ano seria campeã da Eurocopa. Platini não deixou de marcar em seu debute pelos Bleus, logo demonstrando toda a sua autoconfiança: na jogada, pedira a bola ao capitão Henri Michel, garantindo que faria o gol se a recebesse e cumprindo a "promessa".[2] No mesmo ano, seria o capitão da equipe olímpica da França.[2]
O título com o Nancy na Copa da França em 1978 garantiu sua já sólida presença entre os convocados para a Copa do Mundo daquele ano, realizada semanas depois. A França acabaria sofrendo uma precoce eliminação na primeira fase. A amargura seria um pouco amenizada ainda naquele ano, já após o torneio. A França jogou uma partida amistosa contra a Itália encerrada em um 2 x 2, em que Platini protagonizou um lance que entraria para a memória do futebol: marcou um gol de falta no ângulo de Dino Zoff, mas o árbitro invalidou o lance, ordenando que a cobrança fosse refeita. Platini cobrou a falta para novamente marcar, colocando a bola no mesmo lugar da cobrança anterior.[2]
No ano de 1981, nos embalos do título francês que conquistou pelo Saint-Étienne liderou a classificação da França rumo à Copa do Mundo de 1982. Na campanha das Eliminatórias, Platini marcou um dos gols da vitória contra os Países Baixos, eliminando os bivice-campeões mundiais.[2] Chegou à segunda Copa já como a grande estrela dos Bleus, a ponto de outro membro da seleção, Jean-François Larios, seu colega também no Saint-Étienne, ter sido imediatamente mandado embora de volta para casa após a divulgação de boatos de que este estaria tendo um caso com a esposa de Platoche.[4] Em sua segunda Copa, ele chegaria ao quarto lugar - e poderia ter sido finalista, não fosse a dramática eliminação nas semifinais para a Alemanha Ocidental (após empate em 1 x 1 no tempo normal, os franceses chegaram a abrir 3 x 1 na porrogação, mas os alemães empataram e venceriam nos pênaltis).
Em 1984, Platini liderou os franceses na conquista da Eurocopa daquele ano, o primeiro título da Seleção, marcando nove gols nos cinco jogos da fase final da competição, sediada na França. O título europeu coroaria sua temporada 1983/84, onde fora campeão e artilheiro do campeonato italiano com a Juventus. Dois anos depois, foi à sua terceira Copa, justamente o título de expressão que lhe faltava, consagrado pelas conquistas na Juventus - foi ao México semanas após seu segundo título italiano e um semestre após faturar o Mundial Interclubes.
Já veterano, foi decisivo especialmente nos mata-matas: nas oitavas-de-final, marcou gol na vitória por 2 x 0 sobre a Seleção do país em que atuava, a Italiana, então detentora do título. Nas quartas, contra o Brasil, marcou o gol de empate em 1 x 1, resultado que se manteve na prorrogação, levando a partida à decisão por pênaltis. Nela, a maior estrela acabou desperdiçando a sua cobrança, mas, para o seu alívio, a França conseguiu avançar as semifinais - era o dia de seu aniversário, 21 de junho.
Todavia, para a sua decepção, a equipe caiu novamente frente à Alemanha Ocidental. Desta vez, restou o consolo do bronze. Platini despediu-se da Seleção Francesa em abril do ano seguinte, em um amistoso no Parc des Princes contra a Islândia.[2] Após a aposentadoria, as laterais do Parc des Princes foram diminuídas em um metro cada, com a justificativa de que "não há mais ninguém na França capaz de aproveitar esse espaço para lançamentos".[1]
Pós-aposentadoria
Um ano após se aposentar da carreira de futebolista, tornava-se técnico da Seleção Francesa. Chegou a ficar dezenove partidas invicto no comando dos Bleus,[2] mas não teve o mesmo sucesso dos tempos de jogador. Classificou a equipe apenas para a Eurocopa 1992, onde caiu na primeira fase, sendo dispensado após o torneio.
Iniciou trajetória nas entidades de futebol, sendo presidente do Comité Organizador da Copa do Mundo de 1998, realizada no seu país natal.[5] Tornou-se o lambe-botas do Sepp Blatter,[6]</nowiki> e nove anos depois seria eleito presidente da UEFA em modo similar como Havelange chegara à presidência da FIFA em 1974: o brasileiro, na ocasião, conseguira muitos votos de federações de países considerados "periféricos", como os da África e Ásia, prometendo-lhes mais vagas na Copa do Mundo.[6] Platini, na candidatura, declarou-se um "romântico do futebol" e procurou seduzir as federações dos países europeus mais fracos, que não conseguiam ver seus clubes na milionária Liga dos Campeões da UEFA - ao contrário dos tempos em que o francês era jogador e o torneio, aberto para os campeões de todos os afiliados.<ref name = "trivela1/>
Em 26 de janeiro de 2007, com o apoio dos considerados "pequenos",[6] ele conseguiu enfim eleger-se presidente da entidade, derrotando o sueco Lennart Johansson (o mesmo que Blatter, com apoio de Havelange, surpreendentemente derrotara nas eleições da FIFA em 1998[6]), por 27 votos contra 23.[7] Johansson dirigia a UEFA desde 1990 e sempre vinha sendo eleito com unanimidade.[6] A eleição de Platini foi festejada por alguns que esperavam que isso diminuísse a excessiva comercialização que tomava conta do esporte, embora olhares mais atentos afirmem que ele pouco mudará tal enfoque, em nome de suas ambições:[6] desenvolve carreira também na FIFA, onde acredita-se estar sendo preparado desde 1998 para futuramente eleger-se presidente.[6]
Como dirigente, Platini foi também um dos responsáveis por mudanças em certas regras do futebol, como punição com cartão vermelho para falta cometida por trás e proibição ao guarda-redes de tocar com as mãos numa bola atrasada pelos pés de um colega de equipa.
Títulos
- Serie A: 1983-84, 1985-86
- Coppa Italia: 1983
- Taça dos Clubes Vencedores de Taças: 1983-84
- UEFA Super Cup: 1984
- Taça dos Campeões Europeus*: 1984-85
- Copa Intercontinental**: 1985
Prêmios individuais
- FIFA 100: 2004
- Seleção de Futebol do Século XX
- Ballon d'Or: 1983, 1984, 1985
- Onze d'Or: 1983, 1984, 1985
- Guerin d'Oro: 1984
- Melhor jogador do mundo pela World Soccer: 1984, 1985
- Jogador Francês do Ano: 1976, 1977
- Melhor jogador da UEFA Euro: 1984
- Melhor jogador da final da Copa Europeia/Sul-Americana**: 1985
Artilharias
- Serie A: 1982-83 (16 gols), 1983-84 (20 gols), 1984-85 (18 gols)
- Taça dos Campeões Europeus*: 1984-85 (7 gols)
- UEFA Euro: 1984 (9 gols)
* Atual UEFA Champions League
Ver também
Referências
- ↑ a b c d "O maior anão do mundo", Especial Placar - Os Craques do Século, novembro de 1999, Editora Abril, págs. 18-19
- ↑ a b c d e f g h "Michel Platini - O craque completo", Heróis do Futebol, Nova Sampa Diretriz Editora, págs. 50-51
- ↑ Quattro Tratti. «Jogadores: Michel Platini». Consultado em 15 de março de 2010
- ↑ "The top 10 World Cup bust-ups", Times Online
- ↑ http://www.france.org.br/abr/label/Label29/Sports/platini.html
- ↑ a b c d e f g "Falsa renovação", Caio Maia, Trivela número 7, setembro de 2006, Pool Editora, pág. 42<nowiki>
- ↑ "De craque a presidente", Trivela número 12, fevereiro de 2007, Pool Editora, pág. 12
Ligações externas
- Estatísticas em Fifa.com (em inglês)
- Estatísticas em FootballDatabase.com (em inglês)
- Nascidos em 1955
- Futebolistas da França
- Treinadores de futebol da França
- Dirigentes esportivos da França
- Futebolistas da Juventus Football Club
- Futebolistas da Association Sportive de Saint-Étienne Loire
- Futebolistas da Association Sportive Nancy-Lorraine
- Futebolistas nos Jogos Olímpicos de Verão de 1976
- Jogadores da Copa do Mundo FIFA de 1978
- Jogadores da Copa do Mundo FIFA de 1982
- Jogadores da Copa do Mundo FIFA de 1986
- Jogadores da Eurocopa de 1984
- Jogadores da Eurocopa de 1992
- Jogadores da Seleção Francesa de Futebol
- Treinadores da Seleção Francesa de Futebol
- Ítalo-franceses