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Força Aérea Portuguesa: diferenças entre revisões

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{{Mais notas|data=novembro de 2014}}
{{Mais notas|data=novembro de 2014}}
{{Info/Unidade Militar
{{Info/Força Aérea
|nome_da_unidade= Força Aérea Portuguesa
|nome = Força Aérea Portuguesa
|imagem= [[Imagem:Portuguese Air Force COA.png|200px]]
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|legenda_imagem= Brasão da FAP
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|subordinação = [[Forças Armadas de Portugal]]
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|missão = Defesa Aérea de Portugal
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|sigla = FAP
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<!-- História -->
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|guerras/batalhas= [[Primeira Guerra Mundial]]<br />[[Guerra Colonial Portuguesa]]
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<!-- Logística -->
<!-- Bases Aéreas -->
|bases_aéreas = [[Base Aérea N.º 1|BA1]], [[Base Aérea N.º 4|BA4]], [[Base Aérea N.º 5|BA5]], [[Base Aérea N.º 6|BA6]], [[Base Aérea N.º 11|BA11]]
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|legenda_insígnia1= [[Insígnia de nacionalidade das aeronaves militares|Cocar]]
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|legenda_insígnia2= Distintivo de cauda
|aviões_de_reconhecimento = [[Lockheed P-3 Orion]] <br>[[Aérospatiale Alouette III]]
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|aviões_de_patrulha = [[Lockheed P-3 Orion]] <br>[[EADS CASA C-295|EADS C-295]] <br>[[Aérospatiale Alouette III]]
|legenda_insígnia3=
|aviões_de_instrução = [[Aérospatiale Epsilon-TB 30]] <br>[[De Havilland Canada DHC-1 Chipmunk|Chipmunk MK 20]] <br>[[Dassault-Dornier Alpha-Jet|Alpha-Jet]] <br>[[Aérospatiale Alouette III]]
|comandante= General [[Manuel Teixeira Rolo]]<ref>http://www.emfa.pt/www/biografia-73-5-general-manuel-teixeira-rolo</ref>
|aviões_de_transporte = [[C-130 Hercules]] <br>[[EADS CASA C-295|EADS C-295]]<br> [[Dassault Falcon 50]] <br>[[Aérospatiale Alouette III]]
|legenda_comandante= [[Chefe do Estado-Maior da Força Aérea|Chefe do Estado-Maior<br/>da Força Aérea]]
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A '''Força Aérea Portuguesa (FAP)''' é o ramo aéreo das [[Forças Armadas Portuguesas]]. As suas origens remontam a [[1912]], altura em que começaram a ser constituídas as aviações do [[Exército]] e da [[Marinha]]. Em [[1 de Julho]] de [[1952]], as aviações do Exército ('''Aeronáutica Militar''') e da Marinha ('''[[Aviação Naval Portuguesa|Aviação Naval]]''') foram fundidas num ramo independente denominado Força Aérea Portuguesa.
A '''Força Aérea Portuguesa (FAP)''' é o ramo aéreo das [[Forças Armadas Portuguesas]]. As suas origens remontam a [[1912]], altura em que começaram a ser constituídas as aviações do [[Exército]] e da [[Marinha]]. Em [[1 de Julho]] de [[1952]], as aviações do Exército ('''Aeronáutica Militar''') e da Marinha ('''[[Aviação Naval Portuguesa|Aviação Naval]]''') foram fundidas num ramo independente denominado Força Aérea Portuguesa.

Ao longo da sua história, a FAP tem vindo a realizar missões de [[Busca e Salvamento|busca e salvamento]] em território nacional, salvando no decorrer dos anos milhares de vidas, tem defendido o [[espaço aéreo]] nacional, prestou [[Apoio aéreo aproximado|apoio aéreo]] às operações terrestres durante a [[Guerra Colonial Portuguesa|Guerra do Ultramar]] e representa Portugal em diversas missões internacionais de âmbito humanitário, cultural e de [[Manutenção de paz|manutenção da paz]].


== Missão ==
== Missão ==
A FAP, parte integrante do sistema de forças de [[Portugal]], tem por missão cooperar de forma integrada na defesa militar da [[Portugal|República Portuguesa]], através da realização de operações aéreas, na defesa do espaço aéreo nacional e em missões no âmbito dos compromissos internacionais. Sempre que empregue numa qualquer missão, a Força Aérea Portuguesa tem o objectivo de gerar [[poder aéreo]] e criar uma capacidade de resposta eficaz, ter a segurança como factor crítico da missão e ter em conta o valor das pessoas e a qualidade dos meios empregues, buscando ser uma organização ágil, flexível, inovadora, coesa, motivada e [[Disciplina (controle)|disciplinada]].<ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/pagina-001|titulo=Missão {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-12-22|obra=www.emfa.pt|ultimo=WEBTEAM|primeiro=DCSI -}}</ref>
A FAP tem como missões principais a defesa do espaço aéreo nacional e a cooperação com os outros ramos das Forças Armadas na defesa militar da Nação. Tem ainda como missões complementares a participação em missões no âmbito de compromissos internacionais e de interesse público de Portugal<ref>http://www.emfa.pt/www/pagina-001</ref>


===Pontos fulcrais===
== História ==


=== Antecedentes ===
*Gerar poder aéreo e uma capacidade de resposta eficaz;
A aviação em Portugal teve o seu início no dia 20 de Junho de 1540, quando um [[sapateiro]] de nome [[João Torto]] saltou de uma torre, em [[Viseu]], com um engenho construído por si mesmo, numa tentativa falhada para conseguir voar. Passados 169 anos, o [[padre]] português [[Bartolomeu de Gusmão]] apresentou em [[Lisboa]], perante o [[Reino de Portugal|rei]] [[João V de Portugal|D. João V]], um engenho que consistia num pequeno [[balão de ar quente]] que se elevava no ar; este engenho fez de Bartolomeu o inventor do [[aeróstato]], abrindo assim as portas à [[aerostação]] e à [[aviação]]. O primeiro [[aeronauta]] português surgiria em 1884, quando Abreu de Oliveira se elevou num balão a gás, apesar de ter acabado por cair no [[rio Tejo]]. Já no final do [[século XIX]], Cipriano Pereira Jardim inventa o primeiro balão [[dirigível]] português, construído para fins militares. No dia 12 de Julho de 1909, o militar português [[Óscar Blank]] tornou-se o primeiro português (e um dos primeiros do mundo) a receber uma [[Brevê|licença de piloto aviador]]. Meses mais tarde, a 17 de Outubro, um aviador francês tornou-se na primeira pessoa a pilotar um [[avião]] em Portugal e, a 11 de Dezembro de 1909, é fundado o [[Aero Club de Portugal|Aero club de Portugal]], com o objectivo de divulgar e promover a [[aeronáutica]]. O primeiro voo realizado por um português nos céus nacionais foi levado a cabo por [[Alberto Sanches de Castro]], no dia 1 de Setembro de 1912.<ref name=":0">{{Citar web|url=http://aeronauticaap.webnode.pt/historia%20da%20avia%C3%A7%C3%A3o%20portuguesa/|titulo=História da Aviação Portuguesa :: Aeronáutica|acessodata=2016-12-21|obra=aeronauticaap.webnode.pt}}</ref> Ainda em 1912, com o apoio do então [[Presidente da República Portuguesa|Presidente da República]], foi criada a Aeronáutica Militar, uma organização que buscou e adquiriu as primeiras três aeronaves para Portugal: um [[Deperdussin monoplano de 1910|Deperdussin Tipo B]], um [[Avro 500]] e um [[Maurice Farman MF4]].<ref name=":1">{{citar web|url=http://file.scirp.org/pdf/OJAppS_2016092713265783.pdf|titulo=The History of the Portuguese Aviation — A Summary|data=2016|acessodata=21 de Dezembro de 2016|publicado=Scientific Research Publishing|ultimo=|primeiro=}}</ref>
*A segurança como fator crítico da missão;
[[Ficheiro:1916farman-f40-01z.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|250x250px|Um Farman F.40 português em Moçambique, durante a Primeira Guerra Mundial]]
*O valor das pessoas;
No dia 14 de Maio de 1914, é publicada uma lei que instituía a primeira escola de [[aviação militar]], que viria a ser instalada em [[Vila Nova da Rainha (Azambuja)|Vila Nova da Rainha]], sendo esta mesma inaugurada no dia 1 de Agosto de 1916. Do primeiro curso desta escola, saíram pilotos como [[José Manuel Sarmento de Beires|Sarmento de Beires]] e Pinheiro Correia, homens que durante a sua carreira deixariam a sua marca na história da aviação em Portugal. Este período é considerado o começo daquilo que se pode chamar de Força Aérea Portuguesa, sendo ainda em 1914 criado o Serviço Aeronáutico Militar, por parte do [[Exército Português]]. Durante a [[Primeira Guerra Mundial|Primeira guerra Mundial]], Portugal enviou vários [[Piloto (aviação)|pilotos]] para combaterem em [[França]] e nas [[Império Português|colónias]], entre os quais ficou marcado na história o piloto [[Óscar Monteiro Torres]], o primeiro piloto português a morrer em [[combate aéreo]]. Em Setembro de 1917, Jorge Sousa Gorgulho torna-se no primeiro português a voar em [[África]], tendo se tornado, no dia seguinte, também o primeiro a morrer num [[Acidentes e incidentes aéreos|acidente aéreo]].<ref name=":0" /> Ainda durante o conflito, a [[Marinha Portuguesa]] cria o seu braço aéreo, denominado Serviço de Aviação da Armada, que no ano seguinte muda de nome para Serviço da Aeronáutica Naval, e assim se mantém até 1931, quando muda para Aviação Naval. O Exército muda também a designação da sua componente aérea, passando a designa-la por Serviço da Aeronáutica Militar e, mais tarde, Aeronáutica Militar.<ref name=":2">{{citar web|url=http://repositorio.ual.pt/bitstream/11144/652/1/Hist%C3%B3ria%20da%20Avia%C3%A7%C3%A3o%20e%20da%20For%C3%A7a%20A%C3%A9rea%20-%2004%20-%20Revista%20Militar%20-%20Reposit%C3%B3rio.pdf|titulo=SÚMULA HISTÓRICA DAS AVIAÇÕES MILITARES E DA FORÇA AÉREA DE PORTUGAL|data=|acessodata=21 de Dezembro de 2016|publicado=Repositório Institucional da Universidade Autónoma de Lisboa|ultimo=Fraga|primeiro=Luís}}</ref>
*A qualidade dos meios;
*Uma organização ágil, flexível e inovadora;
*Uma cultura de serviço, empenhada no cumprimento da missão;
*Uma força coesa, motivada e disciplinada;
*Sentido de pertença, credibilidade e relevância;
*Prestígio nacional.


Durante 1919, instala-se na [[Amadora]], em terrenos que actualmente estão ocupados pela [[Academia Militar (Portugal)|Academia Militar]], o Grupo de Esquadrilhas de Aviação da República (GEAR), um local de onde surgiriam durante vários anos ideias e sonhos que resultariam numa série de viagens pioneiras por parte de pilotos portugueses. O GEAR é também a primeira unidade operacional de aviação militar em Portugal, sendo composta por esquadrilhas de [[Caça (aeronave)|caça]], [[Bombardeiro|bombardeamento]] e [[Reconhecimento aéreo|observação]].<ref name=":2" /> Em 1920, a escola aeronáutica de Vila Nova da Rainha muda-se definitivamente para a [[Granja do Marquês]], em Sintra, constituindo assim o núcleo e a base daquilo que mais tarde se viria a tornar na [[Base Aérea n.º 1|Base Aérea N.º 1]] e na [[Academia da Força Aérea (Portugal)|Academia da Força Aérea]]. Durante os [[Década de 1920|anos 20]], uma série de voos pioneiros marcaram a história da aviação em Portugal, com uma série de militares e civis a realizarem voos de longo alcance, para lugares um pouco por todo o mundo, como o [[Primeira travessia aérea do Atlântico Sul|Brasil]] e Macau;<ref name=":0" /> durante esta década, Portugal contava com três bases aéreas: a Base Aérea N.º 1, em [[Sintra]], a [[Centro de Formação Militar e Técnica da Força Aérea|Base Aérea N.º 2]], em [[Ota (Alenquer)|Ota]], e a [[Aeródromo Militar de Tancos|Base Aérea N.º 3]], em [[Tancos]].<ref name=":2" /> Nos anos 30, a Marinha e o Exército prosseguiram com a aquisição de vários tipos de aeronaves mais avançadas, e no meio civil várias dezenas de clubes de aviação foram criados; nesta década, também é criado em Portugal o primeiro avião português, um hidroavião baptizado "Portugal", que hoje está em exposição num pavilhão da OGMA ([[OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal|Oficinas Gerais de Material Aeronáutico]]), em [[External|Alverca]].<ref name=":1" /><ref name=":2" />
== História ==
[[Ficheiro:Supermarine Spitfire in the Museu do Ar (4417795085).jpg|esquerda|miniaturadaimagem|250x250px|Um Supermarine Spitfire em exposição no Museu do Ar]]
[[Ficheiro:F16A FAP refuel KC-10.jpg|thumb|right|270px|Um caça [[F-16 Fighting Falcon|F16A]] da FAP, preparando-se para ser reabastecido em voo]]
Na segunda metade da década de 30, com as tensões bélicas a aumentarem na [[Europa]] e aliado ao clima político que se vivia em Portugal, a arma da aeronáutica do exército efectuou vários voos de apoio e reconhecimento em prol da [[Espanha Nacionalista]] e em apoio a missões da [[Luftwaffe]] contra a [[Constituição espanhola de 1931|Espanha Republicana]]. Durante a [[Segunda Guerra Mundial]], Portugal veio a armar os seus dois braços aéreos (o do exército e o da marinha) com novos [[Hidroavião|hidroaviões]] e modernos aviões, entre os quais se pode destacar os alemães [[Junkers Ju 52]] e [[Junkers Ju 86]], os britânicos [[Bristol Blenheim]], [[Hawker Hurricane]] e [[Supermarine Spitfire]], e os norte-americanos [[Lockheed P-38 Lightning|P-38 Lightning]] e [[B-24 Liberator|Consolidated B-24 Liberator]], um reflexo da dualidade diplomática em que Portugal estava inserido.<ref name=":2" /> Durante este conflito, foram criadas mais [[Base aérea|bases aéreas]] e aeródromos, como é o exemplo da [[Base Aérea das Lajes]], na [[Ilha Terceira]], [[Açores]], que serviu para assegurar a defesa militar do [[Arquipélago dos Açores|arquipélago açoriano]] e de base de apoio às operações aéreas [[Estados Unidos|norte-americanas]] contra a [[Alemanha Nazi]]. Com o final da Segunda Guerra Mundial e consequente posição de Portugal entre os aliados vencedores, Portugal fez parte do conjunto de países fundadores da [[Organização do Tratado do Atlântico Norte|NATO]], surgindo assim a necessidade de uma reforma nas esferas militares. Com efeito, foi assim criado o [[Ministério da Defesa Nacional|Ministério da Defesa]], a posição militar de [[Estado-Maior-General das Forças Armadas|Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas]] e o [[Ministério da Guerra (Portugal)|Ministério da Guerra]] passou a designar-se [[Ministério do Exército (Portugal)|Ministério do Exército]], o que levou à criação do [[Subsecretariado de Estado da Aeronáutica]], hierarquicamente dependente do Ministério da Defesa. Com a uniformização das estruturas militares de todos os países da NATO, e apesar de alguma resistência por parte dos militares portugueses, os braços aéreos da Marinha e do Exército foram, por lei, fundidos no dia 27 de Junho de 1952, sob o nome de Força Aérea Portuguesa, que teve o seu verdadeiro começo como ramo independente no dia 1 de Julho de 1952.<ref name=":1" /><ref name=":2" />
[[Ficheiro:Asas Portugal Vigo 2009.JPG|thumb|270px|right|Atuação da patrulha acrobática ''[[Asas de Portugal]]'']]
[[Ficheiro:F-84 Portugues.jpg|thumb|270px|right|Reabastecimento de um caça [[F-84]] da FAP em [[Angola]], durante a Guerra do Ultramar]]
[[Ficheiro:P2V-5 Neptunes of the Portuguese Air Force.jpg|thumb|270px|right|Aviões de luta anti-submarina [[P-2 Neptune]] da FAP, estacionados em Angola, durante a Guerra do Ultramar]]
[[Ficheiro:AssaltonaMatadaSanga....jpg|thumb|270px|right|Lançamento de pára-quedistas de um [[Alouette III]] da FAP, num heliassalto durante a Guerra do Ultramar]]
[[Ficheiro:Fiat G.91 @ Lajes Airfield.jpg|thumb|270px|right|Antigo caça-bombardeiro [[Fiat G-91]] da FAP]]


=== Cronologia Histórica ===
=== Primeiros anos da FAP ===
A primeira organização da força aérea consistiu em um Comando Geral das Forças Aéreas, um Comando das Forças Aéreas Operacionais, um Comando de Instrução e Treino, seis bases aéreas (BA1 em Sintra, BA2 na OTA, BA3 em Tancos, BA4 nas Lajes, [[Base Aérea de Monte Real|BA5]] em [[Monte Real]] (ainda não contava, mas já estava em fase de projecto), [[Base Aérea de Montijo|BA6]] no [[Montijo]] e BA7 em [[São Jacinto (Aveiro)|S. Jacinto]]), quatro aeródromos-base, um grupo de esquadras de caça, esquadras de aviação de cooperação com as forças de terra e navais, unidades de busca e salvamento, formações de transporte aéreo, esquadras de treino, escolas, unidades de alerta e tropas de defesa terrestre contra aeronaves.<ref name=":2" />
* '''1909''' – É fundado o '''[[Aero Club de Portugal]]''', por um grupo de oficiais do Exército, com o objectivo de promover o desenvolvimento da [[Aeronáutica]] em [[Portugal]], bem como o seu uso militar
[[Ficheiro:P2V-5 Neptunes of the Portuguese Air Force.jpg|miniaturadaimagem|250x250px|Dois P2V-5 Neptune da FAP]]
* '''1911''' – No âmbito da nova organização geral do Exército Português, decretada a 25 de maio de 1911, é criada a '''[[Companhia de Aerosteiros]]''', a primeira unidade militar aeronáutica portuguesa, que se instala em [[Vila Nova da Rainha (Azambuja)|Vila Nova da Rainha]] no concelho da [[Azambuja]]. A unidade tinha por missão assegurar as comunicações militares pelo meio da [[aerostação]], [[aviação]] e [[pombo-correio|pombos correios]]{{carece de fontes}}
Sob esta nova organização, onde os aviões passaram a estar agrupados em [[Esquadra|esquadras]] e não em [[Esquadrilha|esquadrilhas]], houve lugar para um alargamento e modernização das forças. Ao abrigo da NATO, os primeiros aviões cedidos a Portugal foram 50 caças [[Republic P-47|Republic F-47 Thunderbolt]], formando duas esquadras na Base Aérea N.º 2, na Ota. Ainda em 1952, chegaram à Ota os primeiros [[Avião a jato|aviões a jacto]], dois [[De Havilland Vampire]], sendo também os dois primeiros aviões a jacto a voar nos céus de Portugal. Em 1953 foram adquiridos também 50 aviões de combate a jacto [[Republic F-84 Thunderjet|Republic F-84]] e 15 [[Lockheed T-33]]. Portugal estava assim, já em 1952, entre os poucos países com uma força aérea considerável de poderio a jacto. Entre 1953 e 1954, na recém modernizada BA6, orientou-se o esforço aéreo para a luta [[Guerra antissubmarino|anti-submarina]] e criou-se a Primeira Esquadra de Transportes Aéreos, com base no [[Aeroporto Humberto Delgado|Aeroporto da Portela]], composta por 7 aviões [[Douglas C-54|C-54 Skymaster]] (cinco dos quais adquiridos ao abrigo da NATO).<ref name=":2" />
* '''1912''' – A título experimental, são integrados, na Companhia de Aerosteiros, os primeiros aviões, o primeiro dos quais um [[Deperdussin B]], nascendo assim a aviação militar portuguesa
* '''1914''' – No Exército Português é criado o '''Serviço Aeronáutico Militar''' e a '''[[Base Aérea de Sintra|Escola Militar de Aeronáutica (EMA)]]''', instalada em Vila Nova da Rainha, junto à Companhia de Aerosteiros
* '''1917''' – Na Marinha, é criado o '''[[Aviação Naval Portuguesa|Serviço e Escola de Aviação da Armada]]''', bem como a primeira base aeronaval, o [[Doca do Bom Sucesso|Centro de Aviação Marítima do Bom Sucesso]], em Lisboa
* '''1917''' – No âmbito da participação portuguesa na [[Primeira Guerra Mundial]] é prevista a criação dos '''[[Corpo Expedicionário Português|Serviços de Aviação do Corpo Expedicionário Português]]''' que não chegam a ser activados. A maioria dos militares enviados para França para formarem o serviço integram-se em unidades de aviação francesas e britânicas, onde se tornam os primeiros aviadores portugueses a entrar em combate
* '''1917''' – É enviada para [[Moçambique]] uma [[bases aéreas portuguesas no Ultramar|Esquadrilha Expedicionária]] para participar nas operações contra os alemães. A esquadrilha torna-se uma das primeiras unidades de aviação militar de [[África]]
* '''1918''' – A aviação do Exército é reorganizada, passando a denominar-se '''Serviço de Aeronáutica Militar''' e integrando a Direcção de Aeronáutica directamente dependente do [[Ministério da Guerra (Portugal)|Ministro da Guerra]], as Escolas Militares de Aviação e de Aerostação, as Tropas Aeronáuticas (de Aviação e de Aerostação) e o [[OGMA|Parque de Material de Aeronáutica]]
* '''1918''' – O Serviço de Aviação da Armada é reorganizado e passa a designar-se '''[[Aviação Naval Portuguesa|Serviços da Aeronáutica Naval]]'''
* '''1919''' – É criado o Grupo de Esquadrilhas de Aviação "República" (GEAR) na [[Amadora]]. O GEAR é a primeira unidade operacional de aviação militar em Portugal, integrando esquadrilhas de combate (caças), de bombardeamento e de observação
* '''1924''' – Pelo Decreto n.º 10 094 de 26 de setembro de 1924, a aeronáutica do Exército passa a arma independente (em igualdade com a Cavalaria, Infantaria, Artilharia e Engenharia) com a designação de "Arma de Aeronáutica Militar"
* '''1931''' – Os Serviços da Aeronáutica Naval são transformados nas '''[[Aviação Naval Portuguesa|Forças Aéreas da Armada]]'''
* '''1937''' – A Aeronáutica Militar é reorganizada, passando a dispor de um comando autónomo, designado "Comando-Geral da Arma da Aeronáutica", o que a torna praticamente num ramo independente, apesar de se manter administrativamente dependente do Exército. Anexo ao Comando-Geral é criado o Comando Terrestre de Defesa Aérea. Na nova organização os principais aeródromos militares passam a ser designados [[base aérea|Bases Aéreas]]
* '''1941''' – Com o fim de defender a neutralidade e a soberania portuguesa nos [[Açores]], juntamente com outras forças militares, começam a ser enviadas Esquadrilhas Expedicionárias para o Arquipélago
* '''1950''' – É criado o cargo de [[subsecretário de Estado da Aeronáutica]], na direta dependência do [[ministro da Defesa Nacional]] com o objectivo de passar a tutelar toda a aviação militar portuguesa. No entanto, o cargo só será provido quando da criação das forças aéreas como ramo independente em 1952
* '''1952''' – Através da Lei nº 2055 de 27 de Maio de 1952 a '''Aeronáutica Militar''' é organizada como ramo independente das Forças Armadas, sendo composta por forças aéreas independentes e por forças aéreas de cooperação com o Exército e com a Marinha. A Aeronáutica Militar é administrada, no plano governamental, pelo subsecretário de Estado da Aeronáutica e comandada superiormente pelo [[Chefe do Estado-Maior da Força Aérea|chefe do Estado-Maior das Forças Aéreas]]. Na nova Aeronáutica Militar são integradas as anteriores Aeronáutica do Exército e Aviação Naval, mas esta última mantém-se à disposição da Marinha para efeitos de instrução e de emprego operacional. Considera-se este o marco da criação da Força Aérea Portuguesa;
* '''1955''' – No seio das forças aéreas, é ativado oficialmente o [[Batalhão de Caçadores Paraquedistas]], a primeira unidade de [[Tropas Paraquedistas de Portugal|tropas pára-quedistas]] das Forças Armadas Portuguesas
* '''1956''' – Através do Decreto-Lei nº 40 949 de 28 de dezembro de 1956, as forças aéreas são reorganizadas, sendo oficializado o termo "Força Aérea" (no singular) como designação oficial do ramo, em alternativa ao de "Aeronáutica Militar" que irá cair em desuso. O território nacional metropolitano e ultramarino é dividido em três grandes regiões aéreas, que passam a exercer o comando operacional das unidades aéreas estacionadas na sua área: 1.ª Região Aérea, com comando em [[Lisboa]], abrangendo Portugal Continental, Açores, [[Madeira]], [[Guiné Portuguesa]] e [[Cabo Verde]]; 2.ª Região Aérea, com comando em [[Luanda]], abrangendo [[Angola]] e [[São Tomé e Príncipe]]; 3.ª Região Aérea, com comando em [[Maputo|Lourenço Marques]], abrangendo [[Moçambique]], [[Índia Portuguesa]], [[Macau]] e [[Timor-Leste]]. Mais tarde, dentro da 1.ª Região Aérea, são criados dois comandos semi-autónomos: Zona Aérea dos Açores e Zona Aérea da Guiné e Cabo Verde
* '''1958''' – As Forças Aeronavais (antiga Aviação Naval) são completamente integradas na Força Aérea, deixando de ter qualquer ligação administrativa à Marinha
* '''1960''' – São criadas as primeiras [[bases aéreas portuguesas no ultramar|bases aéreas em Angola (Luanda e Negage)]];
* '''1961''' – Ataques terroristas em Luanda e no norte de Angola dão início à [[Guerra do Ultramar]] em que a Força Aérea vai ter um papel muito activo, em operações de combate, reconhecimento, evacuação de feridos e apoio logístico às tropas e população civil
* '''1961''' – O Subsecretariado de Estado da Aeronáutica é substituído pela [[Secretaria de Estado da Aeronáutica]], cujo titular passa a ter assento no Conselho de Ministros, se bem que ainda mantenha um estatuto governamental inferior ado dos ministros do Exército e da Marinha
* '''1961''' – O general da Força Aérea [[Venâncio Deslandes]] é nomeado Governador-Geral e [[Comandante-Chefe das Forças Armadas]] de Angola. A função de Comandante-Chefe implicava o comando conjunto dos três ramos das forças armadas no respectivo Teatro de Operações, sendo o primeiro caso na Guerra do Ultramar em que essa função foi exercida por um oficial não pertencente ao Exército
* '''1962''' – Criação oficial das [[Formações Aéreas Voluntárias]], organizações de milícia aérea civil auxiliar da Força Aérea na Guerra do Ultramar
* '''1967''' - Em 12 de Outubro de 1967, o general da Força Aérea João Anacoreta de Almeida Viana assume interinamente as funções de Comandante-Chefe das Forças Armadas em Angola, cargo que virá a exercer plenamente entre Julho de 1968 e Maio de 1970
* '''1968''' - O general da Força Aérea Venâncio Deslandes assume o cargo de Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, mantendo-se em funções até 1972
* '''1974''' – Dá-se o golpe militar de [[25 de Abril de 1974|25 de Abril]] que derruba o governo de [[Marcelo Caetano]] e pôe fim à Guerra do Ultramar. Na sequência da revolução são extintos os Ministérios do Exército e da Marinha, bem como a Secretaria de Estado da Aeronáutica. As Forças Armadas deixam de ficar subordinadas ao poder civil, passando à tutela do [[Conselho da Revolução]]. Os Chefes de Estado Maior dos três ramos das Forças Armadas passam a exercer o comando do ramo, com o estatuto de ministro. O [[Estado-Maior-General das Forças Armadas|Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas]] passa a ter o estatuto equivalente ao de Primeiro-Ministro, ficando na dependência directa do [[Presidente da República]]
* '''1975''' - A FAP envia para [[Timor-Leste]] um destacamento de helicópteros, que ali opera em apoio das forças portuguesas (entre as quais um destacamento de pára-quedistas) até à invasão indonésia
* '''1975''' - Com a independência dos territórios africanos portugueses, a FAP retira de África, sendo extintas a 2ª e a 3ª Regiões Aéreas. Mantém-se apenas o Comando da 1ª Região Aérea que é, pouco depois, transformado no Comando Operacional da Força Aérea
* '''1977''' – A Força Aérea é reorganizada, sendo criado o [[Instituto de Altos Estudos da Força Aérea]]
* '''1978''' – Entra em funcionamento a 1 de Fevereiro a [[Academia da Força Aérea (Portugal)|Academia da Força Aérea]]
* '''1982''' – Na sequência da reforma constitucional onde é extinto o Conselho da Revolução, as Forças Armadas voltam a ficar subordinadas ao poder civil. A Força Aérea Portuguesa, tal como os outros ramos, é integrada no [[Ministério da Defesa Nacional]]


Em 1955 foi criado o primeiro [[Batalhão de Tropas Paraquedistas]], com sede na [[Aeródromo Militar de Tancos|Base Aérea de Tancos]], e foi criada a primeira estação de radar em [[Serra de Montejunto|Montejunto]]. No ano seguinte, deu-se mais um salto no âmbito da defesa aérea, com a criação do Grupo de Detecção e Controlo da Intercepção, sediado em [[Serra de Monsanto|Monsanto]], Lisboa; este grupo era especial na sua forma de serviço, pois estava ligado às unidades de caças e à [[Defesa antiaérea|artilharia anti-aérea]] do exército e da armada, isto em caso de ataque.<ref name=":2" /> Passados quatro anos de trabalho e organização, em 1956 foi estruturado o Estado-maior no seu molde tradicional, o território nacional foi dividido em três Regiões Aéreas, que podiam ser subdivididas em Zonas Aéreas caso necessário, e passaram a existir determinadas especialidades e serviços: Serviço de Comunicações e Tráfego Aéreo, Serviço de Recrutamento e Instrução, Serviço de Saúde, Serviço de Material, Serviço de Infra-estruturas e Serviço de Intendência e Contabilidade. As três Regiões Aéreas estendiam-se quase por todo o globo (a Região N.º 1 abrangia [[Portugal Continental]], [[Açores]], [[Madeira]] e [[Cabo Verde]], a Região N.º 2 [[Angola]], [[Guiné]] e [[São Tomé e Príncipe|S. Tomé e Príncipe]], e a Região N.º 3 [[Moçambique]], [[Estado da Índia|Índia Portuguesa]], [[Macau]] e [[Timor-Leste|Timor]]) e tinham cada uma um comando próprio, em [[Lisboa]], [[Luanda]] e [[Lourenço Marques]], respectivamente.<ref name=":2" />
=== Unidades Iniciais da FAP ===
{{Sem-fontes|data=janeiro de 2011| angola=| arte=| Brasil=| ciência=| geografia=| música=| Portugal=| sociedade=|1=|2=|3=|4=|5=|6=}}
Em [[1952]], quando a Força Aérea se tornou independente passou a ter a seu cargo todas as infraestruturas aeronáuticas que eram pertença do Exército e da Marinha. As suas primeiras unidades foram:


Os meios aéreos continuaram a aumentar em número e modernidade até 1961, tendo sido adquiridos quinze aviões [[Bimotor|bimotores]] [[Lockheed Ventura|Lockheed PV-2 Harpoon]] em 1956 e mais trinta em 1961; seguiram-se mais quinze aviões [[North-American T-6|T-6 Havard]], cinquenta [[North American F-86 Sabre]] e sete [[Aérospatiale Alouette II|Sud Aviation Alouette II]], em 1958; sete [[Beechcraft C-45 Expeditor|Beechcraft C45 Expeditor]] e cinco [[Lockheed T-33|T-33 Silver Star]] em 1959, e doze [[Noratlas]] e doze [[Lockheed P-2 Neptune|Lockheed P-2V5 Neptune]] em 1960.<ref name=":2" />
'''Pertencentes à antiga Aeronáutica Militar:'''
* Grupo Independente de Aviação de Caça, em [[Espinho (Portugal)|Espinho]], com duas esquadrilhas de aviões [[Hawker Hurricane|Hurricane]]. As suas infraestruturas foram transformadas no Aeródromo-Base n.º 1 da FAP, sendo desativadas em 1955
* [[Base Aérea de Sintra|Base Aérea N.º 1]] em [[Sintra]], vocacionada para a instrução
* [[Centro de Formação Militar e Técnica da Força Aérea|Base Aérea N.º 2]], na [[Ota (Alenquer)|Ota]], com uma Esquadrilha de transportes [[Junkers JU 52/3m]] e um Grupo de três esquadrilhas de caça, uma [[P-47 Thunderbolt]] e as outras duas com [[Supermarine Spitfire|Spitfire]]
* [[Base Aérea de Tancos|Base Aérea N.º 3]], em [[Tancos]] com a Esquadrilha de Reconhecimento e Cooperação equipada com aviões [[Lysander]] e um Grupo de esquadrilhas de caças [[Hawker Hurricane|Hurricane]]
* [[Base Aérea das Lajes|Base Aérea N.º 4]], nas [[Lajes (Praia da Vitória)|Lajes]] com missões de transporte, reconhecimento e busca e salvamento, equipada com cinco [[Boeing SB-17G]], três hidro-aviões [[Grumman SA-16 Albatross]] e um [[Sikorsky UH-19]]<ref>http://www.scribd.com/doc/13266410/Mais-Alto-Asas-Rotativas-Na-Fap-N348| FAP - Mais Alto Nº 348 Mar/Abr 2004 pag. 37</ref>
* [[Base Aérea de Monte Real|Base Aérea N.º 5]] em [[Monte Real]], Leiria
* [[Aeródromo Militar de Lisboa|Campo-Base de Lisboa]], com aviões de transporte de vários tipos. Na FAP, a partir de 1955, passou a chamar-se [[Aeródromo Militar de Lisboa|Aeródromo-Base n.º 1]], sendo em 1978 transformado em [[Aeródromo Militar de Lisboa|Aeródromo de Trânsito n.º 1]]


=== Guerra do Ultramar ===
'''Pertencentes às antigas Forças Aéreas da Armada:'''
[[Ficheiro:Js-municiamento f-84.jpg|miniaturadaimagem|250x250px|Um F-84 da Força Aérea Portuguesa a ser municiado nos anos 60, na Base Aérea de Luanda]]
* [[Área Militar de São Jacinto|Centro de Aviação Naval de São Jacinto]], perto de [[Aveiro]], com aviões torpedeiros [[Curtiss Helldiver]]. Na FAP a unidade passou por várias designações, a mais longa das quais Base Aérea n.º 7
Antes no início da Guerra do Ultramar, Portugal já havia passado por uma situação semelhante nos [[Estado da Índia|territórios ultramarinos na Índia]], tendo as mais altas esferas de comando começado, de imediato, um estudo aos territórios ultramarinos em África para uma eventual necessidade de apoio aéreo a operações militares terrestres. Contudo, por diversos motivos políticos, militares e de natureza económica, foi negligenciada a necessidade de construção de infra-estruturas necessárias para uma eficaz actuação da Força Aérea em África. Depois da [[História da República Democrática do Congo#Independência|Independência do Congo Belga]], em 1960, foram iniciados os primeiros esforços com vista à instalação da Força Aérea em Angola, com uma estratégia para a protecção do norte e leste desta província ultramarina; isto fez de Luanda um ponto de partida para o poder aéreo naquela região. Por toda a província angolana, uma série de aeródromos foram idealizados, sendo as principais plataformas aéreas a Base Aérea N.º 9, em Luanda, o Aeródromo-base N.º 3 no [[Negage]] e o N.º 4 em Henrique de Carvalho. O desenvolvimento destas unidades deu à Força Aérea Portuguesa uma série de conhecimentos que seriam aplicados em outras unidades e regiões semelhantes.<ref name=":2" />
* [[Base Aérea de Montijo|Centro de Aviação Naval Sacadura Cabral]], descendente do Centro de Aviação Naval do Bom Sucesso, em [[Belém (Lisboa)|Belém]].<ref>A Aviação Naval experimentou, durante pouco tempo, um [[Westland-Sikorsky WS-51 Dragonfly]] Mk.1A civil britânico, com a matrícula G-ALMB (e o número de construção c/n WA-H-6), que passou pela Doca do Bom Sucesso, em Lisboa. Depois de ter estado em Portugal foi vendido para Itália, onde foi matriculado I-MCOM e posteriormente MM80118I (número de cauda militar). '''Este helicóptero foi o primeiro a operar em Portugal''', pertence actualmente ao Museu da Força Aérea Italiana.</ref> Transferido para [[Montijo]] na década de 50. A unidade estava inicialmente equipada com aviões [[Consolidated Fleet]], [[North-American T-6]] e [[Grumman G-21 Goose]]. Na Força Aérea passou a designar-se [[Base Aérea de Montijo|Base Aérea n.º 6]]<ref>Lei Orgânica da Força Aérea (Decreto-Lei 232/2009 de 15 de Setembro)</ref>
[[Ficheiro:AssaltonaMatadaSanga....jpg|esquerda|miniaturadaimagem|250x250px|Um Alouette III da FAP no decorrer de uma missão]]
Em 1961, o estado autorizou a criação de um corpo de enfermeiras paraquedistas, uma aposta que durante a guerra revelar-se-ia um sucesso pelos números de vidas salvas.<ref>{{Citar web|url=http://www.operacional.pt/enfermeiras-para-quedistas-1961-2002/|titulo=ENFERMEIRAS PÁRA-QUEDISTAS 1961-2002 {{!}} Operacional|acessodata=2016-12-23|obra=www.operacional.pt}}</ref> Em Moçambique, deu-se início à instalação de meios aéreos, principalmente de transporte, e à construção de infra-estruturas, ficando as primeiras unidades aéreas próximas aos aeroportos já existentes, nomeadamente o de Lourenço Marques, onde se instalou o primeiro destacamento de [[Tropas Paraquedistas de Portugal|tropas paraquedistas]], e o da [[Beira (Moçambique)|Beira]], onde se instalaram postos de comunicação. Em [[Nampula (província)|Nampula]] foi criado o Aeródromo-base N.º 5, em 1962, operando aviões T-6 e [[Dornier Do 27|Dornier 27]]. Os primeiros PV2 chegaram à Beira em Fevereiro de 1962, e no final do ano a Base Aérea N.º 10 receberia vários aviões Noratlas. Além da natureza militar destes empreendimentos, a Força Aérea prestava também inúmeros serviços sanitários e logísticos às populações ali instaladas. Na Guiné, quando a guerra se iniciou em 1963, a Força Aérea instalou-se no [[Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira|Aeroporto de Bissau]], com a criação da [[Bases aéreas portuguesas no Ultramar|Base Aérea N.º 12]], seguida mais tarde com pistas asfaltadas em Nova Lamego, [[Cufar]] e [[Aldeia Formosa]].<ref name=":2" />


Assim, a missão da Força Aérea no [[Ultramaratona|Ultramar]] assentava-se em três pilares: [[transporte aéreo]] de militares e mercadorias, [[reconhecimento aéreo]] e [[Apoio aéreo aproximado|apoio aéreo]] às operações terrestres. Além disto, por várias vezes a FAP levou a cabo missões exclusivas de [[guerra psicológica]] e de lançamento de tropas aero-transportadas contra grupos de [[guerrilheiros]]. Quando se fazia uso dos helicópteros ou de lançamento de tropas paraquedistas, havia sempre quatro parelhas de aviões envolvidas, duas de reserva e duas empenhadas. Estas missões da FAP eram sempre executadas com um alto grau de sucesso, devido ao facto de haver uma total [[supremacia aérea]] em contraste com os grupos guerrilheiros que não possuíam qualquer meio aéreo, com excepção de alguma actividade de artilharia anti-aérea na Guiné e Mueda no Norte de Moçambique. Na fase final da guerra, com a introdução de mísseis [[9K32 Strela-2|SAM 7]] na Guiné e em Moçambique, passou a haver supremacia aérea dos guerrilheiros em pequenas porções de território.<ref name=":2" />
== Estrutura ==


Na fase avançada da guerra, a partir de 1968, o dispositivo da Força Aérea Portuguesa no Ultramar era o seguinte:<ref name=":2" />
A Força Aérea é um ramo das Forças Armadas, dotado de autonomia administrativa, que se integra na administração directa do Estado, através do [[Ministério da Defesa Nacional]].
* Região Aérea N.º 1: Zona Aérea de Cabo Verde e Guiné - Base Aérea N.º 12 e três aeródromos;
* Região Aérea N.º 2: Base Aérea N.º 9, Aeródromo-base N.º 3 e N.º 4, e nove aeródromos;
* Região Aérea N.º 3: Base Aérea N.º 10, Aeródromo-base N.º 5, N.º 6, N.º 7 e N.º 8, e sete aeródromos.
[[Ficheiro:Fiat G91.jpg|miniaturadaimagem|Um Fiat G91 português em exposição|250x250px]]
O número de aeronaves colocadas em cada uma das províncias ultramarinas nunca foi elevado, sendo que nunca ultrapassou, no total, centena e meia de aviões em prontidão de serviço. Isto mostrava como a Força Aérea actuava no palco meramente como uma força de apoio indispensável, em vez de uma força totalmente independente com as suas próprias missões e objectivos tácticos.<ref name=":2" />


Com o bloqueio que Portugal sofreu devido à sua posição inflexível em relação à independência das suas províncias,<ref>{{citar web|url=http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1223379275O6tBL0an1Az23CC9.pdf|titulo=O litígio entre Portugal e a ONU (1960-1974)|data=|acessodata=23 de Dezembro de 2016|publicado=http://analisesocial.ics.ul.pt/|ultimo=Silva|primeiro=Duarte}}</ref> os meios aéreo que estavam a operar em África ou eram do tempo da Segunda Guerra Mundial ou eram [[Avião civil|aeronaves civis]] adaptadas para serviço militar. Uma das raras excepções foi a dos aviões [[Fiat G.91|Fiat G-91]], vendidos pela [[Alemanha Ocidental|República Federal da Alemanha]], graças às facilidades concedidas na utilização germânica da [[Base Aérea de Beja]]. Além do facto de os aviões começarem a ser obsoletos para o serviço que prestavam, as sanções de material militar forçavam cada vez mais o uso prolongado de determinadas máquinas, materiais e peças. O armamento usado durante a guerra era de fraca qualidade, antigo e susceptível de falhas.<ref name=":2" />
A Força Aérea organiza -se numa estrutura vertical e hierarquizada e os respectivos órgãos relacionam-se através dos seguintes níveis de autoridade:
* Autoridade hierárquica
* Autoridade funcional
* Autoridade técnica


=== Pós 25 de Abril ===
A Força Aérea é comandada pelo [[Chefe do Estado-Maior da Força Aérea]] e para o cumprimento da respectiva missão compreende:
Em Abril de 1974 a Força Aérea, que havia começado a sua existência 23 anos antes como uma força moderna, havia perdido o contacto com as evoluções técnicas que apareciam no mundo. Nos anos seguintes, foi feito um esforço de modernização à custa da alienação de muitas aeronaves já, então, desnecessárias. Com a [[Revolução de 25 de Abril de 1974|mudança do panorama político]], veio a mudança do [[Descolonização portuguesa de África|panorama territorial]] que a Força Aérea cobria pelo mundo, tendo-se começado então a pensar numa reorganização de acordo com a nova realidade territorial e regras da NATO. Os oficiais que necessitavam passar por determinados cursos frequentavam, até então, a Academia Militar, que dispunha de cursos para o efeito.<ref name=":2" /> A partir de 1 de Fevereiro de 1978, a Academia da Força Aérea começa a sua actividade, na altura, com apenas um curso activo, o de piloto-aviador. A partir deste momento, a Força Aérea Portuguesa passaria a formar de raiz os seus quadros superiores de uma forma totalmente independente do exército.<ref>{{Citar web|url=http://www.academiafa.edu.pt/subPagina-10D00-019.001.001-historia|titulo=História {{!}} Academia da Força Aérea|acessodata=2016-12-23|obra=www.academiafa.edu.pt|ultimo=WEBTEAM|primeiro=FAP - DCSI -}}</ref>
* [O Estado -Maior da Força Aérea - EMFA]
* Os órgãos centrais de administração e direcção
** [[Comando de Pessoal da Força Aérea (CPESFA)]]
** [[O Comando da Logística da Força Aérea (CLAFA)]]
** [[O Comando da Instrução e Formação da Força Aérea (CIFFA)]]
** A Direcção de Finanças da Força Aérea (DFFA)
* O comando de componente aérea, [[Comando Aéreo (CA)]]
* Os órgãos de conselho
* O órgão de inspecção, designado por Inspecção-Geral da Força Aérea
* Os órgãos de base
* Os elementos da componente operacional do sistema de forças
* Outros órgãos que integrem sistemas regulados por legislação própria


=== Actualidade ===
=== Chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA) ===
[[Ficheiro:F16A FAP refuel KC-10.jpg|miniaturadaimagem|Um F-16 da Força Aérea Portuguesa, no decorrer de um exercício de treino de reabastecimento aéreo|313x313px]]
[[Imagem:Lajes Air Base 1989 DF-ST-89-07752.jpg|thumb|270px|right|Base Aérea das Lajes]]
Para modernizar a Força Aérea Portuguesa e fazer dela uma força credível no panorama geoestratégico da NATO e da Europa, o ramo aéreo português iniciou uma actualização dos seus meios e da sua estrutura. Foram formadas quatro esquadras de combate, uma das quais de luta anti-submarino e, além destas, nove esquadras de voo com outros fins. Das quatro esquadras de combate, duas ficaram equipadas com caças [[General Dynamics F-16|F-16 Fighting Falcon]], uma com aviões [[Dassault-Dornier Alpha-Jet|Alpha-Jet]] e outra com o [[Lockheed P-3 Orion|P-3P Orion]], que também tem como missão a busca e salvamento de longo alcance.<ref name=":2" /> Apesar da actualização dos meios aéreos, como a aquisição de aviões [[Lockheed C-130 Hercules|C-130]] a partir de 1977<ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/po/esquadra/sobre-501|titulo=Sobre {{!}} Esquadra 501 - "Bisontes"|acessodata=2016-12-23|obra=www.emfa.pt|ultimo=WEBTEAM|primeiro=DCSI -}}</ref> e a substituição do [[CASA C-212 Aviocar|C-212]] pelo [[EADS CASA C-295|C-295]]<ref name=":4" /> e do [[Aérospatiale SA-330 Puma|SA 330 Puma]] pelo [[AgustaWestland EH101|EH-101]],<ref name=":15" /> algumas aeronaves mais antigas continuam empenhadas na realização de missões, como é o caso do [[Aérospatiale Alouette III|Alouette III]] que realiza ocasionalmente transporte aéreo e ainda é uma peça fundamental na instrução de pilotagem de helicópteros e de apoio táctico.<ref name=":11" />
[[Imagem:Casa c-295 faial.JPG|thumb|270px|right|Avião de transporte [[CASA C-295]]]]
[[Imagem:Epson.JPG|thumb|right|270px|Avião de instrução [[Aérospatiale Epsilon-TB 30]]]]
Manuel Teixeira Rolo é o actual Comandante da Força Aérea, sendo o principal colaborador do [[Ministério da Defesa Nacional|Ministro da Defesa Nacional]] e do [[Estado-Maior-General das Forças Armadas|Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas]] em tudo o que diz respeito à Força Aérea Portuguesa.


A FAP dispõe também de meios de transporte VIP a jacto, através das aeronaves [[Dassault Falcon 50|Falcon 50]], que realizam transporte aéreo de altas entidades militares e de estado, assim como transporte rápido de órgãos para transplante. Para o treino e instrução de pilotos, existem várias aeronaves distribuídas por várias esquadras, como os planadores [[Schleicher ASK 21|ASK-21]] e [[LET L-23|L-23 Super Blanik]], e aviões [[De Havilland Canada DHC-1 Chipmunk|Chipmunk MK 20]] modificado, [[Aérospatiale Epsilon-TB 30|Aerospatiale Epsilon-TB 30]], Alpha-Jet e Alouette III.<ref name=":2" /><ref name=":13" />
=== Estado-Maior da Força Aérea (EMFA) ===
O Estado -Maior da Força Aérea (EMFA) constitui o órgão de estudo, concepção e planeamento da actividade da Força Aérea, para apoio à decisão do CEMFA. É dirigido pelo VCEMFA que, para o efeito, é coadjuvado por um major-general piloto-aviador designado por subchefe do Estado -Maior da Força Aérea .


Devido aos compromissos de Portugal com diversas [[Organização internacional|organizações internacionais]], como por exemplo a [[União Europeia]], a NATO e a [[Organização das Nações Unidas|ONU]], a Força Aérea tem sido diversas vezes destacadas para missões em vários [[Continente|continentes]] e situações completamente distintas, tanto em cenários de guerra como em desastres naturais, destacando-se a [[Guerra do Golfo]], o embargo à ex. Jugoslávia, missões de manutenção da paz no [[Kosovo]] e em [[Timor-Leste]], e em missões humanitárias no [[Ruanda]], [[República Democrática do Congo|Congo]] e em Angola,<ref name=":2" /> destacando-se recentemente os esforços de vigilância, busca e salvamento no [[Mar Mediterrâneo]] aquando da [[Crise migratória na Europa|crise Migratória na Europa]], através da participação em operações como a ''SOPHIA'' e a ''FRONTEX,''<ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/mobile/noticia-1081-sedn-visita-militares-da-forca-aerea-destacados-em-sigonella|titulo=Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-12-23|obra=www.emfa.pt}}</ref> cenário onde a FAP já resgatou e salvou milhares de vidas.<ref>{{Citar periódico|titulo=Força Aérea portuguesa participa no resgate de mil migrantes no Mediterrâneo|jornal=SIC Notícias|url=http://sicnoticias.sapo.pt/especiais/crise-migratoria/2016-06-08-Forca-Aerea-portuguesa-participa-no-resgate-de-mil-migrantes-no-Mediterraneo}}</ref> Em Dezembro de 2016, a Força Aérea ganhou um concurso onde irá liderar uma experiência pioneira de uso de [[Veículo aéreo não tripulado|drones]] no controlo de imigração clandestina no Mar Mediterrâneo.<ref>{{Citar web|url=http://www.portugalglobal.pt/PT/PortugalNews/Paginas/NewDetail.aspx?newId=%7B782263D7-F41C-4A7C-AC9D-51204FD5C417%7D|titulo=NewDetail|acessodata=2016-12-23|obra=www.portugalglobal.pt}}</ref>
=== Comando Aéreo (CA)<ref>http://www.emfa.pt/www/dispositivo.php?lang=pt&cod=*</ref> ===
O Comando Aéreo é dirigido por um [[Hierarquia militar (Portugal)|Tenente-General]] e tem como missão o planeamento, direcção e controlo dos sistemas de armas e actividade de defesa aérea do território nacional. Compete ainda a este comando a segurança de todas as unidades e órgãos da Força Aérea.


== Organização ==
* Unidades base
** [[Base Aérea de Sintra|Base Aérea n.º 1]], em [[Sintra]]
** [[Base Aérea das Lajes|Base Aérea n.º 4]], nas [[Lajes (Praia da Vitória)|Lajes]]
** [[Base Aérea de Monte Real|Base Aérea n.º 5]], em [[Monte Real]]
** [[Base Aérea de Montijo|Base Aérea n.º 6]], em [[Montijo]]
** [[Base Aérea de Beja|Base Aérea n.º 11]], em [[Beja]]
** [[Aeródromo Militar de Lisboa|Aeródromo de Trânsito n.º 1]], em [[Lisboa]]
** [[Aeródromo Militar de Ovar|Aeródromo de Manobra n.º 1]], em [[Ovar]]
** [[Aeródromo Militar de Porto Santo|Aeródromo de Manobra n.º 3]], em [[Porto Santo]]


=== Chefe do Estado-Maior da Força Aérea ===
* Unidades de vigilância e deteção
O [[Chefe do Estado-Maior da Força Aérea]] (CEMFA) é a designação do comandante supremo da Força Aérea Portuguesa. É o principal colaborador do [[Ministro da Defesa Nacional]] e do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) em todos os assuntos respeitantes à Força Aérea. O actual CEMFA é o [[General]] [[Piloto (aviação)|Piloto-Aviador]] [[Manuel Teixeira Rolo]].<ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/unidade-5-chefe-do-estado-maior-da-forca-aerea|titulo=Chefe do Estado-Maior da Força Aérea {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-12-23|obra=www.emfa.pt|ultimo=WEBTEAM|primeiro=DCSI -}}</ref>
** [[Estação de Radar n.º 1]], em Fóia
** [[Estação de Radar n.º 2]], no Pilar
** [[Estação de Radar n.º 3]], em Montejunto
** [[Estação de Radar n.º 4]], no [[Pico do Arieiro]]


==== Órgãos de Apoio ao CEMFA ====
* Outras unidades
O CEMFA tem uma série de órgãos de apoio que o ajudam no exercício das suas funções:
** [[Centro de Formação Militar e Técnica da Força Aérea]] (antiga [[Centro de Formação Militar e Técnica da Força Aérea|Base Aérea n.º 2]]), em [[Ota (Alenquer)|Ota]]
* O Vice-Chefe do Estado-Maior da Força Aérea (VCEMFA), que é um Tenente-General hierarquicamente superior a todos os oficiais do seu posto, exerce todas as competências que lhe sejam delegadas pelo CEMFA, substituindo o mesmo nos seus impedimentos e ausências. Tem na sua dependência o Serviço de Documentação da Força Aérea, a [[Unidade de Apoio de Lisboa]] e o Sub-Registo;<ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/unidade-58-vice-chefe-do-estado-maior-da-forca-aerea|titulo=Vice-Chefe do Estado-Maior da Força Aérea {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-12-23|obra=www.emfa.pt|ultimo=WEBTEAM|primeiro=DCSI -}}</ref>
** [[Campo de Tiro de Alcochete|Campo de Tiro]], em [[Alcochete]]
* O Gabinete do Chefe do Estado-Maior da Força Aérea (GABCEMFA), que apoia o CEMFA no exercício das suas funções e tem na sua dependência as [[Relações públicas|Relações Públicas]], o [[Ajudante de campo|Ajudante de Campo]] do CEMFA e o Assessor do CEMFA para a Categoria de Sargentos;<ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/unidade-6-gabinete-do-chefe-do-estado-maior-da-forca-aerea|titulo=Gabinete do Chefe do Estado-Maior da Força Aérea {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-12-23|obra=www.emfa.pt|ultimo=WEBTEAM|primeiro=DCSI -}}</ref>
* O Estado-Maior da Força Aérea (EMFA), cuja missão é apoiar as decisões do CEMFA através de estudos à actividade da Força Aérea e coordenar a execução das acções delas resultantes, tem na sua dependência o Subchefe do EMFA;<ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/unidade-13-estado-maior-da-forca-aerea|titulo=Estado-Maior da Força Aérea {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-12-23|obra=www.emfa.pt|ultimo=WEBTEAM|primeiro=DCSI -}}</ref>
* O Departamento Jurídico da Força Aérea (DJFA), que conduz os assuntos de natureza jurídica da FAP;<ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/unidade-7-departamento-juridico-da-forca-aerea|titulo=Departamento Jurídico da Força Aérea {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-12-23|obra=www.emfa.pt|ultimo=WEBTEAM|primeiro=DCSI -}}</ref>
* A [[Academia da Força Aérea (Portugal)|Academia da Força Aérea]] (AFA), cuja missão é formar os oficiais do quadro permanente da Força Aérea;<ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/unidade-53-academia-da-forca-aerea|titulo=Academia da Força Aérea {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-12-23|obra=www.emfa.pt|ultimo=WEBTEAM|primeiro=DCSI -}}</ref>
* A Direcção de Finanças da Força Aérea (DFFA), que assegura a administração dos recursos financeiros de acordo com os planos e directivas do CEMFA, e tem na sua dependência o Serviço Administrativo e Financeiro;<ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/unidade-32-direcao-de-financas-da-forca-aerea|titulo=Direção de Finanças da Força Aérea {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-12-23|obra=www.emfa.pt|ultimo=WEBTEAM|primeiro=DCSI -}}</ref>
* Os Órgãos de Conselho, que apoia as decisões de CEMFA em assuntos especiais e importantes na preparação, disciplina e administração da FAP, tendo na sua dependência o Conselho Superior da Força Aérea, o Conselho Superior de Disciplina da Força Aérea e a Comissão Histórico-Cultural da Força Aérea;<ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/unidade-122-orgaos-de-conselho|titulo=Órgãos de Conselho {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-12-23|obra=www.emfa.pt|ultimo=WEBTEAM|primeiro=DCSI -}}</ref>
* A Inspeção-Geral da Força Aérea, que apoia o CEMFA no exercício da função de controlo e avaliação, prevenção e investigação de acidentes;<ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/unidade-15-inspecao-geral-da-forca-aerea|titulo=Inspeção-Geral da Força Aérea {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-12-23|obra=www.emfa.pt|ultimo=WEBTEAM|primeiro=DCSI -}}</ref>
* Os Órgãos de Natureza Cultural, que asseguram as actividades de apoio geral da Força Aérea, cuidando do património histórico-cultural aeronáutico, tendo na sua dependência o [[Museu do Ar]], a [[Banda de Música da Força Aérea]] e a [[Mais Alto (revista)|Revista Mais Alto]].<ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/unidade-121-orgaos-de-natureza-cultural|titulo=Órgãos de Natureza Cultural {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-12-23|obra=www.emfa.pt|ultimo=WEBTEAM|primeiro=DCSI -}}</ref>


=== Comando de Pessoal da Força Aérea ===
* Zonas aéreas:
O Comando de Pessoal da Força Aérea tem como missão administrar os [[Gestão de Recursos Humanos|recursos humanos]] para a execução dos planos e directivas aprovadas pelo CEMFA. É da responsabilidade deste comando distribuir os militares pelas unidades de acordo com as necessidades de serviço, prestar assistência médico-sanitária, preparar planos de [[mobilização]] de pessoal, administrar a [[justiça]] e a disciplina, desenvolver acções culturais, assegurar a assistência religiosa do pessoal, prestar assistência social e promover o bem-estar das forças.<ref name=":16">{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/unidade-38-comando-de-pessoal-da-forca-aerea|titulo=Comando de Pessoal da Força Aérea {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-12-23|obra=www.emfa.pt|ultimo=WEBTEAM|primeiro=DCSI -}}</ref>
** Comando da Zona Aérea dos [[Região Autónoma dos Açores|Açores]], do qual depende a Base Aérea n.º 4
** Comando da Zona Aérea da [[Região Autónoma da Madeira|Madeira]] (ainda não ativado)


Dentro deste comando encontra-se a Direcção de Instrução, que é responsável pela [[Instrução militar|instrução]] e [[Atividade física|actividades físicas]], a Direcção de Pessoal, que gere os recursos humanos, a Direcção de Saúde, que trata dos assuntos médico-sanitários e tem na sua dependência hierárquica o Centro de Medicina Aeronáutica e o Centro de Psicologia da Força Aérea, o Centro de Assistência Religiosa, o [[Centro de Formação Militar e Técnica da Força Aérea]], responsável por ministrar o pessoal da força aérea em diversos cursos, na instrução básica e complementar dos praças e no curso de formação de sargentos, o [[Centro de Recrutamento da Força Aérea]], que trata dos assuntos inerentes ao recrutamento e apoia os militares que se encontram fora da efectividade de serviço, o Serviço de Acção Social, que assegura o apoio social ao pessoal da FAP e o Serviço de Justiça e Disciplina, que trata dos assuntos de justiça e disciplina.<ref name=":16" />
==== Esquadras de Voo ====
As aeronaves da FAP estão integradas em Esquadras de Voo dependentes das bases aéreas. Em teoria cada esquadra baseia-se em 25, 12 ou 6 aparelhos do mesmo tipo, conforme é, respectivamente, uma esquadra de aeronaves ligeiras, de aeronaves médias ou de aeronaves pesadas. Na prática, esta quantidade varia bastante, dependendo do material disponível. As esquadras com mais aeronaves dividem-se em esquadrilhas de 4 a 8 aparelhos.


=== Comando da Logística da Força Aérea ===
As esquadras recebem uma numeração de três algarismos, em que o primeiro indica a sua missão primária, do seguinte modo:
O Comando da Logística da Força Aérea tem como missão administrar os recursos materiais, de comunicações, sistemas de informação e infra-estruturas da Força Aérea, garantindo também o cumprimento dos requisitos para a certificação da navegabilidade das aeronaves da FAP.<ref name=":17">{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/unidade-28-comando-da-logistica-da-forca-aerea|titulo=Comando da Logística da Força Aérea {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-12-23|obra=www.emfa.pt|ultimo=WEBTEAM|primeiro=DCSI -}}</ref>
* 1 - instrução
* 2 - caça
* 3 - ataque
* 4 - reconhecimento
* 5 - transporte
* 6 - patrulha marítima
* 7 - busca e salvamento
* 8 - especial


Dentro deste comando encontra-se a Direcção de Abastecimento e Transportes, que dirige tecnicamente o abastecimento, aquisição e gestão de recursos materiais da Força Aérea, a Direcção de Comunicações e Sistemas de Informação, que administra os sistemas de comunicação e informação, a Direcção de Engenharia e Programas, que trata dos projectos de modernização e gestão do sistema de armas e de aeronaves, a Direcção de Infra-Estruturas, que dirige o planeamento, construção, recuperação e conservação de infra-estruturas, a Direcção de Manutenção de Sistemas de Armas, que gere o sustentação dos sistemas de armas, armamento e equipamento de voo e dos equipamentos de apoio e viaturas, e o [[Depósito Geral de Material da Força Aérea]], que recebe, armazena e distribui o material da FAP sujeito a gestão centralizada.<ref name=":17" />
O segundo algarismo indica o tipo de aeronave operado pela esquadra, do seguinte modo:
* 0 - asa fixa
* 1 - misto
* 5 - asa móvel


=== Comando Aéreo ===
Desta forma, destacam-se:
O Comando Aéreo tem como missão apoiar o exercício de comando do CEMFA, tratando da preparação, aprontamento e sustentação das forças e meios da componente operacional da Força Aérea, o cumprimento de missões, o comando e controlo da actividade aérea, e a administração directa das unidades e órgãos e componente fixa, assim como da segurança militar das unidades e órgãos da Força Aérea.<ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/unidade-16|titulo=Comando Aéreo {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-12-23|obra=www.emfa.pt|ultimo=WEBTEAM|primeiro=DCSI -}}</ref>
* esquadras de instrução: Esquadras 101 "Os Roncos" e 103 "Caracóis" baseadas na [[Base Aérea de Beja|BA11]] em Beja
* esquadras de caça: Esquadra 201 "Falcões" baseada na [[Base Aérea de Monte Real|BA5]] em Monte Real
* esquadras de ataque: Esquadra 301 "Jaguares" baseada na [[Base Aérea de Monte Real|BA5]] em Monte Real
* esquadras de transporte: Esquadras 501 "Bisontes", 502 "Elefantes" e 504 "Linces" baseadas na [[Base Aérea de Montijo|BA6]] em Montijo, Esquadra 552 "Zangões" baseada na [[Base Aérea de Beja|BA11]] em Beja
* esquadras de patrulha marítima: Esquadra 601 "Lobos" baseada na BA11
* esquadras de busca e salvamento: [[Esquadra 751]] "Pumas" baseada na [[Base Aérea de Montijo|BA6]]
* esquadras de função especial: Esquadra 802 "Águias" dependente da [[Academia da Força Aérea (Portugal)|Academia da Força Aérea]] e baseada na [[Base Aérea de Sintra|BA1]] em Sintra


==== UPF Unidade de Protecção da Força ====
==== Zonas, bases aéreas e aeródromos ====
[[Ficheiro:Lajes Air Base 1989 DF-ST-89-07752.jpg|miniaturadaimagem|313x313px|Fotografia aérea da Base Aérea das Lajes, em 1989]]
[[Imagem:Portuguese Air Force EH-101 Merlin.jpg|thumb|right|270px|Helicóptero [[EH-101]] da FAP]]
A Força Aérea tem duas zonas aéreas, a Zona Aérea da Madeira,<ref>{{citar web|url=http://bdjur.almedina.net/item.php?field=item_id&value=1996734|titulo=Artigo 46.º - Comandante da Zona Aérea da Madeira|data=|acessodata=23 de Dezembro de 2016|publicado=http://bdjur.almedina.net|ultimo=|primeiro=}}</ref> que ainda não se encontra operacional, e a [[Zona Aérea dos Açores]] (ZAA), que tem como missão assegurar a prontidão dos sistemas de armas (quando atribuídos) e da actividade aérea na sua área de responsabilidade.<ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/unidade-57-comando-da-zona-aerea-dos-acores|titulo=Comando da Zona Aérea dos Açores {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-12-23|obra=www.emfa.pt|ultimo=WEBTEAM|primeiro=DCSI -}}</ref> A FAP tem actualmente cinco bases aéreas e três aeródromos:
[[Ficheiro:Allouete-Portugal.jpg|thumb|right|270px|Helicóptero [[Alouette III]] da FAP]]
* A [[Base Aérea de Sintra|Base Aérea N.º 1]], localizada em Sintra, na qual se situa a Academia da Força Aérea e o Museu do Ar;<ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/unidade-17-base-aerea-n-1|titulo=Base Aérea Nº 1 {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-12-23|obra=www.emfa.pt|ultimo=WEBTEAM|primeiro=DCSI -}}</ref>
[[Ficheiro:Alfa.jpg|thumb|right|270px|Caça-bombardeiro [[Dassault-Dornier Alpha-Jet]] da FAP, com pintura comemorativa dos 50 anos da Esquadra 103]]
* A [[Base Aérea das Lajes|Base Aérea N.º 4]], situada na Ilha Terceira, Açores, é hierarquicamente dependente da ZAA e tem um destacamento da Esquadra 502, que opera uma aeronave C-295 e um destacamento da Esquadra 751, que opera dois helicópteros EH-101. Nesta base está também situado o 65th ABG, um grupo da [[Força Aérea dos Estados Unidos]];<ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/unidade-27-base-aerea-n-4|titulo=Base Aérea Nº 4 {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-12-23|obra=www.emfa.pt|ultimo=WEBTEAM|primeiro=DCSI -}}</ref>
[[Ficheiro:F-16b.falcon.15118.arp.jpg|thumb|right|270px|Caça bilugar F-16B da FAP]]
* A [[Base Aérea de Monte Real|Base Aérea N.º 5]], localizada em Monte Real;<ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/unidade-18-base-aerea-n-5|titulo=Base Aérea Nº 5 {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-12-23|obra=www.emfa.pt|ultimo=WEBTEAM|primeiro=DCSI -}}</ref>
[[Ficheiro:Portuguese Air Force Hummer and Condor.jpg|thumb|right|270px|Veículos blindados [[HMMWV]] e Condor de controlo aéreo táctico e de proteção de bases da FAP]]
* A [[Base Aérea de Montijo|Base Aérea N.º 6]], localizada no Montijo;<ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/unidade-19-base-aerea-n-6|titulo=Base Aérea Nº 6 {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-12-23|obra=www.emfa.pt|ultimo=WEBTEAM|primeiro=DCSI -}}</ref>
[[Ficheiro:Portuguese Air Force Protec-Fire.jpg|thumb|right|270px|Veículo de combate a incêndios em aeronaves PROTEC-FIRE MTEC 670 da FAP]]
* A [[Base Aérea de Beja|Base Aérea N.º 11]], localizada em Beja;<ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/unidade-20-base-aerea-n-11|titulo=Base Aérea Nº 11 {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-12-23|obra=www.emfa.pt|ultimo=WEBTEAM|primeiro=DCSI -}}</ref>
A Força Aérea Portuguesa constituiu no início dos anos 90 uma unidade dentro da Polícia Aérea, denominada “Equipa de Resgate de Combate” e conhecida pela sigla RESCOM, destinada a efectuar as chamadas missões de “CSAR” ou busca e salvamento em situação de combate. Os militares que integravam esta força, inicialmente todos do Quadro Permanente, treinavam não só os procedimentos próprios como contribuíam para o treino de todos os tripulantes de aeronaves da Força Aérea que devem estar preparados para, em caso de serem abatidos/caírem em território hostil, saberem como poderão ser resgatados por este tipo de equipas altamente especializadas.
* O [[Aeródromo Militar de Ovar|Aeródromo de Manobra N.º 1]], localizado em [[Maceda (Ovar)|Maceda]];<ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/unidade-22-aerodromo-de-manobra-n-1|titulo=Aeródromo de Manobra Nº 1 {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-12-23|obra=www.emfa.pt|ultimo=WEBTEAM|primeiro=DCSI -}}</ref>
* O [[Aeródromo Militar do Porto Santo|Aeródromo de Manobra N.º 3]], localizado em [[Porto Santo]];<ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/unidade-60-aerodromo-de-manobra-n-3|titulo=Aeródromo de Manobra Nº 3 {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-12-23|obra=www.emfa.pt|ultimo=WEBTEAM|primeiro=DCSI -}}</ref>
* O [[Aeródromo Militar de Lisboa|Aeródromo de Trânsito N.º 1]], localizado em Figo Maduro, Lisboa, dentro das imediações do [[Aeroporto Internacional da Portela]].<ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/unidade-21-aerodromo-de-transito-n-1|titulo=Aeródromo de Trânsito Nº 1 {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-12-23|obra=www.emfa.pt|ultimo=WEBTEAM|primeiro=DCSI -}}</ref>


==== Estações e órgãos de componente fixa ====
Recentemente a Força Aérea Portuguesa, avaliando, além de outros aspectos, o seu efectivo empenhamento internacional, o tipo de missões e os locais em que as aeronaves nacionais têm sido empregues, decidiu reformular as missões das equipas RESCOM, entretanto desactivadas, criando a Unidade de Protecção da Força (UPF) da Polícia Aérea. Esta nova força, dependente do Tenente-General Comandante do Comando Aéreo, tem uma missão bem mais abrangente que o ex-RESCOM. De carácter expedicionário, tem como a missão primária garantir a protecção activa dos Destacamentos da Força Aérea Portuguesa nos diferentes Teatros de Operações. Militares desta força integraram o Destacamento da Força Aérea (C-130) no Chade, no âmbito das missões EUFOR - TCHAD/RCA e no Afeganistão no âmbito da NATO - ISAF.
[[Ficheiro:Fóia, auf dem Berg (2012-09-26), by Klugschnacker in Wikipedia (6).JPG|miniaturadaimagem|250x250px|Infra-estruturas da Estação de Radar N.º 1]]
Está ainda preparada para executar outro tipo de missões de natureza reservada.
A Força Aérea Portuguesa tem também quatro estações de [[radar]] e detecção, que compõem uma componente essencial na defesa do espaço aéreo nacional, assim como vários órgãos de componente fixa que complementam a especialização do pessoal e do carácter operacional da FAP:
* A [[Estação de Radar n.º 1|Estação de Radar N.º 1]], em [[Monchique]];<ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/unidade-24-estacao-de-radar-n-1|titulo=Estação de Radar Nº 1 {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-12-23|obra=www.emfa.pt|ultimo=WEBTEAM|primeiro=DCSI -}}</ref>
* A [[Estação de Radar n.º 2|Estação de Radar N.º 2]], em [[Paços de Ferreira]];<ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/unidade-25-estacao-de-radar-n-2|titulo=Estação de Radar Nº 2 {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-12-23|obra=www.emfa.pt|ultimo=WEBTEAM|primeiro=DCSI -}}</ref>
* A [[Estação de Radar n.º 3|Estação de Radar N.º 3]], em [[Serra de Montejunto|Montejunto]];<ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/unidade-23-estacao-de-radar-n-3|titulo=Estação de Radar Nº 3 {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-12-23|obra=www.emfa.pt|ultimo=WEBTEAM|primeiro=DCSI -}}</ref>
* A [[Estação de Radar n.º 4|Estação de Radar N.º 4]], no [[Pico do Arieiro]];<ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/unidade-123-estacao-de-radar-n-4|titulo=Estação de Radar Nº 4 {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-12-23|obra=www.emfa.pt|ultimo=WEBTEAM|primeiro=DCSI -}}</ref>
* O [[Campo de Tiro (Alcochete)|Campo de Tiro]], em [[Alcochete]], que disponibiliza à força aérea, ao exército, à marinha, às forças de segurança e às industrias de defesa um espaço e segurança necessário para a realização de experiências e testes com armamento de treino e real, assim como a armazenagem de material de guerra;<ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/unidade-26-campo-de-tiro|titulo=Campo de Tiro {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-12-23|obra=www.emfa.pt|ultimo=WEBTEAM|primeiro=DCSI -}}</ref>
* O Centro de Treino de Sobrevivência da Força Aérea, no Montijo, que ministra cursos de salvamento e sobrevivência em ambientes de natureza [[Arma nuclear|nuclear]], [[Arma radiológica|radiológica]], [[Guerra biológica|biológica]] e [[Arma química|química]], assim como nos domínios e inactivação de [[Bomba|engenhos explosivos]];<ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/unidade-61-centro-de-treino-de-sobrevivencia-da-forca-aerea|titulo=Centro de Treino de Sobrevivência da Força Aérea {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-12-23|obra=www.emfa.pt|ultimo=WEBTEAM|primeiro=DCSI -}}</ref>
* O Centro de Treino Cinotécnico da Força Aérea, em Maceda, que ministra cursos de instrutores, monitores e tratadores de [[Cão|cães]] militares;<ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/unidade-82-centro-de-treino-cinotecnico-da-forca-aerea|titulo=Centro de Treino Cinotécnico da Força Aérea {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-12-23|obra=www.emfa.pt|ultimo=WEBTEAM|primeiro=DCSI -}}</ref>
* O Núcleo da Protecção da Força, em Alcochete, que treina e apronta a Unidade de Protecção da Força (UPF).<ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/unidade-83-nucleo-da-protecao-da-forca|titulo=Núcleo da Proteção da Força {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-12-23|obra=www.emfa.pt|ultimo=WEBTEAM|primeiro=DCSI -}}</ref>


==== Esquadras ====
=== Comando de Pessoal da Força Aérea (CPESFA) ===
[[Ficheiro:Lloyd Horgan.jpg|miniaturadaimagem|Um EH-101 da Esquadra 751 a realizar um treino de busca e salvamento junto à costa portuguesa]]
É comandando por um [[tenente-general]] que tem por missão assegurar a administração dos recursos humanos para execução dos planos e diretivas aprovadas pelo CEMFA.
As aeronaves da Força Aérea Portuguesa estão dispostas por 11 esquadras:
* Esquadra 101 "Roncos" - ministra instrução elementar e básica de pilotagem, operando aeronaves Aerospatiale Epsilon-TB 30;<ref name=":5" />
* Esquadra 103 "Caracóis" - ministra instrução avançada de pilotagem e conversão operacional para aviões de combate, operando aviões Alpha-Jet;<ref name=":6" />
* Esquadra 201 "Falcões" - executa operações de defesa aérea e de ataque convencional, operando caças Lockheed Martin F-16 AM;<ref name=":7" />
* Esquadra 301 "Jaguares" - executa operações de defesa aérea e de ataque convencional, operando caças Lockheed Martin F-16 AM;<ref name=":8" />
* Esquadra 501 "Bisontes" - executa operações de transporte aéreo e de busca e salvamento, operando aviões Lockheed C-130 Hercules;<ref name=":9" />
* Esquadra 502 "Elefantes" - executa operações de transporte aéreo, busca e salvamento, vigilância marítima, reconhecimento e fotografia aérea e participa na instrução de navegadores, operando aviões EADS C-295M;<ref name=":4" />
* Esquadra 504 "Linces" - realiza transporte aéreo de carácter especial, operando aviões a jacto Marcel-Dassault Falcon 50;<ref name=":10" />
* Esquadra 552 "Zangões" - executa operações de transporte aéreo, apoio táctico e geral, e ministra instrução básica e avançada de helicópteros, operando helicópteros Alouette III;<ref name=":11" />
* Esquadra 601 "Lobos" - executa operações aéreas em ambiente marítimo, operando aviões Lockheed P-3 ORION;<ref name=":14" />
* [[Esquadra 751|Esquadra 751 "Pumas"]] - realiza missões de apoio táctico e de busca e salvamento, operando helicópteros Agusta-Westland EH-101 Merlin;<ref name=":15" />
* Esquadra 802 "Águias" - efectua os estágios de selecção de voo aos candidatos à AFA e ministra a instrução elementar em aviões Chipmunk MK-20 e planadores Blanik e ASK-21.<ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/esquadra-52|titulo=Esquadra 802 - "Águias" {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-12-23|obra=www.emfa.pt|ultimo=WEBTEAM|primeiro=DCSI -}}</ref>
Em teoria, cada esquadra é composta por 25, 12 ou 6 aparelhos do mesmo tipo. As esquadras com mais aeronaves dividem-se em esquadrilhas de 4 a 8 aparelhos. Na sua designação, as esquadras recebem uma numeração de 3 algarismos, em que o primeiro indica a sua missão primária:<ref name=":20">{{citar web|url=https://www.repository.utl.pt/bitstream/10400.5/5125/3/Rui%20Esteves%20disserta%C3%A7%C3%A3o%20Mestado%20%202012.pdf|titulo=A saída dos pilotos da Força Aérea Portuguesa para as empresas de aviação civil|data=2012|acessodata=24 de Dezembro de 2016|publicado=Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas|ultimo=Esteves|primeiro=Rui}}</ref>
* 1 - Instrução


* 2 - Caça
Para atingir esse objectivo tem sob o seu comando os seguintes órgãos:
* 3 - Ataque
* Direcção de Pessoal
* 4 - Reconhecimento
* Direcção de Saúde
* 5 - Transporte
* Serviço de Justiça e Disciplina
* 6 - Patrulha marítima
* Serviço de Acção Social
* 7 - Busca e Salvamento
* Serviço de Assistência Religiosa
* 8 - Especial
* Instituto de Saúde da Força Aérea
O segundo algarismo indica o tipo de aeronave operado pela esquadra, sendo que 0 indica que a esquadra opera aeronaves de asa fixa, 1 significa aeronaves mistas e o 5 aeronaves de asa móvel. O terceiro algarismo indica o numero dado à esquadra, como por exemplo, a primeira esquadra de transporte de asa fixa é a 501 e a segunda é a 502. Se uma terceira for criada, terá o numero 503.<ref name=":20" />
* Centro de Medicina Aeronáutica
* Centro de Psicologia da Força Aérea
* [[Base do Lumiar]]


== Aviões ==
=== Comando da Logística da Força Aérea (CLAFA) ===
{{Artigo principal|Lista de aviões da Força Aérea Portuguesa}}Segue-se uma lista dos aviões activos da Força Aérea Portuguesa, na qual não estão incluídos os [[Planador|planadores]], as aeronaves que estão reservadas para venda (como estão 12 F-16)<ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/noticia-1198-primeiros-seis-f-16-entregues-a-romenia|titulo=Primeiros seis F-16 entregues à Roménia {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-10-04|obra=www.emfa.pt}}</ref> ou as que se encontram em [[Museu do Ar|museus]].<ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/po/musar/pagina-001.002-exposicao|titulo=Museu do Ar|acessodata=2016-10-04|obra=www.emfa.pt}}</ref>
É comandado por um [[tenente-general]] que tem por missão administrar os recursos materiais, de comunicações e sistemas de informação e infra-estruturas da Força Aérea, para a execução dos planos e directivas aprovados pelo CEMFA e garantir o cumprimento dos requisitos para a certificação da navegabilidade das aeronaves militares e tem na sua dependência os seguintes órgãos:


''Dados de 2016: FlightGlobal.com''<ref name=":03">{{Citar web|url=https://www.flightglobal.com/asset/6297/waf/|titulo=WorldAirForces2016-Corrected.pdf|acessodata=2016-10-04|obra=www.flightglobal.com}}</ref> ''e Emfa.pt''<ref name=":13">{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/aeronaves|titulo=Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-10-04|obra=www.emfa.pt}}</ref>
* Direção de Abastecimento e Transportes
{| class="wikitable"
* Direção de Comunicação e Sistemas de Informação <ref>http://www.emfa.pt/www/unidade-54-direcao-de-comunicacoes-e-sistemas-de-informacao</ref>
!Aeronave
* Direção de Engenharia e Programas
!Origem
* Direção de Infraestruturas
!Missão
* Direção de Manutenção de Sistemas de Armas
!Variante
* Depósito Geral de Material da Força Aérea
!Quantidade
!Esquadra
!Imagem
!Refs
|-
! colspan="8" |[[Caça (aeronave)|Combate aéreo]]
|-
|[[General Dynamics F-16 Fighting Falcon|F-16 Fighting Falcon]]
|[[Estados Unidos]]
|Luta Aérea Defensiva
Luta Aérea Ofensiva
|F-16A
|33
|Esquadra 201 - "Falcões"
Esquadra 301 - "Jaguares"
|[[Ficheiro:F-16_Fighting_Falcon_(14000400916).jpg|semmoldura]]
|<ref name=":02">{{Citar web|url=https://www.flightglobal.com/asset/6297/waf/|titulo=WorldAirForces2016-Corrected.pdf|acessodata=2016-10-04|obra=www.flightglobal.com}}</ref><ref name=":12">{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/aeronaves|titulo=Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-10-04|obra=www.emfa.pt}}</ref><ref name=":22">{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/aeronave-18-lockheed-martin-f-16-am|titulo=Lockheed Martin F-16 AM|acessodata=2016-10-04|obra=www.emfa.pt}}</ref><ref name=":7">{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/esquadra-47|titulo=Esquadra 201 - "Falcões" {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-10-04|obra=www.emfa.pt}}</ref><ref name=":8">{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/esquadra-49|titulo=Esquadra 301 - "Jaguares" {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-10-04|obra=www.emfa.pt}}</ref>
|-
! colspan="8" |[[Reconhecimento aéreo|Patrulha marítima]]
|-
|[[EADS CASA C-295|CASA C-295]]
|[[Espanha]]
|Patrulha Marítima
Busca e Salvamento
|
|5
|Esquadra 502 - "Elefantes"
|[[Ficheiro:CASA_C-295MPA_16710_(9447470630).jpg|semmoldura]]
|<ref name=":02" /><ref name=":12" /><ref name=":3">{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/aeronave-19-eads-c-295m|titulo=EADS C-295M|acessodata=2016-10-04|obra=www.emfa.pt}}</ref><ref name=":4">{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/esquadra-45|titulo=Esquadra 502 - "Elefantes" {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-10-04|obra=www.emfa.pt}}</ref>
|-
|[[Lockheed P-3 Orion]]
|[[Estados Unidos]]
|Busca e Salvamento
Vigilância e Reconhecimento


Guerra Anti-Superfície
=== Comando da Instrução e Formação da Força Aérea (CIFFA) ===
Este comando, actualmente extinto, era comandando por um [[tenente-general]] que tinha por missão assegurar o recrutamento e as actividades de instrução e formação na Força Aérea, de acordo com os planos e directivas aprovados pelo CEMFA e tinha na sua dependência os seguintes órgãos:


Guerra Anti-Submarina
* [[Academia da Força Aérea (Portugal)|Academia da Força Aérea]]
|P-3C
* Direcção de Instrução
|5
* Centro de Recrutamento
|Esquadra 601 - "Lobos"
* [[Centro de Formação Militar e Técnica da Força Aérea]]
|[[Ficheiro:20151026_christian.timmig_Portuguese_Aircraft_06_(22521871655).jpg|semmoldura]]
== Aeronaves operacionais ==
|<ref name=":02" /><ref name=":12" /><ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/aeronave-15-lockheed-p-3c-cup-orion|titulo=Lockheed P-3C CUP+ ORION|acessodata=2016-10-04|obra=www.emfa.pt}}</ref><ref name=":14">{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/esquadra-43|titulo=Esquadra 601 - "Lobos" {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-10-04|obra=www.emfa.pt}}</ref>
A Força Aérea Portuguesa é hoje, em termos internacionais uma força de média dimensão, com equipamento ao nível dos mais modernos do mundo{{Carece de fontes}}. Contrariamente a outras forças aéreas, a FAP não atribui uma designação própria às suas aeronaves, adoptando normalmente a designação do fabricante ou fornecedor.
|-
! colspan="8" |[[Transporte aéreo|Transporte]]
|-
|[[Lockheed C-130 Hercules|C-130 Hercules]]
|[[Estados Unidos]]
|Transporte Aéreo
|[[Lockheed C-130 Hercules#Varia.C3.A7.C3.B5es do C-130|C-130H]]
|5
|Esquadra 501 - "Bisontes"
|[[Ficheiro:Lockheed_C-130H_Hercules,_Portugal_-_Air_Force_JP6350853.jpg|semmoldura]]
|<ref name=":02" /><ref name=":12" /><ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/aeronave-2-lockheed-c-130-h-h-30-hercules|titulo=Lockheed C-130 H / H-30 Hercules|acessodata=2016-10-04|obra=www.emfa.pt}}</ref><ref name=":9">{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/esquadra-42|titulo=Esquadra 501 - "Bisontes" {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-10-04|obra=www.emfa.pt}}</ref>
|-
|[[EADS CASA C-295|CASA C-295]]
|[[Espanha]]
|Transporte Aéreo
|
|7
|Esquadra 502 - "Elefantes"
|[[Ficheiro:CASA_C-295M,_Portugal_-_Air_Force_JP7564372.jpg|semmoldura]]
|<ref name=":02" /><ref name=":12" /><ref name=":3" /><ref name=":4" />
|-
|[[Dassault Falcon 50|Falcon 50]]
|[[França]]
|Transporte Aéreo
|
|3
|Esquadra 504 - "Linces"
|[[Ficheiro:Dassault_Falcon_50,_Portugal_-_Air_Force_JP6405947.jpg|semmoldura]]
|<ref name=":12" /><ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/aeronave-12-marcel-dassault-falcon-50|titulo=Marcel-Dassault Falcon 50|acessodata=2016-10-04|obra=www.emfa.pt}}</ref><ref name=":10">{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/esquadra-41|titulo=Esquadra 504 - "Linces" {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-10-04|obra=www.emfa.pt}}</ref>
|-
! colspan="8" |[[Helicóptero|Helicópteros]]
|-
|[[AgustaWestland AW101|EH101 Merlin]]
|[[Itália]]
|Transporte Aéreo
Busca e Salvamento


Vigilância e Reconhecimento
Actualmente, a FAP possui o seguinte material de voo:
|
|12
|[[Esquadra 751|Esquadra 751 - "Pumas"]]
|[[Ficheiro:FAP_19602_(6).JPG|semmoldura]]
|<ref name=":02" /><ref name=":12" /><ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/aeronave-17-agusta-westland-eh-101-merlin|titulo=Agusta-Westland EH-101 Merlin|acessodata=2016-10-04|obra=www.emfa.pt}}</ref><ref name=":15">{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/esquadra-46|titulo=Esquadra 751 - "Pumas" {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-10-04|obra=www.emfa.pt}}</ref>
|-
|[[Aérospatiale Alouette III|Alouette III]]
|[[França]]
|Instrução Básica
Busca e Salvamento


Vigilância e Reconhecimento
=== Aeronaves de [[Luta aérea]] ===
* [[F-16 Falcon|Lockheed Martin F-16 A/B MLU]]
* [[F-16 Falcon|Lockheed Martin F-16 A/B OCU]]
Neste momento todas as aeronaves F-16A/B da FAP são F-16AM/BM aeronaves MLU com novos avionicos Radar APG-65V2B, AIFF, AAMBVR, Lantirn, AGPS Ordenance, Mantêm as características das versões anteriores sejam eles PA1 ou PA2 mas todas foram upgraded ao nível MLU, Falcon SLIP/UP


Instrução Complementar
=== Aeronaves de [[luta anti-superfície]] ===
* [[Dassault-Dornier Alpha-Jet]]
* [[P-3 Orion|Lockheed P-3 C CUP+ Orion]]
* [[F-16 Falcon|Lockheed Martin F-16 A/B OCU]]


Conversão Operacional
=== Aeronaves de Apoio ===
* [[Casa C-295]]
* [[C-130 Hercules|Lockheed C-130 H/H-30 Hercules]]
* [[Marcel-Dassault Falcon 50]]
* [[SE-3160 Alouette III|Aerospatiale SE-3160 Alouette III]]
* [[AgustaWestland EH101|Agusta-Westland EH-101 Merlin]]


Transporte Aéreo
=== Aeronaves de Instrução ===
|
* [[Aérospatiale Epsilon-TB 30]]
|4
* [[Chipmunk MK 20|OGMA Chipmunk Mk 20 (modificado)]]
|Esquadra 552 - "Zangões"
* [[Dassault-Dornier Alpha-Jet]]
|[[Ficheiro:Lisboa Air Race 2016 (27446332294).jpg|semmoldura]]
* [[SE-3160 Alouette III|Aerospatiale SE-3160 Alouette III]]
|<ref name=":12" /><ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/aeronave-3-sudaviation-se-3160-alouette-iii|titulo=Sudaviation - SE 3160 Alouette III|acessodata=2016-10-04|obra=www.emfa.pt}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/noticia-294-50-anos-de-historia-alouette-iii|titulo=50 anos de história - ALOUETTE III {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-10-04|obra=www.emfa.pt}}</ref><ref name=":11">{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/esquadra-51|titulo=Esquadra 552 - "Zangões" {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-10-04|obra=www.emfa.pt}}</ref>
* [[Alexander Schleicher ASK 21|ASK-21]]
|-
* [[L-23 Super Blanik]]
! colspan="8" |Instrução e treino
|-
|[[General Dynamics F-16 Fighting Falcon|F-16]]
|[[Estados Unidos]]
|Instrução e Treino Operacional
|F-16B
|5
|Esquadra 201 - "Falcões"
Esquadra 301 - "Jaguares"
|[[Ficheiro:Lockheed_Martin_F-16B_Fighting_Falcon,_Portugal_-_Air_Force_JP7564981.jpg|semmoldura]]
|<ref name=":02" /><ref name=":12" /><ref name=":22" />
|-
|[[Dassault-Dornier Alpha-Jet|Alpha Jet]]
|[[Alemanha]]
|Instrução Complementar
Conversão Operacional
|
|6
|Esquadra 103 - "Caracóis"
|[[Ficheiro:FAP_15211_(10).JPG|semmoldura]]
|<ref name=":02" /><ref name=":12" /><ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/aeronave-4-dassault-dornier-alpha-jet|titulo=Dassault/Dornier Alpha-Jet|acessodata=2016-10-04|obra=www.emfa.pt}}</ref><ref name=":6">{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/esquadra-50|titulo=Esquadra 103 - "Caracóis" {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-10-04|obra=www.emfa.pt}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/noticia-502|titulo=Comemoração dos vinte anos do Alpha-Jet {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-10-04|obra=www.emfa.pt}}</ref>
|-
|[[Aérospatiale Epsilon-TB 30|Socata TB 30]]
|[[França]]
|Instrução Elementar
Instrução Básica
|
|16
|Esquadra 101 - "Roncos"
|[[Ficheiro:FAP_11415.JPG|semmoldura]]
|<ref name=":02" /><ref name=":12" /><ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/aeronave-9-aerospatiale-epsilon-tb-30|titulo=Aerospatiale Epsilon-TB 30|acessodata=2016-10-04|obra=www.emfa.pt}}</ref><ref name=":5">{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/esquadra-48|titulo=Esquadra 101 - "Roncos" {{!}} Força Aérea Portuguesa|acessodata=2016-10-04|obra=www.emfa.pt}}</ref>
|}


== Referências ==
== Militares ==
A Força Aérea Portuguesa tem um efectivo de aproximadamente 6799 militares activos, que se dividem em três categorias: [[Hierarquia militar (Portugal)#Postos e categorias|Oficiais]], [[Sargento|Sargentos]] e [[Praça de pré|Praças]].<ref name=":19">{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/pagina-006-postos-e-distintivos|titulo=Postos e Distintivos da Força Aérea Portuguesa|data=|acessodata=2016-12-23|publicado=www.emfa.pt|ultimo=WEBTEAM|primeiro=DCSI -}}</ref> Dentro das três categorias existem militares em regime de contrato, sendo que apenas na categoria de Oficiais e Sargentos se pode ingressar nos Quadros Permanentes, uma forma de prestação de serviço na qual se pode fazer uma carreira de vários anos dentro das fileiras; para o acesso aos quadros na categoria de sargento, é necessário a conclusão com sucesso do Curso de Formação de Sargento,<ref name=":18">{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/po/crfa/recrutamento-001-recrutamento|titulo=CRFA|acessodata=2016-12-23|obra=www.emfa.pt}}</ref> e para o acesso aos quadros na categoria de oficiais é necessário concluir um de dois cursos: o Estágio Técnico-Militar - Jurista,<ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/po/crfa/recrutsubpag-001.001.002-estagio-tecnico-militar-jurista-etm-jur|titulo=CRFA - Estágio Técnico-Militar - Jurista|data=|acessodata=2016-12-23|obra=www.emfa.pt|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref> ou o Curso de Mestrado em Aeronáutica Militar.<ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/po/crfa/recrutsubpag-001.001.001-curso-de-mestrado-em-aeronautica-militar|titulo=CRFA - Curso de Mestrado em Aeronáutica Militar|data=|acessodata=2016-12-23|obra=www.emfa.pt|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref>
<references/>


== Ver também ==
=== Especialidades ===
Uma série de especialidades foram surgindo ao longo da história da Força Aérea para que os seus militares estivessem qualificados para uma série de serviços e operações onde pudesse ser garantido o cumprimento da missão geral da força. Abaixo, segue uma lista de especialidades da categoria de Oficiais e de Praças; relativamente à categoria de Sargentos, todas as especialidades dos Praças seguem com a mesma denominação para a categoria de Sargento, com excepção das especialidades CAUT, SHS, Clarim e SS.<ref name=":18" />
{{Commonscat|air force of Portugal|Força Aérea Portuguesa}}

==== Oficiais ====
{|
{{dividir em colunas|cols=3}}
* [[Piloto (aviação)|Piloto Aviador]] (PILAV)
* Administração Aeronáutica (ADMAER)
* Engenharia Electrotécnica (ENGEL)
* Engenharia Aeronáutica (ENGAER)
* Engenharia de Aeródromos (ENGAED)
* Médico (MED)
* Navegadores (NAV)
* Técnico de Saúde (TS)
* Técnico de Abastecimento (TABST)
* Técnico de Informática (TINF)
* Técnico de Pessoal e Apoio Administrativo (TPAA)
* Técnico de Manutenção de Material Eletrotécnico (TMMEL)
* Técnico de Manutenção de Armamento e Equipamento (TMAEQ)
* Técnico de Manutenção de Material Aéreo (TMMA)
* Técnico de Manutenção de Material Terrestre (TMMT)
* Técnico de Operações de Circulação Aérea e Radar de Tráfego (TOCART)
* Técnico de Operações de Meteorologia (TOMET)
* Técnico de Operações de Comunicações e Criptografia (TOCC)
* Técnico de Operações de Deteção e Conduta de Interceção (TODCI)
* Técnico de Operações (TOPS)
* [[Polícia Aérea]] (PA-OFI)
* Psicólogo (PSI)
* Jurista (JUR)
* Recursos Humanos e Logística (RHL)
|}

==== Praças ====
{|
{{dividir em colunas|cols=3}}
* Abastecimento (ABST)
* Operadores de Sistemas de Assistência e Socorro (OPSAS)
* Construção e Manutenção de Infra-Estruturas (CMI)
* Serviço de Hotelaria e Subsistências (SHS)
* Operadores de Informática (OPINF)
* Músicos (MUS)
* Policia Aérea (PA)
* Serviço de Saúde (SS)
* Secretariado e Apoio dos Serviços (SAS)
* Condutor-Auto (CAUT)
* Clarins (CLAR)
* Mecânico de Armamento e Equipamento (MARME)
* Mecânicos de Eletricidade (MELECT)
* Mecânicos de Eletricidade e Instrumentos de Avião (MELIAV)
* Mecânico de Eletrónica (MELECA)
* Mecânico de Material Aéreo (MMA)
* Operador de Comunicações (OPCOM)
* Operadores Radaristas de Deteção (OPRDET)
* Operador de Meteorologia (OPMET)
* Operador de Circulação Aérea e Radarista de Tráfego (OPCART)
* Operações (OPS)
|}

=== Postos ===

==== Oficiais ====
A categoria de oficias é dividida em três sub-categorias: Oficiais Generais, Oficiais Superiores e Oficiais Subalternos. Segue-se uma tabela com os postos:<ref name=":19" />
{| style="text-align:center; border:1px solid #8888aa; background-color:#f7f8ff; padding:5px; font-size:95%; margin: 0px 12px 12px 0px;"
|-
|'''Passadeira'''
|[[File:General t.jpg]]
|[[File:TenGen t.jpg]]
|[[File:Majorgen t.jpg]]
|[[File:Brigadeiro t.jpg]]
|[[File:Cor t.jpg]]
|[[File:TCor t.jpg]]
|[[File:Major t.jpg]]
|[[File:Cap t.jpg]]
|[[File:Ten t.jpg]]
|[[File:Alf t.jpg]]
|[[File:Aspof2 t.jpg]]
|'''''Várias'''''

|-
|'''Designação'''
|[[General]]
|[[Tenente-general|Tenente-<br />general]]
|[[Major-general|Major-<br />-general]]
|[[Brigadeiro-General|Brigadeiro-<br />general]]
|[[Coronel]]
|[[Tenente-coronel|Tenente-<br />Coronel]]
|[[Major]]
|[[Capitão]]
|[[Tenente]]
|[[Alferes]]
|[[Aspirante a oficial|Aspirante<br /> a oficial]]
|[[Cadete|Cadete<br />aluno]]
|}

==== Sargentos ====
A categoria de sargentos é composta pelos seguintes postos:<ref name=":19" />
{| style="text-align:center; border:1px solid #8888aa; background:#f7f8ff; padding:5px; font-size:95%; margin:0 12px 12px 0;"
|-
|'''Passadeira'''
|colspan="6"|[[File:Smor tt.TIF]]
|colspan="2"|[[File:Schefe t.PNG]]
|colspan="2"|[[File:Saju t.PNG]]
|colspan="2"|[[File:1sarg t.PNG]]
|colspan="2"|[[File:2sarg t.PNG]]
|colspan="2"|[[File:Furriel t.PNG]]
|colspan="2"|[[File:2furriel t.PNG]]
|-
!Designação
|colspan="6"|[[Sargento-mor|Sargento-<br>Mor]]
|colspan="2"|[[Sargento-Chefe|Sargento-<br>Chefe]]
|colspan="2"|[[Sargento-Ajudante|Sargento-<br>Ajudante]]
|colspan="2"|[[Primeiro-sargento|Primeiro-<br>Sargento]]
|colspan="2"|[[Segundo-sargento|Segundo-<br>Sargento]]
|colspan="2"|[[Furriel]]
|colspan="2"|[[Segundo-furriel|Segundo-<br>Furriel]]
|}

==== Praças ====
A categoria de praças é composta pelos seguintes postos:<ref name=":19" />
{| style="text-align:center; border:1px solid #8888aa; background:#f7f8ff; padding:5px; font-size:95%; margin:0 12px 12px 0;"
|-
|'''Passadeira'''
|colspan="2"|[[File:Cabadjunto t.PNG]]
|colspan="0"|[[File:1cabo t.PNG]]
|colspan="1"|[[File:2cabo t.PNG]]
|colspan="6"|[[File:Soldad fp.PNG]]
|[[File:Solrec t.jpg]]
|-
!Designação
|colspan="2"|[[Cabo-Adjunto|Cabo-<br>Adjunto]]
|colspan="0"|[[Primeiro-Cabo|Primeiro-<br>Cabo]]
|colspan="1"|[[Segundo-Cabo|Segundo-<br>Cabo]]
|colspan="6"|[[Soldado]]
|Soldado-<br>Recruta
|}

== Cultura ==
[[Ficheiro:Menso Van Westrhenen.jpg|miniaturadaimagem|Uma missão de busca e salvamento, uma das várias maneiras que a Força Aérea tem para prestar apoio à população]]
O impacto da Força Aérea Portuguesa na cultura e no quotidiano português tem vindo a aumentar ao longo da sua existência. Depois de se estabelecer como ramo independente, a Força Aérea iniciou o lançamento de uma revista de assuntos intrinsecamente aeronáuticos, a Mais Alto, com a primeira edição a ser lançada em Abril de 1959.<ref>{{citar web|url=http://www.emfa.pt/www/po/maisalto/conteudos/galeria/menurevista/breve-hist_1303.pdf|titulo=Mais Alto - Breve História|data=|acessodata=22 de Dezembro de 2016|publicado=http://www.emfa.pt|ultimo=|primeiro=}}</ref> Ao longo dos anos, veio a apresentar-se cada vez mais como um ramo independente do Exército e da Marinha, sendo conhecida em todo o todo o país como a "Força Aérea". Na [[Radiodifusão|rádio]], a FAP marca presença com a [[Rádio Lajes]], uma emissora que remonta a 20 de Junho de 1947 e que, desde então, se encontra na Base Aérea N.º 4.<ref>{{Citar web|url=http://radiolajes.pt/historia/|titulo=História – Rádio Lajes|acessodata=2016-12-22|obra=radiolajes.pt}}</ref> No [[cinema]], é recordada por ter sido retratada no filme [[Capitães de Abril]], que foi lançado no dia 21 de Abril de 2000.<ref>{{Citation|title=April Captains|last=Medeiros|last2=Medeiros|last3=Almeida|last4=Pierrot|first=Maria de|first2=Maria de|first3=Joaquim de|first4=Frédéric|date=2000-04-21|url=http://www.imdb.com/title/tt0120626/|accessdate=2016-12-22}}</ref> Na música, a FAP é representada pela Banda de Musica da Força Aérea, um órgão musical que realiza missões de guarda de honra, paradas militares, entre outras cerimónias, viajando com frequência para o estrangeiro para a realização de [[Concerto|concertos]] do mais alto nível, em países como a [[Alemanha]], [[Bélgica]], [[Países Baixos]] e [[Inglaterra]], sendo um meio de prestígio da [[Música de Portugal|música portuguesa]], da força aérea, e de Portugal.<ref>{{Citar web|url=http://www.bandasfilarmonicas.com/cpt_bandas/banda-da-forca-aerea-3/|titulo=Bandas Filarmónicas|acessodata=2016-12-25|obra=www.bandasfilarmonicas.com}}</ref>

A nível de contacto com a população e de património, a Força Aérea Portuguesa tinha, até 2015, um [[Patrimônio|património]] global no valor de 6791 mil milhões de euros, composto maioritariamente por terrenos, infra-estruturas, edifícios, bens e equipamentos militares.<ref>[https://www.emfa.pt/www/conteudos/galeria/info-fap/relatorio-gestao-2015_1684.pdf<nowiki> Relatório de Gestão da FAP de 2015] - Visitado em: 22 de Dezembro de 2016</nowiki></ref> No âmbito da busca e salvamento, a Força Aérea tem presença constante junto da [[Autoridade Nacional de Proteção Civil|protecção civil]], realizando missões de busca e salvamento sempre que há solicitação. A Esquadra 751 "Pumas", no dia 15 de Dezembro de 2016, celebrou a marca de 3500 vidas salvas, um serviço à população que existe à 38 anos e que, actualmente, conta com o apoio de cerca de uma centena de militares e doze helicópteros EH-101 em prontidão 24 horas por dia.<ref>{{Citar web|url=http://www.emfa.pt/www/noticia-1255-esquadra-751-3500-vidas-salvas|titulo=Esquadra 751 - 3500 Vidas Salvas {{!}} Força Aérea Portuguesa|data=|acessodata=2016-12-22|obra=Esquadra 751|publicado=|ultimo=WEBTEAM|primeiro=DCSI -}}</ref>

==Ver também==
* [[Ministério da Defesa Nacional]]
* [[Ministério da Defesa Nacional]]
* [[Forças Armadas Portuguesas]]
* [[Forças Armadas de Portugal]]
* [[Marinha Portuguesa]]
* [[Asas de Portugal]]
* [[Exército Português]]
* [[Aviação Naval Portuguesa]]
* [[Lista de aviões da Força Aérea Portuguesa]]
* [[NATO]]
* [[Academia da Força Aérea (Portugal)|Academia da Força Aérea]]
* [[Componentes do poder aéreo]]
* [[Lista de aviões que serviram a Força Aérea Portuguesa]]
* [[Lista de aviões que serviram a Força Aérea Portuguesa]]
* [[Lista de equipamento militar utilizado na Guerra do Ultramar#Força Aérea Portuguesa|Lista de equipamento da FAP utilizado durante a Guerra do Ultramar]]
* [[Lista de equipamento militar utilizado na Guerra do Ultramar#Força Aérea Portuguesa|Lista de equipamento da FAP utilizado durante a Guerra do Ultramar]]
* [[OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal]]
* [[OGMA]]
{{Referências|col=2}}
* [[Poder Aéreo]]
* [[Transporte aeromédico]]

== Ligações externas ==

* [http://www.forçaaérea.pt/ Força Aérea Portuguesa (FAP)]
* [http://www.operacional.pt/afeganistao-unidade-de-proteccao-da-forca-em-operacoes/ UPF no Afeganistão]
* [http://www.facebook.com/pages/Forca-Aerea-Portuguesa/137550142969260/ Força Aérea Portuguesa no Facebook]
* [http://www.emfa.pt/esquadra751 Página oficial da Esquadra 751]


{{Portal3|Aviação|Portugal}}
{{Forças Armadas Portuguesas}}
{{Forças Armadas Portuguesas}}
{{Forças Aéreas}}
{{Forças Aéreas}}

{{Portal3|Aviação|Portugal}}
[[Categoria:Força Aérea Portuguesa]]
[[Categoria:Força Aérea Portuguesa]]
[[Categoria:Instituições militares de Portugal]]
[[Categoria:Instituições militares de Portugal]]

Revisão das 20h01min de 25 de dezembro de 2016

Força Aérea Portuguesa
Ficheiro:Portuguese Air Force COA.png
Brasão da Força Aérea Portuguesa
País Portugal Portugal
Subordinação Forças Armadas de Portugal
Missão Defesa Aérea de Portugal
Efectivo 6799 (2015)
Sigla FAP
Criação 1952
Período de actividade (Aeronáutica Militar)
1912 - 1952
(Força Aérea Portuguesa)
1952 - Presente
Patrono Nossa Senhora do Loreto
Nossa Senhora do Ar
Marcha Hino da Força Aérea Portuguesa
Lema Ex Mero Motu
Cores Azul
História
Guerras/batalhas Primeira Guerra Mundial
Guerra Colonial Portuguesa
Bases Aéreas
Bases Aéreas BA1, BA4, BA5, BA6, BA11
Aeródromos AT1, AM1, AM3
Estações ER1, ER2, ER3, ER4
Aeronaves
Aviões de Caça General Dynamics F-16
Aviões de Ataque General Dynamics F-16
Helicópteros AgustaWestland EH101
Aérospatiale Alouette III
Aviões de Reconhecimento Lockheed P-3 Orion
Aérospatiale Alouette III
Aviões de Patrulha Lockheed P-3 Orion
EADS C-295
Aérospatiale Alouette III
Aviões de Instrução Aérospatiale Epsilon-TB 30
Chipmunk MK 20
Alpha-Jet
Aérospatiale Alouette III
Aviões de Transporte C-130 Hercules
EADS C-295
Dassault Falcon 50
Aérospatiale Alouette III
Insígnias
Cocar Insíngia da Força Aérea Portuguesa
Distintivo de cauda
Comando
General Manuel Teixeira Rolo
Sede
Quartel-general Lisboa
Internet Site oficial

A Força Aérea Portuguesa (FAP) é o ramo aéreo das Forças Armadas Portuguesas. As suas origens remontam a 1912, altura em que começaram a ser constituídas as aviações do Exército e da Marinha. Em 1 de Julho de 1952, as aviações do Exército (Aeronáutica Militar) e da Marinha (Aviação Naval) foram fundidas num ramo independente denominado Força Aérea Portuguesa.

Ao longo da sua história, a FAP tem vindo a realizar missões de busca e salvamento em território nacional, salvando no decorrer dos anos milhares de vidas, tem defendido o espaço aéreo nacional, prestou apoio aéreo às operações terrestres durante a Guerra do Ultramar e representa Portugal em diversas missões internacionais de âmbito humanitário, cultural e de manutenção da paz.

Missão

A FAP, parte integrante do sistema de forças de Portugal, tem por missão cooperar de forma integrada na defesa militar da República Portuguesa, através da realização de operações aéreas, na defesa do espaço aéreo nacional e em missões no âmbito dos compromissos internacionais. Sempre que empregue numa qualquer missão, a Força Aérea Portuguesa tem o objectivo de gerar poder aéreo e criar uma capacidade de resposta eficaz, ter a segurança como factor crítico da missão e ter em conta o valor das pessoas e a qualidade dos meios empregues, buscando ser uma organização ágil, flexível, inovadora, coesa, motivada e disciplinada.[1]

História

Antecedentes

A aviação em Portugal teve o seu início no dia 20 de Junho de 1540, quando um sapateiro de nome João Torto saltou de uma torre, em Viseu, com um engenho construído por si mesmo, numa tentativa falhada para conseguir voar. Passados 169 anos, o padre português Bartolomeu de Gusmão apresentou em Lisboa, perante o rei D. João V, um engenho que consistia num pequeno balão de ar quente que se elevava no ar; este engenho fez de Bartolomeu o inventor do aeróstato, abrindo assim as portas à aerostação e à aviação. O primeiro aeronauta português surgiria em 1884, quando Abreu de Oliveira se elevou num balão a gás, apesar de ter acabado por cair no rio Tejo. Já no final do século XIX, Cipriano Pereira Jardim inventa o primeiro balão dirigível português, construído para fins militares. No dia 12 de Julho de 1909, o militar português Óscar Blank tornou-se o primeiro português (e um dos primeiros do mundo) a receber uma licença de piloto aviador. Meses mais tarde, a 17 de Outubro, um aviador francês tornou-se na primeira pessoa a pilotar um avião em Portugal e, a 11 de Dezembro de 1909, é fundado o Aero club de Portugal, com o objectivo de divulgar e promover a aeronáutica. O primeiro voo realizado por um português nos céus nacionais foi levado a cabo por Alberto Sanches de Castro, no dia 1 de Setembro de 1912.[2] Ainda em 1912, com o apoio do então Presidente da República, foi criada a Aeronáutica Militar, uma organização que buscou e adquiriu as primeiras três aeronaves para Portugal: um Deperdussin Tipo B, um Avro 500 e um Maurice Farman MF4.[3]

Um Farman F.40 português em Moçambique, durante a Primeira Guerra Mundial

No dia 14 de Maio de 1914, é publicada uma lei que instituía a primeira escola de aviação militar, que viria a ser instalada em Vila Nova da Rainha, sendo esta mesma inaugurada no dia 1 de Agosto de 1916. Do primeiro curso desta escola, saíram pilotos como Sarmento de Beires e Pinheiro Correia, homens que durante a sua carreira deixariam a sua marca na história da aviação em Portugal. Este período é considerado o começo daquilo que se pode chamar de Força Aérea Portuguesa, sendo ainda em 1914 criado o Serviço Aeronáutico Militar, por parte do Exército Português. Durante a Primeira guerra Mundial, Portugal enviou vários pilotos para combaterem em França e nas colónias, entre os quais ficou marcado na história o piloto Óscar Monteiro Torres, o primeiro piloto português a morrer em combate aéreo. Em Setembro de 1917, Jorge Sousa Gorgulho torna-se no primeiro português a voar em África, tendo se tornado, no dia seguinte, também o primeiro a morrer num acidente aéreo.[2] Ainda durante o conflito, a Marinha Portuguesa cria o seu braço aéreo, denominado Serviço de Aviação da Armada, que no ano seguinte muda de nome para Serviço da Aeronáutica Naval, e assim se mantém até 1931, quando muda para Aviação Naval. O Exército muda também a designação da sua componente aérea, passando a designa-la por Serviço da Aeronáutica Militar e, mais tarde, Aeronáutica Militar.[4]

Durante 1919, instala-se na Amadora, em terrenos que actualmente estão ocupados pela Academia Militar, o Grupo de Esquadrilhas de Aviação da República (GEAR), um local de onde surgiriam durante vários anos ideias e sonhos que resultariam numa série de viagens pioneiras por parte de pilotos portugueses. O GEAR é também a primeira unidade operacional de aviação militar em Portugal, sendo composta por esquadrilhas de caça, bombardeamento e observação.[4] Em 1920, a escola aeronáutica de Vila Nova da Rainha muda-se definitivamente para a Granja do Marquês, em Sintra, constituindo assim o núcleo e a base daquilo que mais tarde se viria a tornar na Base Aérea N.º 1 e na Academia da Força Aérea. Durante os anos 20, uma série de voos pioneiros marcaram a história da aviação em Portugal, com uma série de militares e civis a realizarem voos de longo alcance, para lugares um pouco por todo o mundo, como o Brasil e Macau;[2] durante esta década, Portugal contava com três bases aéreas: a Base Aérea N.º 1, em Sintra, a Base Aérea N.º 2, em Ota, e a Base Aérea N.º 3, em Tancos.[4] Nos anos 30, a Marinha e o Exército prosseguiram com a aquisição de vários tipos de aeronaves mais avançadas, e no meio civil várias dezenas de clubes de aviação foram criados; nesta década, também é criado em Portugal o primeiro avião português, um hidroavião baptizado "Portugal", que hoje está em exposição num pavilhão da OGMA (Oficinas Gerais de Material Aeronáutico), em Alverca.[3][4]

Um Supermarine Spitfire em exposição no Museu do Ar

Na segunda metade da década de 30, com as tensões bélicas a aumentarem na Europa e aliado ao clima político que se vivia em Portugal, a arma da aeronáutica do exército efectuou vários voos de apoio e reconhecimento em prol da Espanha Nacionalista e em apoio a missões da Luftwaffe contra a Espanha Republicana. Durante a Segunda Guerra Mundial, Portugal veio a armar os seus dois braços aéreos (o do exército e o da marinha) com novos hidroaviões e modernos aviões, entre os quais se pode destacar os alemães Junkers Ju 52 e Junkers Ju 86, os britânicos Bristol Blenheim, Hawker Hurricane e Supermarine Spitfire, e os norte-americanos P-38 Lightning e Consolidated B-24 Liberator, um reflexo da dualidade diplomática em que Portugal estava inserido.[4] Durante este conflito, foram criadas mais bases aéreas e aeródromos, como é o exemplo da Base Aérea das Lajes, na Ilha Terceira, Açores, que serviu para assegurar a defesa militar do arquipélago açoriano e de base de apoio às operações aéreas norte-americanas contra a Alemanha Nazi. Com o final da Segunda Guerra Mundial e consequente posição de Portugal entre os aliados vencedores, Portugal fez parte do conjunto de países fundadores da NATO, surgindo assim a necessidade de uma reforma nas esferas militares. Com efeito, foi assim criado o Ministério da Defesa, a posição militar de Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas e o Ministério da Guerra passou a designar-se Ministério do Exército, o que levou à criação do Subsecretariado de Estado da Aeronáutica, hierarquicamente dependente do Ministério da Defesa. Com a uniformização das estruturas militares de todos os países da NATO, e apesar de alguma resistência por parte dos militares portugueses, os braços aéreos da Marinha e do Exército foram, por lei, fundidos no dia 27 de Junho de 1952, sob o nome de Força Aérea Portuguesa, que teve o seu verdadeiro começo como ramo independente no dia 1 de Julho de 1952.[3][4]

Primeiros anos da FAP

A primeira organização da força aérea consistiu em um Comando Geral das Forças Aéreas, um Comando das Forças Aéreas Operacionais, um Comando de Instrução e Treino, seis bases aéreas (BA1 em Sintra, BA2 na OTA, BA3 em Tancos, BA4 nas Lajes, BA5 em Monte Real (ainda não contava, mas já estava em fase de projecto), BA6 no Montijo e BA7 em S. Jacinto), quatro aeródromos-base, um grupo de esquadras de caça, esquadras de aviação de cooperação com as forças de terra e navais, unidades de busca e salvamento, formações de transporte aéreo, esquadras de treino, escolas, unidades de alerta e tropas de defesa terrestre contra aeronaves.[4]

Dois P2V-5 Neptune da FAP

Sob esta nova organização, onde os aviões passaram a estar agrupados em esquadras e não em esquadrilhas, houve lugar para um alargamento e modernização das forças. Ao abrigo da NATO, os primeiros aviões cedidos a Portugal foram 50 caças Republic F-47 Thunderbolt, formando duas esquadras na Base Aérea N.º 2, na Ota. Ainda em 1952, chegaram à Ota os primeiros aviões a jacto, dois De Havilland Vampire, sendo também os dois primeiros aviões a jacto a voar nos céus de Portugal. Em 1953 foram adquiridos também 50 aviões de combate a jacto Republic F-84 e 15 Lockheed T-33. Portugal estava assim, já em 1952, entre os poucos países com uma força aérea considerável de poderio a jacto. Entre 1953 e 1954, na recém modernizada BA6, orientou-se o esforço aéreo para a luta anti-submarina e criou-se a Primeira Esquadra de Transportes Aéreos, com base no Aeroporto da Portela, composta por 7 aviões C-54 Skymaster (cinco dos quais adquiridos ao abrigo da NATO).[4]

Em 1955 foi criado o primeiro Batalhão de Tropas Paraquedistas, com sede na Base Aérea de Tancos, e foi criada a primeira estação de radar em Montejunto. No ano seguinte, deu-se mais um salto no âmbito da defesa aérea, com a criação do Grupo de Detecção e Controlo da Intercepção, sediado em Monsanto, Lisboa; este grupo era especial na sua forma de serviço, pois estava ligado às unidades de caças e à artilharia anti-aérea do exército e da armada, isto em caso de ataque.[4] Passados quatro anos de trabalho e organização, em 1956 foi estruturado o Estado-maior no seu molde tradicional, o território nacional foi dividido em três Regiões Aéreas, que podiam ser subdivididas em Zonas Aéreas caso necessário, e passaram a existir determinadas especialidades e serviços: Serviço de Comunicações e Tráfego Aéreo, Serviço de Recrutamento e Instrução, Serviço de Saúde, Serviço de Material, Serviço de Infra-estruturas e Serviço de Intendência e Contabilidade. As três Regiões Aéreas estendiam-se quase por todo o globo (a Região N.º 1 abrangia Portugal Continental, Açores, Madeira e Cabo Verde, a Região N.º 2 Angola, Guiné e S. Tomé e Príncipe, e a Região N.º 3 Moçambique, Índia Portuguesa, Macau e Timor) e tinham cada uma um comando próprio, em Lisboa, Luanda e Lourenço Marques, respectivamente.[4]

Os meios aéreos continuaram a aumentar em número e modernidade até 1961, tendo sido adquiridos quinze aviões bimotores Lockheed PV-2 Harpoon em 1956 e mais trinta em 1961; seguiram-se mais quinze aviões T-6 Havard, cinquenta North American F-86 Sabre e sete Sud Aviation Alouette II, em 1958; sete Beechcraft C45 Expeditor e cinco T-33 Silver Star em 1959, e doze Noratlas e doze Lockheed P-2V5 Neptune em 1960.[4]

Guerra do Ultramar

Um F-84 da Força Aérea Portuguesa a ser municiado nos anos 60, na Base Aérea de Luanda

Antes no início da Guerra do Ultramar, Portugal já havia passado por uma situação semelhante nos territórios ultramarinos na Índia, tendo as mais altas esferas de comando começado, de imediato, um estudo aos territórios ultramarinos em África para uma eventual necessidade de apoio aéreo a operações militares terrestres. Contudo, por diversos motivos políticos, militares e de natureza económica, foi negligenciada a necessidade de construção de infra-estruturas necessárias para uma eficaz actuação da Força Aérea em África. Depois da Independência do Congo Belga, em 1960, foram iniciados os primeiros esforços com vista à instalação da Força Aérea em Angola, com uma estratégia para a protecção do norte e leste desta província ultramarina; isto fez de Luanda um ponto de partida para o poder aéreo naquela região. Por toda a província angolana, uma série de aeródromos foram idealizados, sendo as principais plataformas aéreas a Base Aérea N.º 9, em Luanda, o Aeródromo-base N.º 3 no Negage e o N.º 4 em Henrique de Carvalho. O desenvolvimento destas unidades deu à Força Aérea Portuguesa uma série de conhecimentos que seriam aplicados em outras unidades e regiões semelhantes.[4]

Um Alouette III da FAP no decorrer de uma missão

Em 1961, o estado autorizou a criação de um corpo de enfermeiras paraquedistas, uma aposta que durante a guerra revelar-se-ia um sucesso pelos números de vidas salvas.[5] Em Moçambique, deu-se início à instalação de meios aéreos, principalmente de transporte, e à construção de infra-estruturas, ficando as primeiras unidades aéreas próximas aos aeroportos já existentes, nomeadamente o de Lourenço Marques, onde se instalou o primeiro destacamento de tropas paraquedistas, e o da Beira, onde se instalaram postos de comunicação. Em Nampula foi criado o Aeródromo-base N.º 5, em 1962, operando aviões T-6 e Dornier 27. Os primeiros PV2 chegaram à Beira em Fevereiro de 1962, e no final do ano a Base Aérea N.º 10 receberia vários aviões Noratlas. Além da natureza militar destes empreendimentos, a Força Aérea prestava também inúmeros serviços sanitários e logísticos às populações ali instaladas. Na Guiné, quando a guerra se iniciou em 1963, a Força Aérea instalou-se no Aeroporto de Bissau, com a criação da Base Aérea N.º 12, seguida mais tarde com pistas asfaltadas em Nova Lamego, Cufar e Aldeia Formosa.[4]

Assim, a missão da Força Aérea no Ultramar assentava-se em três pilares: transporte aéreo de militares e mercadorias, reconhecimento aéreo e apoio aéreo às operações terrestres. Além disto, por várias vezes a FAP levou a cabo missões exclusivas de guerra psicológica e de lançamento de tropas aero-transportadas contra grupos de guerrilheiros. Quando se fazia uso dos helicópteros ou de lançamento de tropas paraquedistas, havia sempre quatro parelhas de aviões envolvidas, duas de reserva e duas empenhadas. Estas missões da FAP eram sempre executadas com um alto grau de sucesso, devido ao facto de haver uma total supremacia aérea em contraste com os grupos guerrilheiros que não possuíam qualquer meio aéreo, com excepção de alguma actividade de artilharia anti-aérea na Guiné e Mueda no Norte de Moçambique. Na fase final da guerra, com a introdução de mísseis SAM 7 na Guiné e em Moçambique, passou a haver supremacia aérea dos guerrilheiros em pequenas porções de território.[4]

Na fase avançada da guerra, a partir de 1968, o dispositivo da Força Aérea Portuguesa no Ultramar era o seguinte:[4]

  • Região Aérea N.º 1: Zona Aérea de Cabo Verde e Guiné - Base Aérea N.º 12 e três aeródromos;
  • Região Aérea N.º 2: Base Aérea N.º 9, Aeródromo-base N.º 3 e N.º 4, e nove aeródromos;
  • Região Aérea N.º 3: Base Aérea N.º 10, Aeródromo-base N.º 5, N.º 6, N.º 7 e N.º 8, e sete aeródromos.
Um Fiat G91 português em exposição

O número de aeronaves colocadas em cada uma das províncias ultramarinas nunca foi elevado, sendo que nunca ultrapassou, no total, centena e meia de aviões em prontidão de serviço. Isto mostrava como a Força Aérea actuava no palco meramente como uma força de apoio indispensável, em vez de uma força totalmente independente com as suas próprias missões e objectivos tácticos.[4]

Com o bloqueio que Portugal sofreu devido à sua posição inflexível em relação à independência das suas províncias,[6] os meios aéreo que estavam a operar em África ou eram do tempo da Segunda Guerra Mundial ou eram aeronaves civis adaptadas para serviço militar. Uma das raras excepções foi a dos aviões Fiat G-91, vendidos pela República Federal da Alemanha, graças às facilidades concedidas na utilização germânica da Base Aérea de Beja. Além do facto de os aviões começarem a ser obsoletos para o serviço que prestavam, as sanções de material militar forçavam cada vez mais o uso prolongado de determinadas máquinas, materiais e peças. O armamento usado durante a guerra era de fraca qualidade, antigo e susceptível de falhas.[4]

Pós 25 de Abril

Em Abril de 1974 a Força Aérea, que havia começado a sua existência 23 anos antes como uma força moderna, havia perdido o contacto com as evoluções técnicas que apareciam no mundo. Nos anos seguintes, foi feito um esforço de modernização à custa da alienação de muitas aeronaves já, então, desnecessárias. Com a mudança do panorama político, veio a mudança do panorama territorial que a Força Aérea cobria pelo mundo, tendo-se começado então a pensar numa reorganização de acordo com a nova realidade territorial e regras da NATO. Os oficiais que necessitavam passar por determinados cursos frequentavam, até então, a Academia Militar, que dispunha de cursos para o efeito.[4] A partir de 1 de Fevereiro de 1978, a Academia da Força Aérea começa a sua actividade, na altura, com apenas um curso activo, o de piloto-aviador. A partir deste momento, a Força Aérea Portuguesa passaria a formar de raiz os seus quadros superiores de uma forma totalmente independente do exército.[7]

Actualidade

Um F-16 da Força Aérea Portuguesa, no decorrer de um exercício de treino de reabastecimento aéreo

Para modernizar a Força Aérea Portuguesa e fazer dela uma força credível no panorama geoestratégico da NATO e da Europa, o ramo aéreo português iniciou uma actualização dos seus meios e da sua estrutura. Foram formadas quatro esquadras de combate, uma das quais de luta anti-submarino e, além destas, nove esquadras de voo com outros fins. Das quatro esquadras de combate, duas ficaram equipadas com caças F-16 Fighting Falcon, uma com aviões Alpha-Jet e outra com o P-3P Orion, que também tem como missão a busca e salvamento de longo alcance.[4] Apesar da actualização dos meios aéreos, como a aquisição de aviões C-130 a partir de 1977[8] e a substituição do C-212 pelo C-295[9] e do SA 330 Puma pelo EH-101,[10] algumas aeronaves mais antigas continuam empenhadas na realização de missões, como é o caso do Alouette III que realiza ocasionalmente transporte aéreo e ainda é uma peça fundamental na instrução de pilotagem de helicópteros e de apoio táctico.[11]

A FAP dispõe também de meios de transporte VIP a jacto, através das aeronaves Falcon 50, que realizam transporte aéreo de altas entidades militares e de estado, assim como transporte rápido de órgãos para transplante. Para o treino e instrução de pilotos, existem várias aeronaves distribuídas por várias esquadras, como os planadores ASK-21 e L-23 Super Blanik, e aviões Chipmunk MK 20 modificado, Aerospatiale Epsilon-TB 30, Alpha-Jet e Alouette III.[4][12]

Devido aos compromissos de Portugal com diversas organizações internacionais, como por exemplo a União Europeia, a NATO e a ONU, a Força Aérea tem sido diversas vezes destacadas para missões em vários continentes e situações completamente distintas, tanto em cenários de guerra como em desastres naturais, destacando-se a Guerra do Golfo, o embargo à ex. Jugoslávia, missões de manutenção da paz no Kosovo e em Timor-Leste, e em missões humanitárias no Ruanda, Congo e em Angola,[4] destacando-se recentemente os esforços de vigilância, busca e salvamento no Mar Mediterrâneo aquando da crise Migratória na Europa, através da participação em operações como a SOPHIA e a FRONTEX,[13] cenário onde a FAP já resgatou e salvou milhares de vidas.[14] Em Dezembro de 2016, a Força Aérea ganhou um concurso onde irá liderar uma experiência pioneira de uso de drones no controlo de imigração clandestina no Mar Mediterrâneo.[15]

Organização

Chefe do Estado-Maior da Força Aérea

O Chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA) é a designação do comandante supremo da Força Aérea Portuguesa. É o principal colaborador do Ministro da Defesa Nacional e do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) em todos os assuntos respeitantes à Força Aérea. O actual CEMFA é o General Piloto-Aviador Manuel Teixeira Rolo.[16]

Órgãos de Apoio ao CEMFA

O CEMFA tem uma série de órgãos de apoio que o ajudam no exercício das suas funções:

  • O Vice-Chefe do Estado-Maior da Força Aérea (VCEMFA), que é um Tenente-General hierarquicamente superior a todos os oficiais do seu posto, exerce todas as competências que lhe sejam delegadas pelo CEMFA, substituindo o mesmo nos seus impedimentos e ausências. Tem na sua dependência o Serviço de Documentação da Força Aérea, a Unidade de Apoio de Lisboa e o Sub-Registo;[17]
  • O Gabinete do Chefe do Estado-Maior da Força Aérea (GABCEMFA), que apoia o CEMFA no exercício das suas funções e tem na sua dependência as Relações Públicas, o Ajudante de Campo do CEMFA e o Assessor do CEMFA para a Categoria de Sargentos;[18]
  • O Estado-Maior da Força Aérea (EMFA), cuja missão é apoiar as decisões do CEMFA através de estudos à actividade da Força Aérea e coordenar a execução das acções delas resultantes, tem na sua dependência o Subchefe do EMFA;[19]
  • O Departamento Jurídico da Força Aérea (DJFA), que conduz os assuntos de natureza jurídica da FAP;[20]
  • A Academia da Força Aérea (AFA), cuja missão é formar os oficiais do quadro permanente da Força Aérea;[21]
  • A Direcção de Finanças da Força Aérea (DFFA), que assegura a administração dos recursos financeiros de acordo com os planos e directivas do CEMFA, e tem na sua dependência o Serviço Administrativo e Financeiro;[22]
  • Os Órgãos de Conselho, que apoia as decisões de CEMFA em assuntos especiais e importantes na preparação, disciplina e administração da FAP, tendo na sua dependência o Conselho Superior da Força Aérea, o Conselho Superior de Disciplina da Força Aérea e a Comissão Histórico-Cultural da Força Aérea;[23]
  • A Inspeção-Geral da Força Aérea, que apoia o CEMFA no exercício da função de controlo e avaliação, prevenção e investigação de acidentes;[24]
  • Os Órgãos de Natureza Cultural, que asseguram as actividades de apoio geral da Força Aérea, cuidando do património histórico-cultural aeronáutico, tendo na sua dependência o Museu do Ar, a Banda de Música da Força Aérea e a Revista Mais Alto.[25]

Comando de Pessoal da Força Aérea

O Comando de Pessoal da Força Aérea tem como missão administrar os recursos humanos para a execução dos planos e directivas aprovadas pelo CEMFA. É da responsabilidade deste comando distribuir os militares pelas unidades de acordo com as necessidades de serviço, prestar assistência médico-sanitária, preparar planos de mobilização de pessoal, administrar a justiça e a disciplina, desenvolver acções culturais, assegurar a assistência religiosa do pessoal, prestar assistência social e promover o bem-estar das forças.[26]

Dentro deste comando encontra-se a Direcção de Instrução, que é responsável pela instrução e actividades físicas, a Direcção de Pessoal, que gere os recursos humanos, a Direcção de Saúde, que trata dos assuntos médico-sanitários e tem na sua dependência hierárquica o Centro de Medicina Aeronáutica e o Centro de Psicologia da Força Aérea, o Centro de Assistência Religiosa, o Centro de Formação Militar e Técnica da Força Aérea, responsável por ministrar o pessoal da força aérea em diversos cursos, na instrução básica e complementar dos praças e no curso de formação de sargentos, o Centro de Recrutamento da Força Aérea, que trata dos assuntos inerentes ao recrutamento e apoia os militares que se encontram fora da efectividade de serviço, o Serviço de Acção Social, que assegura o apoio social ao pessoal da FAP e o Serviço de Justiça e Disciplina, que trata dos assuntos de justiça e disciplina.[26]

Comando da Logística da Força Aérea

O Comando da Logística da Força Aérea tem como missão administrar os recursos materiais, de comunicações, sistemas de informação e infra-estruturas da Força Aérea, garantindo também o cumprimento dos requisitos para a certificação da navegabilidade das aeronaves da FAP.[27]

Dentro deste comando encontra-se a Direcção de Abastecimento e Transportes, que dirige tecnicamente o abastecimento, aquisição e gestão de recursos materiais da Força Aérea, a Direcção de Comunicações e Sistemas de Informação, que administra os sistemas de comunicação e informação, a Direcção de Engenharia e Programas, que trata dos projectos de modernização e gestão do sistema de armas e de aeronaves, a Direcção de Infra-Estruturas, que dirige o planeamento, construção, recuperação e conservação de infra-estruturas, a Direcção de Manutenção de Sistemas de Armas, que gere o sustentação dos sistemas de armas, armamento e equipamento de voo e dos equipamentos de apoio e viaturas, e o Depósito Geral de Material da Força Aérea, que recebe, armazena e distribui o material da FAP sujeito a gestão centralizada.[27]

Comando Aéreo

O Comando Aéreo tem como missão apoiar o exercício de comando do CEMFA, tratando da preparação, aprontamento e sustentação das forças e meios da componente operacional da Força Aérea, o cumprimento de missões, o comando e controlo da actividade aérea, e a administração directa das unidades e órgãos e componente fixa, assim como da segurança militar das unidades e órgãos da Força Aérea.[28]

Zonas, bases aéreas e aeródromos

Fotografia aérea da Base Aérea das Lajes, em 1989

A Força Aérea tem duas zonas aéreas, a Zona Aérea da Madeira,[29] que ainda não se encontra operacional, e a Zona Aérea dos Açores (ZAA), que tem como missão assegurar a prontidão dos sistemas de armas (quando atribuídos) e da actividade aérea na sua área de responsabilidade.[30] A FAP tem actualmente cinco bases aéreas e três aeródromos:

Estações e órgãos de componente fixa

Infra-estruturas da Estação de Radar N.º 1

A Força Aérea Portuguesa tem também quatro estações de radar e detecção, que compõem uma componente essencial na defesa do espaço aéreo nacional, assim como vários órgãos de componente fixa que complementam a especialização do pessoal e do carácter operacional da FAP:

Esquadras

Um EH-101 da Esquadra 751 a realizar um treino de busca e salvamento junto à costa portuguesa

As aeronaves da Força Aérea Portuguesa estão dispostas por 11 esquadras:

  • Esquadra 101 "Roncos" - ministra instrução elementar e básica de pilotagem, operando aeronaves Aerospatiale Epsilon-TB 30;[47]
  • Esquadra 103 "Caracóis" - ministra instrução avançada de pilotagem e conversão operacional para aviões de combate, operando aviões Alpha-Jet;[48]
  • Esquadra 201 "Falcões" - executa operações de defesa aérea e de ataque convencional, operando caças Lockheed Martin F-16 AM;[49]
  • Esquadra 301 "Jaguares" - executa operações de defesa aérea e de ataque convencional, operando caças Lockheed Martin F-16 AM;[50]
  • Esquadra 501 "Bisontes" - executa operações de transporte aéreo e de busca e salvamento, operando aviões Lockheed C-130 Hercules;[51]
  • Esquadra 502 "Elefantes" - executa operações de transporte aéreo, busca e salvamento, vigilância marítima, reconhecimento e fotografia aérea e participa na instrução de navegadores, operando aviões EADS C-295M;[9]
  • Esquadra 504 "Linces" - realiza transporte aéreo de carácter especial, operando aviões a jacto Marcel-Dassault Falcon 50;[52]
  • Esquadra 552 "Zangões" - executa operações de transporte aéreo, apoio táctico e geral, e ministra instrução básica e avançada de helicópteros, operando helicópteros Alouette III;[11]
  • Esquadra 601 "Lobos" - executa operações aéreas em ambiente marítimo, operando aviões Lockheed P-3 ORION;[53]
  • Esquadra 751 "Pumas" - realiza missões de apoio táctico e de busca e salvamento, operando helicópteros Agusta-Westland EH-101 Merlin;[10]
  • Esquadra 802 "Águias" - efectua os estágios de selecção de voo aos candidatos à AFA e ministra a instrução elementar em aviões Chipmunk MK-20 e planadores Blanik e ASK-21.[54]

Em teoria, cada esquadra é composta por 25, 12 ou 6 aparelhos do mesmo tipo. As esquadras com mais aeronaves dividem-se em esquadrilhas de 4 a 8 aparelhos. Na sua designação, as esquadras recebem uma numeração de 3 algarismos, em que o primeiro indica a sua missão primária:[55]

  • 1 - Instrução
  • 2 - Caça
  • 3 - Ataque
  • 4 - Reconhecimento
  • 5 - Transporte
  • 6 - Patrulha marítima
  • 7 - Busca e Salvamento
  • 8 - Especial

O segundo algarismo indica o tipo de aeronave operado pela esquadra, sendo que 0 indica que a esquadra opera aeronaves de asa fixa, 1 significa aeronaves mistas e o 5 aeronaves de asa móvel. O terceiro algarismo indica o numero dado à esquadra, como por exemplo, a primeira esquadra de transporte de asa fixa é a 501 e a segunda é a 502. Se uma terceira for criada, terá o numero 503.[55]

Aviões

Segue-se uma lista dos aviões activos da Força Aérea Portuguesa, na qual não estão incluídos os planadores, as aeronaves que estão reservadas para venda (como estão 12 F-16)[56] ou as que se encontram em museus.[57]

Dados de 2016: FlightGlobal.com[58] e Emfa.pt[12]

Aeronave Origem Missão Variante Quantidade Esquadra Imagem Refs
Combate aéreo
F-16 Fighting Falcon Estados Unidos Luta Aérea Defensiva

Luta Aérea Ofensiva

F-16A 33 Esquadra 201 - "Falcões"

Esquadra 301 - "Jaguares"

[59][60][61][49][50]
Patrulha marítima
CASA C-295 Espanha Patrulha Marítima

Busca e Salvamento

5 Esquadra 502 - "Elefantes" [59][60][62][9]
Lockheed P-3 Orion Estados Unidos Busca e Salvamento

Vigilância e Reconhecimento

Guerra Anti-Superfície

Guerra Anti-Submarina

P-3C 5 Esquadra 601 - "Lobos" [59][60][63][53]
Transporte
C-130 Hercules Estados Unidos Transporte Aéreo C-130H 5 Esquadra 501 - "Bisontes" [59][60][64][51]
CASA C-295 Espanha Transporte Aéreo 7 Esquadra 502 - "Elefantes" [59][60][62][9]
Falcon 50 França Transporte Aéreo 3 Esquadra 504 - "Linces" [60][65][52]
Helicópteros
EH101 Merlin Itália Transporte Aéreo

Busca e Salvamento

Vigilância e Reconhecimento

12 Esquadra 751 - "Pumas" [59][60][66][10]
Alouette III França Instrução Básica

Busca e Salvamento

Vigilância e Reconhecimento

Instrução Complementar

Conversão Operacional

Transporte Aéreo

4 Esquadra 552 - "Zangões" [60][67][68][11]
Instrução e treino
F-16 Estados Unidos Instrução e Treino Operacional F-16B 5 Esquadra 201 - "Falcões"

Esquadra 301 - "Jaguares"

[59][60][61]
Alpha Jet Alemanha Instrução Complementar

Conversão Operacional

6 Esquadra 103 - "Caracóis" [59][60][69][48][70]
Socata TB 30 França Instrução Elementar

Instrução Básica

16 Esquadra 101 - "Roncos" [59][60][71][47]

Militares

A Força Aérea Portuguesa tem um efectivo de aproximadamente 6799 militares activos, que se dividem em três categorias: Oficiais, Sargentos e Praças.[72] Dentro das três categorias existem militares em regime de contrato, sendo que apenas na categoria de Oficiais e Sargentos se pode ingressar nos Quadros Permanentes, uma forma de prestação de serviço na qual se pode fazer uma carreira de vários anos dentro das fileiras; para o acesso aos quadros na categoria de sargento, é necessário a conclusão com sucesso do Curso de Formação de Sargento,[73] e para o acesso aos quadros na categoria de oficiais é necessário concluir um de dois cursos: o Estágio Técnico-Militar - Jurista,[74] ou o Curso de Mestrado em Aeronáutica Militar.[75]

Especialidades

Uma série de especialidades foram surgindo ao longo da história da Força Aérea para que os seus militares estivessem qualificados para uma série de serviços e operações onde pudesse ser garantido o cumprimento da missão geral da força. Abaixo, segue uma lista de especialidades da categoria de Oficiais e de Praças; relativamente à categoria de Sargentos, todas as especialidades dos Praças seguem com a mesma denominação para a categoria de Sargento, com excepção das especialidades CAUT, SHS, Clarim e SS.[73]

Oficiais

  • Piloto Aviador (PILAV)
  • Administração Aeronáutica (ADMAER)
  • Engenharia Electrotécnica (ENGEL)
  • Engenharia Aeronáutica (ENGAER)
  • Engenharia de Aeródromos (ENGAED)
  • Médico (MED)
  • Navegadores (NAV)
  • Técnico de Saúde (TS)
  • Técnico de Abastecimento (TABST)
  • Técnico de Informática (TINF)
  • Técnico de Pessoal e Apoio Administrativo (TPAA)
  • Técnico de Manutenção de Material Eletrotécnico (TMMEL)
  • Técnico de Manutenção de Armamento e Equipamento (TMAEQ)
  • Técnico de Manutenção de Material Aéreo (TMMA)
  • Técnico de Manutenção de Material Terrestre (TMMT)
  • Técnico de Operações de Circulação Aérea e Radar de Tráfego (TOCART)
  • Técnico de Operações de Meteorologia (TOMET)
  • Técnico de Operações de Comunicações e Criptografia (TOCC)
  • Técnico de Operações de Deteção e Conduta de Interceção (TODCI)
  • Técnico de Operações (TOPS)
  • Polícia Aérea (PA-OFI)
  • Psicólogo (PSI)
  • Jurista (JUR)
  • Recursos Humanos e Logística (RHL)

Praças

  • Abastecimento (ABST)
  • Operadores de Sistemas de Assistência e Socorro (OPSAS)
  • Construção e Manutenção de Infra-Estruturas (CMI)
  • Serviço de Hotelaria e Subsistências (SHS)
  • Operadores de Informática (OPINF)
  • Músicos (MUS)
  • Policia Aérea (PA)
  • Serviço de Saúde (SS)
  • Secretariado e Apoio dos Serviços (SAS)
  • Condutor-Auto (CAUT)
  • Clarins (CLAR)
  • Mecânico de Armamento e Equipamento (MARME)
  • Mecânicos de Eletricidade (MELECT)
  • Mecânicos de Eletricidade e Instrumentos de Avião (MELIAV)
  • Mecânico de Eletrónica (MELECA)
  • Mecânico de Material Aéreo (MMA)
  • Operador de Comunicações (OPCOM)
  • Operadores Radaristas de Deteção (OPRDET)
  • Operador de Meteorologia (OPMET)
  • Operador de Circulação Aérea e Radarista de Tráfego (OPCART)
  • Operações (OPS)

Postos

Oficiais

A categoria de oficias é dividida em três sub-categorias: Oficiais Generais, Oficiais Superiores e Oficiais Subalternos. Segue-se uma tabela com os postos:[72]

Passadeira Várias
Designação General Tenente-
general
Major-
-general
Brigadeiro-
general
Coronel Tenente-
Coronel
Major Capitão Tenente Alferes Aspirante
a oficial
Cadete
aluno

Sargentos

A categoria de sargentos é composta pelos seguintes postos:[72]

Passadeira
Designação Sargento-
Mor
Sargento-
Chefe
Sargento-
Ajudante
Primeiro-
Sargento
Segundo-
Sargento
Furriel Segundo-
Furriel

Praças

A categoria de praças é composta pelos seguintes postos:[72]

Passadeira
Designação Cabo-
Adjunto
Primeiro-
Cabo
Segundo-
Cabo
Soldado Soldado-
Recruta

Cultura

Uma missão de busca e salvamento, uma das várias maneiras que a Força Aérea tem para prestar apoio à população

O impacto da Força Aérea Portuguesa na cultura e no quotidiano português tem vindo a aumentar ao longo da sua existência. Depois de se estabelecer como ramo independente, a Força Aérea iniciou o lançamento de uma revista de assuntos intrinsecamente aeronáuticos, a Mais Alto, com a primeira edição a ser lançada em Abril de 1959.[76] Ao longo dos anos, veio a apresentar-se cada vez mais como um ramo independente do Exército e da Marinha, sendo conhecida em todo o todo o país como a "Força Aérea". Na rádio, a FAP marca presença com a Rádio Lajes, uma emissora que remonta a 20 de Junho de 1947 e que, desde então, se encontra na Base Aérea N.º 4.[77] No cinema, é recordada por ter sido retratada no filme Capitães de Abril, que foi lançado no dia 21 de Abril de 2000.[78] Na música, a FAP é representada pela Banda de Musica da Força Aérea, um órgão musical que realiza missões de guarda de honra, paradas militares, entre outras cerimónias, viajando com frequência para o estrangeiro para a realização de concertos do mais alto nível, em países como a Alemanha, Bélgica, Países Baixos e Inglaterra, sendo um meio de prestígio da música portuguesa, da força aérea, e de Portugal.[79]

A nível de contacto com a população e de património, a Força Aérea Portuguesa tinha, até 2015, um património global no valor de 6791 mil milhões de euros, composto maioritariamente por terrenos, infra-estruturas, edifícios, bens e equipamentos militares.[80] No âmbito da busca e salvamento, a Força Aérea tem presença constante junto da protecção civil, realizando missões de busca e salvamento sempre que há solicitação. A Esquadra 751 "Pumas", no dia 15 de Dezembro de 2016, celebrou a marca de 3500 vidas salvas, um serviço à população que existe à 38 anos e que, actualmente, conta com o apoio de cerca de uma centena de militares e doze helicópteros EH-101 em prontidão 24 horas por dia.[81]

Ver também

Referências

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