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Brasiguaios: diferenças entre revisões

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Revisão das 13h52min de 27 de setembro de 2011

Os brasiguaios ou brasilguaios são brasileiros (e seus descendentes) estabelecidos em território da República do Paraguai, em áreas fronteiriças com o Brasil, principalmente nas regiões chamadas Canindeyú e Alto Paraná, no sudeste do Paraguai. Estimados em 350 000, são, em sua maioria, agricultores de origem alemã, italiana ou eslava e falantes do idioma português. O nome origina-se na junção das palavras "brasileiro" e "paraguaio".

História dos brasiguaios

No ano de 1943, não viviam mais do que quinhentos fazendeiros em todo o Paraguai. Entre 1950 e 1970, o percentual de brasileiros na população paraguaia permaneceu constante entre três e quatro por cento. A partir de 1970, começou a imigração maciça de brasileiros, a maioria do estado do Paraná. O termo surgiu quando – com a construção da hidrelétrica de Itaipu – os agricultores que tiveram suas propriedades invadidas pelo espelho d'água da barragem receberam indenizações insuficientes para a compra de novas terras no Brasil. Optaram, então, por deslocar-se para o vizinho Paraguai, onde as terras eram cerca de oito vezes mais baratas. Além disso, no ano de 1967, o governo paraguaio abolira uma lei que proibia a compra por estrangeiros de terras na faixa de 150 quilômetros de suas fronteiras. Um fator adicional a estimular a migração a partir do Paraná foi a crescente mecanização da produção de soja naquele estado, que resultou na concentração de extensas áreas de plantio na posse de grandes empresas. Os pequenos agricultores brasileiros buscaram, então, as terras mais baratas do outro lado da fronteira.

A situação atual dos brasiguaios

A presença dos brasiguaios, apesar de trazer um surto de crescimento econômico à região, provocou sentimentos nacionalistas e xenófobos entre os paraguaios. A situação foi assunto de ampla reportagem no jornal estadunidense The New York Times, cujo interesse pelo Mercosul cresceu após as pressões do governo de George W.Bush para antecipar a criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca).

Os paraguaios, segundo o jornal, preocupam-se com o enfraquecimento de sua identidade nacional na região fronteiriça, já que os estrangeiros mantêm sua própria língua, usam sua própria moeda, hasteiam sua própria bandeira e são donos das terras mais produtivas[carece de fontes?]. Outra queixa é que seus filhos crescem falando português como segunda língua, em vez do guarani. Temos que proteger nossa identidade ou estaremos perdidos como nação nessa onda de globalização e Mercosul, diz Adilio Ramírez López, diretor de uma escola local.

Outra fonte de atrito é a questão racial, uma vez que a maioria dos brasiguaios têm pele clara e feições europeias, enquanto a maior parte dos paraguaios é de origem hispano-guarani. Transmissões de rádio em guarani exortam os camponeses sem terra a atacarem os brasiguaios, incendiando suas casas ou invadindo suas lojas, o que levou a imprensa brasileira a falar sobre limpeza étnica[carece de fontes?]. Os brasiguaios se queixam da discriminação contra seus filhos nas escolas locais e a intimidação das autoridades de imigração, já que grande parte deles nunca recebeu documentos de identidade paraguaios[carece de fontes?]. Ao mesmo tempo, muitos brasiguaios nascidos no Paraguai não conseguem documentos brasileiros, o que impede algumas famílias hostilizadas de voltar ao Brasil[carece de fontes?].

Um censo da Igreja Católica feito há quase vinte anos estimava que o número de brasiguaios era de 300 000, cerca de dez por cento da população paraguaia na época. Hoje, podem chegar a 400 000, mas esses dados são incompletos devido ao número impreciso de imigrantes clandestinos. Em San Alberto de Mbaracayú, cerca de oitenta por cento dos 23 000 habitantes são descendentes de brasileiros e, votando em bloco, conseguiram eleger um dos seus, Romildo Maia de Souza, como prefeito. Maia diz que a solução para o problema virá à medida que paraguaios e brasiguaios aprendam a conviver entre si.

Ver também

Ligações externas

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