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Centenário da imigração japonesa ao Brasil

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Brasil  Imigração Japonesa no Brasil
Japão   日系ブラジル人
Nipo-brasileiros
Família de imigrantes japoneses em Bastos, São Paulo, 1930
Imigração

Início oficial: 1908 com navio Kasato Maru.
Principais destinos: São Paulo e Paraná.
Total de imigrantes: mais de 240 mil, entre 1908 e 1963.[1]

Artigos sobre Imigração Japonesa no Brasil
Imigração japonesa no Brasil
Cronologia da imigração japonesa no Brasil
Fazenda Santo Antônio   |   Kasato Maru
Shindo Renmei   |   Imigração japonesa
Decasséguis   |   Decasséguis brasileiros

Centenário da imigração japonesa ao Brasil

Nipo-brasileiros

População: 46,9 mil cidadãos japoneses, em 2023[2] e cerca de 2.000.000 de descendentes, em 2022 (1% da população brasileira).[3]
Religião: católica,[4] budista, xintoísta.[5]
Idiomas: Português e Japonês (minoria).
Brasileiros no Japão: cerca de 300 mil.[6]

Artigos sobre Nipo-brasileiros
Nikkei   |   Categoria:Brasileiros de ascendência japonesa

O centenário da imigração japonesa no Brasil é uma comemoração que celebra os cem anos da imigração japonesa no Brasil e que teve sua comemoração em 18 de junho de 2008, dia em que ocorreu no país a visita do príncipe-herdeiro do trono do Japão, Naruhito. O príncipe faz visitas às áreas com maior concentração dos nipo-descendentes no Brasil. Esta data foi escolhida por ser a data exata do centenário de chegada do primeiro navio com imigrantes japoneses.

Homenagem do Carnaval de São Paulo

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Os "100 anos da imigração japonesa" foi o enredo oficial de escolas de samba, como a Porto da Pedra, no Carnaval Carioca, a Vila Maria e a Prova de Fogo, na cidade de São Paulo.

A japonesa Yuka Chan foi a rainha da bateria da Unidos de Vila Maria, além de participar também do carnaval baiano.[7] Ela representou os turistas e imigrantes japoneses durante as festividades, sambando de kimono[8] ao lado do bailarino Antônio Cozido.

Escolha das mascotes

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Houve inicialmente um concurso para a escolha da mascote que teve cerca de 200 inscritos, sem vencedor. A comissão julgadora julgou que nenhum dos 25 trabalhos selecionados alcançou os resultados esperados. A "Associação da Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil" (ACCIJB) escolheu, no dia 10 de janeiro de 2008, o cartunista Maurício de Sousa, criador da Turma da Mônica, para criar o personagem-mascote para a celebração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil. Maurício de Sousa prontamente aceitou o convite e dispôs-se a colaborar voluntariamente para o Centenário..[9]

Em uma cerimônia especial em Brasília no dia 17 de Janeiro de 2008, o cartunista Maurício de Sousa apresentou oficialmente o mascote do Ano do Intercâmbio Brasil-Japão..[10] O desenhista disse que o personagem foi baseado em um de seus filhos com ajuda de sua esposa, Alice Takeda, descendente de japoneses. O nome do mascote é Tikara (?) (lê-se Tikará), que significa força, vigor e energia, representando a força que os imigrantes japoneses reuniram na jornada para chegar ao Brasil, país de cultura e costumes totalmente diferentes, estabelecendo-se com sucesso.[11]"Procuramos evitar nomes próprios e escolher uma palavra japonesa com significado forte e sílabas marcantes para caracterizar o personagem", afirmou Mauricio de Sousa. O quadrinhista pretende adicionar Tikara em sua galeria de personagens e, em breve, introduzi-lo nas histórias em quadrinhos da Turma da Mônica. O mascote foi recebido com aplausos por autoridades, convidados e nikkeis que lotaram o palácio do Itamaraty.

Entusiasmado com a grande repercussão de Tikara, Maurício de Sousa resolveu criar uma companheira: a meiga Keika. O nome significa: "aquele (a) que acrescenta bravura, pureza,integridade e honestidade." Keika e Tikara serão utilizados nos cartazes e materiais de divulgação dos eventos comemorativos e também serão incorporados às histórias da Turma da Mônica. Ela foi apresentada dia 13 de Fevereiro de 2008. Já houve, inclusive, interesse do Governo Japonês em também utilizá-los.[12]

No dia 28 de abril do mesmo ano, Maurício de Sousa e sua esposa participaram de um encontro no Japão, no qual foram recebidos pelo imperador Akihito, a imperatriz Michiko e o príncipe herdeiro Naruhito. O encontro ocorreu em Tóquio, onde o desenhista responsável pela criação dos personagens Tikara e Keika, as mascotes do Centenário. No encontro estavam presentes o ministro dos Negócios Estrangeiros do Japão, Masahiko Koumura, autoridades do governo japonês e representantes da Fundação Japão e Associação para Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa – ACCIJ. Na cerimônia, Mauricio de Sousa entregou ao imperador um quadro com a imagem dos personagens, que a partir de então, passou a compor o acervo de obras de arte do palácio imperial japonês. Desde então o correio nipônico utilizou por uma semana um carimbo oficial com a imagem de Tikara e Keika.[13]

Comemorações no Brasil

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Cartaz japonês incentivando a emigração para o Brasil (início do século XX)

Ao longo do ano houve comemorações de pequeno e grande porte em diversos estados brasileiros, por maior parte em São Paulo e Paraná. As festividades começaram desde a entrada do Ano Novo, mas as comemorações oficiais foram abertas no dia 18 de Junho, quando o navio Kasato Maru ancorou no Porto de Santos, trazendo as primeiras 165 famílias japonesas que ansiavam o sonho de uma vida melhor. Em Curitiba é celebrado anualmente um festival comemorando a imigração japonesa, o Imin Matsuri (移民祭り, "Festival de Imigração"); no ano do centenário, o festival apenas teve proporções maiores do que o convencional. As celebrações terminaram oficialmente em agosto do mesmo ano.

No Amazonas é criado a Fundação Koutakukai, no qual está registrada as histórias dos japoneses pioneiros no estado. Além de celebrar os 70 anos da imigração japonesa em terra amazônica, a fundação busca criar mais laços com os descendentes desses colonos.[14]

Na Bahia houve eventos desde agosto de 2007, incluindo exposições de quadros, apresentações de corais musicais, inclusões culturais nas escolas, shows pirotécnicos entre vários outros eventos.[15]

No réveillon da Bahia no mesmo ano, foi lembrado o Centenário da Imigração Japonesa. A festa foi em Farol da Barra e contou com 500 mil pessoas.[16]

Brasília/Goiás

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Em Brasília e Goiás está havendo vários trabalhos educativos e projetos. Entre eles estão: Apresentações de grupos teatrais, Cerimônias Oficiais, Construção do espaço Cultural Brasil-Japão, Apresentações de Artes e Eventos Esportivos.

Um livro comemorativo foi lançado em Maio, contando o histórico da imigração japonesa em Goiás e Distrito Federal. O livro foi pesquisado por Cecília Saito e uma equipe de pesquisa que envolveu 20 pessoas dirigido pela Associação Nipo-Brasileira de Goiás.[17]

Moedas de 500 yens comemorativas de 100 anos de imigração japonesa para o Brasil. No verso, cerejeiras e café.
Moedas comemorativas de 2 reais dos 100 anos de imigração japonesa para o Brasil.

Apesar de não ocorrer nenhuma comemoração oficial, o estado está fitando laços com a cultura nipônica. Em uma palestra em comemoração ao centenário da imigração japonesa no Brasil, realizada na Fiec, o economista e professor Paulo Yokota afirmou que há um interesse muito grande em energia e produtos naturais e discutiram questões para um maior envolvimento entre o país e o estado.[18]

O governo japonês assina um acordo para o Desenvolvimento de Políticas e Recursos Humanos (o PHRD) do Governo japonês: US$ 850 mil. O cônsul geral do Japão em Recife se encontrará em uma solenidade no Palácio de Iracema que contará com a participação do secretário das Cidades, Joaquim Cartaxo, representantes do Banco Mundial (Bird), além de prefeitos, vereadores e empresários do Cariri. A doação será usada em projetos e estudos necessários para o programa Cidades do estado do Ceará.[19]

A comemoração foi realizada em Maceió no Centro Cultural e de Exposições de Maceió,não foi uma comemoração oficial,em Alagoas a em media 50 famílias de descendentes de japoneses.O cônsul japonês, Toshio Watanabe, esteve em Maceió para participar do evento, promovido pelas famílias de descendentes japoneses que vivem no Estado e por amigos e amantes da cultura oriental. Os eventos foram:

  • Abertura e apresentação de Taikô
  • Concerto com Tomoko Hirokawa, Wesley Mrtins e Heraldo França
  • Exposição de fotos
  • Apresentação de Yosakoi
  • Apresentação Banda de J-POP
  • Demonstração de Artes Marciais
  • Exibição de programa japoneses
  • Palestra de Mangás

Dados do Site Primeira Edição:«100 anos da imigração japonesa em Alagoas» 

Referências

  1. «Entrada de estrangeiros no Brasil segundo as principais nacionalidades pelos 4 períodos constituídos». Consultado em 10 de dezembro de 2022. Arquivado do original em 3 de outubro de 2008 
  2. Countries with the highest number of Japanese residents in 2023 (in 1,000s)
  3. «Japan-Brazil Relations (Basic Data)» (em inglês). Consultado em 10 de agosto de 2022 
  4. «Adital - Brasileiros no Japão». Adital. Consultado em 2 de setembro de 2008. Cópia arquivada em 6 de março de 2008 
  5. «U.S. State Department - International Religious Freedom Report, 2007» (em inglês). U.S. State Department. Consultado em 2 de setembro de 2008 
  6. «Asahi Newspaper. Editorial: Brazilian immigration» (em inglês). Consultado em 2 de setembro de 2008 
  7. «Polêmica, japonesa símbolo do Carnaval da Bahia anuncia nudez». Terra.com 
  8. «Baiano requebra melhor que paulista». Terra Magazine 
  9. «Mauricio de Sousa é definido para criar mascote do Centenário, após concurso sem vencedor». Portal Japão 
  10. «Lula apresenta mascote do Centenário da Imigração Japonesa». Globo.com 
  11. «Tikara é o nome do mascote do Centenário da Imigração». Portal Japão 
  12. «Mauricio de Sousa apresenta Keika». AuMaNaCk 
  13. «Maurício de Sousa é recebido pelo príncipe japonês». AuMaNaCk 
  14. «Associação conta a história dos japoneses no Amazonas». Made in Japan 
  15. «Projetos - Bahia». ACCIJB 
  16. «Réveillon em Salvador terá homenagem à comunidade japonesa». Globo.com 
  17. «Livro abordará nikkeis de GO e do DF». Ipcdigital.com.br 
  18. «Japão e Ceará vão reforçar relações». Diário do Nordeste 
  19. «Japão doa dinheiro ao Ceará». CCBJ 
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