A Comédia da Vida Privada

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A Comédia da Vida Privada
A Comédia da Vida Privada
Informação geral
Formato série
Gênero Comédia
Duração 45 minutos
Criador(es) Guel Arraes
Jorge Furtado
Elenco Marco Nanini
Pedro Cardoso
Fernanda Torres
Marieta Severo
Daniel Dantas
Giulia Gam
Diogo Vilela
Andréa Beltrão
Luiz Fernando Guimarães
Cláudia Abreu
Débora Bloch
Laura Cardoso
País de origem  Brasil
Idioma original português
Temporadas 3
Episódios 21 (lista de episódios)
Produção
Diretor(es) Guel Arraes
Exibição
Emissora original TV Globo
Transmissão original 25 de abril de 199526 de agosto de 1997

A Comédia da Vida Privada é uma série de televisão brasileira produzida pela TV Globo e exibida de 25 de abril de 1995 até 26 de agosto de 1997, totalizando 21 episódios. Era exibida na faixa da Terça Nobre, ou seja, sempre as terças-feiras, uma vez por mês, em três temporadas, no horário das 22h05, com duração de aproximadamente 45 minutos cada episódio.[1][2] Criada por Jorge Furtado e Guel Arraes, teve roteiros de Pedro Cardoso, Fernanda Young, Guel Arraes e Luis Fernando Verissimo, sob direção de Jorge Furtado, Fernando Meirelles, Mauro Mendonça Filho, Guel Arraes e Roberto Talma, com direção de produção de Marcelo Paranhos e Carlos Henrique de Cerqueira Leite e direção geral de Guel Arraes. Tinha como enredo histórias do cotidiano de pessoas da classe média brasileira.

Em junho de 2004, a série foi lançada em DVD pela Globo Vídeo[3].

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

Antes da série, foi feito um episódio piloto exibido em 23 de agosto de 1994. Com o sucesso, tanto de audiência quanto de crítica, houve a continuidade do programa, sempre sob a direção geral de Guel Arraes.

O Programa[editar | editar código-fonte]

As histórias narradas eram baseadas em crônicas de Luis Fernando Verissimo publicadas na revista Domingo, no Jornal do Brasil, e no jornal gaúcho Zero Hora. Em 1994, estas crônicas tinham sido reunidas no livro Comédias da Vida Privada, que ficou meses nas listas dos mais vendidos.

A primeira temporada teve sete episódios a partir de 30 crônicas. Cada episódio juntava trechos de textos diferentes, adaptados para criar histórias simples, com poucos personagens e cenários. Nem todas tinham um enredo linear; com início, meio e fim. Muitas eram formadas por uma sequência de esquetes, que tinham em comum a proposta de fazer humor "com as coisas corriqueiras da vida". O foco era sempre a classe média urbana.

Segundo o diretor Guel Arraes, o programa exigia um cuidado prévio com o texto, que levava muito mais tempo para ser escrito que a média dos roteiros de novelas e seriados. Por outro lado, a gravação podia levar apenas dois dias. Para ele, a sofisticação estava no roteiro, não na produção. No início, quase todo o texto era adaptado das crônicas de Luis Fernando Verissimo e, depois, o próprio escritor passou a fazer novos textos exclusivamente para o programa. Na última temporada, porém, os argumentos eram originais, criados pela equipe de autores.

O elenco não era fixo, mas muitos atores eram escalados recorrentemente. Marco Nanini foi o que teve maior presença na série: participou de dez, dos 21, episódios. Atrás dele vem Pedro Cardoso, que esteve em sete. Outros atores que atuaram no Comédia foram: Fernanda Torres, Marieta Severo, Diogo Vilela, Giulia Gam, Daniel Dantas e Andréa Beltrão.

Muitos autores, atores e diretores começaram a trabalhar juntos a partir do programa. Além da parceria entre Guel Arraes com o roteirista Jorge Furtado (com quem faria Luna Caliente) e com os dramaturgos Adriana Falcão e João Falcão (com quem faria A Máquina), a série também marcou início da parceria do diretor com o ator Selton Mello, que se repetiria ainda em O Auto da Compadecida (1999) e Caramuru - A Invenção do Brasil (2001). Para o casal Falcão, foi o começo da relação com Marieta Severo e Andréa Beltrão, que levou à peça e ao filme A Dona da História.

A equipe do programa colaborava diretamente na composição dos personagens, dando sugestões e especulando sobre os gostos, o caráter, o temperamento, o estilo de vestir e outros detalhes de cada um. A apresentação dos textos era seguida de duas reuniões dinâmicas em grupo, a fim de que houvesse um compartilhamento seguido de uma junção de ideias, para trazer à tona as mesmas, já que o forte do programa era a representação da "vida privada".

A série recebeu alguns prêmios, entre eles: em dezembro de 1995, o Grande Prêmio da Crítica da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA); e no ano seguinte, foi eleita como o Melhor Programa de Séries e Seriados pela agência TV Press.

Um pacote com 13 episódios foi comercializado no exterior sob o nome em inglês A Comedy of Private Lives, em países como a República Tcheca, Eslováquia, Lituânia, Turquia, Chile, Canadá, França e Angola. Atualmente está sendo exibido na TV Globo Portugal e pela Globo Internacional.

Elenco recorrente[editar | editar código-fonte]

Ator Participação
Marco Nanini 10 episódios
Pedro Cardoso 7 episódios
Fernanda Torres 5 episódios
Marieta Severo 4 episódios
Daniel Dantas 4 episódios
Giulia Gam 4 episódios
Diogo Vilela 4 episódios
Andréa Beltrão 4 episódios
Luiz Fernando Guimarães 3 episódios
Cláudia Abreu 3 episódios
Débora Bloch 3 episódios
Laura Cardoso 3 episódios

Participações especiais[editar | editar código-fonte]

Ator
Ernani Moraes
Murilo Benício
Fernanda Montenegro
Paulo Betti
Louise Cardoso
Enrique Diaz
Patrícia Perrone
Bruno Garcia
Dirce Migliaccio
Luana Piovani
Selton Mello
Fábio Assunção
Sérgio Mamberti
Matheus Nachtergaele
Alexandre Borges
Cláudia Raia
Antônio Fagundes
Milla Christie
Eliane Giardini
Marisa Orth
Adriana Esteves
Marcos Palmeira
Alessandra Negrini
Betty Gofman
Rogério Cardoso
Tuca Andrada
Rodolfo Bottino
Bianca Byington
Malu Mader
Maria Luísa Mendonça
Rodrigo Santoro
Edson Celulari
Cecília Dassi
Sílvia Buarque
Ilana Kaplan
Carla Marins
Francisco Cuoco
Fernanda Lobo
José Vitor Castiel
Ary França

Episódios[editar | editar código-fonte]

Reprises[editar | editar código-fonte]

Foi reprisada pelo Canal Viva em três ocasiões: a partir de 18 de maio de 2010[4]; entre 21 de janeiro e 10 de junho de 2013, substituindo o Muvuca[5]; e entre 10 de junho e 28 de outubro de 2015[6].

Referências

  1. «"Comédia da Vida Privada" é um "TV Pirata" melhorado». Folha de S.Paulo. 30 de abril de 1995. Consultado em 29 de novembro de 2016 
  2. «'Brasil Legal' e 'Comédia' perdem espaço em 98». Folha Ilustrada. 13 de agosto de 1997. Consultado em 29 de novembro de 2016 
  3. «"Comédia da Vida Privada" chega ao DVD». Estadão. 7 de junho de 2004. Consultado em 29 de novembro de 2016 
  4. «Os bons tempos estão de volta no Canal Viva». Click RBS. 19 de maio de 2010. Consultado em 29 de novembro de 2016 
  5. «Canal Viva reprisará Comédia da vida privada». IG. 18 de janeiro de 2013. Consultado em 29 de novembro de 2016. Arquivado do original em 30 de novembro de 2016 
  6. «Sucesso nos anos 1990, A Comédia da Vida Privada volta a ser exibida no Canal Viva». Diário de Pernambuco. 9 de junho de 2015. Consultado em 29 de novembro de 2016 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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