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Boas Novas: diferenças entre revisões

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Revisão das 21h55min de 27 de outubro de 2016

Boas Novas
Fundação Evangélica Boas Novas
Boas Novas
Tipo Rede de televisão aberta
País  Brasil
Fundação 15 de março de 1993 (31 anos)
por Samuel Câmara
Pertence a Fundação Evangélica Boas Novas
Proprietário Samuel Câmara
Cidade de origem Amazonas Manaus, AM
Sede Manaus, AM
Centro de Convenções Canaã - Avenida Rodrigo Otávio, S/Nº - Petrópolis
Estúdios Manaus, AM
Centro de Convenções Canaã - Avenida Rodrigo Otávio, S/Nº - Petrópolis
Rio de Janeiro, RJ
Estrada dos Bandeirantes, 5920 - Curicica
Slogan Eu quero mais
Formato de vídeo 480i (SDTV)
1080i (HDTV)
Canais irmãos TBN
Rádio Boas Novas
Afiliações Rede Manchete (1993-1995)
CNT (1995-1999)
Cobertura Nacional (via satélite)
Emissoras próprias Amazonas Boas Novas Manaus (Manaus)
Pará Boas Novas Belém (Belém)
Emissoras afiliadas ver lista completa
Cobertura internacional América e parcialmente Europa e África
Nome(s) anterior(es) Rede Brasil Norte
CVC
Página oficial boasnovas.tv
Disponibilidade aberta e gratuita
Disponibilidade por satélite
Banda C: 3965 MHz
Polarização: Circular L
Disponibilidade por cabo
Canal 04 (Belém)
Canal 16 (Manaus)
ViaCabo
Canal 21 (Porto Velho)
Canal 05
VerTV
Canal 23
BlueTV
Canal 06 (Macaé)
Canal 14 (Itajaí)
Costa do Sol
Canal 49

Boas Novas (também chamada de Rede Boas Novas ou TV Boas Novas) é uma rede de televisão brasileira pertencente ao pastor Samuel Câmara, que em 1993 (na época líder da Igreja Assembleia de Deus no Amazonas), comprou a Rede Brasil Norte do Grupo Simões, para transformar em Boas Novas em Manaus.

História

Compra da RBN

Ver artigo principal: TV Ajuricaba e Rede Brasil Norte

No dia 1º de janeiro de 1993, após reunião realizada em uma propriedade da Igreja chamada Canaã, os líderes propõem a compra de uma rádio de preferência AM pela razão óbvia de preço (ver também TV Ajuricaba e Rede Brasil Norte).

De início, duas emissoras foram cogitadas, as rádios Baré e a Ajuricaba. A Rádio Baré foi logo descartada pelo fato de seus equipamentos estarem praticamente sucateados, sendo assim a liderança da Igreja reuniu-se com o Grupo Simões, proprietário da Rede Brasil Norte, a RBN (na época retransmissora da Rede Manchete no Amazonas e antiga TV Ajuricaba, afiliada da Rede Globo de 1974 a 1986) na qual a Rádio Ajuricaba fazia parte. O Grupo Simões, no entanto decidiu prosseguir as negociações com as Assembleia de Deus, manifestando interesse de só vender se fosse a Rede por completa, e falava-se numa quantia equivalente a 9 milhões de dólares (atualmente, 15 milhões de reais).

No dia 7 de janeiro, as negociações foram concluídas. A quantia estipulada para a compra não só da Rádio AM, mas sim de toda a Rede era um pouco mais de 45 bilhões de Cruzeiros, a ser corrigida, segundo o contrato, pela Tarifa Referencial Diária (TRD), o que correspondia cerca de 3 milhões e 250 mil dólares.

No dia 15 de janeiro, foi assinado o contrato de compra, em cuja oportunidade as Assembleia de Deus no Amazonas pagou como sinal a quantia equivalente a 100 mil dólares. O contrato preconizava que, após 60 dias as Assembleia de Deus no Amazonas deveria desembolsar a segunda parcela no valor de 450 mil dólares para efetivamente assumir o controle da Rede de emissoras e em sequência, pagaria outras quinze parcelas mensais e sucessivas equivalentes a 180 mil dólares.

Além disso, uma cláusula do contrato determinava que a transação fosse invalidada caso a segunda parcela não fosse quitada no dia ou houvesse atraso de mais de 60 dias no pagamento das demais parcelas, com o consequente das empresas negociadas aos antigos proprietários e a perda, por parte da Igreja, de todo o dinheiro anteriormente pago.

As parcelas foram pagas, para isso a Igreja toda se mobilizou. Alguns membros começaram a vender casas, carros, churrasquinho, frutas, camisas, lanches, Balas de Cupuaçu pelas ruas de Manaus. Os pastores Samuel Câmara, Moisés Melo e Dan Câmara doaram seus automóveis; Outros que possuíam peças de ouro doaram-nas para serem avaliadas e vendidas.

1993: O início da TV Boas Novas

No dia 15 de março, a comitiva formada pelo pastor Samuel Câmara, Paulo Oliveira, Wanderley Dallas, Climilton Braga Júnior, Miquéias Fernandes e Francisco Souza, foi em direção a sede do Grupo Simões com o cheque para quitar a segunda parcela. Às 20h do mesmo dia, a comitiva efetuou o pagamento.

Após a aquisição, o pastor Samuel Câmara lançou o desafio para toda a igreja, para que apresentassem sugestões de logomarca e de nome, com as quais a Rede deveria ser identificada doravante. Nesse meio tempo decidiu-se utilizar à mesma sigla RBN (que anteriormente significava Rede Brasil Norte), mas que a partir de agora passaria a significar Rede Boas Novas e como nova rede, assinou o contrato de afiliação com a Rede Manchete.

Primeira grade de programação

Os primeiros programas da Rede Boas Novas:

  • Alfa & Ômega - Samuel Câmara (Semanal) - (O primeiro programa da TV estreou no dia 13 de março de 1993, às 22-24 h).
  • Somos Crianças - Vania Suely e Elda Reis (Diário).
  • Boas Novas no Ar - Rebekah Câmara (Semanal).
  • Proclamai - Jônatas e Ana Lúcia (Semanal).
  • Louvor na TV - J. Gomes (Semanal).
  • Nos Bastidores da Igreja - Mário Jorge (Diário).
  • Sábado Especial Boas Novas - Wanderley Dallas e Climilton Júnior (Semanal).

Dois programas ainda permanecem na atual grade da Rede, são eles: "Alfa & Ômega" e "Proclamai".

Em fevereiro de 1994, sem verba para transmitir os carnavais do Rio de Janiero e São Paulo, a Rede Manchete opta transmitir o Carnaval de Manaus. A transmissão foi realizada com o patrocínio da Zona Franca de Manaus (tanto que na parte inferior da tela apareciam desenhos que simbolizavam os produtos vendidos na cidade), com responsabilidade da Rede Boas Novas.[1]

1995: O início da Rede Boas Novas

Ver artigo principal: TV Guajará

No começo de 1995, em Belém, Pará, os ex-proprietários da Rádio Guajará AM, a Família Castro, que venderam a rádio em 1993, que foi transformada em Rádio Transpaz AM, propuseram a venda da TV Guajará. O contrato previa a entrada de 20% do valor da compra, e mais 36 parcelas mensais.

Após a aquisição da TV, a Assembleia de Deus em Belém procedeu a mudança do nome fantasia que passou para TV Boas Novas, na qual passou a compor a Rede Boas Novas.

A TV Guajará tinha contrato de afiliação com a Rede Record desde 1º de novembro de 1990. Em carta datada de 28 de agosto, a Rede Record de Televisão foi comunicada acerca da decisão da RBN Belém de não mais retransmitir seu sinal a partir do dia 1º de novembro do mesmo ano. O mesmo aconteceu com as TVs Boas Novas Manaus e Boas Novas Porto Velho, que saíram da TV Manchete devido a sua decadência, que levou a extinção em 1999. Estas emissoras mais a Boas Novas Belém se filiaram a CNT.

Em 16 de setembro, a Igreja Assembleia de Deus em Belém no Pará, firmou um contrato de sociedade e parceria, no qual foi transferida a concessão da Rádio Transpaz em Belém para Fundação Boas Novas (Proprietária da Rede Boas Novas), ficando esta responsável pela sua administração e por dar seguimento a regularização jurídica da emissora.

A RBN passa a então ser sintonizada nas antenas parabólicas em todo o Brasil, através da BrasilSat B1, depois de sair do satélite norte-americano IntelSat 4, o primeiro satélite cobrir a toda a Floresta Amazônica, que ultrapassou o tempo de útil de uso (17 anos), o início o que seria a futura Jesus Sat.

Em 1997, a RBN transmitia 75 horas semanais de programação, ou seja, 55% da programação era evangélica, o resto da programação era preenchida pela CNT.

Também neste mesmo ano a diretoria da Rede Boas Novas decidiu não retransmitir a programação carnavalesca em fevereiro de 1997, por discordar da imposição da Manchete e para não causar constrangimento aos membros da Igreja. Por essa atitude, a emissora teve que pagar uma multa contratual no valor de R$ 30 mil reais à Rede Manchete.

No dia 15 de março, na ocasião dos 4 anos da RBN, no programa semanal apresentado por Samuel e a esposa Rebekah Câmara, o casal fez a apresentação do projeto de doações dos fiéis da igreja para manter a emissora no ar, chamado de mantenedores, que na primeira noite adquiriu 40 mantenedores, superando sua expectativa de apenas 15 mantenedores. Com o projeto, Samuel Câmara contagiou também membros de outras denominações evangélicas e não evangélicas.[2]

No mesmo ano, após assumir o pastorado da Assembleia de Deus em Belém, no lugar de Firmino Gouveia, o pastor Samuel Câmara buscou soluções para cumprir os grandes compromissos assumidos pela Igreja: as últimas prestações da RBN, a cota mensal de 40 mil reais para manter o canal de Satélite Jesus Sat, a aquisição de novos equipamentos para a emissora que operava com equipamentos obsoletos, com mais de vinte anos de uso.[2]

Em 1998, continuariam sendo retransmitidas 75 horas semanais de programas não evangélicos.

Em março, foi paga a última prestação da TV Boas Novas.[2]

Em contrapartida, a RBN passou a ter diariamente meia hora de programas próprios em rede nacional, os quais eram veiculados entre 5h e 6h pela CNT, enquanto a RBN (que gerava programação para parabólicas) na Jesus Sat.[3]

Em 1999, ocorre a transmissão ao vivo da vigília no Vale da Bênção, diretamente de Belém, televisionada pela Jesus Sat.[4]

Neste ano, a TV Boas Novas exibe programação local das 23 até 11 horas da manhã

Em 5 de setembro, foi procedida a substituição definitiva. A programação passou a ser exclusivamente evangélica. A partir daí, a emissora também passou a exibir alguns programas produzidos pela Vinde TV, do Rio de Janeiro.[carece de fontes?]

Década de 2000

Em 2000, a RBN deixa ser exibida nas antenas parabólicas, depois de permanecer cinco anos, passando ter outro satélite internacional com alcance mais do que a BrasilSat B1, apesar das inúmeras reclamações aos telespectadores, principalmente frequentadores da igreja.

Em 15 de março de 2001, por ocasião do 8° aniversário da Rede, foi implantado o Website e o sistema de WebStream da Rede onde pela primeira vez uma emissora evangélica no Brasil passa a transmitir sua programação ao vivo via internet.

Em 2002, a rede se prepara para comemorar 10 anos no ar.

Entre 2003 a 2004, foi quando a Rede Boas Novas começou a fase mais abrangente de sua expansão, na ocasião antes e depois de 10 anos da rede. Foi definidora a atuação do pastor e deputado federal Silas Câmara, parlamentar da Assembleia de Deus no Amazonas.

O jornal Folha de S.Paulo se expressou sobre as concessões dadas a Rede Boas Novas: "O Ministro das Comunicações, Miro Teixeira concedeu à Fundação Boas Novas, das Assembléia de Deus no Amazonas, três canais retransmissores de televisão: um em São Paulo (a praça mais cobiçada entre os empresários pretendentes a formar redes de TV), um no Rio de Janeiro e outro em Campinas. As portarias foram publicadas no Diário Oficial da União de quinta[-feira, 24 de setembro de 2003]".[5]

Em outubro de 2004 até meados de 2009, a Rede Boas Novas iniciou as retransmissões na cidade de São Paulo através do canal 44. Há 16 anos o Ministério das Comunicações não permitia sequer estudos técnicos para abertura de um canal de televisão em São Paulo. As pressões foram tão intensas sobre o governo, que era conversa corrente nos bastidores do poder.

Conseguiram-se, de 2003 até 2006, concessões de canais para todas as capitais do Brasil, exceto Macapá, também para as cidades: Campinas e Pindamonhangaba (SP), Imperatriz (MA), Oriximiná (PA), Santa Cruz (RN) e ainda para os municípios onde não havia retransmissoras no Amazonas, se tornando assim a primeira Rede de Televisão com cobertura em todo o Estado.

Por força de decisão judicial, a emissora que retransmitia a programação em Porto Velho (canal 6) teve de ser devolvida ao Grupo Simões, após a investigação de que a Boas Novas operava simultaneamente 2 canais (canais 6 e 49) na mesma cidade desde 2005, o que não é permitido pela legislação. A denominação de toda a rede também foi obrigada a se adequar à decisão judicial, retirando a palavra REDE (antes da denominação Boas Novas).

A emissora de Porto Velho (canal 6) passou então aos antigos donos, que retomaram o nome anterior de Rede Brasil Norte e se afiliaram imediatamente à TV Diário, de Fortaleza.

A Boas Novas ficou somente com o canal 49.

Após as comemorações de 15 anos das Boas Novas, a rede lança um portal interativo para receber elogios, críticas e sugestões, chamado de Portal Boas Novas. No entanto, o telefone mostrado é de Belo Horizonte e tarifado.

Em março, umas das conhecidas atrizes brasileiras, Debby Lagranha passa apresentar por três meses o programa Fator X entre 15 e 16 horas.

Em outubro, a rede provoca polêmica em meio do mundo evangélico brasileiro, ao anunciar o alugamento de horários à Igreja Mundial do Poder de Deus (IMPD) alguns espaços da programação, entre 20—22 horas. Em março de 2009, a rede cede mais horas à IMPD, de manhã, tarde, noite e madrugada, devido a programação ser muito reprisada. Em setembro do mesmo ano, ocupa das três da madrugada até onze da manhã, até rescisão/fim do contrato em 2011.

Década de 2010

Em abril de 2010, o prefeito de Coari, Arnaldo Mitouso (que havia derrotado o poderoso grupo político local ligado à Igreja Assembleia de Deus, através das urnas na prefeitura em 2008), acusou a mesma igreja e um pastor local (que cedeu sala em anexo no prédio da retransmissora de TV, para que funcionasse a Rádio Nova Coari FM após incêndio sofrido pela emissora), por fazerem críticas à administração local. O prefeito criticou o fato do espaço está cedido para a rádio e ameaçou tomar providências contra o local e o pastor da Igreja, caso eles não tomassem providências para mudar o local para a rádio funcionar.[6]

Entre 22 a 29 de maio, a rede fez a cobertura da Exposição Cristã Norte 2010 em Manaus que debate o tema “Avivamento para Transformar o Planeta”, com apresentações de 25 pastores e preletores de diversos países, apresentação de mais de 25 cantores e bandas de renome da música gospel e a maior feira de produtos e serviços evangélicos.[7]

Em 16 de dezembro de 2012, pela primeira vez desde 2004, quando a então rede já tinha cobertura em todas capitais e algumas cidades do interior, perdeu cobertura em todo interior do estado de Amazonas. O motivo é por conta da Família Hauache decidiu romper a afiliação da Central de Emissões, Gravações e Repetidoras Ajuricaba (CEGRASA) com a Boas Novas e repassá-las para a TV Em Tempo, afiliada do SBT em Manaus, devido ao uso político, uso irregular de algumas retransmissoras nas cidades (exibiam programas locais sem autorização), atrasos nos aluguel/arrendamento das retransmissoras, a Família Câmara de está envolvida em diversos crimes financeiros.

Em novembro de 2013, a rede voltou a exibir programas da Igreja Mundial do Poder de Deus.

Em junho de 2015, a rede perde sua retransmissora em Fortaleza no canal 52 UHF para dar lugar a então TVCi. Outras retransmissoras em Vitória no Canal 52, Natal no Canal 27, João Pessoa no Canal 35, Recife no Canal 49, Maceió no Canal 57, Goiânia no Canal 29, Aracaju no Canal 28 todas passaram a retransmitir a TVCi, a retransmissora em Salvador no Canal 23 passou a retransmitir o sinal da Rede Aparecida.

A Rede Boas Novas passou a exibir um breve período a programação da Igreja Apostólica Plenitude do Trono de Deus e também já exibiu os programas da Rede Portas Abertas.

Programas

  • Abrindo a Bíblia
  • Alfa & Ômega
  • Antenados na Geral
  • Atletas no Ar
  • Ba-be-bíblia
  • Boas Novas Brasil
  • Cabeça Pra Cima
  • Comunhão Pastoral
  • Conversas de Consultório
  • Documentários
  • Espaço Feminino
  • Fábrica Som
  • Galeria Clip
  • Hiperativo
  • Isto é Sobrenatural
  • Mãe de Primeira Viagem
  • Orando com o Brasil
  • Pregador Mirim
  • Puro Humor
  • Séries Bíblicas
  • Sonoros
  • Tempo Livre
  • Tudo+
  • Voz da Assembleia de Deus
  • Voz Jovem
  • Voz Mulher

Emissoras das Boas Novas

Ver artigo principal: Lista de emissoras das Boas Novas

A Boas Novas tem duas emissoras próprias e quase cem retransmissoras e afiliadas. No Rio de Janeiro, em uma área de 13 mil metros quadrados, a emissora conta com 3 modernos estúdios com 961 m² ao todo (sendo 293,98 m² do Estúdio 1; 222,89 m² do Estúdio 2 e 444,16 m² do Estúdio 3) com toda infra-estrutura para produção e exibição de programas.

A emissora também conta com equipamentos avançados para captação ótica Sony XDCAM, tapeless, servidores digitais de áudio e vídeo para produção, recepção e exibição de produtos, materiais e propaganda em qualquer formato de vídeo.

A programação da Boas Novas pode ser assistida de todo Brasil pela antena parabólica em receptor digital.

Controvérsias

Desrespeito aos direitos trabalhistas

Em 14 de abril de 2005, a então Rede Boas Novas foi condenada pela Procuradoria Regional do Trabalho, 11a Região, a não mais contratar obreiros sob regime de "trabalho voluntário", com o objetivo de evitar a sonegação de direitos trabalhistas destes obreiros que prestavam serviços voluntários à emissora. A ação civil pública foi proferida pelo Procurador do Trabalho, Dr. Carlos Eduardo Carvalho Brisolla.[8]

A decisão julgou totalmente procedente a tutela pretendida, condenando as demandadas a se absterem de contratar trabalhadores sob a modalidade de contrato voluntário, nos moldes da Lei nº 9.608/98, para serviços de natureza administrativa e operacional; a procederem a regularização das contratações realizadas sob a forma de contrato voluntário, com a assinatura da CTPS dos obreiros, com data retroativa do dia que iniciaram a prestação de serviços para as requeridas e a procederem a comprovação de todos os direitos trabalhistas e previdenciários dos obreiros cujos contratos devem ser regularizados, no prazo de trinta dias após o trânsito em julgado da decisão. Deferiu, ainda, a aplicação de multa diária, em caso de descumprimento de cada uma das obrigações de fazer e não fazer, à base de R$ 1.000,00, a serem revertidos ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).[8]

Irregularidades da Fundação Boas Novas

Em 14 de janeiro de 2011, a PF instaurou um inquérito criminal para investigar se os recursos federais destinados à Fundação Boas Novas nos últimos dez anos, vem sendo utilizados para promover as campanhas eleitorais de Silas Câmara. Segundo o inquérito, durante esse período, a fundação recebeu quase R$ 9 milhões em emendas propostas pelo próprio parlamentar e aprovadas na Câmara Federal.[9][10]

Em 26 de março de 2013, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que a Polícia Federal (PF) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Amazonas cumpram diligências no inquérito policial 3.092 em que o deputado federal Silas Câmara (agora no PSD) é acusado de praticar crime eleitoral por meio da Fundação Boas Novas, durante a campanha de 2010.[11]

Uso político e irregular de retransmissoras no interior do Amazonas

A emissora é frequentemente acusada de utilizar as retransmissoras de TV (RTV) existentes no interior do Amazonas (que na verdade, pertencem à Central de Emissões, Gravações e Repetidoras Ajuricaba (CEGRASA), da Família Hauache), para uso político e irregularmente no Amazonas.

A emissora já recebeu pesadas multas da Anatel, porém nenhuma das multas é assumida pela Fundação Evangélica Assembleia de Deus, trazendo inúmeros prejuízos financeiros para a Família Hauache (proprietária da CEGRASA, rede de emissoras no interior do Amazonas), que havia vendido a então rede de retransmissoras em 1986 por Grupo Simões, que em 1993 arrendou à Família Câmara.

Em 9 ou 12 de novembro[quais?] de 2012, a Família Hauache decidiu romper a afiliação da CEGRASA, com a Boas Novas e repassá-las para a TV Em Tempo, afiliada do SBT em Manaus.

Remessa de dinheiro irregular

Em 9 de setembro de 2010 a Polícia Federal do Acre informou que apreendeu três dias antes, R$ 472.130,00 que estavam dentro da caixa de papelão na posse do homem (cujo nome não foi revelado) e que teriam como destino a candidata à deputada federal Antônia Lúcia Câmara, esposa do deputado federal pelo Amazonas, Silas Câmara (PSC).[12][13]

Apesar da apreensão e o envolvimento da esposa Antônia Lúcia Câmara, ela é eleita deputada federal em outubro do mesmo ano. O caso foi protocolado em novembro pelo Ministério Público Eleitoral do Acre (MPE-AC) na Justiça Eleitoral acreana, contra o deputado federal Silas Câmara e a mulher Antônia Lúcia Câmara é do número 178782.2010.601.0000 classe 3.[10]

Em 15 de junho de 2011, os deputados federais Silas Câmara (AM) e Antônia Lúcia Câmara (AC), ambos do PSC, foram chamados a prestar depoimento ao juiz eleitoral da 65ª Zona Eleitoral, Marcos Santos Maciel, na manhã do dia 17, na sede do Fórum Eleitoral, localizado na Avenida André Araújo, bairro Aleixo, zona centro-sul de Manaus.[10]

Antônia Câmara responde a sete ações no Acre: compra de voto, falsidade ideológica, fraude processual, formação de quadrilha, peculato, uso de caixa dois e falso testemunho. Pedido de prisão preventiva chegou a ser aprovado em 2010 pelos desembargadores, pois entenderam que ela tinha fornecido endereço falso para se livrar de intimações e atrasar processos, mas não aconteceu.[10]

Silas Câmara é alvo da AIJE protocolada pelo Ministério Público acreano, réu desde 2001 em processo que corre em segredo no Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de se apropriar de parte ou totalidade dos salários de seus assessores de gabinete, contratar funcionários e servidores fantasmas que também tinham vínculo com a Assembleia Legislativa do Estado (ALE), em Manaus. Em 2009, foi denunciado por falsidade ideológica e uso de RG falso em procurações e alterações de contratos sociais.[10]

Em 3 de abril de 2013, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Amazonas absolveu Silas Câmara pela prática de ‘caixa 2’ durante a campanha eleitoral de 2010. A ação foi proposta pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) alegando que, na época, Silas enviou R$ 472 mil para comprar votos em favor da mulher dele, Antônia Silva (PSC), eleita deputada federal em 2010 pelo Acre. O procurador regional eleitoral, Ageu Florêncio, disse que ainda analisará a possibilidade de recorrer.[14]

O presidente da Associação dos Magistrados do Acre (Asmac), Raimundo Nonato da Costa, denunciou que a desembargadora Denise Bonfim, relatora do processo que culminou com a Operação G-7, que envolve a Fundação Boas Novas e a Família Câmara, entre outros envolvidos, está sendo ameaçada de morte. Costa falou ainda de um suposto "boato ouvido de dentro da penitenciária" onde estão 15 presos indiciados por fraude em licitação pública e formação de quadrilha de que "ela teria de ser eliminada" e que informou ao presidente do Tribunal de Justiça (TJ) do Acre, desembargador Roberto Barros. "Nós queremos deixar bem claro que esse tipo de intimidação, em nenhum momento, vai fazer qualquer juiz recuar ou deixar de cumprir o seu dever. (...) Nós damos total apoio ao trabalho da desembargadora.", disse Costa. "O ministro Joaquim Barbosa (presidente do STF) será informado e vamos pedir a intervenção dele aqui no Acre, se for o caso. Acreditamos que não chegará a esse ponto.", adiantou diretor de Comunicação da Asmac, Giordani Dourado.[15]

Referências

  1. Elmo Francfort (2008). «Rede Manchete: Aconteceu, Virou História» (PDF). Imprensa Oficial. Consultado em 30 de junho de 2010  p. 79
  2. a b c «Missão Boas Novas». AD Belém. 22 de Abril de 2009, 14:15. Consultado em 4 de setembro de 2010  Verifique data em: |data= (ajuda)
  3. Débora Crivellaro (11 de janeiro de 1999). «Deus está no ar». Revista Época. Consultado em 3 de setembro de 2010 
  4. «Banda Peso do Louvor». Gospel Vibe. 2009. Consultado em 4 de setembro de 2010 
  5. (Folha de S.Paulo, 29 de setembro de 2003)
  6. «PREFEITO DE COARI AMEAÇA PASTOR DE IGREJA EM RÁDIO». Alternativa FM. 9 de abril de 2010. Consultado em 13 de julho de 2010 
  7. «Exposição Cristã Norte 2010: 'Avivamento para transformar o planeta'». Amazonas Notícias. 11 de Maio de 2010, 18:48. Consultado em 4 de setembro de 2010  Verifique data em: |data= (ajuda)
  8. a b Procuradoria Regional do Trabalho (11ª Região)[ligação inativa]
  9. Paula Litaiff (15 de Janeiro de 2011, 7h3min.). «PF abre inquérito criminal contra Silas Câmara». D24AM. Consultado em 1 de julho de 2012  Verifique data em: |data= (ajuda)
  10. a b c d e Maria Fernanda Souza (15 de Junho de 2011, 1h39min.). «Casal Silas e Antônia Lúcia Câmara é chamado para depor». D24AM. Consultado em 1 de julho de 2012  Verifique data em: |data= (ajuda)
  11. Cleidimar Pedroso (27 de Março de 2013, 8h20min.). «STF determina que PF e TCE ajam no inquérito contra Silas Câmara». D24AM. Consultado em 1 de julho de 2012  Verifique data em: |data= (ajuda)
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Ligações externas

Ver também