Argumento da causa primeira: diferenças entre revisões
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Há duas formas básicas do argumento cosmológico: a ''horizontal'', ou argumento cosmológico ''Kalam'', e a ''vertical''. O argumento cosmológico horizontal baseia seu raciocínio numa causa do início do Universo. O argumento cosmológico vertical baseia seu raciocínio no Universo existente agora. O primeiro diz que o Universo existe conforme uma causa originadora enquanto o segundo diz que ele existe conforme uma causa sustentadora. Formas diferentes do argumento cosmológico combinam ambas as dimensões. |
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Revisão das 12h31min de 30 de setembro de 2013
Argumento cosmológico - é um raciocínio filosófico que visa buscar uma Causa Primeira (ou uma causa sem causa) para o universo[1]. Por extensão, esse argumento é frenquentemente utilizado para a existência de um Ser Incondicionado e Supremo, identificado como Deus.
A premissa básica é que, já que há um universo em vez de nenhum, ele deve ter sido causado por algo ou alguém além dele mesmo. E essa primeira causa deve ser Deus. Esse raciocínio baseia-se na lei da causalidade, que diz que toda coisa finita ou contingente é causada agora por algo além de si mesma[1].
Esse argumento é tradicionalmente conhecido como argumento a partir da causalidade universal, argumento da causa primeira, argumento causal ou o argumento da existência. Qualquer que seja o termo empregado, há três variantes básicas do argumento cosmológico, cada uma com distinções sutis, mas importantes: os argumentos da Causa (causalidade), da Essência (essencialidade), do Devir (tornando-se), além do argumento da contingência. Esse raciocínio tem sido utilizado por vários teólogos e filósofos ao longo dos séculos, desde a Grécia Antiga com Platão e Aristóteles, passando pela Idade Média com São Tomás de Aquino, até a atualidade com William Lane Craig[2], Alexander Pruss[3], Timothy O'Connor[4], Stephen Davis, Robert Koons e Richard Swinburne.
Argumento
Há duas formas básicas do argumento cosmológico: a horizontal, ou argumento cosmológico Kalam, e a vertical. O argumento cosmológico horizontal baseia seu raciocínio numa causa do início do Universo. O argumento cosmológico vertical baseia seu raciocínio no Universo existente agora. O primeiro diz que o Universo existe conforme uma causa originadora enquanto o segundo diz que ele existe conforme uma causa sustentadora. Formas diferentes do argumento cosmológico combinam ambas as dimensões.
Uma versão do argumento cosmológico pode ser expressa da seguinte maneira:
- Tudo que começa a existir tem uma causa.
- O Universo começou a existir.
- Portanto, o Universo teve uma causa.
Essa versão estilizada do argumento cosmológico surgiu à luz da teoria do Big Bang, sendo estabelecida por William Lane Craig. De acordo com o argumento, a existência do Universo requer uma explicação. A criação do Universo por uma causa primeira, geralmente aceita como Deus, seria essa explicação.
A outra versão do argumento tem as seguintes premissas:
- Toda parte do Universo é dependente.
- Se toda parte é dependente, então todo o Universo também deve ser dependente.
- Logo, todo o Universo é dependente agora de algum ser independente dele para sua existência atual.
Ver também
Ligações externas
- (em português) Filedu - Porque não sou Cristão, sobre o argumento da Causa primeira (Bertrand Russell). Acessado em 8/02/2012.
- (em português) Teísmo - Considerações sobre o Porque não sou Cristão de Russell – "A Causa primeira". Acessado em 8/02/2012.
Referências
- ↑ a b Norman Geisler. Argumento Cosmológico. In: Enciclopédia Apologética. São Paulo: Vida, 2002;
- ↑ O Novo Ateísmo e cinco argumentos para a existência de Deus;
- ↑ Alexander Pruss. The Principle os Sufficiente Reason: A Reassessment. Cambridge: Cambridge University Press, 2006;
- ↑ Timothy O'Connor. Theism and Ultimate Explanation: The Necessary Shape of Contingency. Oxford: Blackwell, 2008;