Argumento da causa primeira: diferenças entre revisões

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== Argumento ==
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Há duas formas básicas do argumento cosmológico: a ''horizontal'' ou argumento cosmológico ''Kalam'' e a ''vertical''. O argumento cosmológico horizontal baseia seu raciocínio numa causa do início do universo. O argumento cosmológico vertical baseia seu raciocínio na existência do universo existente agora. O primeiro existe uma causa originadora enquanto o segundo uma causa sustentadora. Formar diferentes do argumento cosmológico combinam ambas as dimensões.
Há duas formas básicas do argumento cosmológico: a ''horizontal'', ou argumento cosmológico ''Kalam'', e a ''vertical''. O argumento cosmológico horizontal baseia seu raciocínio numa causa do início do Universo. O argumento cosmológico vertical baseia seu raciocínio no Universo existente agora. O primeiro diz que o Universo existe conforme uma causa originadora enquanto o segundo diz que ele existe conforme uma causa sustentadora. Formas diferentes do argumento cosmológico combinam ambas as dimensões.


Uma versão do argumento cosmológico pode ser expresso da seguinte maneira:
Uma versão do argumento cosmológico pode ser expressa da seguinte maneira:


* Tudo que começa a existir tem uma causa.
* Tudo que começa a existir tem uma causa.
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* Portanto, o Universo teve uma causa.
* Portanto, o Universo teve uma causa.


Essa versão estilizada do argumento cosmológico surgiu à luz da teoria do [[Big Bang]], sendo estabelecida por William Lane Craig.
Essa versão estilizada do argumento cosmológico surgiu à luz da teoria do [[Big Bang]], sendo estabelecida por William Lane Craig. De acordo com o argumento, a existência do Universo requer uma explicação. A criação do Universo por uma causa primeira, geralmente aceita como [[Deus]], seria essa explicação.
De acordo com o argumento, a existência do Universo requer uma explicação. A criação do Universo por uma Causa Primeira, geralmente aceita como [[Deus]], seria essa explicação.


A outra versão do argumento tem as seguintes premissas:
A outra versão do argumento tem as seguintes premissas:
* Toda parte do universo é dependente.
* Toda parte do Universo é dependente.
* Se toda parte é dependente, então todo universo também deve ser dependente.
* Se toda parte é dependente, então todo o Universo também deve ser dependente.
* Logo, todo universo é dependente agora de algum Ser independente além dele para sua existência atual.
* Logo, todo o Universo é dependente agora de algum ser independente dele para sua existência atual.


==Ver também==
==Ver também==

Revisão das 12h31min de 30 de setembro de 2013

O raciocínio cosmológico afirma que tudo que começou a existir tem uma causa. Se o Universo veio a existir, então nem sempre ele existiu. Logo, o Universo tem uma Causa Primeira.

Argumento cosmológico - é um raciocínio filosófico que visa buscar uma Causa Primeira (ou uma causa sem causa) para o universo[1]. Por extensão, esse argumento é frenquentemente utilizado para a existência de um Ser Incondicionado e Supremo, identificado como Deus.

A premissa básica é que, já que há um universo em vez de nenhum, ele deve ter sido causado por algo ou alguém além dele mesmo. E essa primeira causa deve ser Deus. Esse raciocínio baseia-se na lei da causalidade, que diz que toda coisa finita ou contingente é causada agora por algo além de si mesma[1].

Esse argumento é tradicionalmente conhecido como argumento a partir da causalidade universal, argumento da causa primeira, argumento causal ou o argumento da existência. Qualquer que seja o termo empregado, há três variantes básicas do argumento cosmológico, cada uma com distinções sutis, mas importantes: os argumentos da Causa (causalidade), da Essência (essencialidade), do Devir (tornando-se), além do argumento da contingência. Esse raciocínio tem sido utilizado por vários teólogos e filósofos ao longo dos séculos, desde a Grécia Antiga com Platão e Aristóteles, passando pela Idade Média com São Tomás de Aquino, até a atualidade com William Lane Craig[2], Alexander Pruss[3], Timothy O'Connor[4], Stephen Davis, Robert Koons e Richard Swinburne.

Argumento

Há duas formas básicas do argumento cosmológico: a horizontal, ou argumento cosmológico Kalam, e a vertical. O argumento cosmológico horizontal baseia seu raciocínio numa causa do início do Universo. O argumento cosmológico vertical baseia seu raciocínio no Universo existente agora. O primeiro diz que o Universo existe conforme uma causa originadora enquanto o segundo diz que ele existe conforme uma causa sustentadora. Formas diferentes do argumento cosmológico combinam ambas as dimensões.

Uma versão do argumento cosmológico pode ser expressa da seguinte maneira:

  • Tudo que começa a existir tem uma causa.
  • O Universo começou a existir.
  • Portanto, o Universo teve uma causa.

Essa versão estilizada do argumento cosmológico surgiu à luz da teoria do Big Bang, sendo estabelecida por William Lane Craig. De acordo com o argumento, a existência do Universo requer uma explicação. A criação do Universo por uma causa primeira, geralmente aceita como Deus, seria essa explicação.

A outra versão do argumento tem as seguintes premissas:

  • Toda parte do Universo é dependente.
  • Se toda parte é dependente, então todo o Universo também deve ser dependente.
  • Logo, todo o Universo é dependente agora de algum ser independente dele para sua existência atual.

Ver também

Ligações externas

  • (em português) Filedu - Porque não sou Cristão, sobre o argumento da Causa primeira (Bertrand Russell). Acessado em 8/02/2012.
  • (em português) Teísmo - Considerações sobre o Porque não sou Cristão de Russell – "A Causa primeira". Acessado em 8/02/2012.

Referências

  1. a b Norman Geisler. Argumento Cosmológico. In: Enciclopédia Apologética. São Paulo: Vida, 2002;
  2. O Novo Ateísmo e cinco argumentos para a existência de Deus;
  3. Alexander Pruss. The Principle os Sufficiente Reason: A Reassessment. Cambridge: Cambridge University Press, 2006;
  4. Timothy O'Connor. Theism and Ultimate Explanation: The Necessary Shape of Contingency. Oxford: Blackwell, 2008;