Luislinda Valois
Luislinda Valois | |
---|---|
Ministra dos Direitos Humanos do Brasil | |
Período | 3 de fevereiro de 2017 até a atualidade |
Presidente | Michel Temer |
Secretária de Promoção da Igualdade Racial do Brasil | |
Período | 13 de junho de 2016 até 2 de fevereiro de 2017 |
Ministro da Justiça | Alexandre de Moraes |
Dados pessoais | |
Nascimento | 20 de janeiro de 1942 (82 anos) Salvador, BA, Brasil |
Nacionalidade | brasileira |
Alma mater | Universidade Católica do Salvador |
Partido | PSDB (2013-atualmente) |
Religião | Candomblé |
Luislinda Dias de Valois Santos (Salvador, 20 de janeiro de 1942) é uma jurista, magistrada e política brasileira. Filiada ao PSDB, é Ministra dos Direitos Humanos do Brasil. Primeira juíza negra do país, foi desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia.[1][2][3][4]
Biografia
Filha de seu Luiz, um motorneiro de bonde e de dona Lindaura, uma passadeira e lavadeira e neta de escravo, sofreu ainda na infância o preconceito racial, circunstância que lhe inspirou a buscar a judicatura. Relata que um professor solicitou a compra de material de desenho, tendo o pai de Luislinda adquirido material precário. À vista do material, o professor teria dito: “Menina, deixe de estudar e vá aprender a fazer feijoada na casa dos brancos”. Ela chorou, mas teria lhe respondido: “Vou é ser juíza e lhe prender”.[4]
Estudou Teatro e Filosofia antes de se formar em Direito na Universidade Católica do Salvador (UCSAL).[4]
Foi procuradora-geral do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), hoje Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), e mais tarde passou em primeiro lugar num concurso para a Advocacia-Geral da União (AGU).[4]
Tornou-se juíza, em 1984, adotando o uso de colares de candomblé em suas audiências.[4] Foi autora da primeira sentença de condenação por racismo no país, em 1993.[2][5] Criou, em 2003, o projeto "Balcão de Justiça e Cidadania", para resolução de conflitos em áreas pobres de Salvador.
Em 2009, publicou o livro O negro no século XXI.[2]
Em 2011, foi promovida, por antiguidade, a desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), aposentando-se alguns meses depois.[2][6] No mesmo ano é premiada com a Camélia da Liberdade, em reconhecimento a personalidades que promovem ações de inclusão social de afrodescendentes.
Em 2013, entrou na carreira política, filiando-se ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).[7]
No Governo Michel Temer, foi indicada em junho de 2016 para ocupar a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, estrutura subordinada ao Ministério da Justiça, e atualmente é ministra dos Direitos Humanos.[8]
No dia 2 de fevereiro de 2017, foi anunciada ministra dos Direitos Humanos,[9] tomando posse no cargo no dia seguinte.[10]
Ao longo da carreira, recebeu diversos prêmios, alguns relacionados aos projetos que criou.[2][3]
Referências
- ↑ Justificativa ao Projeto de Lei 63/2011. Câmara Municipal de São Paulo.
- ↑ a b c d e Primeira juíza negra do Brasil recebe Medalha do Mérito Judiciário. JusBrasil, acesso em 9 de maio de 2013.
- ↑ a b Mulher, negra e juíza. UOL, acesso em 9 de maio de 2013.
- ↑ a b c d e Luislinda, a Iansã de toga. Yahoo, acesso em 1 de julho de 2015.
- ↑ Mais sobre Luislinda Valois dos Santos. Sindjus.
- ↑ Após oito anos de espera, Luislinda Valois é nomeada desembargadora. Portal G1, acesso em 19 de dezembro de 2011.
- ↑ Luislinda Valois, primeira juíza negra do Brasil, filia-se ao PSDB. PSDB, acesso em 2 de julho de 2015.
- ↑ «Após críticas, Temer escolhe desembargadora negra para secretaria». Notícias ao Minuto. 4 de junho de 2016. Consultado em 13 de junho de 2016
- ↑ «Planalto anuncia nomeação de Imbassahy e novo Ministério dos Direitos Humanos». G1. 2 de fevereiro de 2017. Consultado em 3 de fevereiro de 2017
- ↑ «Luislinda Valois toma posse no novo Ministério dos Direitos Humanos». G1
Ligações externas