O Bem-Amado (telenovela)
O Bem-Amado | |||||||
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Serie bem amado.jpg | |||||||
Informação geral | |||||||
Formato | Telenovela | ||||||
Género | Tragicômico Realismo mágico Romance | ||||||
Duração | 30 min. | ||||||
Criador(es) | Dias Gomes | ||||||
Elenco | Paulo Gracindo[1] Lima Duarte[1] Zilka Salaberry[1] Emiliano Queiroz[1] Ida Gomes[1] Dorinha Duval[1] Dirce Migliaccio[1] Carlos Eduardo Dolabella[1] Milton Gonçalves[1] Jardel Filho[1] Dilma Lóes[1] Ruth de Souza[1] (ver mais)[1] | ||||||
País de origem | Brasil | ||||||
Idioma original | português | ||||||
Episódios | 178 | ||||||
Produção | |||||||
Produtor(es) | Daniel Filho | ||||||
Tema de abertura | "O Bem-Amado", Toquinho, Vinícius de Moraes, Coral Som Livre e Orquestra Som Livre | ||||||
Exibição | |||||||
Transmissão original | 22 de janeiro de 1973 - 3 de outubro de 1973 | ||||||
Cronologia | |||||||
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O Bem-Amado é uma telenovela brasileira escrita por Dias Gomes, produzida e exibida pela Rede Globo entre 22 de janeiro a 3 de outubro de 1973, substituindo O Bofe e sendo substituída por Os Ossos do Barão.[2] Foi a 17ª "novela das dez" exibida pela emissora. Inspirada numa peça teatral do próprio autor, de título "Odorico, o Bem-Amado" ou "Os Mistérios do Amor e da Morte", escrita em 1962, foi a primeira novela produzida em cores na televisão brasileira. Teve direção de Régis Cardoso e supervisão de Daniel Filho.
Contou com Paulo Gracindo, Lima Duarte, Ida Gomes, Dorinha Duval, Dirce Migliaccio, Sandra Bréa, Jardel Filho e Zilka Salaberry nos papéis principais.
Em 2016, a revista Veja elegeu O Bem Amado como a quinta "Melhor Telenovela Brasileira" de todos os tempos.[3]
Enredo
[4] O prefeito Odorico Paraguaçu (Paulo Gracindo), um político corrupto e cheio de artimanhas, tem como meta prioritária em sua administração na cidade fictícia de Sucupira, litoral baiano, a inauguração do cemitério local. De um lado, é bajulado pelo secretário gago, Dirceu Borboleta (Emiliano Queiroz), profundo conhecedor dos lepidópteros; e conta com o apoio incondicional das irmãs Cajazeiras, suas correligionárias e defensoras fervorosas: Doroteia (Ida Gomes), Dulcineia (Dorinha Duval) e Judiceia (Dirce Migliaccio).
Doroteia é a mais velha, líder na Câmara de Vereadores da cidade. Dulcineia, a do meio, é seduzida pelo prefeito. E Judiceia é a mais nova - e mais espevitada. São três solteironas avessas a imoralidades - pelo menos em público, já que Odorico sempre aparece de noite para tomar um "licor de jenipapo"…
De outro, tem que lutar com a forte oposição liderada pela delegada de polícia, Donana Medrado (Zilka Salaberry), que conta com o dentista Lulu Gouveia (Lutero Luiz), inimigo mortal do prefeito e líder da oposição na Câmara - atracando-se constantemente com Doroteia no plenário. E ainda com o jornalista Neco Pedreira (Carlos Eduardo Dolabella), proprietário do jornal local, A Trombeta. Sem falar em Nezinho do Jegue (Wilson Aguiar), defensor fervoroso de Odorico quando sóbrio, e principal acusador, quando bêbado!
Maquiavelicamente, o prefeito arma tramas para que morra alguém, sempre fracassando. Nem as diversas tentativas de suicídio do farmacêutico Libório (Arnaldo Weiss), um tiroteio na praça e um crime lhe proporcionam a realização do sonho. Para obter êxito, Odorico traz de volta a Sucupira um filho da terra: Zeca Diabo (Lima Duarte), um matador "redimido", que recebe a "missão" de matar alguém para a inauguração do cemitério.
Como se não bastasse, Odorico ainda tem que enfrentar os desaforos de Juarez Leão (Jardel Filho), médico personalístico da oposição, que se envolve com sua filha, Telma (Sandra Brea), e faz um bom trabalho em Sucupira, salvando vidas - para desespero de Odorico.
Ao final, uma irônica surpresa: Zeca Diabo, revoltado, mata Odorico, que, finalmente, inaugura o cemitério!
Elenco
Ator | Personagem |
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Paulo Gracindo | Odorico Paraguaçu |
Lima Duarte | José Tronquilino da Conceição (Zeca Diabo) |
Zilka Salaberry | Delegada Donana Medrado |
Emiliano Queiroz | Dirceu Fonseca (Dirceu Borboleta) |
Ida Gomes | Doroteia Cajazeira |
Dorinha Duval | Dulcineia Cajazeira |
Dirce Migliaccio | Judiceia Cajazeira |
Jardel Filho | Juarez Leão |
Sandra Bréa | Telma Paraguaçu |
Carlos Eduardo Dolabella | Neco Pedreira |
Gracindo Júnior | Jairo Portela |
Maria Cláudia | Adalgisa Portela (Gisa) |
Milton Gonçalves | Zelão das Asas |
Ruth de Souza | Francisca (Chiquinha do Parto) |
Lutero Luiz | Lulu Gouveia |
Álvaro Aguiar | Coronel Hilário Cajazeira |
Ana Ariel | Zora Paraguaçu |
Arnaldo Weiss | Libório |
Wilson Aguiar | Nezinho do Jegue |
Rogério Fróes | Vigário |
Suzy Arruda | Flor Fonseca (Florzinha) |
André Valli | Ernesto Cajazeira |
João Paulo Adour | Cecéu Paraguaçu |
Dilma Lóes | Anita Medrado |
Augusto Olímpio | Cabo Ananias |
Antônio Victor | Demerval Barbeiro |
Guiomar Gonçalves | Maria da Penha |
Lídia Mattos | Dona Virgínia |
Juan Daniel | Pepito |
Margarida Rey | Glória |
Rafael de Carvalho | Coronel Emiliano Medrado |
Wanda Kosmo | Ruth |
Ivan de Almeida | Bergantim |
Antônio Carlos Ganzarolli | Tião Moleza |
Estelita Bell | Cora Raimunda |
Apolo Corrêa | Maestro Sabiá |
Angelito Mello | Mestre Ambrósio |
Isolda Cresta | Odete |
João Carlos Barroso | Eustórgio |
Eliezer Motta | Quelé |
Teresa Cristina Arnaud | Mariana |
Jorge Botelho | Nadinho |
Nair Prestes | Balbina |
D'Artagnan Mello | Carlito Medrado |
Valéria Amar | Jaciara |
Roberto Cesário da Silveira | Pé-de-Chumbo |
Participações especiais
- Mário Lago - Narrador no último capítulo
- Adelaide Conceição - Sofia[1]
- Alciro Cunha - Tonhão[1]
- Analy Alvarez - Lúcia Leão[1]
- Auricéia Araújo – Dona Hermínia[1]
- Cláudio Ayres da Motta - Jornalista
- Fausto Fama - Vereador Epaminondas
- Ferreira Leite - Joca Medrado
- Geny do Amaral - Rosa Paraguaçu[1]
- Jorge Cândido - Hoteleiro[1]
- Maria Lygia - Anália Gouveia
- Maria Tereza Barroso – Cotinha[1]
- Mário Petraglia – Damião[1]
- Marta Anderson - Jerusa[1]
- Rainer Wendell de Oliveira - Amigo de Odorico
- Samuel Bertoldo - Amigo de Odorico
Reprises
A novela foi reapresentada no mesmo horário entre 3 de janeiro e 24 de junho de 1977 (substituindo a novela Despedida de Casado, que não pôde ir ao ar, por ter sido censurada pela ditadura). Foi reexibida pelo Vídeo Show, no quadro Novelão, de 7 a 25 de janeiro de 2013, substituindo A Indomada e sendo substituída por Fera Radical, em 15 capítulos.
Curiosidades
- O Bem-Amado foi a primeira novela da TV Globo a ser exportada, abrindo o mercado estrangeiro para os produtos televisivos nacionais.[5] Até então, apenas textos eram comercializados. Distribuída para a América do Sul, teve seus 178 capítulos originais transformados em 223, porque cada capítulo deveria ter uma duração menor. A novela alcançou outros extremos, tendo sido exportada para 30 países, entre eles os Estados Unidos. Em 1977, toda a América Latina, com exceção da Venezuela, assistia a O Bem-Amado através da Spanish International Network.
- Em sua trajetória internacional, a novela atingiu o mercado europeu através da venda de direitos de exibição em Portugal.[6]
DVD
Em outubro de 2012 foi lançada em DVD pela Globo Marcas.[7]
Prêmios
- Paulo Gracindo recebeu o prêmio especial do Primer Festival de La Telenovela en México. A novela também recebeu outras menções, como Melhor Direção (Régis Cardoso), Melhor Adaptação (Dias Gomes), Melhor Música (Toquinho e Vinicius de Moraes) e Melhor Realização de Exteriores.
- Em 1974, O Bem Amado recebeu o Troféu Imprensa, na categoria Melhor Novela.
Trilha sonora
Nacional
- "Paiol de pólvora" - Toquinho e Vinícius de Moraes
- "Patota de Ipanema" - Maria Creusa
- "Veja Você" - Toquinho e Maria Creusa
- "Cotidiano N° 2" - Toquinho e Vinícius de Moraes
- "O Bem Amado" - Toquinho, Vinícius de Moraes e Coral Som Livre
- "Meu Pai Oxalá" - Toquinho e Vinícius de Moraes
- "Se o Amor Quiser Voltar" - Maria Creusa
- "Um Pouco Mais de Consideração" - Toquinho
- "Quem És?" - Nora Ney
- "Se o Amor Quiser Voltar" - Orquestra Som Livre
- "No Colo da Serra" - Toquinho e Vinícius de Moraes
Internacional
- "Also Sprach Zarathustra" - Eumir Deodato
- "Fleur de Lune" - Françoise Hardy
- "Listen" - Paul Bryan
- "Masterpiece" - The Temptations
- "I've Been Around" - Nathan Jones Group
- "Poor Devil" - Free Sound Orchestra
- "Dancing In The Moonlight" - David Jones
- "Shine Shine" - David Hill
- "Harmony" - Ben Thomas
- "Take Time To Love Me" - The John Wagner Coalition
- "Dancing To Your Music" - Archie Bell & The Drells
- "I Could Never Imagine" - Chrystian
- "Give Me Your Love" - The Sister Love
- "Daddy's Home" - Jermaine Jackson
Referências
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v Globo, Memória. «Ficha Técnica». Consultado em 18 de dezembro de 2011
- ↑ «O Bem Amado (1973)». Teledramaturgia. Consultado em 19 de dezembro de 2015
- ↑ [1] As melhores novelas da TV brasileira.
- ↑ o bem amado, o bem amado. o bem amado. [S.l.: s.n.]
- ↑ Alencar, Mauro. Senac, ed. A Hollywood brasileira: panorama da telenovela no Brasil. 2002. [S.l.: s.n.] 175 páginas. ISBN 8587864181
- ↑ http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/0,27723,GYN0-5273-229901,00.html
- ↑ «Novela "O Bem Amado" é lançada em DVD». UOL. 1 de outubro de 2012. Consultado em 19 de dezembro de 2015
Ligações externas
- O Bem-Amado. no IMDb.
- O bem Amado (1973) (Em Memória Globo)
- Telenovelas da Rede Globo da década de 1970
- Telenovelas e minisséries baseadas em peças de teatro
- Programas de televisão do Brasil que estrearam em 1973
- Programas de televisão do Brasil encerrados em 1973
- Telenovelas premiadas com o Troféu Imprensa
- Telenovelas premiadas com o Troféu APCA
- Telenovelas em português