Estação Ferroviária de Chão de Maçãs-Fátima

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Chão de Maçãs - Fátima
Identificação: 34249 FAT (Fátima)[1]
Denominação: Estação Satélite de Chão de Maçãs - Fátima
Administração: Infraestruturas de Portugal (até 2020: centro;[2] após 2020: sul)[3]
Classificação: ES (estação satélite)[1]
Tipologia: D [2]
Linha(s): Linha do Norte (PK 129+563)
Altitude: 150 m (a.n.m)
Coordenadas: 39°39′15.75″N × 8°29′38.01″W

(=+39.65438;−8.49389)

Mapa

(mais mapas: 39° 39′ 15,75″ N, 8° 29′ 38,01″ O; IGeoE)
Município: border link=TomarTomar
Serviços:
Estação anterior Comboios de Portugal Comboios de Portugal Estação seguinte
Entroncamento
Lis-Apolónia
  IC   Caxarias
Coimbra-B
P-Campanhã
Guimarães
Braga
Valença
Fungalvaz
Entroncam.to
  R   Seiça-Ourém
Coimbra-B
P-Campanhã
Lamarosa
Lis-Apolónia
    Caxarias
P-Campanhã

Conexões:
Ligação a autocarros
Ligação a autocarros
510 606
Serviço de táxis
Serviço de táxis
TMR
Equipamentos: Telefones públicos Elevadores Caixas de correio Sala de espera Lavabos Acesso para pessoas de mobilidade reduzida Parque de estacionamento Lavabos adaptados
Inauguração: [quando?]
Website:
 Nota: Para outras interfaces ferroviárias com nomes semelhantes ou relacionados, veja Apeadeiro de Maçal do Chão, Estação Fátima ou Estação Ferroviária de Caxarias.

A estação ferroviária de Chão de Maçãs-Fátima (ou de Chão de Maçãs - Fátima), originalmente conhecida apenas por Chão de Maçãs[4] e posteriormente também apenas por Fátima, é uma interface de passageiros da Linha do Norte, situada na freguesia de Sabacheira, no concelho de Tomar, em Portugal.

Aspeto das plataformas, em 2018.

Descrição[editar | editar código-fonte]

Fachada exterior, em 2018.

Localização e acessos[editar | editar código-fonte]

Esta interface situa-se junto à localidade de Chão de Maçãs, possuindo acesso rodoviário pela Estrada Nacional 113.[5] Apesar da designação, esta interface dista da localidade de Fátima mais de de 27 km, sendo mesmo assim a estação mais próxima.[6]

Desde 2000, este interface integra um sistema de articulação intermodal por via rodo- e ferro-viária,[necessário esclarecer] que serve as localidades de Caxarias, Ourém e Fátima.[7]

A operadora Rodoviária do Oeste (antes de 2015: Rodoviária do Tejo) estabelece algumas carreiras de serviço interurbano com passagem nesta estação ferroviária. A designação da paragem é "Vale d’Ovos (Fat.Est.)" na qual efetuam passagem as carreiras:

  • 510 Abrantes - Tomar - Ourém - Nazaré.
  • 606 Abrantes - Tomar - Ourém - Leiria.

Caraterização física[editar | editar código-fonte]

Em Janeiro de 2011, possuía quatro vias de circulação, com comprimentos entre os 269 e 338 m; as plataformas tinham todas 308 m de extensão, e 90 cm de altura.[8] O edifício de passageiros situa-se do lado nascente da via (lado direito do sentido ascendente, para Campanhã).[9][10]

Serviços[editar | editar código-fonte]

A operadora C.P. - Comboios de Portugal serve Chão de Maçãs - Fátima com os seguintes serviços:

  • Regional, que efectua a ligação entre Coimbra e o Entroncamento.
  • Intercidades, do eixo Beira Alta (Lisboa - Guarda - Lisboa).
  • InterRegional, serviço de fim-de-semana Entroncamento-Porto.

História[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: História da Linha do Norte
Edifício de passageiros e plataforma contígua, em 2018.

Inauguração[editar | editar código-fonte]

Esta estação situa-se no troço entre Entroncamento e Soure da Linha do Norte, que abriu à exploração em 22 de Maio de 1864, pela Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses.[11]

Século XX[editar | editar código-fonte]

A Gazeta dos Caminhos de Ferro de 1 de Novembro de 1915 noticiou que estavam em construção casas para a habitação de pessoal, junto à estação de Chão de Maçãs.[12]

Em 1913, a estação de Chão de Maçãs estava ligada a Vila Nova de Ourém por uma carreira de diligências.[13]

Em 10 de Julho de 1937, foi autorizada a concessão de um serviço rodoviário de passageiros e mercadorias desde a estação de Chão de Maçãs até às localidades de Vila Nova de Ourém e Seiça.[14] Em 1939, um comboio especial entre Lisboa e o Porto, para regular a marcha dos serviços rápidos, fez uma paragem rápida nesta estação.[15]

Plataformas e passagem superior pedonal, em 2018.

Em 11 de Setembro de 1981, ocorreu um grande acidente ferroviário nas imediações desta estação, que provocou cinco mortos e cerca de setenta feridos.[16] Em 1982, o papa João Paulo II viajou de comboio entre Lisboa (Santa Apolónia), Fátima e Braga, durante uma visita a Portugal.[17]

Em 2000, foi inaugurado um sistema de articulação intermodal por via rodo- e ferro-viária, servindo as localidades de Caxarias, Ourém e Fátima.[7]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
  2. a b Diretório da Rede 2021. IP: 2019.12.09
  3. Diretório da Rede 2025. I.P.: 2023.11.29
  4. M. A. Espregueira: “Festas da Rainha Santa IsabelDiario Illustrado 335: p.11
  5. «Chão de Maçãs - Fátima - Linha do Norte». Infraestruturas de Portugal. Consultado em 14 de Maio de 2017 
  6. OpenStreetMaps / GraphHopper. «Cálculo de distância rodoviária (39.6542;-8.4933 → 39.6315;-8.6802)». Consultado em 13 de janeiro de 2023 : 27 250 m: desnível acumulado de +768−573 m
  7. a b REIS et al, 2006:202
  8. «Linhas de Circulação e Plataformas de Embarque». Directório da Rede 2012. Rede Ferroviária Nacional. 6 de Janeiro de 2011. p. 71-85 
  9. (anónimo): Mapa 20 : Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1985), CP: Departamento de Transportes: Serviço de Estudos: Sala de Desenho / Fergráfica — Artes Gráficas L.da: Lisboa, 1985
  10. Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1988), C.P.: Direcção de Transportes: Serviço de Regulamentação e Segurança, 1988
  11. TORRES, Carlos Manitto (1 de Janeiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 70 (1681). p. 9-12. Consultado em 2 de Março de 2014 
  12. «Efemérides» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 51 (1231). Lisboa. 1 de Abril de 1939. p. 202-204. Consultado em 2 de Março de 2014 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa 
  13. «Serviço de Diligencias». Guia official dos caminhos de ferro de Portugal. Ano 39 (168). Lisboa. Outubro de 1913. p. 152-155. Consultado em 20 de Maio de 2018 – via Biblioteca Nacional Digital 
  14. «Parte Oficial» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 49 (1192). Lisboa. 16 de Agosto de 1937. p. 413-414. Consultado em 2 de Março de 2014 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa 
  15. «A Futura Marcha dos Combóios» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 51 (1232). Lisboa. 16 de Abril de 1939. p. 208. Consultado em 2 de Março de 2014 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa 
  16. «Tragédia na Linha do Norte». Diário de Lisboa. Ano 61 (20651). Lisboa. 12 de Setembro de 1981. p. 1, 20. Consultado em 27 de Janeiro de 2023 – via Casa Comum / Fundação Mário Soares 
  17. REIS et al, 2006:170

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • REIS, Francisco; GOMES, Rosa; GOMES, Gilberto; et al. (2006). Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006. Lisboa: CP-Comboios de Portugal e Público-Comunicação Social S. A. 238 páginas. ISBN 989-619-078-X 

Leitura recomendada[editar | editar código-fonte]

  • CERVEIRA, Augusto; CASTRO, Francisco Almeida e (2006). Material e tracção: os caminhos de ferro portugueses nos anos 1940-70. Col: Para a História do Caminho de Ferro em Portugal. 5. Lisboa: CP-Comboios de Portugal. 270 páginas. ISBN 989-95182-0-4 
  • QUEIRÓS, Amílcar (1976). Os Primeiros Caminhos de Ferro de Portugal: As Linhas Férreas do Leste e do Norte. Coimbra: Coimbra Editora. 45 páginas 
  • SALGUEIRO, Ângela (2008). A Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses: 1859-1891. Lisboa: Univ. Nova de Lisboa. 145 páginas 
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Ligações externas[editar | editar código-fonte]