Mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba: diferenças entre revisões
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Juntas, somam 925.162 habitantes, ou seja, as duas principais cidades concentram quase 1.000.000 de pessoas. |
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Revisão das 16h03min de 21 de maio de 2012
Mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba | |
---|---|
Divisão regional do Brasil | |
Localização | |
Características geográficas | |
Unidade federativa | Minas Gerais |
Regiões limítrofes | Central Mineira; Noroeste de Minas; Oeste de Minas; Sul/Sudoeste de Minas; São José do Rio Preto (SP); Ribeirão Preto (SP); Sul Goiano (GO); Leste de Mato Grosso do Sul (MS) |
Área | 90,545 km² |
População | 2,168,849 hab. Censo 2011 |
Densidade | 24,0 hab./km² |
Indicadores | |
PIB | R$ 42,897,453,497 IBGE/2008 |
PIB per capita | R$ 20 035,61 IBGE/2008 |
IDH | 0,809 alto PNUD/2000 |
A mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba é uma das 12 mesorregiões do estado brasileiro de Minas Gerais.[1] Nela está inserida duas das dez regiões de planejamento do estado, a região do Triângulo Mineiro e a do Alto Paranaíba.[2] É formada pela união de 66 municípios agrupados em sete microrregiões, localizada na região oeste de Minas Gerais. Conta com 2.168.849 habitantes, bem como uma área de 90.545 km², equivalente a 15,4% do território mineiro. Em comparação com as demais mesorregiões do estado, dispõe do terceiro maior contingente populacional e da segunda maior área. Segunda maior economia do estado, a mesorregião tem hoje forte influência estadual.[3] Faz fronteira a norte com o Sul Goiano e com o Noroeste de Minas; ao sul com Ribeirão Preto, com São José do Rio Preto, ambas cidades no Estado de Sao Paulo e com o Sul e Sudoeste de Minas; a leste com a Central Mineira e com o Oeste de Minas; a oeste com o Leste de Mato Grosso do Sul. A mesorregião é circundada pelos rios Grande e Paranaíba. Apesar de ser a terceira mesorregião mais populosa do estado, concentra a maior parte da população em quatro municípios.
Economia
As principais atividades econômicas desenvolvidas na mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba são de agricultura e pecuária, açúcar e álcool (três quartos da produção de cana-de-açúcar, açúcar e álcool do estado[4]), produção e processamento de grãos, processamento de carne, poultry, cigarros, cerâmica, produtos alimentares, fertilizantes, mineração, processamento de madeira, reflorestamento, metalurgia, turismo e venda por atacado.[5]
O comércio atacadista tem grande importância para a região, com relevância nacional.[6] O setor terciário é o maior da mesorregião e o que mais emprega. As usinas de açúcar e álcool estão cada vez mais se expandindo nos municípios da região.[7] A mesorregião desempenha um importante papel no desenvolvimento econômico e social de Minas Gerais.[8] Indicadores mostram que a região tem apresentado bom desempenho econômico em relação ao restante do estado. No entanto, a performance do desenvolvimento não reflete como um todo em cada uma de suas sete microrregiões e de seus 66 municípios.[9]
A estrutura econômica do Alto Paranaíba é centrada na atividade agropecuária, e a do Triângulo Mineiro é mais diversificada, com destaque para as agroindústrias de:
- Café (Patrocínio,Carmo do Paranaíba Monte Carmelo e Araguari)
- Laranja (Frutal)
- Abacaxi (Monte Alegre de Minas e Canápolis)
- Batata (Araxá e Santa Juliana)
- Álcool e açúcar (Ituiutaba e Santa Vitória)
- Milho (Patos de Minas e Uberaba)
- Alho e cenoura (São Gotardo e Santa Juliana)
- Soja (Uberaba, Araguari, Ituiutaba e Capinópolis)
- Trigo (Patos de Minas)
- Avicultura (Uberlândia)
- Suinocultura (Patos de Minas e Uberlândia)
- Bovinocultura (Campina Verde, Prata, Uberaba e Ituiutaba)
- Leiteira (Ituiutaba, Prata e Patos de Minas)
- Ovos (Uberlândia)
- Tomate (Araguari)
PIB
- Possui PIB de 37.011.590.000,00 reais (2º lugar de Minas Gerais, atrás da Mesorregião Metropolitana de Belo Horizonte)
Três municípios são responsáveis por mais da metade do PIB da região, que são Uberlândia, Uberaba e Araguari. Juntos somam 50,087% do PIB da mesorregião.
A mesorregião participa com 16,57% do PIB estadual e com 1,74% do PIB nacional.
PIB per capita
- Tem PIB per capita de 20.035,00 reais (1º lugar de Minas Gerais)
O município de Araporã tem o maior PIB per capita da mesorregião e do Estado em 2008: 159.436,33 reais. O menor PIB per capita da mesorregião é do município de Santa Rosa da Serra, com pouco mais de 10 mil reais.
População
População recenseada em 2011 em comparação ao censo de 2000.
Rank | Município | População | ||
---|---|---|---|---|
Dados de 2011 | Mudança comparada aos dados de 2000 | Dados de 2010 [10] |
Mudança comparada aos dados de 2000 (%) | |
1 | Uberlândia | 611.903 | 19,77 | |
2 | Uberaba | 299.360 | 17,44 | |
3 | Patos de Minas | 139.848 | 12,07 | |
4 | Araguari | 110.402 | 7,65 | |
5 | Ituiutaba | 97.791 | 9,06 | |
6 | Araxá | 94.798 | 18,59 | |
7 | Patrocínio | 83.188 | 12,87 | |
8 | Frutal | 53.998 | 14,83 | |
9 | Monte Carmelo | 45.916 | 4,33 | |
10 | (1) | Iturama | 34.889 | 19,53 |
11 | (1) | São Gotardo | 32.140 | 15,11 |
12 | (2) | Carmo do Paranaíba | 29.756 | 0,99 |
13 | Coromandel | 27.554 | 0,36 | |
14 | Prata | 25.973 | 9,45 | |
15 | Tupaciguara | 24.270 | 4,62 | |
16 | Sacramento | 24.093 | 11,93 | |
17 | Conceição das Alagoas | 23.495 | 10,55 | |
18 | (2) | Ibiá | 23.385 | 34,38 |
19 | Monte Alegre de Minas | 19.743 | 8,94 | |
20 | (2) | Campina Verde | 19.341 | 0,97 |
21 | Santa Vitória | 18.274 | 10,95 | |
22 | Lagoa Formosa | 17.228 | 5,17 | |
23 | Capinópolis | 15.358 | 6,21 | |
24 | (1) | Perdizes | 14.561 | 16,39 |
25 | (1) | Fronteira | 14.426 | 10,87 |
26 | (6) | Campos Altos | 14.312 | 55,66 |
27 | (1) | Itapagipe | 13.796 | 15,53 |
28 | (2) | Nova Ponte | 13.067 | 35,09 |
29 | (2) | Rio Paranaíba | 11.912 | 3,21 |
30 | (2) | Santa Juliana | 11.587 | 6,81 |
31 | (4) | Canápolis | 11.421 | 40,42 |
32 | (1) | Serra do Salitre | 10.638 | 12,26 |
33 | (1) | Planura | 10.544 | 25,26 |
34 | (5) | Centralina | 10.268 | 0,33 |
35 | (2) | Carneirinho | 9.514 | 6,25 |
36 | (12) | Delta | 8.321 | 60,06 |
37 | Estrela do Sul | 7.489 | 8,34 | |
38 | (2) | Guimarânia | 7.333 | 14,19 |
39 | (3) | Campo Florido | 6.988 | 8,78 |
40 | (1) | Limeira do Oeste | 6.945 | 11,67 |
41 | (4) | Tiros | 6.855 | 28,94 |
42 | (3) | Abadia dos Dourados | 6.724 | 4,00 |
43 | (1) | Conquista | 6.559 | 6,98 |
44 | (1) | Iraí de Minas | 6.510 | 9,50 |
45 | (1) | Indianópolis | 6.252 | 17,40 |
46 | (2) | Araporã | 6.208 | 14,74 |
47 | (9) | Gurinhatã | 6.080 | 10,84 |
48 | (1) | São Francisco de Sales | 5.815 | 9,97 |
49 | (12) | Pirajuba | 4.803 | 70,16 |
50 | (1) | União de Minas | 4.401 | 4,61 |
51 | (1) | Tapira | 4.172 | 1,99 |
52 | (3) | Ipiaçu | 4.113 | 23,29 |
53 | Cruzeiro da Fortaleza | 3.950 | 5,75 | |
54 | (3) | Matutina | 3.755 | 1,95 |
55 | (3) | Romaria | 3.585 | 3,64 |
56 | (2) | Veríssimo | 3.530 | 3,84 |
57 | (1) | Pedrinópolis | 3.500 | 20,60 |
58 | (1) | Pratinha | 3.294 | 13,94 |
59 | (3) | Santa Rosa da Serra | 3.232 | 3,53 |
60 | (1) | Comendador Gomes | 2.982 | 4,57 |
61 | (1) | Cascalho Rico | 2.875 | 8,96 |
62 | (2) | Arapuá | 2.777 | 1,02 |
63 | Cachoeira Dourada | 2.520 | 8,72 | |
64 | Água Comprida | 2.020 | 3,44 | |
65 | Douradoquara | 1.845 | 3,14 | |
66 | Grupiara | 1.373 | 0,22 | |
Total | 2.141.165 | 14,51 |
- Possui duas grandes cidades:
- Uberlândia, 611.903 habitantes;
- Uberaba, 313.259 habitantes.
Juntas, somam 925.162 habitantes, ou seja, as duas principais cidades concentram quase 1.000.000 de pessoas.
- Concentra cinco cidades médias:
- Patos de Minas, 139.848 habitantes;
- Araguari, 110.402 habitantes.
- Ituiutaba, 97.791 habitantes;
- Araxá, 94.798 habitantes;
- Patrocínio, 83.188 habitantes.
Juntas, somam 526.027 habitantes.
- Dos 66 municípios da mesorregião, quatro concentram mais de metade da população da região, cerca de 1.161.513 habitantes ou 53,55% do total.
- Nos últimos anos tem ocorrido grande migração intramesorregional principalmente para as cidades de Uberlândia e Uberaba.[11]
IDH
- IDH de 0,885 alto PNUD/2000 (2º lugar de Minas Gerais, atrás da região metropolitana de Belo Horizonte, com 0,911 alto)
IDH médio dos municípios pólos das microrregiões:
Município | IDH médio | IDH educação | IDH longevidade | IDH renda |
---|---|---|---|---|
Araxá | 0,885 | 0,956 | 0,881 | 0,820 |
Frutal | 0,890 | 0,928 | 0,894 | 0,799 |
Ituiutaba | 0,867 | 0,915 | 0,885 | 0,802 |
Patos de Minas | 0,876 | 0,952 | 0,872 | 0,805 |
Patrocínio | 0,873 | 0,933 | 0,897 | 0,790 |
Uberaba | 0,902 | 0,969 | 0,889 | 0,847 |
Uberlândia | 0,901 | 0,962 | 0,900 | 0,842 |
Município | IDH renda 2000 |
IDH renda 2006 |
---|---|---|
Araxá | 0,745 | 0,845 |
Frutal | 0,725 | 0,834 |
Ituiutaba | 0,728 | 0,844 |
Patos de Minas | 0,728 | 0,855 |
Patrocínio | 0,716 | 0,844 |
Uberaba | 0,773 | 0,888 |
Uberlândia | 0,768 | 0,890 |
Saúde
Os serviços de saúde da mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba tem destaque para os municípios pólos de Uberlândia, Uberaba e Patos de Minas, que são os principais responsáveis por atender a demanda gerada pelo fluxo de indivíduos que se dirigem a esses locais, visto o atendimento médico oferecido pelos mesmos.
De acordo com o IBGE, a mesorregião possuía, em 1999, 2,8 médicos por mil habitantes e 2,1 especialistas por mil habitantes.[12]
Os cinco principais municípios da mesorregião que se destacam por oferecer mais de cem tipos de serviços de saúde são:
Tipos de serviços de saúde | |
---|---|
Uberlândia | 896 |
Uberaba | 310 |
Patos de Minas | 208 |
Araguari | 178 |
Ituiutaba | 170 |
Fonte: IBGE - Pesquisa de Assistência Médico-Sanitária (2002) |
O municípios de Uberlândia e Uberaba possuem mais de cem estabelecimentos de saúde, enquanto que os municípios de Patos de Minas, Araguari, Ituiutaba e Araxá possuem de 31 a cem estabelecimentos de saúde.[12]
Esperança de vida ao nascer dos municípios pólos das microrregiões:
Município | Esperança de vida ao nascer (anos) |
---|---|
Araxá | 77,08 |
Frutal | 77,80 |
Ituiutaba | 77,90 |
Patos de Minas | 78,92 |
Patrocínio | 80,1 |
Uberaba | 76,93 |
Uberlândia | 76,11 |
Concentração de renda
Concentração de renda dos municípios pólos das microrregiões:(obs:mais ricos).
Município | |
---|---|
Araxá | 16,48% população |
Frutal | 10,21% população |
Ituiutaba | 17,09% população |
Patos de Minas | 19,80% população |
Patrocínio | 25,76% população |
Uberaba | 17,92% população |
Uberlândia | 16,98% população |
População das microrregiões
Microrregião | População total (2011) |
---|---|
Araxá | 93.672 |
Frutal | 53.474 |
Ituiutaba | 97.791 |
Patos de Minas | 139.848 |
Patrocínio | 82.541 |
Uberaba | 299.360 |
Uberlândia | 611.903 |
Organização Administrativa
Municípios
A mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba é dividida em 66 municípios autônomos.
Microrregiões
Os municípios da mesorregião estão agrupados em sete microrregiões sem caráter político.
Regiões de planejamento
Há duas regiões de planejamento na mesorregião, a do Triângulo Mineiro e a do Alto Paranaíba.[2]
Rodovias federais que interceptam a região
Abaixo estão relacionadas as rodovias federais que cruzam a região:
- BR-262 – liga Vitória, capital do Espírito Santo e importante porto de exportação, ao Triângulo Mineiro, passando pela Região Metropolitana de Belo Horizonte. A rodovia está estrategicamente localizada como um dos principais acessos à região Centro-Oeste do país.
Também dá acesso a Uberaba, entrada do Triângulo Mineiro, uma das regiões mais ricas do Brasil, com grande projeção no setor de agronegócios e tecnologia de ponta.
- BR-050 – liga Uberaba, Araguari e Uberlândia e é um decisivo corredor de tráfego na região do Triângulo Mineiro, além de dar acesso aos estados de Goiás e de São Paulo.
- BR-153 – liga Frutal e a cidade de Prata no Triângulo Mineiro ao sul de Goiás e ao norte de São Paulo, funciona como um importante corredor paralelo à BR-050, auxiliando o transporte de carga na região.
- BR-365 – liga o Triângulo e o Norte de Minas a Goiás e dá acesso à rodovia Rio–Bahia, além de levar aos principais corredores viários para os demais estados limítrofes com Minas.
- BR-146 - liga Araxá e a cidade de Patos de Minas ao estado de São Paulo e ao Sul de Minas.
- BR-354 - faz interligação entre as cidades do Alto Paranaíba, como Patos de Minas, Lagoa Formosa, Carmo do Paranaíba,Rio Paranaíba e São Gotardo.
.
Trem de Alta Velocidade
Está em estudo de viabilidade a construção de um TAV (Trem de Alta Velocidade ou Trem Bala) ligando Campinas ao Triângulo Mineiro. O projeto foi lançado pelo Governo Federal em 29 de Março de 2010..[13]
Esportes
Futebol
A região tem vários times na primeira divisão do campeonato estadual de futebol, Uberlândia Esporte Clube, Uberaba Sport Club e Ituiutaba Esporte Clube e vários outros na disputa da segunda divisão. A praça também possui três ótimos estádios para a disputa, sendo o Estádio João Havelange, em Uberlândia, o maior do interior do estado, com capacidade para 55 mil torcedores. Em seguida o estádio Uberabão em Uberaba, com capacidade para 30 mil pessoas e o Estádio Bernardo Rubinger de Queiroz, com capacidade para 10 mil pessoas, inaugurado recentemente em Patos de Minas.
Outras modalidades
Além do futebol, existem no Triângulo Mineiro várias equipes de vôlei e basquete, sendo as mais conhecidas a equipe de basquete Unitri/Uberlândia, e a equipe de vôlei do Praia Clube, ambas de Uberlândia. A região possui também a maior arena multiuso do interior de Minas, a Arena Presidente Tancredo Neves, que fica em Uberlândia. O ginásio recebe partidas de futsal, vôlei e basquete.
Geografia
Bacias hidrográficas
Fazem parte da mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba as seguintes bacias hidrográficas:
- Bacia do rio Grande – Pertence à bacia brasileira do rio Paraná.
- Bacia do rio Paranaíba - O rio Paranaíba é o principal formador do rio Paraná. Tem aproximadamente 1.070 km de curso até a junção ao rio Grande, onde ambos passam a formar o rio Paraná, no ponto que marca o encontro entre os estados de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. O rio Paranaíba é conhecido principalmente pela sua riqueza diamantífera e pelas grandes possibilidades hidrelétricas que apresenta. Nesta bacia e na bacia do rio Grande se localizam algumas das maiores usinas hidrelétricas do Brasil.
- Bacia do rio São Francisco – É a terceira bacia hidrográfica do Brasil. A cabeceira do "Velho Chico", nome popular do rio, fica na Serra da Canastra.
Vegetação
A cobertura vegetal da região pode ser resumida em dois tipos (biomas) principais: Mata Atlântica e Cerrado. Diversos fatores, entre eles, o clima, o relevo e as bacias hidrográficas, são predominantes na constituição da variada vegetação regional.
- Cerrado - Na região, predomina a vegetação de Cerrado. As estações seca e chuvosa são bem definidas. A vegetação compõe-se de gramíneas, arbustos e árvores. Abriga importantes espécies da fauna: tamanduá, tatu, anta, jibóia, cascavel e o cachorro-do-mato, entre outras. Algumas delas estão ameaçadas de extinção, como é o caso do lobo-guará, do veado-campeiro e do pato-mergulhão.
- Mata Atlântica - Ocupa, especialmente, a área do entorno dos rios Grande e Paranaíba. A vegetação é densa e permanentemente verde, com elevado índice pluviométrico (chuvas). As árvores têm folhas grandes e lisas. Encontram-se neste ecossistema muitas bromélias, cipós, samambaias, orquídeas e liquens. A biodiversidade animal também é muito grande na Mata Atlântica, com imensa variedade de mamíferos (macacos, preguiças, capivaras, onças), de aves (araras, papagaios, beija-flores), de répteis, de anfíbios e diversos invertebrados.
Triângulo Separatista
Antecedentes
A primeira vez em que essa idéia foi cogitada, foi em Prata, por volta de 1857. A questão da separação do Triângulo é um aspecto importante para se entender a ideologia burguesa local e regional. O separatismo do Triângulo teve seus momentos de força, sendo quase sempre uma preocupação para os poderes públicos mineiros. Até 1748, a região estava sob o domínio de São Paulo, pois neste ano, Goiás, que pertencia a São Paulo, se emancipa e o Triângulo (então chamado Sertão da Farinha Podre) passa a ser goiano. Em 1816, D. João VI, com influência de Araxá, anexou o território a Minas. Este fato histórico é um argumento bastante utilizado aos adeptos da separação, sendo que o Triângulo nunca foi somente mineiro, sua história foi e seu desenvolvimento feita através de São Paulo e Goiás. No período de decadência da mineração em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, partilharam terras do Triângulo, e deram origem a Patrocínio e Araxá. No século XIX surgiram as principais cidades: Uberaba, Prata e Uberlândia. Mas o principal argumento utilizado é que o Triângulo é uma região rica, produtora, e explorada, impedida de se desenvolver, cuja formação deu-se de forma diferenciada do restante do estado de Minas Gerais. A região paga várias taxas e impostos, mas não recebia e nem recebe investimentos. Entre 1940 e 1950, foi um período mais favorável para a emancipação; Mário Palmério, deputado de Uberaba, era a favor da emancipação; mas Rondon Pacheco, de Uberlândia, era contra. Rondon foi nomeado pelo presidente, o general Emílio Garrastazu Médici, governardor de Minas, logo Rondon se desfez da emancipação para ajudar Uberlândia, foi nesse período que Uberaba perdeu sua hegemonia, foram várias obras e investimentos feitos com dinheiro do governo. Em 1989, criou-se um projeto de lei restruturando territórios e criando novos estados no Brasil, a exemplos de Tocantins, que foi aprovado. A constituição de 1988 concede o direito de realização de plebiscito, para que a população dos Estados e territórios federais se manifeste sobre a sua incorporação, subdivisão ou desmembramento, para anexarem-se ou formarem novas unidades federadas. Em 1989, o projeto que então criava o Estado do Triângulo não passou em suas últimas tramitações.
Legislação sobre a criação de novos estados
Segundo a Constituição brasileira de 1988
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.
[...]
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
[...]
§ 3º - Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
A Lei Federal n. 9.709 de 18 de novembro de 1998, que regulamenta a execução do disposto nos incisos I, II e III do art. 14 da Constituição Federal, dispõe:
[...]
"Art. 4º A incorporação de Estados entre si, subdivisão ou desmembramento para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, dependem da aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito realizado na mesma data e horário em cada um dos Estados e do Congresso Nacional, por lei complementar, ouvidas as respectivas Assembléias Legislativas."
"Art. 5º O plebiscito destinado à criação, à incorporação, à fusão e ao desmembramento de Municípios, será convocado pela Assembléia Legislativa, de conformidade com a legislação federal e estadual."
[...]
"Art. 7º Nas consultas plebiscitárias previstas nos arts. 4º e 5º entende-se por população diretamente interessada tanto a do território que se pretende desmembrar, quanto a do que sofrerá desmembramento; em caso de fusão ou anexação, tanto a população da área que se quer anexar quanto a da que receberá o acréscimo; e a vontade popular se aferirá pelo percentual que se manifestar em relação ao total da população consultada."
Dessa forma fica claro que o plebiscito para criação do estado do triângulo será realizado em todas as cidades do Estado de Minas Gerais.
Fonte:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9709.htm
Movimento na atualidade
Em 2008 o assunto volta a tona com o então Deputado Federal Elismar Prado. O político, através de Decreto Lesgislativo sugere a realização de plebiscito na região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba sobre a criação de uma nova unidade federada. Algumas partes do projeto na íntegra:
- Apresentamos, dessa forma, o presente projeto de decreto legislativo, sugerindo a realização de plebiscito com a população diretamente interessada, sobre a criação do Estado do Triângulo, pelo desmembramento de 66 (sessenta e seis) municípios de Minas Gerais, mencionados no artigo 1º da proposição.
- O Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (que são duas regiões de planejamento pela segmentação adotada pelo Estado, formam uma única mesorregião segundo a delimitação oficial do IBGE), abrigam mais de dois milhões de habitantes, que correspondem a cerca de 11% de sua população. Ainda é responsável pela produção de 16,3% do Produto Interno Bruto – PIB mineiro.
Fonte: Projeto de Decreto Legislativo
- A tramitação
- 20 de maio de 2008 - Apresentação do Projeto de Decreto Legislativo pelo Deputado Elismar Prado (PT-MG);
- 21 de maio de 2008 - Mesa Diretora da Câmara dos Deputados (MESA): Relatório de Conferência de Assinaturas do PDC 570/08;
- 27 de maio de 2008 - Mesa Diretora da Câmara dos Deputados (MESA): Às Comissões de Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional Constituição e Justiça e de Cidadania (Mérito e Art. 54, RICD) Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário Regime de Tramitação: Ordinária;
- 27 de maio de 2008 - Mesa Diretora da Câmara dos Deputados (MESA): Encaminhamento de Despacho de Distribuição à CCP para publicação;
- 12 de junho de 2008 - COORDENAÇÃO DE COMISSÕES PERMANENTES (CCP): Encaminhada à publicação. Publicação Inicial no DCD 13 06 08 PAG 26903 COL 01;
- 13 de junho de 2008 - Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional (CAINDR): Recebimento pela CAINDR.
- 17 de junho de 2008 - Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional (CAINDR): Designada Relatora, Dep. Marinha Raupp (PMDB-RO);
- 11 de dezembro de 2008 Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional (CAINDR): Apresentação do Parecer do Relator, PRL 1 CAINDR, pela Dep. Marinha Raupp;
- 11 de dezembro de 2008 - Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional (CAINDR): Parecer da Relatora, Dep. Marinha Raupp (PMDB-RO), pela aprovação.
- 17 de dezembro de 2008 - Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional (CAINDR): Designado Relator Substituto, Dep. Asdrubal Bentes (PMDB-PA)
- 17 de dezembro de 2008 - Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional (CAINDR): Parecer do Relator Substituto, Dep. Asdrubal Bentes (PMDB-PA), pela aprovação.
- 17 de dezembro de 2008 - Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional (CAINDR): Aprovado por Unanimidade o Parecer.
- 19 de dezembro de 2008 - Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC): Recebimento pela CCJC.
- 20 de abril de 2009 - Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC): Parecer do Relator, Dep. João Campos (PSDB-GO), pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação deste, com substitutivo.
Fonte: Tramitação das Proposições - Câmara dos Deputados
Referências
- ↑ «Minas On-line». Consultado em 9 de Novembro de 2009
- ↑ a b «Minas On-line». Consultado em 9 de Novembro de 2009
- ↑ [1]
- ↑ «FinanceOne Economia : FinanceOne®.com.br - Onde Suas Finanças Começam®». Consultado em 9 de Novembro de 2009
- ↑ [2]
- ↑ «VEJA on-line». Consultado em 9 de Novembro de 2009
- ↑ «G1 > Economia e Negócios - NOTÍCIAS - Efeito etanol vai afetar interior, bolsa e mercado de trabalho». Consultado em 9 de Novembro de 2009
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(ajuda) - ↑ [5]
- ↑ a b http://74.125.45.132/search?q=cache:SVOyh_QoTmgJ:www.horizontecientifico.propp.ufu.br/include/getdoc.php%3Fid%3D1064%26article%3D387%26mode%3Dpdf+tri%C3%A2ngulo+mineiro+alto+parana%C3%ADba+sa%C3%BAde&hl=pt-BR&ct=clnk&cd=2&gl=br
- ↑ [6]
Ligações externas
- «Constituição brasileira de 1988»
- «Lei complementar Nº 9.709, DE 18 DE NOVEMBRO DE 1998» (PDF)
- «Diferenças socioeconômicas de Minas Gerais» (PDF)
- «O movimento separatista do Triângulo Mineiro» (PDF)
- «A imigração internacional no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba» (PDF)
- «Trocas migratórias internas na mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba» (PDF)