Ditadura: diferenças entre revisões
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'''Ditadura''' é a designação dos regimes não-[[Democracia|democráticos]] ou antidemocráticos, ou seja, governos onde não há participação popular, ou que essa participação ocorre de maneira muito restrita. Na ditadura, o poder está em apenas uma instância, ao contrário do que acontece na [[democracia]], onde o poder está em várias instâncias, como o [[Legislativo]], o [[Executivo]] e o [[Judiciário]].<ref name="UOL">{{citar web|url=http://educacao.uol.com.br/filosofia/ult1704u40.jhtm|título=A ditadura na Roma antiga e nos dias atuais|autor=Antonio Carlos Olivieri|data=|publicado=UOL Educação|acessodata=08 de abril de 2011}}</ref> |
'''Ditadura''' é a designação dos regimes não-[[Democracia|democráticos]] ou antidemocráticos, ou seja, governos onde não há participação popular, ou que essa participação ocorre de maneira muito restrita. Na ditadura, o poder está em apenas uma instância, ao contrário do que acontece na [[democracia]], onde o poder está em várias instâncias, como o [[Legislativo]], o [[Executivo]] e o [[Judiciário]].<ref name="UOL">{{citar web|url=http://educacao.uol.com.br/filosofia/ult1704u40.jhtm|título=A ditadura na Roma antiga e nos dias atuais|autor=Antonio Carlos Olivieri|data=|publicado=UOL Educação|acessodata=08 de abril de 2011}}</ref> |
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Diz-se que um governo é democrático quando é exercido com o consentimento dos governados, e ditatorial, caso contrário. Diz-se que um governo é [[Totalitarismo|totalitário]] quando exerce influência sobre amplos aspectos da vida dos governados, e liberal caso contrário. |
asçflkjasdçokjerqoçijxcojh Diz-se que um governo é democrático quando é exercido com o consentimento dos governados, e ditatorial, caso contrário. Diz-se que um governo é [[Totalitarismo|totalitário]] quando exerce influência sobre amplos aspectos da vida dos governados, e liberal caso contrário. |
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Ocorre, porém, que frequentemente, regimes totalitários exibem características ditatoriais, e regimes ditatoriais, características totalitárias. |
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Ditadura é a designação dos regimes não-democráticos ou antidemocráticos, ou seja, governos onde não há participação popular, ou que essa participação ocorre de maneira muito restrita. Na ditadura, o poder está em apenas uma instância, ao contrário do que acontece na democracia, onde o poder está em várias instâncias, como o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.[1]
asçflkjasdçokjerqoçijxcojh Diz-se que um governo é democrático quando é exercido com o consentimento dos governados, e ditatorial, caso contrário. Diz-se que um governo é totalitário quando exerce influência sobre amplos aspectos da vida dos governados, e liberal caso contrário.
Ocorre, porém, que frequentemente, regimes totalitários exibem características ditatoriais, e regimes ditatoriais, características totalitárias.
O estabelecimento de uma ditadura moderna normalmente se dá via um golpe de estado.
Outras definições de ditadura
Ditadura romana
Na antigüidade, quando a República Romana se deparava com situações de emergência era designado pelos cônsules um ditador para assumir o poder até que a situação voltasse à normalidade.[1]
Os poderes conferidos ao ditador eram totais, mas ainda assim o ditador respondia por seus atos perante a lei, necessitando justifica-los, depois de findo o período da ditadura.As ditaduras não podiam durar mais de seis meses.[1]
Porém, após o século II a.C. , as ditaduras romanas perderam esse caráter de legalidade, adquirindo características similares ao que se entende por ditadura hoje.
A ditadura conceituada por Aristóteles, Platão e Maquiavel
Segundo Aristóteles e Platão, a marca da tirania é a ilegalidade, ou seja, a violação das leis e regras pré-estipuladas pela quebra da legitimidade do poder; uma vez no comando, o tirano revoga a legislação em vigor, sobrepondo-a com regras estabelecidas de acordo com as conveniências para a perpetuação deste poder[carece de fontes]. Exemplo disso são as descrições de tiranias na Sicília e Grécia antiga, cujas características assemelham-se das ações tomadas pelas modernas ditaduras. [carece de fontes]
Segundo Platão e Aristóteles, os tiranos são ditadores que ganham o controle social e político despótico pelo uso da força e da fraude. A intimidação, o terror e o desrespeito às liberdades civis estão entre os métodos usados para conquistar e manter o poder. A sucessão nesse estado de ilegalidade é sempre difícil. [carece de fontes]
Aristóteles atribuiu a vida relativamente curta das tiranias à fraqueza inerente dos sistemas que usam a força sem o apoio do direito.[carece de fontes]
Maquiavel também chegou à mesma conclusão sobre as tiranias e seu colapso, quando das sucessões dos tiranos, pois este (a tirania) é o regime que tem menor duração, e de todos, é o que tem o pior final[carece de fontes], e, segundo as palavras deste, a queda das tiranias se deve às desventuras imprevisíveis da sorte.[carece de fontes]
As tiranias e a religião
O Império Romano, fundado por Augusto, se assemelhava e muito às modernas ditaduras, embora não seja admitido como tal.[carece de fontes] Até a Revolução Francesa, acreditava-se que o poder emanava de Deus diretamente ao soberano[carece de fontes], se o monarca oprimisse os súditos com violência, era uma tirania, neste caso era aceito o tiranicídio, e este perdoado pela religião[carece de fontes]. No final do século XVI, o jesuíta Juan de Mariana apresentou a doutrina que discorria sobre o abuso da autoridade e a usurpação do poder, onde, se o tirano, após receber uma repreensão pública, não corrigisse sua conduta, era lícito declarar-lhe guerra e até, se necessário, matá-lo.[carece de fontes]
Estabelecimento e manutenção
Estabelecimento de um regime ditatorial moderno
O regime ditatorial moderno quase sempre resulta de convulsões sociais profundas, geralmente provocadas por revoluções ou guerras[carece de fontes]. Também houve muitos regimes ditatoriais que decorreram das disputas políticas da [[guerra fria][2] Nem sempre as ditaduras se dão por golpe militar, podem surgir por Golpe de Estado civil; exemplo de movimento desta ordem se deu quando ocorreu a ditadura imposta por Adolf Hitler na Alemanha nazista (nazi) . O golpe se desencadeou a partir das próprias estruturas de governo, com o estabelecimento de um estado de exceção e posteriormente, a supressão dos outros partidos e da normalidade democrática.[carece de fontes]
O caudilhismo
Sempre para achar legitimidade, as ditaduras se apoiam em teorias caudilhistas, que afirmam muitas vezes do destino divino do líder, que é encarado como um salvador, cuja missão é libertar seu povo, ou ser considerado o pai dos pobres e oprimidos, etc. [carece de fontes]
A institucionalização do poder
Outras ditaduras se apóiam em teorias mais elaboradas, utilizando de legislação imposta, muitas vezes admitindo uma democracia com partidos políticos, inclusive com eleições e algumas vezes até permitindo uma certa oposição, desde que controlada.[carece de fontes] Os dispositivos legais passam a ser intitucionalizados e o são de tal forma funcionais, que sempre ganhará o partido daqueles que convocaram à eleição.[carece de fontes]
Métodos de manutenção do poder
As ditaduras sempre se utilizam de força bruta para manterem-se no poder, sendo esta aplicada de forma sistemática e constante.[carece de fontes] Outro expediente é a propaganda institucional, propaganda política constante e de saturação, de forma a cultuar a personalidade do líder, ou líderes, ou mesmo o país, para manter o apoio da opinião pública;[carece de fontes] uma das formas mais eficientes de se impor à população um determinado sistema é a propaganda subliminar, onde as defesas mentais não estão em guarda contra a informação que está a se introduzir no inconsciente coletivo[carece de fontes]. Esta se faz por saturação em todos os meios de comunicação[carece de fontes]. A censura também tem um papel muito importante, pois não deixa chegar as informações relevantes à opinião pública que está a ser manipulada.[carece de fontes] Desta forma, ficam atados os dois extremos: primeiro satura-se o ambiente com propaganda a favor do regime, depois são censuradas todas as notícias ruins que possam vir a alterar o estado mental favorável ao sistema imposto.[carece de fontes]
Exemplos de ditaduras
Ditadura do proletariado
Karl Marx e Friedrich Engels, no Manifesto do Partido Comunista, utilizaram a expressão ditadura do proletariado, designando um estado de transição entre o capitalismo e o comunismo
Tal ditadura não seria, porém, um "estado de exceção", ou o governo de um ditador. Seria apenas o domínio do proletariado sobre a política.[carece de fontes]
Ascensão das ditaduras na regiões da Europa
Com a crise da bolsa de 29, houve uma perda de confiança no modelo liberal de governo. Com isso, ganharam força os movimentos fascistas, e emergiram ditadores em diversos países da Europa, como Mussolini, na Itália; Franco, na Espanha; Hitler, na Alemanha e Salazar, em Portugal. [carece de fontes]
As idéias expansionistas do Eixo geraram o embrião da Segunda Guerra Mundial. O saldo de mortes no conflito entre a URSS e a alemanha nazista é maior que a soma das mortes ocorridas em todo o resto da guerra.[carece de fontes]
Ditaduras resultantes da guerra
Após a guerra, sobraram diversas ditaduras que haviam participado da guerra, ou se formado como resultado dela. Destacam-se as ditaduras de Salazar em Portugal e a ditadura de Francisco Franco na Espanha, ambas de tendência fortemente fascista.
Socialismo e Liberalismo
Existe uma guerra ideológica nesse aspecto envolvendo a Esquerda política, quanto a classificação de ditaduras em seus atos. Violações a direitos humanos em Cuba não resulta em comentários e protestos pela esquerda, ao contrário quando a situação se dá em país governado pela "direita" como por exemplo Honduras, pode-se afirmar que os liberais fazem o mesmo negando ditaduras de direita e acusando as de esquerda. A Ditadura Militar no Brasil configura outro exemplo de confronto ideológico, onde a esquerda diz que houve ditadura enquanto a direita afirma ter sido necessário a intervenção para evitar uma ditadura comunista no país.
O fato é que existem vários conjuntos de ideologias que configuram-se em aspectos às vezes pessoais outras vezes coletivas. As ditaduras expõem-se, muitas vezes, por acusações de um lado contra o outro em detrimento da posição do grupo acusante.
Mais exemplos de ditaduras
Na Europa
- Portugal, houve o Golpe de 28 de Maio de 1926, que gerou uma ditadura que só seria eliminada na Revolução de 25 de Abril, durando quase 50 anos.
- Itália, sob o fascismo;
- Alemanha, sob o nazismo;
- Espanha, entre 1923 e 1930 e de 1939 a 1975;
- França;
- Albânia;
- Grécia;
- Iugoslávia;
Na Ásia
- Irão, a ditadura de Mohamed Reza Pahlevi, derrubado em 1979 por uma revolução fundamentalista muçulmana que introduziu um outro tipo de ditadura teocrática;
- Indonésia, a do general Sukarno, seguida pela do general Suharto;
- Filipinas, a de Ferdinand Marcos, obrigado a abandonar o país em 1986
- Camboja, houve a ditadura militar do General Lon Nol sucedida pelo governo do Khmer Vermelho sob o comando de Pol Pot.
- Iraque, durante o governo de Saddam Hussein.
Na África
- Moçambique
- Angola
- Uganda a ditadura do general Idi Amin
- Sudão
- Líbia
- Zimbabwe
- Gabão
- Argélia
- Guiné Equatorial
- Burquina Fasso
Na América Latina
Como decorrência da guerra fria surgiram diversas ditaduras na América Latina. Grande número delas foi formado por golpe militar.
- Argentina; ditadura militar argentina
- Ditadura militar de 1964 a 1985, tendo havido também, em outro momento histórico, o Estado Novo;
- Bolívia; ditadura militar boliviana
- Chile, do ditador Augusto Pinochet;
- Cuba por Fulgêncio Batista, por Fidel Castro e por Raúl Castro.
- Equador; golpe em 1972
- Haiti, do ditador Papa Doc;
- Nicarágua; ditadura de Somoza
- Paraguai, ditador Stroessner;
- Peru; golpe em 1968
- República Dominicana, com o regime de Trujillo;
- Uruguai; ditadura militar uruguaia
Sendo muito relevante o caudilhismo, que consiste na glorificação de um líder e na construção de um partido em torno dele e não de convicções políticas, ou ideologia.
Ver também
- Ditador romano
- Tirania
- Despotismo
- Autocracia
- Autoritarismo
- Totalitarismo
- Motivos da ditadura de 1964
- Anos de chumbo
- Presidente vitalício
- Anexo:Lista de ditadores do século XX
Bibliografia
- Spindel, Arnaldo, O que são ditaduras / 1992 Brasiliense, BEC
- Coggiola, Osvaldo, Governos militares na América Latina / 2002
- Fredrigo, Fabiana de Souza. Ditadura e resistência no Chile/ 1998 UNESP,
- Mariano, Nilson, As garras do condor : Ditaduras militares da Argentina, do Chile, do Uruguai, do Brasil, da Bolívia e do Paraguai. 2003 Vozes.
- Dallemagne, Jean-Luc. Autogestion ou dictature du prolétariat; essai sur la gestion des états ouvriers. [Paris] Inedit, 1976.
- Figueiredo, Antônio de, 1929. Portugal: 50 anos de ditadura. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1976.
- Igreja Positivista do Brasil. As liberdades civis e a ditadura republicana. [Rio de Janeiro, Tip. do Apostolado Positivista do Brasil, 1904]
- Melo, Bobespierre de, 1891 - 1968. As democracias e a ditadura soviética. São Paulo, 1949.
- Peers, Edgard Allison. The Spenish tragedy, 1930-1936; dictatorship, republic, chaos. New York, Oxford, university press, 1936.
- Piatnitskn, Osip Aronovich, 1882- A ditadura facista na Alemanha. São Paulo, Imp. comercial, 1935.
- Sá, Cristóvão Ferreira de. Democracia e ditadura. São Paulo [Saraiva s/a] 1950.
- Lagarrigue, Jorge, 1854-1894. A ditadura republicana segundo Augusto Comte. Rio de Janeiro, Igreja pozitivista do Brasil, 1897.
- Ghirelli, Antonio, Tiranos : | de Hitler a Pol Pot : os homens que ensangüentaram o século XX / 2003 Difel.
- Paschkes, Maria Luisa de Almeida. A ditadura Salazarista / 1985 Brasiliense.
- Pacheco, Carlos. Narrativa de la dictadura y critica literaria / 1987 CELARG.
- Porter, Charles Orlando, The struggle for democracy in Latin America / 1961 Macmillan.
- Lenin, Vladimir Ilitch, Estado, ditadura do proletariado e poder sovietico / 1988 Oficina de Livros.
- Borba, Andrea, A ditadura dos países / 1998 Ed. Universitária, UFPE.
- Swensson Junior, Lauro Joppert. Anistia Penal: Problemas de Validade da Lei de Anistia Brasileira (Lei 6.683/79). Curitiba: Juruá, 2007.