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Campeonato Brasileiro de Futebol de 1937: diferenças entre revisões

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A '''Copa dos Campeões de 1937''' (torneio '''Campeão dos Campeões (FBF)''')<ref>[https://news.google.com/newspapers?nid=0qX8s2k1IRwC&dat=19370204&printsec=frontpage&hl=pt-BR Disputando o título de Campeão dos Campeões, JB 04/02/1937 pág 25 do acervo]</ref> foi o campeonato organizado pela [[Federação Brasileira de Futebol (1933)|Federação Brasileira de Futebol]] (FBF) e o primeiro reconhecidamente de âmbito nacional e profissional, vencido pelo [[Clube Atlético Mineiro]].<ref>https://ge.globo.com/futebol/times/atletico-mg/noticia/2022/03/08/dossie-atletico-mg-se-pauta-em-isonomia-e-jurisprudencia-para-cbf-reconhecer-titulo-de-1937.ghtml</ref><ref>https://www.lance.com.br/atletico-mineiro/atletico-mg-reforca-pedido-para-reconhecer-a-copa-dos-campeoes-de-1937-como-titulo-brasileiro.html</ref><ref>[http://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/futebol/atletico-mg/2012/02/14/noticia_atletico_mg,208790/ha-75-anos-galo-conquistava-sua-1-taca-nacional-campeao-dos-campeoes.shtml 1ª Taça Nacional: Campeão dos Campeões de 1937(FBF)] Página visitada em Página visitada em 07 de Novembro de 2013.</ref><ref>[http://www.campeoesdofutebol.com.br/leitura/unificacao_torneios_campeoes_estaduais.html Torneios entre campeões estaduais – Brasil] Página visitada em 05 de Setembro de 2014.</ref><ref>[http://canelada.com.br/atletico-mg/o-campeonato-mineiro-e-o-clube-atletico-mineiro/ Atlético 1937: 1º e único campeão dos campeões em todo o Brasil] {{Wayback|url=http://canelada.com.br/atletico-mg/o-campeonato-mineiro-e-o-clube-atletico-mineiro/ |date=20150923060140 }} Página visitada em 05 de Setembro de 2015.}</ref><ref>[http://www.campeoesdofutebol.com.br/torneio_nacional_clubes.html Torneios Nacional de Clubes] Página visitada em 05 de Setembro de 2016</ref>
A '''Copa dos Campeões de 1937''' (torneio '''Campeão dos Campeões (FBF)'''<ref>[https://news.google.com/newspapers?nid=0qX8s2k1IRwC&dat=19370204&printsec=frontpage&hl=pt-BR Disputando o título de Campeão dos Campeões, JB 04/02/1937 pág 25 do acervo]</ref> foi uma edição do [[Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais]] que, naquela edição, traria a novidade de ser disputado por Clubes e não selecionados.<ref name=":0" /> O campeonato foi organizado pela [[Federação Brasileira de Futebol (1933)|Federação Brasileira de Futebol]] (FBF) e o primeiro reconhecidamente de âmbito nacional e profissional disputado por Clubes, vencido pelo [[Clube Atlético Mineiro]].<ref name=":0">https://ge.globo.com/futebol/times/atletico-mg/noticia/2022/03/08/dossie-atletico-mg-se-pauta-em-isonomia-e-jurisprudencia-para-cbf-reconhecer-titulo-de-1937.ghtml</ref><ref>https://www.lance.com.br/atletico-mineiro/atletico-mg-reforca-pedido-para-reconhecer-a-copa-dos-campeoes-de-1937-como-titulo-brasileiro.html</ref><ref>[http://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/futebol/atletico-mg/2012/02/14/noticia_atletico_mg,208790/ha-75-anos-galo-conquistava-sua-1-taca-nacional-campeao-dos-campeoes.shtml 1ª Taça Nacional: Campeão dos Campeões de 1937(FBF)] Página visitada em Página visitada em 07 de Novembro de 2013.</ref><ref>[http://www.campeoesdofutebol.com.br/leitura/unificacao_torneios_campeoes_estaduais.html Torneios entre campeões estaduais – Brasil] Página visitada em 05 de Setembro de 2014.</ref><ref>[http://canelada.com.br/atletico-mg/o-campeonato-mineiro-e-o-clube-atletico-mineiro/ Atlético 1937: 1º e único campeão dos campeões em todo o Brasil] {{Wayback|url=http://canelada.com.br/atletico-mg/o-campeonato-mineiro-e-o-clube-atletico-mineiro/ |date=20150923060140 }} Página visitada em 05 de Setembro de 2015.}</ref><ref>[http://www.campeoesdofutebol.com.br/torneio_nacional_clubes.html Torneios Nacional de Clubes] Página visitada em 05 de Setembro de 2016</ref>


O campeonato teve grande repercussão a época, sendo amplamente destacado nos grandes veículos de mídia de vários estados como - [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]], [[São Paulo (estado)|São Paulo]], [[Minas Gerais]], [[Paraná]], [[Pernambuco]] e [[Santa Catarina]].<ref>https://ge.globo.com/futebol/times/atletico-mg/noticia/2022/03/08/dossie-atletico-mg-se-pauta-em-isonomia-e-jurisprudencia-para-cbf-reconhecer-titulo-de-1937.ghtml</ref>
O campeonato teve grande repercussão a época, sendo amplamente destacado nos grandes veículos de mídia de vários estados como - [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]], [[São Paulo (estado)|São Paulo]], [[Minas Gerais]], [[Paraná]], [[Pernambuco]] e [[Santa Catarina]].<ref>https://ge.globo.com/futebol/times/atletico-mg/noticia/2022/03/08/dossie-atletico-mg-se-pauta-em-isonomia-e-jurisprudencia-para-cbf-reconhecer-titulo-de-1937.ghtml</ref>

Revisão das 14h07min de 13 de abril de 2022

Campeão dos Campeões (FBF)
Copa dos Campeões de 1937

O Clube Atlético Mineiro
Estado de Minas, 04 de fevereiro de 1937.[1]
Dados
Participantes 06
Organização FBF
Anfitrião Brasil
Período 6 de janeiro14 de fevereiro
Gol(o)s 68
Partidas 14
Média 4,86 gol(o)s por partida
Campeão Minas Gerais Atlético Mineiro
Vice-campeão Rio de Janeiro Fluminense
Melhor marcador Paulista Minas Gerais Atlético Mineiro - 8 Gols

A Copa dos Campeões de 1937 (torneio Campeão dos Campeões (FBF)[2] foi uma edição do Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais que, naquela edição, traria a novidade de ser disputado por Clubes e não selecionados.[3] O campeonato foi organizado pela Federação Brasileira de Futebol (FBF) e o primeiro reconhecidamente de âmbito nacional e profissional disputado por Clubes, vencido pelo Clube Atlético Mineiro.[3][4][5][6][7][8]

O campeonato teve grande repercussão a época, sendo amplamente destacado nos grandes veículos de mídia de vários estados como - Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco e Santa Catarina.[9]

O Globo, destacando a conquista do Atlético em 1937:[1]

Em 1971 após o Atlético conquistar outra vez a competição nacional que desta vez se denominava Campeonato Brasileiro, o jornal do Rio de Janeiro ratificou mais uma vez que o clube havia sido campeão nacional pela primeira vez em 1937. [10]

História

Time do Atlético campeão do Brasil em 1937.

A competição foi organizada pela Federação Brasileira de Football (FBF), a associação federal que nasceu da briga "amadorismo x profissionalismo” na década de 1930 no Brasil, onde a discussão do movimento começava a emanar. A FBF passou a ter como filiados os clubes que adotaram o regime profissional, enquanto isso, a CBD (atual CBF) ficou com o futebol amador e, também, a seleção brasileira. A discussão entre outros motivos, era principalmente em função das novas exigências de prêmios e remuneração devida aos jogadores profissionais. Então a FBF reuniu os times profissionais para realização do torneio. [11]

Ao todo foram seis equipes de cinco estados e duas regiões do Brasil: Distrito Federal, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, estados da Região Oriental;[12] e São Paulo, estado da Região Meridional.[12] Os participantes foram: Fluminense, campeão carioca de 1936 (LCF); a Portuguesa, campeã paulista de 1936 (APEA); o Atlético, campeão mineiro de 1936; o Rio Branco, campeão capixaba de 1936; o Aliança, campeão campista de 1936; e a Liga de Sports da Marinha (LSM), equipe dirigida pelo famoso técnico Nicolas Ladanyi.

O Fluminense foi apontado pela mídia esportiva da época como o candidato absoluto ao título. [13] O Tricolor Carioca contava com verdadeiras lendas do clube em sua escalação como Batatais, Carlos Brant, Preguinho, Russo, Romeu Pellicciari e Hércules, entre outras estrelas. A mídia tratava aquela formação, tendo vários jogadores criados no futebol paulista, como a mais forte do Brasil. Para muitos, esse foi o melhor time da história do Fluminense:[14] foi com esse esquadrão que o clube conquistou o Torneio Aberto de 1935 e o Campeonato Carioca de 1936 da LCF (Liga Carioca de Futebol Profissional), que levou o time a participação na Copa dos Campeões em 1937, derrotando na final o Flamengo de Leônidas da Silva e Domingos da Guia, ídolos imortais do futebol. A imprensa também ressaltava que o principal rival do time carioca na briga pelo título seria o Atlético, que também contava com jogadores de renome nacional como Kafunga,[15] Zezé Procópio,[16] Luiz Bazzoni[17] e Guará.[18]

Da formação do Fluminense que enfrentou o Atlético, quatro jogadores seriam convocados pela seleção brasileira para a Copa do Mundo de 1938 na França. Foram eles: o goleiro Batatais, o zagueiro Machado, e os atacantes Hércules (na lista dos maiores artilheiros do Flu) e Romeu. Na lista da seleção brasileira também havia Zezé Procópio, que venceu o Torneio dos Campeões de 1937 pelo Atlético-MG.

O Atlético que já havia se filiado ao profissionalismo em 1933, tinha em 1937 nomes de grande relevância para o futebol mineiro e brasileiro. O dono da meta, por exemplo, era Kafunga, (que ficou mais de 20 anos no clube). No ataque, Guará, o Diabo Loiro, virou figura mítica e é, até hoje, o quarto maior artilheiro da história do Galo, com 168 gols. Teve a sua carreira prejudicada após sofrer traumatismo craniano em um clássico contra o Palestra Itália, quando tinha apenas 23 anos. [19]

Como era esperado por todos, Atlético e Fluminense protagonizaram a grande rivalidade do torneio. Na primeira rodada, os cariocas derrotaram os mineiros por 6x0 no Estádio das Laranjeiras; no returno, em partida realizada no Estádio de Lourdes, o Atlético vencia por 4x1 quando o Fluminense abandonou o jogo aos 18 minutos do segundo tempo. Após seis rodadas o time mineiro conseguiu quatro vitórias, um empate e sofreu apenas uma derrota, sagrando-se campeão do torneio. O título teve grande repercussão nacional, e vários anos depois continuou sendo bastante valorizado. Um claro exemplo foi em 1971, quando o Atlético conquistou o novo formato do Campeonato Brasileiro, e diversos meios de comunicação ressaltaram que se tratava do segundo título nacional do clube.[20]

Em dezembro de 1950, antes da partida contra o Stade Français no Parc des Princes, o Le Monde estampou em seu caderno de esportes: “Stade Français, contra o campeão brasileiro”,[21] em referência ao título de 37.

A logística era o maior problema na organização do futebol brasileiro na década de 30. O tamanho continental do país ainda inviabilizava a disputa com todos os clubes de norte a sul e de nordeste a sudeste. Ainda não havia aviões disponíveis, e navios levavam várias semanas para atravessar de uma ponta a outra.

Um exemplo disso, foi que a Copa do Mundo de 1930 realizada na América do Sul, no Uruguai, que reuniu apenas quatro seleções da Europa: (França, Bélgica, Romênia e Iugoslávia), com várias desistências pela viagem longa e de altos custos na travessia do Atlântico.

A luta entre o amadorismo e o profissionalismo, também tinha um forte viés político, principalmente por parte da CBD que tinha o presidente da confederação como irmão, o então ministro e amigo pessoal de Getúlio Vargas, Osvaldo Aranha. Mas o profissionalismo era inevitável. E ficou ainda mais evidente com o fracasso do futebol brasileiro na Copa de 1934 na Itália e nas Olimpíadas de 1936 em Berlim, neste último inclusive, o Brasil foi representado por duas entidades distintas, a CBD e o Comitê Olímpico Brasileiro, causando desconforto e constrangimento no Governo Federal. Era necessária então uma pacificação.

Em 1938, houve a pacificação do futebol. A FBF e CBD se unificaram e passaram a trabalhar juntas na organização do futebol. Neste movimento de paz, a Seleção Brasileira finalmente pôde usar força máxima na Copa do Mundo de 1938. Após os Mundiais de 1930 e 1934 em que as equipes eram formadas por combinados cariocas e por falta de jogadores profissionais, o resultado da Copa de 1938 foi evidente: O Brasil, com a alavanca de seus melhores jogadores, terminaria em terceiro lugar. Diante disso, o início dos campeonatos mais regulares a partir da Taça Brasil em 1959, teve como inspiração os moldes usados como base no torneio de 1937 organizado pela FBF.

O campeonato brasileiro com muitos jogos como conhecemos hoje em dia, ainda demoraria décadas para ocorrer. Nos campeonatos seguintes, as equipes também sairiam campeãs com poucos jogos. O Palmeiras que venceu em 1960 teve apenas quatro duelos, o Santos pentacampeão entre 1961 e 1965 teve uma média de 4,8 partidas por campeonato e o Cruzeiro em 1966 jogou oito vezes. O Palmeiras que seria campeão da Taça Brasil de 1967, fez somente seis jogos, e o Botafogo que venceria a última edição (1968) entrou em campo sete vezes. [22]

Pretensão de reconhecimento

Em 2010, quando a CBF unificou os títulos da Taça Brasil e Robertão como Brasileirão, cogitou-se a inclusão do título de 1937 do Atlético. O Coordenador do projeto que possibilitou a reunificação do Robertão e da Taça Brasil, afirmou que o Atlético-MG tinha grandes chances de assegurar o reconhecimento e oficialização pela CBF. Mas reiterou que o clube precisava reunir todos os dados possíveis do torneio, como público e ficha dos jogos; além de registros jornalísticos e depoimentos sobre a competição para protocolação.

Apesar das palavras do coordenador, o presidente do Atlético na época, Alexandre Kalil não fez a devida protocolação.[23]

Em dezembro de 2021, o Atlético-MG mediante o Presidente Sérgio Coelho, demonstrou interesse em ter a Copa dos Campeões de 1937 como equivalente ao Campeonato Brasileiro,[24][25][26][27][28] mas não fez um pedido formal.[29]

Resultados

1ª fase preliminar

6 de janeiro de 1937 Rio de JaneiroAliança 0 – 2 Liga da Marinha Distrito Federal Campo da Usina, Campos dos Goytacazes (RJ)
Árbitro: Roberto Porto

Liga da Marinha classificada Gol marcado Paranhos
Gol marcado Aldo

2ª fase preliminar

11 de janeiro de 1937 Espírito Santo (estado)Rio Branco 2 – 0
(pro)
Liga da Marinha Distrito Federal Estádio Governador Bley, Vitória (ES)
Árbitro: Roberto Porto

Gol marcadoGol marcado Caxambú Rio Branco classificado

Grupo final

10 de janeiro de 1937 São PauloPortuguesa 4 – 1 FluminenseDistrito Federal Campo do Cambuci, São Paulo (SP)
Árbitro: José Fockler

Gol marcado Laércio
Gol marcadoGol marcado Aurélio
Gol marcado Joãozinho
Gol marcado Hélio

13 de janeiro de 1937 FluminenseDistrito Federal 6 – 0 Atlético MineiroMinas Gerais Estádio das Laranjeiras, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Carlos de Oliveira Monteiro

Gol marcadoGol marcado Russo
Gol marcado Romeu
Gol marcadoGol marcadoGol marcado Hércules

13 de janeiro de 1937 Espírito Santo (estado)Rio Branco 3 – 2 PortuguesaSão Paulo Estádio Governador Bley, Vitória (ES)
Árbitro: Theobaldo Santos

Gol marcado Caxambú
Gol marcado Lacínio
Gol marcado Pereira
Gol marcado Joãozinho
Gol marcado Aurélio

17 de janeiro de 1937 Espírito Santo (estado)Rio Branco 1 – 1 Atlético MineiroMinas Gerais Estádio Governador Bley, Vitória (ES)
Árbitro: Alcebíades Monjardim

Gol marcado Pereira Gol marcado Alfredo Bernardino

20 de janeiro de 1937 Distrito FederalFluminense 6 – 2 PortuguesaSão Paulo Estádio das Laranjeiras, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Guilherme Gomes

Gol marcado Brant
Gol marcado Sobral
Gol marcado Russo
Gol marcado Romeu
Gol marcadoGol marcado Hércules
Gol marcado Laércio
Gol marcado Paschoalino

24 de janeiro de 1937 Espírito Santo (estado)Rio Branco 4 – 3 FluminenseDistrito Federal Estádio Governador Bley, Vitória (ES)
Árbitro: Carlos de Oliveira Monteiro

Gol marcadoGol marcado Caxambú
Gol marcadoAlcyr
Gol marcadoLacínio
Gol marcadoGol marcado Russo
Gol marcado Romeu

24 de janeiro de 1937 Minas GeraisAtlético Mineiro 5 – 0 PortuguesaSão Paulo Estádio de Lourdes, Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Abílio Lopes de Almeida

Gol marcadoGol marcadoGol marcadoGol marcado Paulista
Gol marcado Duilio (contra)

28 de janeiro de 1937 Distrito FederalFluminense 5 – 2 Rio BrancoEspírito Santo (estado) Estádio das Laranjeiras, Rio de Janeiro (DF)
Árbitro: Roberto Porto

Gol marcado Lara
Gol marcadoGol marcado Russo
Gol marcado Romeu
Gol marcado Hércules
Gol marcado Lacínio
Gol marcado Marcionillo

31 de janeiro de 1937 Minas GeraisAtlético Mineiro 4 – 1 FluminenseDistrito Federal Estádio de Lourdes, Belo Horizonte (MG)
Árbitro: João Rodrigues Filho

Gol marcadoGol marcado Nicola
Gol marcado Alfredo
Gol marcado Paulista
Fluminense abandona o campo aos 63' Gol marcado Vicentino

31 de janeiro de 1937 São PauloPortuguesa 4 – 0 Rio BrancoEspírito Santo (estado) Campo do Cambuci, São Paulo (SP)
Árbitro: Carlos Rustidelli

Gol marcado Joãozinho
Gol marcadoGol marcado Paschoalino
Gol marcado Mundico

3 de fevereiro de 1937 Minas GeraisAtlético Mineiro 5 – 1 Rio BrancoEspírito Santo (estado) Estádio de Lourdes, Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Júlio Corrêa de Melo

Gol marcado Guará
Gol marcadoGol marcado Paulista
Gol marcado Nicola
Gol marcado Bazzoni
Gol marcado Lacínio

14 de fevereiro de 1937 São PauloPortuguesa 2 – 3 Atlético MineiroMinas Gerais Campo do Cambuci, São Paulo (SP)
Árbitro: José Fockler

Gol marcado Aurélio
Gol marcado Heitor
Gol marcadoGol marcado Guará
Gol marcado Paulista

Classificação do Grupo final

Grupo final
Times Pts J V E D GP GC SG
Minas Gerais Atlético Mineiro 9 6 4 1 1 18 11 +7
Distrito Federal Fluminense 6 6 3 0 3 22 16 +6
Espírito Santo (estado) Rio Branco 5 6 2 1 3 11 20 -9
São Paulo Portuguesa 4 6 2 0 4 14 18 -4

Números Gerais

Classificação final
Times Pts J V E D GP GC SG
Minas Gerais Atlético Mineiro 9 6 4 1 1 18 11 +7
Distrito Federal Fluminense 6 6 3 0 3 22 16 +6
Espírito Santo (estado) Rio Branco* 7 7 3 1 3 13 20 -7
São Paulo Portuguesa 4 6 2 0 4 14 18 -4
Distrito Federal Liga da Marinha 2 2 1 0 1 2 2 0
Rio de Janeiro Aliança 0 1 0 0 1 0 2 -2


  • Em números gerais o Rio Branco possui mais pontos que o Fluminense por ter disputado uma partida a mais na fase preliminar, mas na regra do campeonato uma nova disputa recomeçaria no grupo final. Sendo assim, o Fluminense obteve a melhor campanha nas disputas finais.

Artilheiros

Campeão

Campeão dos Campeões 1937
Clube Atlético Mineiro
(1º título)

* Time campeão: Kafunga; Florindo e Quim; Zezé Procópio, Lola e Bala; Paulista, Alfredo Bernardino (Bazzoni), Guará, Nicola e Resende (Elair). Técnico: Floriano Peixoto.


Quem foram os Campeões

Kafunga: Considerado um mito no Atlético. O goleiro ficou no clube de 1935 a 1954, marcando época como um dos melhores goleiros do país. Depois, virou um comentarista de futebol em Belo Horizonte, com gírias que caíram no gosto popular.

Florindo: Zagueiro que com o sucesso no Galo foi contratado pelo Vasco da Gama. No Rio, recebeu convocação da seleção brasileira, mas numa época de Guerra Mundial e sem Copa do Mundo.

Quim: Formava a dupla com Florindo. O zagueiro foi pai de Paulinho Valentim, que surgiu no Galo e foi ídolo do Botafogo.

Zezé Procópio: Estrela do Villa Nova tricampeão mineiro, Zezé Procópio foi um dos primeiros jogadores mineiros com Copa do Mundo no currículo. Foi titular da campanha do Brasil em 1938 na França. Brilhou no Atlético e foi contratado pelo Botafogo. Fez carreira também no Palmeiras e no São Paulo.

Lola: Meia central, Lola era um dos jogadores mais experientes do Galo na disputa. Surgiu como titular da equipe principal do Atlético em 1934, ficando até 1939. Em 1940, foi vendido ao São Paulo.

Bala: João Bala fechava o trio de meias do Atlético. Foi campeão mineiro quatro vezes. Fez 134 jogos durante sua passagem pelo Galo.

Paulista: O atacante foi o grande destaque individual do Atlético campeão dos campeões. Fez oito gols no total, sendo que quatro foram apenas na vitória contra a Lusa em BH. Fez 87 gols em quase 200 jogos pelo Galo, com 3 conquistas do Estadual.

Alfredo Bernardino: Também destaque do Villa Nova que venceu o campeonato mineiro por três vezes seguidas, no Galo, ficou pouco tempo, e fez 15 gols em 24 partidas em 1937. Depois, foi vendido ao Vasco da Gama.

Guará: É até hoje o quarto maior artilheiro da história do Atlético, com 168 gols. Média aproximada de um gol por partida, recorde batido até hoje somente por Dadá Maravilha, Mario de Castro e Reinaldo. Sua carreira começou precoce, e terminou do mesmo jeito. Era o grande artilheiro do Galo na época.[30]

Nicola: Grande amigo de Guará, no torneio fez dois gols na vitória diante do Fluminense. Ficou mais de 10 anos no Atlético, com 58 gols em 237 partidas (número muito alto para a época). Foi seis vezes campeão mineiro.

Resende: O ponta esquerda titular do Galo de 1937, teve passagem marcante pelo clube naquela década. Foram mais de 200 partidas realizadas. Retornou ao Atlético no início dos anos 50 para encerrar a carreira.

Bazzoni: Era reserva do quinteto ofensivo, mas fez cinco partidas na campanha. Segundo informações da família, ele faleceu no dia 3 de setembro de 2002, aos 88 anos, após ser dentista ao encerrar a carreira de futebolista.

Elair: Conhecido como Colete, Elair teve passagem longa no Galo, entre 1934 e 1939, com 75 jogos. Jogava pela Ala.[31]


No Hino

O título tem tamanha representação dentro do clube da capital mineira que está eternizado no Hino da agremiação, composto em 1969, por Vicente Mota:


Para muitos atleticanos, aquela equipe é tida como o primeiro grande esquadrão da história do clube. Jogadores presentes naquela campanha estão até hoje entre os maiores goleadores e com mais partidas pelo clube, casos do goleiro Kafunga e do atacante Guará, este que inclusive dá nome ao maior prêmio do jornalismo esportivo mineiro, entregue aos melhores das equipes mineiras na temporada o Troféu Guará. [32][33]


Repercussão

Além destes, os principais jornais da época trataram o Atlético como "campeão brasileiro" em fevereiro de 1937. [34]

O jornal O Dia, do Paraná citou:


O Correio da Manhã (RJ):

- O Correio da Manhã, trouxe durante toda a disputa, chamando como tal, a tabela do ‘Campeonato Brasileiro’ em suas páginas.


Em São Paulo o Correio de S. Paulo, trazia em sua capa:

Após a conquista, o técnico do Atlético, Floriano Peixoto, dava entrevistas e era tratado como o treinador do campeão brasileiro de 1937.

“Sinto-me satisfeito em ter levado para Minas o primeiro campeonato nacional. E o Atlético, o líder dos clubes montanheses, bem mereceu tão honroso título."

A frase acima é do técnico do Galo, Floriano Peixoto, em 1937.

Referências

  1. a b c d e f «Decidido o certamen dos campeões». Acervo O Globo. Consultado em 3 de setembro de 2015 
  2. Disputando o título de Campeão dos Campeões, JB 04/02/1937 pág 25 do acervo
  3. a b https://ge.globo.com/futebol/times/atletico-mg/noticia/2022/03/08/dossie-atletico-mg-se-pauta-em-isonomia-e-jurisprudencia-para-cbf-reconhecer-titulo-de-1937.ghtml
  4. https://www.lance.com.br/atletico-mineiro/atletico-mg-reforca-pedido-para-reconhecer-a-copa-dos-campeoes-de-1937-como-titulo-brasileiro.html
  5. 1ª Taça Nacional: Campeão dos Campeões de 1937(FBF) Página visitada em Página visitada em 07 de Novembro de 2013.
  6. Torneios entre campeões estaduais – Brasil Página visitada em 05 de Setembro de 2014.
  7. Atlético 1937: 1º e único campeão dos campeões em todo o Brasil Arquivado em 23 de setembro de 2015, no Wayback Machine. Página visitada em 05 de Setembro de 2015.}
  8. Torneios Nacional de Clubes Página visitada em 05 de Setembro de 2016
  9. https://ge.globo.com/futebol/times/atletico-mg/noticia/2022/03/08/dossie-atletico-mg-se-pauta-em-isonomia-e-jurisprudencia-para-cbf-reconhecer-titulo-de-1937.ghtml
  10. https://acervo.oglobo.globo.com/consulta-ao-acervo/?navegacaoPorData=197019711220C&edicao=Matutina
  11. https://ge.globo.com/futebol/times/atletico-mg/noticia/2022/03/08/dossie-atletico-mg-se-pauta-em-isonomia-e-jurisprudencia-para-cbf-reconhecer-titulo-de-1937.ghtml
  12. a b «Mudanças que estão no mapa.». Geografia para Todos. Consultado em 3 de setembro de 2015 
  13. Acervo Jornal OGLOBOPágina visitada em 05 de Setembro de 2014.
  14. Historia do Fluminense Página visitada em 05 de Setembro de 2014.
  15. «Kafunga 100 anos». Rádio Itatiaia. Consultado em 25 de setembro de 2015 
  16. «Zezé Procópio». Sociedade Esportiva Palmeiras. Consultado em 25 de setembro de 2015 
  17. «Que fim levou? Luiz Bazzoni». Terceiro Tempo. Consultado em 25 de agosto de 2014 
  18. «Troféu Guará». Rádio Itatiaia. Consultado em 25 de setembro de 2015 
  19. https://ge.globo.com/futebol/times/atletico-mg/noticia/2022/03/08/dossie-atletico-mg-se-pauta-em-isonomia-e-jurisprudencia-para-cbf-reconhecer-titulo-de-1937.ghtml
  20. «Atlético obteve 1º título de campeão nacional em 1937». Acervo O Globo. Consultado em 10 de setembro de 2014 
  21. «Le Stade français contre le champion du Brésil». Le Monde. Consultado em 15 de setembro de 2015 
  22. https://ge.globo.com/futebol/times/atletico-mg/noticia/2022/03/08/dossie-atletico-mg-se-pauta-em-isonomia-e-jurisprudencia-para-cbf-reconhecer-titulo-de-1937.ghtml
  23. «Atlético-MG fará estudo para continuar como primeiro campeão brasileiro caso CBF unifique os títulos». R7. Consultado em 20 de setembro de 2013. Arquivado do original em 4 de março de 2016 
  24. «Atlético-MG quer que CBF reconheça título de 1937 para que clube seja tricampeão brasileiro». esportes.yahoo.com. Consultado em 29 de janeiro de 2022 
  25. Schwartsman, Maria Fernanda. «O que foi a Copa dos Campeões 1937, que o Atlético quer reconhecer como título brasileiro? | Goal.com». www.goal.com. Consultado em 29 de janeiro de 2022 
  26. «Atlético-MG já acionou CBF para ser considerado tricampeão brasileiro, revela presidente; entenda o pedido». ESPN.com. 21 de dezembro de 2021. Consultado em 29 de janeiro de 2022 
  27. «Atlético-MG entra com pedido para que CBF reconheça título brasileiro de 1937». TNT Sports. Consultado em 29 de janeiro de 2022 
  28. «Em busca do tri? Atlético-MG reúne dossiê para CBF reconhecer título de 1937 como análogo ao Brasileiro». ge. Consultado em 29 de janeiro de 2022 
  29. Presidente do Atlético-MG fala em evitar 'mico' e detalha conversa com CBF para reconhecer tri brasileiro ESPN
  30. https://www.itatiaia.com.br/sobre/trofeu-guara
  31. https://ge.globo.com/futebol/times/atletico-mg/noticia/2022/03/08/dossie-atletico-mg-se-pauta-em-isonomia-e-jurisprudencia-para-cbf-reconhecer-titulo-de-1937.ghtml
  32. https://www.uol.com.br/esporte/futebol/ultimas-noticias/2021/12/21/atletico-mg-pede-a-cbf-o-reconhecimento-do-titulo-de-1937-como-brasileirao.htm
  33. https://www.itatiaia.com.br/sobre/trofeu-guara
  34. https://ge.globo.com/futebol/times/atletico-mg/noticia/2022/03/08/dossie-atletico-mg-se-pauta-em-isonomia-e-jurisprudencia-para-cbf-reconhecer-titulo-de-1937.ghtml