Laranjeiras (Rio de Janeiro): diferenças entre revisões
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Revisão das 14h31min de 16 de abril de 2012
Laranjeiras | |
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Bairro do Rio de Janeiro | |
Rua das Laranjeiras | |
Área | 249,35 ha (em 2003) |
Fundação | 23 de julho de 1981 |
IDH | 0,957[1](em 2000) |
Habitantes | 45 554 (em 2010)[2] |
Domicílios | 20 268 (em 2010) |
Limites | Botafogo, Flamengo, Catete, Santa Teresa e Cosme Velho[3] |
Distrito | Zona Sul do Rio de Janeiro |
Região Administrativa | IV R.A.(Botafogo) |
ver |
Laranjeiras é um bairro nobre de classe média e classe média alta da Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro, no Brasil.
História
É um dos bairros mais antigos da cidade, com ocupação iniciada no século XVII, com a construção de chácaras no vale ao redor do Rio Carioca, que desce do Corcovado, no Alto da Boa Vista. Por isso, o bairro também foi anteriormente chamado de Vale do Carioca. Estão situados no bairro o Palácio Guanabara, sede do governo do estado, o Palácio Laranjeiras, o Parque Guinle, o Fluminense Football Club e a sede do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.
Bairro tipicamente residencial, relativamente extenso e diverso no ponto de vista geográfico, tem a Rua das Laranjeiras como a sua principal via, a qual começa no Largo do Machado e termina nas imediações do Túnel Rebouças, já com outro nome: Rua Cosme Velho.
No século XIX, foram surgindo, na região, chácaras rústicas e luxuosas ocupadas por fidalgos, homens ricos e movidas a trabalho escravo. A presença da Princesa Isabel no palacete da Rua Guanabara, atual Rua Pinheiro Machado, contribuiu para o seu crescimento haja visto que o principal caminho de acesso ao palacete imperial, atual Palácio Guanabara, era a Rua Paissandu, que foi ornamentada pela princesa com palmeiras-imperiais existentes até os dias de hoje.
Em 1880, a região sofreu grande transformação com a implantação da Companhia de Fiações e Tecidos Aliança, instalada na Rua General Glicério, fazendo surgir os primeiros comerciantes.
A fábrica funcionou até 1938, trazendo ao bairro as primeiras vilas operárias. Os bondes elétricos, criados pela Companhia Jardim Botânico, iam até ao local conhecido como a Bica da Rainha, no Cosme Velho.
Na parte mais baixa do vale do Rio Carioca, havia grandes números de laranjeiras, o que originou o atual nome do bairro.
Laranjeiras ainda guarda o charme dos bairros marcados pelo passado e foi o endereço de nobres, escritores, compositores e pessoas ilustres, como Villa-Lobos, Cecília Meirelles, Portinari, Oscar Niemeyer e Roberto Marinho.
No Largo do Machado, "tríplice fronteira" das Laranjeiras, Catete e Flamengo, o Bar Lamas, que o progresso se encarregou de destruir para dar lugar ao metrô, foi o palco das discussões mais palpitantes, daqui ou lá de fora, em qualquer época. Não importava o tema. Mas para ser discussão de verdade, de repercussão e alcance intelectual e político na vida da cidade e do País tinha que ter o aval e o testemunho daquelas mesas de mármore freqüentadas por gente de todas as classes e todos os credos, gente do povo que anos mais tarde seria a base da piramide da da maior torcida do mundo, a torcida do Flamengo: "a Nação Rubro-Negra.”
Porque foi no saudoso Lamas do balcão de frutas e da charutaria na entrada, do bilhar no fundo e das paredes com esculturas e espelhos de cristal, que um grupo de 14 desportistas ainda sem clube e sem paixão começou a esboçar a criação do Clube de Regatas do Flamengo. Era a resposta ao Club de Regatas Botafogo, criado três anos antes, em 1892, com a compra da baleeira "Etincelle" para correr as regatas na Baía de Guanabara. O Clube de Regatas do Flamengo foi fundado oficialmente no dia 15 de novembro de 1895.
Os moradores do bairro e da cidade se referem a Laranjeiras sem o uso do artigo definido feminino plural, ou seja, não utilizam "as", "das", "nas", "às", nem "pelas". No entanto, muitos habitantes externos ao Rio pensam equivocadamente que o uso do artigo seja correto, até porque a via principal do bairro é denominada "Rua das Laranjeiras". O correto, porém, são as formas "de Laranjeiras", "em Laranjeiras", "a Laranjeiras", "por Laranjeiras", e não "das Laranjeiras", "nas Laranjeiras", "às Laranjeiras" nem "pelas Laranjeiras".
Uso correto:
- "de Laranjeiras"
- "em Laranjeiras"
- "a Laranjeiras",
- "por Laranjeiras"
Uso incorreto:
- "das Laranjeiras"
- "nas Laranjeiras"
- "às Laranjeiras"
- "pelas Laranjeiras"
O uso com artigo é reservado apenas para o jornalismo esportivo, que se refere ao estádio do Fluminense Football Club como "Estádio das Laranjeiras" e ao time como "tricolor das Laranjeiras".
Ao contrário do que imaginam pessoas que não conhecem o local, não há abundância de laranjeiras no bairro. As árvores mais comuns na vizinhança são as mangueiras.
Bairro fica em uma localização estratégica e faz limite com os bairros de Santa Teresa, Cosme Velho, Catete, Flamengo , Botafogo e através do Túnel Santa Barbara com o Catumbi e o Túnel da Rua Alice com o Rio Comprido[4]
- Transportes
As principais vias do bairro são:
- Rua das Laranjeiras
- Rua Cardoso Júnior
- Rua Conde de Baependi
- Rua Pinheiro Machado
- Rua General Glicério
- Rua Pereira da Silva
- Rua Alice
- Rua Ipiranga
- Rua Soares Cabral
- Rua Álvaro Chaves
- Rua Paissandu
- Rua Pereira da Silva
Entre moradores do bairro, alguns célebres são ou foram:
- Gisele Fróes, atriz
- Mel Lisboa, atriz
- Oscar Niemeyer, arquiteto
- Dante Milano, escritor, poeta
- Paulo Gracindo, ator
- Heráclito Fontoura Sobral Pinto, advogado e defensor dos direitos humanos
- José Gomes Pinheiro Machado, senador, líder republicano dos primeiros anos da República
- Gilberto Amado, jurista, diplomata e escritor
- Raymundo Faoro, advogado, jurista, escritor, membro da ABL
- Augusto Teixeira de Freitas , Jurista.
- Cândido Portinari, pintor
- Leonardo Viso, escritor, jornalista, desenhista
- Marques Rebelo, romancista-escritor
- Marcos Carneiro de Mendonça, Escritor, historiador
- Oswaldo Aranha, líder político, advogado, diplomata
- Octávio Tarquínio de Sousa, escritor, historiador, ministro do Tribunal de Contas da União
- Leandro Tocantins, historiador, escritor
- Hélio Tornaghi, jurista, professor de direito
- Cyro Silva, escritor, historiador, advogado
- Cássia Eller, cantora
- Alberto da Costa e Silva, poeta, historiador, membro da Academia Brasileira de Letras
- Carlos Colla, músico, poeta e compositor
- «Claudio Azevedo», militar, professor, blogueiro, ex-aluno do Franco-Brasileiro.
Ligações externas
- Laranjeiras «Net - A História do Bairro de Laranjeiras» Verifique valor
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(ajuda) - «Bairro das Laranjeiras»
- «História dos Bairros - Laranjeiras e Cosme Velho»
- «Jornal O Bagaço - o jornal de Laranjeiras»
- «Mapa do bairro no OpenStreetMap»
- Predefinição:Wikirio
Referências