Estação Ferroviária de Famalicão: diferenças entre revisões
m bot: Solicitado em 59014353-1 |
m bot: Solicitado em 59014353-2 |
||
Linha 7: | Linha 7: | ||
|concelho= {{bandMun|vnf}} |
|concelho= {{bandMun|vnf}} |
||
|linha=[[Linha do Minho]] (PK 32,053) |
|linha=[[Linha do Minho]] (PK 32,053) |
||
|serviços |
|serviços=[[Imagem:Logo CP 2.svg|20x20px]][[File:BSicon LSTR yellow.svg|x12px]][[CP Porto|U]][[File:BSicon LSTR purple.svg|x12px]][[Comboio Internacional Porto-Vigo|Celta]][[File:BSicon LSTR red.svg|x12px]][[InterRegional|IR]][[File:BSicon LSTR green.svg|x12px]][[InterCidades|IC]][[File:BSicon LSTR blue.svg|x12px]][[Alfa Pendular|AP]] |
||
|equipamentos=[[File:Aiga bus inv.svg|20x20px|Ligação a autocarros]] [[File:Aiga taxi inv.svg|20x20px|Serviço de táxis]] [[Imagem:Feature ticket office inv 2.svg|20x20px|Bilheteiras]]<br>[[File:RWBA Fernsprecher.svg|20x20px|Telefones públicos]] [[Arquivo: Aiga waitingroom.svg|20x20px|Sala de espera]]<br>[[File:Servicios adaptados.svg|22x22px|Acesso para pessoas de mobilidade reduzida]] [[File:Aparcamiento.svg|22x22px|Parque de estacionamento]] [[File:Aseos para personas con discapacidad.svg|22x22px|Lavabos adaptados]] [[File:Aseos.svg|22x22px|Lavabos]] [[Imagem:Cafetería.svg|22x22px|Bar ou cafetaria]] |
|equipamentos=[[File:Aiga bus inv.svg|20x20px|Ligação a autocarros]] [[File:Aiga taxi inv.svg|20x20px|Serviço de táxis]] [[Imagem:Feature ticket office inv 2.svg|20x20px|Bilheteiras]]<br>[[File:RWBA Fernsprecher.svg|20x20px|Telefones públicos]] [[Arquivo: Aiga waitingroom.svg|20x20px|Sala de espera]]<br>[[File:Servicios adaptados.svg|22x22px|Acesso para pessoas de mobilidade reduzida]] [[File:Aparcamiento.svg|22x22px|Parque de estacionamento]] [[File:Aseos para personas con discapacidad.svg|22x22px|Lavabos adaptados]] [[File:Aseos.svg|22x22px|Lavabos]] [[Imagem:Cafetería.svg|22x22px|Bar ou cafetaria]] |
||
}} |
}} |
Revisão das 02h02min de 19 de agosto de 2020
Famalicão ![]() | |
---|---|
![]() | |
Linha(s): | Linha do Minho (PK 32,053) |
Coordenadas: | 41° 24′ 19,58″ N, 8° 31′ 45,85″ O |
Município: | ![]() |
Serviços: | ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() |
Equipamentos: | ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() |
Website: |
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/4a/Disambig_grey.svg/20px-Disambig_grey.svg.png)
Mouquim (Sentido Valença)
Famalicão
Barrimau (Sentido Porto)
A Estação Ferroviária de Famalicão é uma interface da Linha do Minho, que serve a localidade de Vila Nova de Famalicão, em Portugal. Foi o terminal da Linha do Porto à Póvoa e Famalicão entre 1881[1] e 1995.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/77/Comboio_Presidencial_-_Famalic%C3%A3o_%2814298078583%29.jpg/220px-Comboio_Presidencial_-_Famalic%C3%A3o_%2814298078583%29.jpg)
Caracterização
Localização e acessos
Esta interface tem acesso rodoviário pelo Largo Heróis de Monsanto, na cidade de Vila Nova de Famalicão.[2]
Descrição física
Segundo o Directório da Rede 2011, publicado pela Rede Ferroviária Nacional em 2010, a estação de Famalicão tinha três vias de circulação, com 601, 577 e 516 m de comprimento; as plataformas apresentavam 270 e 265 m de extensão, e uma altura de 90 cm.[3]
História
Antecedentes
Até aos meados do Século XIX, a região do interior do Minho tinha grandes problemas de comunicações, com poucas vias terrestres, sendo os rios os principais meios de transporte.[4] Esta situação começou a mudar com os programas de obras públicas do governo, que se incidiram particularmente sobre as comunicações terrestres, tendo por exemplo sido construída em 1856 uma estrada macadamizada, que permitiu a criação de uma carreira de diligências entre o Porto e Viana do Castelo, passando por Barcelos e Famalicão.[5] Também se construiu uma estrada entre Famalicão e Viana do Castelo, que seria parte da futura Estrada Real 4, de Famalicão a Caminha.[6]
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/09/Horario_CFMD_Porto_Braga_1876.jpg/220px-Horario_CFMD_Porto_Braga_1876.jpg)
Planeamento, construção e inauguração
As primeiras tentativas para a construção de caminhos de ferro na região do Minho datam ainda do governo de Costa Cabral, durante a Década de 1840, quando foi feita uma proposta pelo empresário inglês Hardy Hislop para uma linha entre o Porto e Valença.[7] Esta ideia seria retomada em 1857, um ano depois de ter sido construído o primeiro troço de via férrea em Portugal, entre Lisboa e o Carregado, quando o Conde de Réus propôs a instalação de uma linha entre o Porto e Vigo.[7] O projecto do Conde de Réus saía da futura Estação de Campanhã e seguia pelo interior até São Romão do Coronado, virando depois para a Vila do Conde, acompanhando depois a costa durante o resto do percurso até Caminha.[7]
Uma lei de 2 de Julho de 1867 autorizou o governo a construir a linha do Minho, tendo sido elaborado um novo projecto para aquela linha, incluindo desde logo um ramal para Braga.[7] Este novo percurso passava por Balazar e depois começava a seguir a linha costeira a partir da foz do Cávado, em Esposende.[7] O ramal para Braga seguiria o vale do Rio Este.[7] Como este projecto passava demasiado longe de Famalicão e Barcelos, o governo ordenou que fosse refeito de forma a que a linha servisse aquelas duas importantes vilas.[7] Desta forma, foi feito um novo projecto, que fazia a linha seguir por Barcelos, com o Ramal de Braga a sair de Nine.[7] Este documento foi posteriormente modificado para melhorar o traçado a Norte de Barcelos, até Viana do Castelo.[7]
Um decreto de 14 de Junho de 1872 ordenou o início das obras da linha do Minho[7], tendo o lanço entre Campanhã e Nine entrado ao serviço em 21 de Maio de 1875, em conjunto com o Ramal de Braga.[8]
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/9b/Antiga_gare_de_Famalicao_-_Os_Caminhos_de_Ferro_Portugueses_1856-2006.jpg/220px-Antiga_gare_de_Famalicao_-_Os_Caminhos_de_Ferro_Portugueses_1856-2006.jpg)
Ligação à Linha da Póvoa
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/3a/Magnifying_glass_01.svg/17px-Magnifying_glass_01.svg.png)
Em 1 de Outubro de 1875, foi inaugurada uma linha férrea de via estreita entre o Porto e a Póvoa de Varzim, cujo prolongamento até Famalicão foi autorizado por um decreto de 19 de Dezembro de 1876.[9] Assim, em 12 de Junho de 1881, entrou ao serviço o lanço entre Famalicão e Fontaínhas, concluindo a linha.[10] A linha foi construída pela Companhia do Caminho de Ferro do Porto à Póvoa e Famalicão, que também ampliou a estação de Famalicão com novas instalações, de forma a servir a sua linha.[11]
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/b1/Projecto_da_Linha_do_Ave_-_GazetaCF_1145_1935.jpg/220px-Projecto_da_Linha_do_Ave_-_GazetaCF_1145_1935.jpg)
Continuação projectada até Guimarães e Santo Tirso
Originalmente, a Linha da Póvoa estava planeada para continuar além de Famalicão, devendo passar por Guimarães e pelas Terras de Basto até entroncar com a Linha do Corgo.[12] Em 16 de Agosto de 1895, a Gazeta dos Caminhos de Ferro noticiou que se estava a planear a linha entre Guimarães a Famalicão,[13] e em 1 de Setembro de 1899 reportou que se estava a fazer uma tentativa para construir aquela linha.[14] Em 16 de Fevereiro de 1901, noticiou que tinha sido pedida autorização para construir uma linha no sistema americano, com tracção a vapor,[14] pedido que foi recusado pelo ministro das Obras Públicas, uma vez que iria prejudicar o tráfego das linhas do Minho e de Guimarães.[15] Em 16 de Abril, a Gazeta relatou que a Companhia do Caminho de Ferro do Porto à Póvoa e Famalicão tinha-se mostrado interessada em construir a linha, como via férrea pesada, que iria funcionar como um ramal da sua linha principal.[16] No entanto, estes planos também foram rejeitados pelo estado.[17]
Além da continuação até Guimarães, também foi proposto o prolongamento da Linha da Póvoa até Santo Tirso, na Linha de Guimarães.[12] Esta obra foi defendida pelo jornalista José da Guerra Maio, num artigo publicado na Gazeta dos Caminhos de Ferro em 1949.[18]
Década de 1910
Em 1913, existiam serviços de diligências ligando a vila de Famalicão à estação ferroviária.[19]
Décadas de 1930 e 1940
Originalmente, a linha da Póvoa utilizava uma bitola de 90 cm, que foi ampliada para via métrica em 1930, já pela Companhia dos Caminhos de Ferro do Norte de Portugal.[1]
Em 1 de Janeiro de 1947, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses começou a explorar as antigas linhas da Companhia do Norte.[20]
Em 1949, foi algaliado o lanço da Linha do Minho entre Lousado e Famalicão.[21] Esta obra permitiu o estabelecimento de comboios directos entre a Póvoa de Varzim e Guimarães, revitalizando a linha de via estreita até Famalicão, que tinha tão pouco movimento que em certos dias não chegava a ter comboios.[18] Após a abertura da via algaliada, passaram a ser feitos cinco comboios diários entre a Póvoa e Famalicão em cada sentido, dos quais três continuavam até Guimarães ou Fafe.[18]
Década de 1950
Em 4 de Janeiro de 1950, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses decidiu criar uma zona de comboios tranvias entre a Póvoa de Varzim e Famalicão, de forma a combater a concorrência do transporte rodoviário naquele percurso.[22]
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/62/08.11.93_Famalic%C3%A3o_1427_%283380788362%29.jpg/220px-08.11.93_Famalic%C3%A3o_1427_%283380788362%29.jpg)
Década de 1990
Na Década de 1990, a empresa Caminhos de Ferro Portugueses iniciou um programa de modernização das linhas suburbanas da cidade do Porto, incluindo a Linha do Minho e Ramal de Braga, tendo ficado concluído em Janeiro de 1996 um estudo prévio sobre a remodelação do lanço entre Lousado e Nine.[23] Previa-se que esta intervenção iria melhorar consideravelmente os serviços no eixo entre o Porto e Braga, através da redução dos tempos de percurso e da introdução de novos comboios, como um Intercidades, que teria uma só paragem em Famalicão.[23] Também se poderiam criar novos serviços suburbanos, como um semi-rápido cadenciado e outro expresso entre Porto - São Bento e Braga, ambos com várias paragens ao longo do percurso, incluindo em Famalicão.[23]
Ver também
- Comboios de Portugal
- Infraestruturas de Portugal
- Transporte ferroviário em Portugal
- História do transporte ferroviário em Portugal
Referências
- ↑ a b REIS et al, 2006:28
- ↑ «Famalicão». Comboios de Portugal. Consultado em 19 de Novembro de 2014
- ↑ «Linhas de Circulação e Plataformas de Embarque». Directório da Rede 2011. Rede Ferroviária Nacional. 25 de Março de 2010. p. 67-89
- ↑ FERNANDES, 1995:59
- ↑ FERNANDES, 1995:56
- ↑ FERNANDES, 1995:66
- ↑ a b c d e f g h i j FERNANDES, 1995:82-83
- ↑ «Troços de linhas férreas portuguesas abertas à exploração desde 1856, e a sua extensão» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 69 (1652). 16 de Outubro de 1956. p. 528-530. Consultado em 13 de Março de 2017 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ AGUILAR, Busquets de (1 de Junho de 1949). «A Evolução Histórica dos Transportes Terrestres em Portugal» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 62 (1475). p. 383-393. Consultado em 11 de Novembro de 2018 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ NONO, Carlos (1 de Junho de 1949). «Efemérides ferroviárias» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 62 (1475). p. 381-382. Consultado em 13 de Março de 2017 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ REIS et al, 2006:26
- ↑ a b SOUSA, José Fernando de (1 de Setembro de 1935). «Linha Férrea do Ave» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 47 (1145). p. 373-374. Consultado em 21 de Junho de 2013 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «Efemérides» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 51 (1226). 16 de Janeiro de 1939. p. 81-85. Consultado em 13 de Março de 2017
- ↑ a b «Efemérides» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 51 (1227). 1 de Fevereiro de 1939. p. 111-114. Consultado em 13 de Março de 2017 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «Há 50 anos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 63 (1517). 1 de Março de 1951. p. 556. Consultado em 11 de Novembro de 2018 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «Há 50 anos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 64 (1520). 16 de Abril de 1951. p. 76. Consultado em 11 de Novembro de 2018 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «Há 50 anos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 64 (1525). 1 de Julho de 1951. p. 160-168. Consultado em 11 de Novembro de 2018 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ a b c MAIO, José (16 de Abril de 1949). «Porto-Póvoa-Famalicão-Guimarães-Fafe» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 62 (1472). p. 267-268. Consultado em 13 de Março de 2017 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «Serviço de Diligencias». Guia official dos caminhos de ferro de Portugal. Ano 39 (168). Outubro de 1913. p. 152-155. Consultado em 20 de Maio de 2018 – via Biblioteca Nacional de Portugal
- ↑ REIS et al, 2006:62, 83
- ↑ REIS et al, 2006:102
- ↑ MARTINS et al, 1996:264
- ↑ a b c MARTINS et al, 1996:226-227
Bibliografia
- FERNANDES, Mário Gonçalves (1995). Viana do Castelo: A Consolidação de uma Cidade (1855-1926). Lisboa: Edições Colibri. 185 páginas. ISBN 972-8288-06-9
- MARTINS, João; BRION, Madalena; SOUSA, Miguel; et al. (1996). O Caminho de Ferro Revisitado. O Caminho de Ferro em Portugal de 1856 a 1996. Lisboa: Caminhos de Ferro Portugueses. 446 páginas
- REIS, Francisco; GOMES, Rosa; GOMES, Gilberto; et al. (2006). Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006. Lisboa: CP-Comboios de Portugal e Público-Comunicação Social S. A. 238 páginas. ISBN 989-619-078-X
Ligações externas
- «Galeria de fotografias da Estação de Famalicão, no sítio electrónico Railfaneurope» (em inglês)
- «Página da Estação de Famalicão, no sítio electrónico da empresa Infraestruturas de Portugal»
- «Página sobre a Estação de Famalicão, no sítio electrónico Wikimapia»