Ilha de Villegagnon: diferenças entre revisões
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Em março de [[1822]], uma expedição portuguesa chegou ao [[Rio de Janeiro]], com o intuito de forçar [[Pedro I do Brasil|D. Pedro I]] a cumprir os decretos das [[Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa|Cortes de Lisboa]], e retornar a [[Portugal]]. Assim que o [[Pedro I do Brasil|Príncipe Regente]] ([[1821]]-[[1822]]) foi informado da chegada da expedição, intimou o chefe da esquadra a ordem de fundear os navios e de vir a terra conversar. Declarou-lhe que só permitira a entrada dos navios se tomasse o compromisso de ficar sob as ordens do governo provisório brasileiro, e que depois que os navios estivessem providos de mantimentos, que voltassem o quanto antes para [[Lisboa]]. As embarcações, para o cumprimento das ordens, fundearam, durante a estadia, nas vizinhanças da '''Ilha de Villegagnon''' e depois retornaram à capital portuguesa.<ref>{{citar livro|titulo=História do Brasil|ultimo=Pombo|primeiro=Rocha|editora=W.M. Jackson inc|ano=1905|local=São Paulo|paginas=71, 72; Volume IV|acessodata=}}</ref> |
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Revisão das 00h34min de 25 de outubro de 2017
A Ilha de Villegagnon localiza-se no interior da baía de Guanabara, na cidade e estado do Rio de Janeiro, no Brasil.
História
Denominada como ilha de Serigipe pelos indígenas, e como Ilha das Palmeiras pelos conquistadores portugueses, a sua atual denominação é uma homenagem ao seu primeiro ocupante, o almirante francês Nicolas Durand de Villegagnon, que a ocupou em 1555, nela erguendo o Forte Coligny, quando da tentativa de estabelecimento da França Antártica.
Durante esta ocupação, colonos protestantes calvinistas realizaram na ilha o primeiro culto e celebração, nas Américas, da Santa Ceia, conforme as doutrinas reformadas. Pouco tempo depois estes missionários foram questionados por Villegagnon, que os obrigou a declararem os termos de sua fé e, em seguida, foram martirizados. Esta declaração de fé ficou conhecida como a confissão da Guanabara. Em 24 de março de 2007, foi inaugurado um marco na ilha em memória destes acontecimentos.
Em 15 de março de 1560, com a chegada de reforços oriundos da Capitania de São Vicente, teve lugar o ataque dos portugueses comandados por Mem de Sá, que desembarcou tropas e artilharia na Ilha. Dois dias mais tarde os franceses abandonaram o forte, procurando refúgio junto aos Tamoios. A fortaleza foi arrasada e, no dia 17 de março foi celebrada a primeira missa portuguesa na ilha.
A ilha voltou a ser fortificada pelos portugueses em 1733, quando o Governador Gomes Freire de Andrade fez demolir o monte das Palmeiras, principiando a construção da Fortaleza de São Francisco Xavier da Ilha de Villegagnon.
Em março de 1822, uma expedição portuguesa chegou ao Rio de Janeiro, com o intuito de forçar D. Pedro I a cumprir os decretos das Cortes de Lisboa, e retornar a Portugal. Assim que o Príncipe Regente (1821-1822) foi informado da chegada da expedição, intimou o chefe da esquadra a ordem de fundear os navios e de vir a terra conversar. Declarou-lhe que só permitira a entrada dos navios se tomasse o compromisso de ficar sob as ordens do governo provisório brasileiro, e que depois que os navios estivessem providos de mantimentos, que voltassem o quanto antes para Lisboa. As embarcações, para o cumprimento das ordens, fundearam, durante a estadia, nas vizinhanças da Ilha de Villegagnon e depois retornaram à capital portuguesa.[1]
Após a Independência do Brasil, a ilha foi transferida para a Marinha e, a partir de 3 de dezembro de 1843 passou a sediar o Corpo de Imperiais Marinheiros.
Em 1935 iniciaram-se as obras de construção da tradicional Escola Naval, sob responsabilidade da Marinha do Brasil, inauguradas em 11 de junho de 1938.
Ver também
- França Antártica
- Lista de ilhas do Rio de Janeiro
- Nicolas Durand de Villegagnon
- Confissão da Guanabara
- Regiões administrativas do Rio de Janeiro
- Estado do Rio de Janeiro
- Rio de Janeiro (cidade)
Referências
- ↑ Pombo, Rocha (1905). História do Brasil. São Paulo: W.M. Jackson inc. pp. 71, 72; Volume IV