EMDR: diferenças entre revisões

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'''Dessensibilização e reprocessamento por movimentos oculares''', também conhecido pelo acrônimo de origem anglófona '''EMDR''' (''Eye Movement Desensitization and Reprocessing''), é um contestado método de [[psicoterapia]] desenvolvido por [[Francine Shapiro]] na [[década de 1990]], na qual o paciente é solicitado a recordar imagens angustiantes; o terapeuta então direciona o paciente para um tipo de [[Estimulação bilateral|estímulo sensorial bilateral]], como movimentos oculares de um lado para o outro ou toques manuais.{{sfn|Feske|1998|pp=171-181|name=feske}} Está incluído em várias diretrizes baseadas em evidências para o tratamento do [[transtorno de estresse pós-traumático]] (TEPT).{{sfn|Schnyder; Cloitre|2015|name=Schnyder2015}}{{sfn|World Health Organization|2013|p=1|name=WHO2013}}<ref name="nice.guideline"/>
O '''EMDR''' (''Eye Movement Desensitization and Reprocessing'' ou '''Dessensibilização e Reprocessamento por Movimentos Oculares''') é uma abordagem [[psicoterapia|psicoterapêutica]], que desde a sua criação já conta com um grande número de evidência sobre sua eficácia<ref>{{citar web|url=https://www.scientificamerican.com/article/emdr-taking-a-closer-look/|titulo=EMDR: Taking a Closer Look|data=01/08/2011|acessodata=09/02/2020|publicado=Scientific American|ultimo=Arkowitz|primeiro=}}</ref>, utilizada em casos de TEPT - [[transtorno de estresse pós-traumático]], transtornos de [[ansiedade]], quadros depressivos e algumas reações de caráter psicossomático.


Tem sido controverso; críticos argumentaram que os movimentos oculares não aumentam sua eficácia e carecem de uma teoria falsificável.<ref name=Devilly2002/> Embora várias metanálises tenham considerado tão eficaz quanto a terapia cognitivo-comportamental focada no trauma para o tratamento do TEPT, essas mesmas são preliminares, dados os baixos números nos estudos, as altas taxas de risco de viés do pesquisador e as altas taxas de abandono.<ref name="Lee CW, Cuijpers P 2013 231–239"/><ref name=Bisson2013/>
A experiência tem demonstrado benefícios na terapia<ref name="UOL">http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2009/12/16/terapia-trata-traumas-com-movimento-dos-olhos.htm</ref>, essa abordagem terapêutica tem tido grande popularidade, embora não haja um consenso sobre como ela funciona<ref name="UOL" />. Com o tempo novos trabalhos também começaram a obter resultados promissores em aprimoramento de desempenho futuro, ansiedade generalizada, fobia, síndrome do pânico,manejo de dor crônica, luto, dependência química, adições de forma geral, depressões e doenças psicossomáticas. EMDR é aceito como um tratamento de escolha por vários departamentos de saúde mental.


==Usos médicos==
EMDR tem uma base ampla de casos publicados em pesquisa, como um tratamento empiricamente validados de trauma e outras experiências dolorosas. O Departamento de Defesa / Departamento de Assuntos de Veteranos de Diretrizes Práticas colocaram EMDR na categoria mais elevada. Recomendando para população com traumas. Além Disso, a Sociedade Internacional de Estudos de Estresse Pós Traumático Diretrizes Atuais de Tratamento, designaram EMDR um tratamento eficaz para o TEPT.
A pessoa que está sendo tratada é solicitada a recuperar imagens angustiantes enquanto gera um dos vários tipos de estímulos sensoriais bilaterais, como movimentos oculares de um lado para o outro ou toques manuais.<ref name=feske/><ref name=Schnyder2015/> Segundo a diretriz de prática da [[Organização Mundial da Saúde]] de 2013: "Assim como a [[terapia comportamental cognitiva]] (TCC) com foco no trauma, o EMDR visa reduzir o sofrimento subjetivo e fortalecer as crenças adaptativas relacionadas ao evento traumático. Contudo, o método não envolve descrições detalhadas do evento, contestação direta de crenças, exposição prolongada ou terapias caseiras."<ref name=WHO2013/>


== História ==
===Evidência===
O número de evidências trazem resultados conflitantes, assim como recomendação de cautela na interpretação dos resultados devido ao baixo número de estudos incluídos, risco de viés do pesquisador, altas taxas de abandono e qualidade geral "muito baixa" de evidência em comparações com outras psicoterapias.<ref name=Bisson2013/>
A técnica foi proposta por Francine Shapiro no final dos anos 1987 enquanto esta passeava no parque. Francine Shapiro, Ph.D. desenvolveu o EMDR com base em observação clínica, pesquisa controlada, contribuição de terapeutas treinados por ela e estudos científicos prévios acerca do processamento da informação. O EMDR tem origem no trabalho da autora, tal como consta em seus escritos.


Uma metanálise de 1998 descobriu que o método era tão eficaz quanto a [[terapia de exposição]] e os [[Inibidor seletivo de recaptação de serotonina|ISRS]].{{sfn|Van Etten; Taylor|1998|name=VanEtten98}} Quatro anos depois, os resultados concluíram que o EMDR não é tão eficaz nem duradouro como a terapia de exposição tradicional.{{sfn|Devilly|2002|name=Devilly2002}} Já outras duas metanálises datadas de 2005 e 2006 sugeriram que o método possuí efeitos equivalentes com a terapia de exposição tradicional após o tratamento e no acompanhamento.{{sfn|Bradley, et al.|2005|name=pmid15677582}}{{sfn|Seidler; Wagner|2006|name=seidler06}}
Em 1991, ela mudou o nome para Eye Movement Desensitization and Reprocessing (EMDR) para refletir as ideias e mudanças cognitivas que ocorreram durante o tratamento, e identificar a teoria de processamento de informação que ela desenvolveu para explicar os efeitos do tratamento.


Em 2006, duas metanálises descobriram que o EMDR é pelo menos equivalente em tamanho de efeito a terapias de exposição específicas.{{sfn|Lee; Cuijpers |2013|name=Lee CW, Cuijpers P 2013 231–239}}<ref name="seidler06"/> Três anos depois, um estudo do tratamento de estupro concluiu que o método teve alguma eficácia.{{sfn|Vickerman; Margolin|2009}} Outro estudo de 2009 concluiu que o EMDR é de eficácia semelhante a outras terapias de exposição e mais eficaz que os ISRSs, a terapia centrada no problema ou o "tratamento usual".{{sfn|Cloitre|2009}} No ano seguinte, uma metanálise concluiu que todos os tratamentos "de boa-fé" eram igualmente eficazes, mas houve algum debate sobre a seleção do estudo de quais tratamentos eram "de boa-fé".{{sfn|Ehlers, et al.|2010}}
== Teoria ==
Shapiro desenvolveu um processamento de informação, para explicar e prever os efeitos de tratamento com a terapia em EMDR. Este modelo teórico também descreve o desenvolvimento da personalidade, problemas psicológicos e transtornos mentais.


Uma revisão sistemática da Cochrane comparou o EMDR com outras psicoterapias no tratamento do TEPT crônico e constatou que o método é tão eficaz quanto a Terapia Comportamental Cognitiva Focada em Trauma (TFCBT) e mais eficaz que as outras psicoterapias não-TFCBT.{{sfn|Bisson, et al.|2013|name=Bisson2013}}{{sfn|Watts, et al.|2013|name=Watt2013}} Outra revisão sistemática examinou quinze ensaios clínicos de EMDR com e sem os movimentos dos olhos, descobrindo que o efeito era maior quando os movimentos dos olhos eram usados.<ref name="Lee CW, Cuijpers P 2013 231–239"/><ref name="apatraumadivision.org"/> Novamente, a interpretação foi experimental e os autores alegaram que a qualidade dos estudos não era boa e, consequentemente, pode ter distorcido os resultados. "Além de garantir verificações adequadas da qualidade do tratamento, havia outros problemas metodológicos sérios com a estudos no contexto da terapia", afirmaram.<ref name="Lee CW, Cuijpers P 2013 231–239"/>
Segundo Francine Shapiro, todo o ser humano tem um sistema de processamento psicológico de informações, similar ao [[sistema digestivo]] (onde o corpo extrai nutrientes dos alimentos para sua sobrevivência). Quando ocorre um evento traumático, esse sistema falha e não processa corretamente essas informações, fazendo incorretamente a ligação entre a lembrança do fato e os sentimentos ligados a ele. O EMDR tem o objetivo de refazer essa ligação de maneira correta.


{{Referências}}
{{Referências}}

==Bibliografia==
* {{citar periódico|vauthors=Lee CW, Cuijpers P |ano=2013 |título=A meta-analysis of the contribution of eye movements in processing emotional memories |periódico=Journal of Behavior Therapy and Experimental Psychiatry |volume=44 |número=2 |páginas=231–239 |doi=10.1016/j.jbtep.2012.11.001 |pmid=23266601 |url=http://researchrepository.murdoch.edu.au/id/eprint/13100/ }}
* {{citar periódico|autor1 =Bradley, R. |autor2 =Greene, J. |autor3 =Russ, E. |autor4 =Dutra, L. |autor5 =Westen, D. |ano=2005 |título=A multidimensional meta-analysis of psychotherapy for PTSD |periódico=The American Journal of Psychiatry |volume=162 |número=2 |páginas=214–227 |doi=10.1176/appi.ajp.162.2.214 |pmid=15677582|url=https://semanticscholar.org/paper/cc3f698a6a8a56fc1f2bf24871c25a248efabe2c }}
* {{citar periódico|autor1 =Van Etten M. L. |autor2 =Taylor, S |ano=1998 |título=Comparative efficacy of treatments for post-traumatic stress disorder: a meta-analysis |periódico=Clinical Psychology & Psychotherapy |volume=5 |número=3 |páginas=126–144 |doi=10.1002/(SICI)1099-0879(199809)5:3<126::AID-CPP153>3.0.CO;2-H |hdl=2027.42/35192 |url=https://deepblue.lib.umich.edu/bitstream/2027.42/35192/1/153_ftp.pdf }}
* {{citar periódico|último1 =Seidler|primeiro1 =GH|último2 =Wagner|primeiro2 =FE|título=Comparing the efficacy of EMDR and trauma-focused cognitive-behavioral therapy in the treatment of PTSD: a meta-analytic study.|periódico=Psychological Medicine|data=novembro de 2006|volume=36|número=11|páginas=1515–22|pmid=16740177|doi=10.1017/s0033291706007963}}
* {{citar periódico|autor1 =Ehlers, A.|autor2 =Bisson, J.|autor3 =Clark, D.|autor4 =Creamer, M.|autor5 =Pilling, S.|autor6 =Richards, D.|autor7 =Schnurr, P.|autor8 =Turner, S.|autor9 =Yule, W. |ano=2010 |título=Do all psychological treatments really work the same in posttraumatic stress disorder? |periódico=Clinical Psychology Review |volume=30 |número=2 |páginas=269–276 |doi=10.1016/j.cpr.2009.12.001 |pmc=2852651 |pmid=20051310}}
* {{citar periódico|autor =Cloitre M |título=Effective psychotherapies for posttraumatic stress disorder: a review and critique |periódico=CNS Spectrums |volume=14 |número=1 Suppl 1 |páginas=32–43 |data=janeiro de 2009 |pmid=19169192 |doi= }}
* {{citar livro|título= Evidence Based Treatments for Trauma-Related Psychological Disorders: A Practical Guide for Clinicians|url = https://books.google.com/books?id=0Vx0BgAAQBAJ&pg=PA205|publicado= Springer|data= 2015-02-14|acessodata= 2015-04-20|isbn = 9783319071091|primeiro = Ulrich|último = Schnyder|primeiro2 = Marylène|último2 = Cloitre}}
* {{citar periódico|autor =Devilly GJ |título=Eye movement desensitization and reprocessing: a chronology of its development and scientific standing |periódico=The Scientific Review of Mental Health Practice |data=2002 |volume=1 |número=2 |páginas=132|url=http://devilly.org/Publications/EMDR-review.pdf }}
* {{citar periódico|último =Feske |primeiro =Ulrike |título=Eye movement desensitization and reprocessing treatment for posttraumatic stress disorder |periódico=Clinical Psychology: Science and Practice |ano=1998 |volume=5 |número=2 |doi=10.1111/j.1468-2850.1998.tb00142.x |páginas=171–181}}
* {{citar periódico|publicado=World Health Organization |ano=2013 |título=Guidelines for the management of conditions that are specifically related to stress |local=Geneva |url=http://www.who.int/mental_health/emergencies/stress_guidelines/en/ |pmid=24049868 }}
* {{citar periódico|vauthors=Watts BV, Schnurr PP, Mayo L, Young-Xu Y, Weeks WB, Friedman MJ |ano=2013 |título=Meta-analysis of the efficacy of treatments for posttraumatic stress disorder |periódico=Journal of Clinical Psychiatry |volume=74 |páginas=e541–550 |doi=10.4088/JCP.12r08225 |pmid=23842024 |número=6}}
* {{citar periódico|vauthors=Bisson J, Roberts NP, Andrew M, Cooper R, Lewis C |título=Psychological therapies for chronic post-traumatic stress disorder (PTSD) in adults |periódico=Cochrane Database of Systematic Reviews |ano=2013 |doi=10.1002/14651858.CD003388.pub4 |pmid=24338345 |volume=12 |número=12 |páginas=CD003388}}
* {{citar periódico|autor1 =Vickerman, K. A. |autor2 =Margolin, G. |ano=2009 |título=Rape treatment outcome research: Empirical findings and state of the literature |periódico=Clinical Psychology Review |volume=29 |número=5 |páginas=431–448 |pmc=2773678 |pmid=19442425 |doi=10.1016/j.cpr.2009.04.004}}


== Ligações externas ==
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Revisão das 22h26min de 9 de fevereiro de 2020

Dessensibilização e reprocessamento por movimentos oculares, também conhecido pelo acrônimo de origem anglófona EMDR (Eye Movement Desensitization and Reprocessing), é um contestado método de psicoterapia desenvolvido por Francine Shapiro na década de 1990, na qual o paciente é solicitado a recordar imagens angustiantes; o terapeuta então direciona o paciente para um tipo de estímulo sensorial bilateral, como movimentos oculares de um lado para o outro ou toques manuais.[1] Está incluído em várias diretrizes baseadas em evidências para o tratamento do transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).[2][3][4]

Tem sido controverso; críticos argumentaram que os movimentos oculares não aumentam sua eficácia e carecem de uma teoria falsificável.[5] Embora várias metanálises tenham considerado tão eficaz quanto a terapia cognitivo-comportamental focada no trauma para o tratamento do TEPT, essas mesmas são preliminares, dados os baixos números nos estudos, as altas taxas de risco de viés do pesquisador e as altas taxas de abandono.[6][7]

Usos médicos

A pessoa que está sendo tratada é solicitada a recuperar imagens angustiantes enquanto gera um dos vários tipos de estímulos sensoriais bilaterais, como movimentos oculares de um lado para o outro ou toques manuais.[1][2] Segundo a diretriz de prática da Organização Mundial da Saúde de 2013: "Assim como a terapia comportamental cognitiva (TCC) com foco no trauma, o EMDR visa reduzir o sofrimento subjetivo e fortalecer as crenças adaptativas relacionadas ao evento traumático. Contudo, o método não envolve descrições detalhadas do evento, contestação direta de crenças, exposição prolongada ou terapias caseiras."[3]

Evidência

O número de evidências trazem resultados conflitantes, assim como recomendação de cautela na interpretação dos resultados devido ao baixo número de estudos incluídos, risco de viés do pesquisador, altas taxas de abandono e qualidade geral "muito baixa" de evidência em comparações com outras psicoterapias.[7]

Uma metanálise de 1998 descobriu que o método era tão eficaz quanto a terapia de exposição e os ISRS.[8] Quatro anos depois, os resultados concluíram que o EMDR não é tão eficaz nem duradouro como a terapia de exposição tradicional.[5] Já outras duas metanálises datadas de 2005 e 2006 sugeriram que o método possuí efeitos equivalentes com a terapia de exposição tradicional após o tratamento e no acompanhamento.[9][10]

Em 2006, duas metanálises descobriram que o EMDR é pelo menos equivalente em tamanho de efeito a terapias de exposição específicas.[6][10] Três anos depois, um estudo do tratamento de estupro concluiu que o método teve alguma eficácia.[11] Outro estudo de 2009 concluiu que o EMDR é de eficácia semelhante a outras terapias de exposição e mais eficaz que os ISRSs, a terapia centrada no problema ou o "tratamento usual".[12] No ano seguinte, uma metanálise concluiu que todos os tratamentos "de boa-fé" eram igualmente eficazes, mas houve algum debate sobre a seleção do estudo de quais tratamentos eram "de boa-fé".[13]

Uma revisão sistemática da Cochrane comparou o EMDR com outras psicoterapias no tratamento do TEPT crônico e constatou que o método é tão eficaz quanto a Terapia Comportamental Cognitiva Focada em Trauma (TFCBT) e mais eficaz que as outras psicoterapias não-TFCBT.[7][14] Outra revisão sistemática examinou quinze ensaios clínicos de EMDR com e sem os movimentos dos olhos, descobrindo que o efeito era maior quando os movimentos dos olhos eram usados.[6][15] Novamente, a interpretação foi experimental e os autores alegaram que a qualidade dos estudos não era boa e, consequentemente, pode ter distorcido os resultados. "Além de garantir verificações adequadas da qualidade do tratamento, havia outros problemas metodológicos sérios com a estudos no contexto da terapia", afirmaram.[6]

Referências

  1. a b Feske 1998, pp. 171-181.
  2. a b Schnyder; Cloitre 2015.
  3. a b World Health Organization 2013, p. 1.
  4. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome nice.guideline
  5. a b Devilly 2002.
  6. a b c d Lee; Cuijpers 2013.
  7. a b c Bisson, et al. 2013.
  8. Van Etten; Taylor 1998.
  9. Bradley, et al. 2005.
  10. a b Seidler; Wagner 2006.
  11. Vickerman; Margolin 2009.
  12. Cloitre 2009.
  13. Ehlers, et al. 2010.
  14. Watts, et al. 2013.
  15. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome apatraumadivision.org

Bibliografia

Ligações externas