Triângulo das Bermudas

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Localização aproximada do triângulo das Bermudas

O Triângulo das Bermudas é uma lenda urbana situada em uma região imprecisa da parte norte ocidental do Oceano Atlântico onde aeronaves e embarcações teriam desaparecidos em circunstâncias misteriosas. Essa ideia da região como particularmente propensa à desaparecimentos ganhou proeminência na metade do século XX, mas a maioria das fontes reputáveis descarta a existência de fenômenos misteriosos.[1]

Sua área é estimada entre 1,1 e 3,95 milhões de km², situada no norte ocidental do Oceano Atlântico entre as ilhas Bermudas, Porto Rico, Fort Lauderdale (Flórida) e as Bahamas.

História e evolução[editar | editar código-fonte]

Desde a era das Grandes Navegações, nos séculos XV e XVI, os navios que viajavam da Europa para as Américas passavam continuamente por esta área para aproveitar os ventos da Corrente do Golfo. Depois, com o desenvolvimento das máquinas a vapor e dos barcos com motores de combustão interna, grande parte do tráfego do Atlântico Norte já não passava mais por esta área.

A Corrente do Golfo, uma área com clima instável (conhecida por seus furacões), também passa pelo triângulo ao sair do Mar do Caribe. A combinação de um intenso tráfego marítimo e o clima instável pode ter feito com que alguns barcos entrassem em tempestades e se perdessem sem deixar pistas, principalmente antes do desenvolvimento das telecomunicações, do radar e dos satélites no final do século XX.

A primeira obra documentada sobre os desaparecimentos nesta área foi lançada em 1950, por E. V. W. Jones, jornalista da Associated Press, que escreveu algumas matérias sobre desaparecimentos de barcos no triângulo. Jones disse que os desaparecimentos de barcos, aviões e pequenos botes eram "misteriosos". E deu a esta área o nome de "Triângulo do Diabo".

Em 1952 George X. Sand afirmou em um artigo da Revista do Destino que nesta área aconteciam "estranhos desaparecimentos marinhos e aéreos."

Em 1964 o escritor sensacionalista Vincent Gaddis cunhou o termo "Triângulo das Bermudas" em um artigo da revista Argosy. Um ano depois publicou o livro Invisible Horizons: True Mysteries of the Sea ("Horizontes Invisíveis: os Verdadeiros Mistérios do Mar"), onde incluía um capítulo chamado "O Mortal Triângulo das Bermudas". Geralmente, Gaddis é considerado o "inventor" do Triângulo das Bermudas.

Mas foi dez anos depois, em 1974, que o mistério tornou-se mito através de Charles Berlitz e seu livro O Triângulo das Bermudas, no qual pegou alguns textos de Gaddis e recompilou alguns casos de desaparecimentos, misturados com falsidades e flagrantes invenções. Foi depois da publicação desse livro que os eventos foram conhecidos através da imprensa de uma forma mais abrangente. Após acharem a cabeça de um homem no mar todos afirmaram que havia coisas sobrenaturais.

Uma das possíveis explicações para estes fenômenos são os distúrbios que esta região passa, no campo magnético terrestre. Um dos casos mais famosos é o chamado voo 19. Muito embora existam diversos eventos anteriores, os primeiros relatos mais sistemáticos começam a ocorrer entre 1945 e 1950. Alguns traçam o mistério até Cristóvão Colombo. Mesmo assim, os incidentes vão de 200 a não mais de 1000 nos últimos 500 anos. Howard Rosenberg afirma que em 1973 a Guarda Costeira dos EUA respondeu a mais de 8 000 pedidos de ajuda na área e que mais de 50 navios e 20 aviões se perderam na zona, durante o Século XX.

Possíveis explicações[editar | editar código-fonte]

Muitas teorias foram dadas para explicar o extraordinário mistério dos aviões e navios desaparecidos. Extraterrestres, resíduos de cristais da Atlântida, humanos com armas antigravidade ou outras tecnologias esquisitas e vórtices da quarta dimensão estão entre os favoritos dos escritores de fantasias. Campos magnéticos estranhos e emissões de gás metano do fundo do oceano são os favoritos dos mais técnicos.

Erro humano e fatores climáticos como tempestades, furacões, sismos, tsunamis e outras causas naturais são as favoritas entre os investigadores céticos.

Explicações sobrenaturais[editar | editar código-fonte]

Alguns escritores têm usado alguns conceitos sobrenaturais para explicar os eventos no triângulo. Uma explicação é de uma suposta tecnologia do continente perdido de Atlântida. Às vezes conecta-se esta história à formação rochosa submersa conhecida como Bimini Road ("Estrada de Bimini"), perto da ilha de Bimini, nas Bahamas, que está no triângulo em alguns casos. Seguidores de Edgar Cayce tiveram a previsão de que a evidência de Atlântida seria encontrada em 1968, referindo-se à descoberta de Bimini Road. Alguns descrevem a formação como uma estrada, uma parede, ou outra estrutura, apesar dos geólogos considerarem isso como sendo de origem natural.[2]

Outros escritores atribuíram os eventos aos OVNIs.[3] Esta ideia foi usada por Steven Spielberg em seu filme de ficção científica Contatos Imediatos do Terceiro Grau, que mostra os tripulantes do voo 19 como humanos abduzidos.

Charles Berlitz, autor de vários livros de fenômenos anormais atribuiu os desaparecimentos no triângulo como uma anomalia ou forças inexplicáveis.[4]

Explicações naturais[editar | editar código-fonte]

Variações nas bússolas[editar | editar código-fonte]

Os problemas com bússolas são um dos mais citados em vários incidentes no triângulo. Enquanto alguns têm teorizado que anomalias magnéticas locais incomuns podem existir nesta área, tais anomalias não têm sido reveladas como existentes. Também deve ser lembrado que as bússolas têm variações magnéticas naturais em relação aos polos magnéticos. Por exemplo, nos Estados Unidos os únicos lugares onde o polo norte magnético e o polo norte geográfico são exatamente os mesmos estão em uma linha passando do Wisconsin até o Golfo do México. Os navegadores sabem disso há séculos, mas o público pode não estar informado e algumas pessoas pensam que existe alguma coisa misteriosa na "mudança" na bússola numa área tão extensa como o triângulo, apesar de ser um fenómeno natural.

Atos deliberados de destruição[editar | editar código-fonte]

Os atos deliberados de destruição podem cair em duas categorias: atos de guerra, e atos de pirataria. Registros em arquivos inimigos têm sido checados por numerosas perdas; enquanto vários afundamentos têm sido atribuídos a invasores na superfície ou submarinos durante as Guerras Mundiais e documentados nos vários livros de bordo, muitos outros suspeitos de afundamento não foram provados. Suspeita-se que a perda do USS Cyclops em 1918, assim como seus navios-irmãos Proteus e Nereus na Segunda Guerra Mundial, tenha sido causada por submarinos mas não foram encontradas provas nos registros alemães.

A pirataria, que é definida como a tomada de um navio ou barco pequeno em alto-mar, é um ato que continua até os dias de hoje. Enquanto a pirataria aos cargueiros sequestrados é mais comum no oeste dos Oceanos Pacífico e Índico, o contrabando de drogas causa o roubo de barcos para operações contrabandistas, que pode ter sido o caso de desaparições de tripulações e iates no Caribe. A Pirataria no Caribe foi comum de 1560 a 1760, incluindo famosos piratas como Edward Teach (Barba Negra) e Jean Lafitte.

Imagem com falsas cores da Corrente do Golfo fluindo para o norte através do Oceano Atlântico Norte. (NASA)

Corrente do Golfo[editar | editar código-fonte]

A Corrente do Golfo é uma corrente oceânica que se origina no Golfo do México, e então passa através do Estreito da Flórida, indo ao Atlântico Norte. Em essência, é um rio dentro do oceano, e como um rio, pode e carrega objetos flutuantes. Tem uma velocidade de superfície ao redor de 2,5 m/s (6 mph).[5] Um pequeno avião fazendo um pouso na água ou um barco tendo problema no motor serão carregados para longe da reportada posição pela corrente, como aconteceu com um cruzeiro chamado Witchcraft em 22 de Dezembro de 1967, quando foi reportado um problema no motor próximo a um marcador de boia a uma milha (1,6 km) da costa, mas o navio não estava lá quando a Guarda Costeira chegou.

Erro humano[editar | editar código-fonte]

Uma das explicações mais citadas em inquirimentos oficiais são as perdas de qualquer aeronave ou embarcação como sendo erro humano. Sendo deliberado ou acidental, os humanos têm sido conhecidos por cometer erros resultando em catástrofes, e perdas dentro do Triângulo das Bermudas não são exceções. Por exemplo, a Guarda Costeira citou uma falta de treinamento adequado para a limpeza do volátil resíduo de benzeno como a razão para a perda do tanque V.A. Fogg em 1972. A teimosia do ser humano pode ter sido a causa do negociante Harvey Conover perder seu iate veleiro, o Revonoc, assim que velejou ao centro de uma tempestade ao sul da Flórida em 1º de Janeiro de 1958. Muitas perdas permanecem inconclusivas devido à falta de naufrágios que poderiam ser estudados, um fato citado em muitos registros oficiais.

Furacões[editar | editar código-fonte]

Os furacões são poderosas tempestades geradas em águas tropicais e têm historicamente sido responsáveis por milhares de vidas perdidas e bilhões de dólares em prejuízos. O naufrágio da frota espanhola Francisco de Bobadilla em 1502 foi o primeiro registro de um destrutivo furacão. Estas tempestades têm no passado causado vários incidentes relacionados ao triângulo.

Ondas gigantes[editar | editar código-fonte]

Em vários oceanos ao redor do mundo, as ondas gigantes têm causado o afundamento de navios[6] e a queda de plataformas de petróleo.[7] Estas ondas são consideradas como sendo um mistério e até recentemente eram acreditadas como sendo um mito.[8][9] No entanto, as ondas gigantes não explicam a perda de aviões. No entanto, o fato de que existem 300 metros de ondas presentes dentro do triângulo, os cientistas acreditam que pode ser uma razão por trás de tantos aviões afundados no mar dentro dele.[10]

Hidratos de metano[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Hidrato de metano
Distribuição mundial de sedimentos de hidratos de gás metano, em 1996.Fonte: USGS

Uma explicação de algumas das desaparições aponta a presença de várias zonas de hidratos de metano sobre as placas continentais.

Em 1981, o United States Geological Survey informou a aparição destes hidratos na área de Blake Ridge (no sudeste dos EUA).[11] As erupções frequentes de metano poderiam produzir regiões de água espumosa que não dão sustentação suficiente aos barcos.

Se se formasse uma área deste tipo ao redor de um barco, este afundaria muito rapidamente sem aviso.

Os experimentos no laboratório têm provado que as bolhas podem realmente afundar um barco em modelo de escala, devido à diminuição da densidade da água.

Formação hexagonal das nuvens

Pesquisadores da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, descobriram um padrão anormal na formação das nuvens naquela região. O formato dessas nuvens é geometricamente hexagonal, sendo comparada a atuação dessas com uma "bomba aérea", pois o formato dessas nuvens permitem a criação de correntes de ar superpotentes, capazes de alcançar até 274 quilômetros por hora. Essa ventania poderia ser comparada a força de um furacão.

Consequentemente elas podem fazer com que o impacto do vento na água do oceano, gere ondas de até 15 metros. Tais condições naturais, são praticamente mortais, visto que é muito difícil um navio ou avião, por mais modernos que fossem, não conseguiriam enfrentar condições como estas.[12]

Falácia[editar | editar código-fonte]

Alguns escritores têm sugerido que hidrato de metano liberado repentinamente na forma de bolhas gigantes de gás, com diâmetros comparáveis ao tamanho de um barco, poderia afundá-lo.[13] Este fenômeno é fisicamente impossível.

Além disso, se fosse possível que se criasse uma bolha de gás metano desde o fundo do oceano, tal como é descrito, essa bolha gigante se romperia devido à grande pressão da água e se converteria em várias bolhas menores antes de alcançar a superfície. Ao emergir, estas bolhas formariam uma grande turbulência, mas não tanta a ponto de pôr em perigo a sustentabilidade do barco.

Ainda que as bolhas formadas em um tanque de laboratório possam ser grandes comparadas com um barco em modelo de escala, o efeito não pode ser comparado na natureza devido à relação entre as forças de tensão superficial e gravidade.

Explicações de quedas de aviões[editar | editar código-fonte]

O gás metano também poderia fazer com que os aviões caíssem. O ar menos denso faria com que os aviões perdessem sustentação. Além disso, no altímetro do avião, a altura é determinada pela densidade do ar. Como o metano é menos denso, o altímetro indicaria que o avião está subindo. O piloto que viajasse de noite ou entre nuvens, situações em que não é possível ver o solo, suporia que o avião está subindo e reagiria descendo, fazendo com que o avião colidisse com o mar.

Outro fator é que o metano aspirado pelo motor arruinaria a mistura de combustível e ar. Motores de avião queimam hidrocarbonetos (como a gasolina) misturados com o oxigênio que provêm do ar. Quando os níveis de oxigênio no ambiente diminuem bruscamente, a combustão pode parar por completo, fazendo com que o motor desligue. Todos estes efeitos do gás metano tem sido demonstrados experimentalmente.

Listagem de eventos[editar | editar código-fonte]

  • 1840 - Rosalie - embarcação francesa encontrada meses após o seu desaparecimento, na área do Triângulo das Bermudas, navegando com as velas recolhidas, a carga intacta, porém sem vestígios de sua tripulação.
  • 1880 - Atlanta - Fragata britânica, desapareceu em janeiro, com 290 pessoas a bordo.
  • 1902 - Freya - embarcação alemã, ficou um dia desaparecida. Saiu de Manzanillo, em Cuba no dia 3 de outubro. Foi encontrada no dia seguinte, no mesmo local de onde havia saído, porém sem nenhuma pessoa a bordo: todos os tripulantes desapareceram.
  • 1909 - The Spray - pequeno iate do aventureiro canadense Joshua Slocum, que desapareceu nesta área.
  • 1917 - SS Timandra - embarcação que iria para Buenos Aires, partindo de Norfolk (Virgínia) com uma carga de carvão e uma tripulação de 21 passageiros. Não emitiu nenhum sinal de rádio.
  • 1918 - Cyclops - embarcação carregada com 19 000 toneladas de aprovisionamentos para a Marinha Norte-americana, com 309 pessoas a bordo. Desapareceu a 4 de março em mar calmo, sem emitir aviso, mesmo dispondo de rádio.
  • 1921 - Carroll. A. Deering - cargueiro que afundou no cabo Hatteras, cerca de 1 000 km a oeste das ilhas Bermudas.
  • 1925 - Raifuku Maru - embarcação que afundou em uma tempestade a cerca de 1 000 km ao norte das ilhas Bermudas.
  • 1925 - SS Cotopaxi - embarcação desaparecida próximo a Cuba.
  • 1926 - SS Suduffco - embarcação que afundou em um furacão no triângulo.
  • 1931 - Stavenger - cargueiro desaparecido com 43 homens a bordo.
  • 1932 - John and Mary - embarcação desaparecida em abril. Foi encontrada posteriormente à deriva, a cerca de 80 quilômetros das ilhas Bermudas.
  • 1938 - Anglo-Australian - embarcação desaparecida em março, com uma tripulação de 39 homens. Pediu socorro quando estava próxima ao Arquipélago dos Açores.
  • 1940 - Gloria Colite - embarcação desaparecida em fevereiro. Foi encontrada com tudo intacto, mas sem a tripulação.
  • 1942 - Surcouf - submarino francês que foi atacado pelo cargueiro norte-americano Thompson Lykes perto do Canal do Panamá, a cerca de 1 800 km do triângulo
  • 1944 - Rubicon - cargueiro cubano desaparecido em 22 de outubro. Foi encontrado mais tarde pela Guarda Costeira Norte-americana próximo à costa da Flórida.
  • 1945 - Super Constellation - aeronave da Marinha Norte-americana desaparecida em 30 de outubro, com 42 pessoas a bordo.
  • 1945 - Voo 19 ou Missão 19 ("Flight 19") - esquadrilha de cinco aviões TBF Avenger, desaparecida em 5 de dezembro.
  • 1945 - Martin Mariner - hidroavião enviado na busca do Voo 19, também desapareceu em 5 de dezembro, após 20 minutos de voo, com treze tripulantes a bordo.
  • 1947 - C-54 - aeronave do Exército dos Estados Unidos, jamais foi encontrada.
  • 1948 - DC-3 - aeronave comercial, desaparecida em 28 de dezembro, com 32 passageiros.
  • 1948 - Tudor IV Star Tiger - aeronave que desapareceu com 31 passageiros.
  • 1948 - SS Samkey - embarcação que afundou a 4 200 km a nordeste do triângulo e a 200 km a nordeste dos Açores.
  • 1949 - Tudor IV Star Ariel - aeronave que desapareceu no triângulo.
  • 1950 - Sandra - cargueiro transportando inseticida, desapareceu em junho com sua localização permanecendo desconhecida.
  • 1950 - GLOBEMASTER - Avião comercial dos Estados Unidos desaparecido em março.
  • 1952 - YORK - Avião de transporte britânico. Desaparecido em 2 de fevereiro. Tinha 33 passageiros a bordo, além da tripulação. Sumiu ao norte do Triângulo das Bermudas.
  • 1955 - CONNEMARA IV - Desapareceu em setembro e apareceu 640 km distante das bermudas, também sem tripulação.
  • 1956 - MARTIN P-5M - Hidroavião desaparecido em 9 de novembro. Fazia a patrulha da costa dos Estados Unidos. Sumiu com dez tripulantes a bordo nas proximidades do Triângulo das Bermudas.
  • 1957 - CHASE YC-122 - Desaparecido em 11 de janeiro. Era um avião cargueiro com quatro passageiros a bordo.
  • 1962 - Um avião KB-50 desapareceu em 8 de janeiro. Tratava-se de um avião tanque das Forças Aéreas dos Estados Unidos. Desapareceu quando cruzava o Triângulo.
  • 1963 - MARINE SULPHUR QUEEN - Cargueiro que desapareceu em fevereiro sem emitir nenhum pedido de socorro.
  • 1963 - SNO'BOY - Desaparecido em 1º de julho. Era um pesqueiro com vinte homens a bordo. Nunca foi encontrado.
  • 1963 - Dois STRATOTANKERS KC-135 desapareceram em 28 de agosto. Eram 2 aviões de quatro motores cada, novos, a serviço das forças aéreas americanas. Iam em missão secreta para uma base no Atlântico, mas nunca chegaram no local.
  • 1963 - CARGOMASTER C-132 - Desaparecido em 22 de setembro perto das ilhas Açores.
  • 1965 - FLYNG BOXCAR C-119 - Desaparecido em 5 de junho. Era um avião comercial com dez passageiros a bordo.
  • 1967 - WITCHCRAFT - Desaparecido em 24 de dezembro. Considerado um dos casos mais extraordinários do Triângulo. Tratava-se de uma embarcação que realizava cruzeiros marítimos. Estava amarrado a uma bóia em frente ao porto de Miami, Flórida, a cerca de 1600 metros do solo. Simplesmente desapareceu com sua equipe e um passageiro a bordo.
  • 1970 - Milton Latrides - cargueiro francês que partiu de Nova Orleans em direção à Cidade do Cabo. Levava uma carga de azeite vegetal e refrigerante. Afundou no triângulo em abril.
  • 1973 - ANITA - Desaparecido em março. Era um cargueiro de 20 000 toneladas que estava circulando próximo ao Triângulo com 32 tripulantes a bordo.
  • 1976 - Grand Zenith - petroleiro, afundou com pessoas e bens a bordo. Deixou uma grande mancha de petróleo que pouco depois também desapareceu.
  • 1976 - SS Sylvia L. Ossa - embarcação que afundou em um furacão a oeste das ilhas Bermudas.
  • 1978 - SS Hawarden Bridge - embarcação que foi encontrada abandonada no triângulo.
  • 1980 - SS Poet - embarcação que afundou em um furacão no triângulo. Transportava grãos para o Egito.
  • 1995 - Jamanic K - cargueiro que afundou no triângulo, depois de sair de Cap-Haïtien.
  • 1997 - Iate - É encontrado um iate alemão.
  • 1999 - Genesis - cargueiro que afundou depois de sair do porto de São Vicente. Sua carga incluía 465 toneladas de tanques de água, tábuas, concreto e tijolos; informou problemas com uma bomba um pouco antes de perder o contato. Foi realizada uma busca sem sucesso em uma área de 85.000 km².

Outros eventos[editar | editar código-fonte]

  • Um Cessna 172 é "caçado" por uma nuvem, o que resulta em funcionamento defeituoso de seus instrumentos, com conseqüente perda de posição e morte do piloto, como informaram os passageiros sobreviventes.
  • Um Beechcraft Bonanza voa para dentro de uma monstruosa nuvem cumulus ao largo de Andros, perde o contato pelo rádio e logo recupera-o, quatro minutos depois, mas descobre que agora está sobre Miami, com vinte e cinco galões de gasolina a mais do que deveria ter - quase exatamente a quantidade de gasolina que seria gasta pelo aparelho no trecho percorrido (Andros - Miami).
  • Um 727 da National Airlines fica sem radar durante dez minutos, tempo em que o piloto informa estar voando através de um leve nevoeiro. Na hora de aterrissar, descobre-se que todos os relógios a bordo e o cronômetro do avião perderam exatamente dez minutos, apesar de uma verificação da hora cerca de trinta minutos antes da aterrissagem.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. US Department of Commerce, National Oceanic and Atmospheric Administration. «What is the Bermuda Triangle?». oceanservice.noaa.gov (em inglês). Consultado em 18 de dezembro de 2023 
  2. «A Geologist's Adventures with Bimini Beachrock and Atlantis True Believers». Skeptical Inquirer. 2004. Consultado em 10 de abril de 2009. Arquivado do original em 6 de abril de 2007 
  3. «UFOs and The Bermuda Triangle in 1971 Sighting». about.com 
  4. Charles Berlitz (1974). The Bermuda Triangle (1st ed.). Doubleday. ISBN 0-385-04114-4.
  5. Phillips, Pamela. «The Gulf Stream». USNA/Johns Hopkins. Consultado em 2 de agosto de 2007 
  6. «Rogue Giants at Sea». The New York Times. 11 de julho de 2006 
  7. [1]
  8. esa. «Ship-sinking monster waves revealed by ESA satellites». esa.int 
  9. «Secret to Towering Rogue Waves Revealed». livescience.com 
  10. Bermuda Triangle mystery ‘solved,’ scientists claim Scientists claimed that the Rogue waves are the reason behind it. por Amit Malewar (2019)
  11. WoodsHole.er.usgs.gov Arquivado em 18 de fevereiro de 2012, no Wayback Machine. (informação sobre a aparição de hidratos).
  12. «Mistério do Triângulo das Bermudas é finalmente revelado pela ciência». www.fatosdesconhecidos.com.br. Consultado em 7 de maio de 2018 
  13. TheAge.com.au «Bermuda Triangle mystery solved? It's a load of gas» ("O mistério do Triângulo das Bermudas está resolvido? É uma bolha de gás").

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • QUASAR, Gian J.: Into the Bermuda Triangle: Pursuing the Truth Behind the World's Greatest Mystery. EUA: International Marine/Ragged Mountain Press, 2003. ISBN 0-07-142640-X; reimpresso em papel, 2005. ISBN 0-07-145217-6.
  • BERLITZ, Charles: The Bermuda Triangle. ISBN 0-385-04114-4.
  • KUSCHE, Lawrence David: The Bermuda Triangle Mystery Solved. EUA: 1975. ISBN 0-87975-971-2.
  • SPENCER, John Wallace: Limbo Of The Lost. ISBN 0-686-10658-X.
  • GROUP, David: The Evidence for the Bermuda Triangle. 1984. ISBN 0-85030-413-X.
  • BLACKMAN, Tony: The Final Flight. 2006. ISBN 0-9553856-0-1.
  • KEAREY, Philip. Geofísica de Exploração. São Paulo: Oficina de Textos, 2009. ISBN 8-58623-891-0
  • FERNANDES, Carlos Eduardo M. Fundamentos de Prospecção Geofísica. Rio de Janeiro: Interciência, 1984. ISBN 0-00253-820-2
  • PEREIRA, Herbert Alexandre Galdino. Teoria do Triângulo das Bermudas.Ed.2ª – São Paulo : Versão Online, 2009.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]