Evaristo de Macedo
Este artigo não cita fontes confiáveis. (Dezembro de 2009) |
Informações pessoais | ||
---|---|---|
Nome completo | Evaristo de Macedo Filho | |
Data de nasc. | 22 de junho de 1933 (90 anos) | |
Local de nasc. | Rio de Janeiro (RJ), Brasil | |
Informações profissionais | ||
Posição | Ex-treinador e atacante | |
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos (golos) |
1950–1952 1953–1957 1957–1962 1962–1965 1965–1967 |
Madureira Flamengo Barcelona Real Madrid Flamengo |
191 (103) 226 (178) 17 (15) 31 (4) | 35 (18)
Seleção nacional | ||
1955–1957 | Brasil | 14 (8) |
Times/clubes que treinou | ||
1970–1971 1971 1972 1973 1975 1977–1980 1981–1983 1985 1986 1987 1988–1989 1989 1989 1990 1990 1991–1992 1992 1993–1995 1995 1996 1997 1997 1998 1998-1999 1999 2000–2001 2002 2002–2003 2003 2003–2004 2005–2006 2007 |
Bahia Bangu Santa Cruz Bahia Santa Cruz Santa Cruz Barcelona Brasil América-RJ Iraque Bahia Guarani Bahia Fluminense Grêmio Cruzeiro Qatar Flamengo Bahia Atlético-PR Grêmio Vitória Bahia Flamengo Corinthians Bahia Vasco da Gama Flamengo Bahia Vitória Atlético-PR Santa Cruz |
Evaristo de Macedo Filho mais conhecido como Evaristo de Macedo (Rio de Janeiro, 22 de junho de 1933) é um ex-treinador e futebolista brasileiro que atuava como atacante.
Carreira
Evaristo de Macedo jogou pelo Madureira, Flamengo, Barcelona e Real Madrid, sendo um dos melhores jogadores brasileiros em todos os tempos, consagrado também como um dos mais laureados treinadores do futebol brasileiro. Ele mora no Rio de Janeiro desde que se aposentou do futebol, em 2007.
Nascido no dia 22 de junho de 1933 na capital fluminense, Evaristo começou a carreira de jogador no Madureira em 1950. Dois anos depois, ele já estava no Flamengo, onde foi tricampeão carioca em 1953, 1954 e 1955.
Barcelona e Real Madrid
Evaristo de Macedo conseguiu a façanha de se tornar ídolo de dois rivais na Espanha: o Barcelona, clube que defendeu entre 1957 a 1962, e do Real Madrid, onde atuou entre 1963 e 1965.
Pelo Barça, Evaristo ganhou vários títulos, entre eles os campeonatos espanhóis de 1959 e 1960 e as Copas da Uefa de 1958, 1959 e 1960. Além disso, o ex-atacante - que tinha como uma das suas principais virtudes a habilidade - foi o maior artilheiro brasileiro da história do clube catalão.
Pelo time merengue, Evaristo seguiu ganhando títulos. Foram três campeonatos espanhóis: 1963, 1964 e 1965.
Ainda em 1965, ele voltou ao futebol brasileiro e encerrou a carreira no Flamengo, marcando 103 gols em 191 partidas nas duas passagens.
"O torcedor brasileiro não tem ideia de como o Evaristo de Macedo é idolatrado na Espanha. Foi, sem dúvida, um dos maiores jogadores do mundo em todos os tempos", diz Roberto Dinamite, ex-ídolo vascaíno e que teve rápida passagem pelo Barça.
"É uma rivalidade política, quanto a isso nunca tive dúvida. É o jogo entre o "Estado da Catalunha" e o "Estado de Castela", algo que transcende a esfera esportiva. Os catalães são muito ressentidos pela perda de liberdade que eles tiveram no franquismo, a Guerra Civil... por isso sempre era um clima que ia além das outras rivalidades esportivas que vivenciei."[1]
Seleção Brasileira
Pela Seleção Brasileira, Evaristo de Macedo não teve muitas chances de jogar. Atuou em apenas 14 partidas, mas deixou sua marca de grande goleador: fez oito gols.
Astro do Flamengo em 1957, Evaristo era candidatíssimo a ser um dos 22 jogadores convocados para a Copa de 1958, na Suécia. Integrou o quarteto ofensivo da Seleção até abril de 1957, quando uma transferência mudou totalmente a história. "Fui vendido aos 24 anos para o Barcelona e nunca mais voltei a vestir a camisa da Seleção Brasileira. Uma pena, uma pena..." [2]
Na Catalunha, recebeu um telefonema às vésperas da convocação final para o Mundial de 1958. "Era o coordenador técnico Carlos Nascimento. Ele me disse: ‘Evaristo, vamos dar início aos treinos para a Copa e a comissão técnica deseja que você solicite ao Barcelona a sua liberação’. Tentei, mas o clube não me liberou. A Espanha não tinha se classificado para o Mundial da Suécia e os clubes de lá resolveram manter o Campeonato Nacional normalmente, sem abrir mão de ninguém." [2]
Quando informou à antiga Confederação Brasileira de Desportos (CBD) a negativa do Barça, Evaristo percebeu a tristeza de Nascimento: "Puxa, rapaz, que pena! O Vicente Feola (técnico) estava ansioso para vê-lo jogar ao lado de um neguinho bom de bola que surgiu lá no Santos".[2]
Evaristo ficou curioso, mas a falta de tecnologia o impediu de bisbilhotar a vida alheia. "Se fosse hoje, com certeza ligaria a TV a cabo ou entraria na internet rapidinho para descobrir de quem ele estava falando. Mas naquela época não tinha nada disso, companheiro! Continuei a minha vidinha lá no Barcelona, do outro lado do Atlântico, sem saber quem era o tal neguinho chamado Pelé", diverte-se o maior artilheiro brasileiro da história do clube catalão, com 78 gols em 114 partidas.
Evaristo não viu Pelé despontar na Seleção por uma questão de meses. Sua última partida com a amarelinha foi contra o Peru, em 21 de abril de 1957, no Maracanã, pelas Eliminatórias da Copa. Exatos 77 dias depois (dois jogos), o garoto saía do banco para substituir Del Vecchio e marcar o único gol verde-amarelo na derrota por 2 a 1 para a Argentina, no mesmo Maracanã, pela Copa Roca.
Enquanto o Brasil via o nascimento de um rei, Evaristo pintava e bordava na Espanha, ao lado de outros craques. "Nas minhas passagens por Barcelona e Real Madrid, joguei ao lado de Puskas, Kocsis, Czibor, Gento e Di Stéfano. Todos eram craques, mas nenhum como o Pelé, que eu conheci ao vivo jogando contra ele em 1959", testemunha.
"Soube que ele existia em 1957, mas só o vi em carne e osso quando o Santos fez uma excursão à Europa e venceu o Barcelona por 5 a 1. Naquele dia, conheci a dupla de ataque mais afinada que já vi jogar: Coutinho e Pelé", reverencia.
Na Seleção Brasileira, Evaristo estabeleceu um recorde. Foi o único jogador a marcar 5 gols em uma única partida pela Seleção.
Evaristo começou a sua carreira de técnico no America em 1967, onde foi campeão do Torneio Internacional Negrão de Lima, de onde saiu para o Fluminense em 1968.
Treinador
Como técnico, ele dirigiu outras importantes equipes do futebol brasileiro. Algumas delas foram: Flamengo, Vasco da Gama, Bahia, Grêmio, Corinthians, Santa Cruz, Vitória, Atlético Paranaense e Cruzeiro.
Como técnico do Barcelona, ficou responsável por comandar Diego Maradona e resgatar o futebol vistoso da equipe. Permaneceu na equipe catalã por 2 anos e meio, de 1981 a 1983, conquistando três títulos: Copa del Rey, Copa de La Liga e Cup Winners Cup.
Como técnico da Seleção Brasileira, Evaristo de Macedo não teve muito sucesso. Dirigiu a equipe em 1985, pouco antes das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1986, no México, levanto a seleção brasileira à Copa do Mundo FIFA de 1986 mas acabou sendo substituído no cargo por Telê Santana.
Foi o treinador do Iraque na Copa do Mundo de 1986.
Entretanto, três anos depois, ele viveu seu melhor momento como treinador e foi campeão brasileiro de 1988 dirigindo a equipe do Bahia. Ele dirigiu o time que foi campeão brasileiro. A equipe-base do Tricolor baiano tinha: Ronaldo; Tarantini, João Marcelo, Claudir e Paulo Róbson; Paulo Rodrigues, Gil, Bobô e Zé Carlos; Charles e Marquinhos.
No Grêmio, ele foi campeão da Copa do Brasil de 1997, justamente sobre o Flamengo, clube que defendeu como jogador. A equipe-base do Grêmio era: Danrlei; Arce, Rivarola, Mauro Galvão, Roger; Dinho, Emerson, João Antônio, Carlos Miguel; Dauri e Paulo Nunes.
Estilo
Segundo o 'Velho Lobo' Zagallo, que jogou ao lado de Evaristo no Flamengo, "Evaristo era o tipo do jogador que tinha vaga em qualquer time que escolhesse". E, revelado pela Madureira, o jogador escolheu defender apenas o Flamengo no Brasil. Ficou cinco anos na Gávea, de 1952 a 1957, o que bastou para se tornar um dos grandes ídolos da história do Mais Querido do Brasil.
Além de conquistar a torcida feminina por sua beleza, Evaristo se destacava dentro de campo pela sua velocidade, visão de jogo, inteligência na criação de jogadas, e grande capacidade técnica. Com 19 anos, foi convocado para a Seleção Brasileira que disputou as Olimpíadas de Helsinque, em 1952, quando ainda atuava pelo juvenil do Madureira. No ano seguinte, começou sua trajetória vitoriosa no Fla.
Estatísticas
Jogos oficiais
Brasil | ||||||||||
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Clube | Temporada | Liga | Liga | Rio-SP | Outros1 | Total | ||||
Jogos | Gols | Jogos | Gols | Jogos | Gols | Jogos | Gols | |||
Flamengo | 1953 | Carioca | 4 | 1 | 9 | 2 | 0 | 0 | 13 | 3 |
1954 | 21 | 13 | 9 | 2 | 3 | 0 | 33 | 15 | ||
1955 | 17 | 13 | 6 | 5 | 2 | 1 | 25 | 16 | ||
1956 | 19 | 11 | 0 | 0 | 2 | 0 | 21 | 11 | ||
Espanha | ||||||||||
Clube | Temporada | Liga | Liga | Europa | Outros2 | Total | ||||
Jogos | Gols | Jogos | Gols | Jogos | Gols | Jogos | Gols | |||
Barcelona | 1957-58 | La Liga | 24 | 13 | 0 | 0 | 5 | 4 | 29 | 17 |
1958-59 | 23 | 20 | 0 | 0 | 2 | 2 | 25 | 22 | ||
1959-60 | 24 | 14 | 6 | 4 | 2 | 2 | 32 | 20 | ||
1960-61 | 21 | 11 | 10 | 6 | 4 | 1 | 35 | 18 | ||
1961-62 | 22 | 20 | 0 | 0 | 8 | 8 | 30 | 28 | ||
Real Madrid | 1962-63 | 7 | 3 | 0 | 0 | 0 | 0 | 7 | 3 | |
1963-64 | 10 | 1 | 2 | 1 | 0 | 0 | 12 | 3 | ||
Brasil | ||||||||||
Clube | Temporada | Liga | Liga | Rio-SP | Outros3 | Total | ||||
Jogos | Gols | Jogos | Gols | Jogos | Gols | Jogos | Gols | |||
Flamengo | 1964 | Taça Brasil | 4 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 4 | 0 |
1965 | 0 | 0 | 6 | 0 | 3 | 0 | 9 | 0 | ||
1966 | 0 | 0 | 7 | 0 | 0 | 0 | 7 | 0 |
- 1.↑ Inclui jogos pelo Torneio Início e pela Taça dos Campeões Estaduais Rio-São Paulo.
- 2.↑ Inclui jogos pela Taça das Cidades com Feiras.
- 3.↑ Inclui jogos pela Taça Guanabara.
Títulos
Como jogador
- Seleção Brasileira
- Taça Bernardo O'Higgins:1955
- Copa Rocca:1957
- Taça Atlantico: 1957
- Flamengo
- Barcelona
- Pequena Taça do Mundo: 1957
- Taça das Cidades com Feiras: 1957-58,1958-60
- Copa del Rey: 1958-59
- Campeonato Espanhol: 1959, 1960
- Real Madrid
- La Liga: 1963, 1964.
Como técnico
- Santa Cruz
- Campeonato Pernambucano: 1972,1976,1978,1979
- Torneio do Inicio: 1972, 1976
- Super Campeonato Pernambucano: 1976
- Fita Azul: 1980
Barcelona
- Copa del Rey: 1982-1983
- Copa de La Liga: 1983
- Cup Winners Cup: 1981-1982
- Qatar
- Copa Golfo Pérsico: 1992
- Grêmio
- Bahia
- Campeonato Baiano: 1970,1971,1973,1988,1998,2001
- Campeonato Brasileiro: 1988
- Campeonato do Nordeste: 2001
- Vitoria
- Taça Estado da Bahia: 2004
- Flamengo
- Troféu Capitão Castro: 2002
Precedido por Duque |
Técnico do Cruzeiro 1991 |
Sucedido por Ênio Andrade |
Precedido por Oswaldo de Oliveira |
Técnico do Corinthians 1999 |
Sucedido por Oswaldo de Oliveira |
Precedido por Hélio dos Anjos |
Técnico do Vitória 2004 |
Sucedido por Renê Simões |
Referências
Links Externos
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