Silva Jardim

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para o professor e político brasileiro, veja Antônio da Silva Jardim.
Silva Jardim
  Município do Brasil  
Símbolos
Brasão de armas de Silva Jardim
Brasão de armas
Hino
Gentílico silva-jardinense
Localização
Localização de Silva Jardim no Rio de Janeiro
Localização de Silva Jardim no Rio de Janeiro
Localização de Silva Jardim no Rio de Janeiro
Silva Jardim está localizado em: Brasil
Silva Jardim
Localização de Silva Jardim no Brasil
Mapa
Mapa de Silva Jardim
Coordenadas 22° 39' 03" S 42° 23' 31" O
País Brasil
Unidade federativa Rio de Janeiro
Municípios limítrofes Araruama, Cachoeiras de Macacu, Casimiro de Abreu, Nova Friburgo e Rio Bonito
Distância até a capital Não disponível
História
Fundação 8 de maio de 1841 (182 anos)
Administração
Prefeito(a) Marcello Cabreira Xavier (Marcello Zelão) (2009 – 2012)
Características geográficas
Área total [1] 938,336 km²
População total (Censo IBGE/2010[2]) 21 360 hab.
Densidade 22,8 hab./km²
Clima Não disponível
Altitude 35 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000 [3]) 0,731 alto
 • Posição 75º
PIB (IBGE/2008[4]) R$ 160 313,895 mil
PIB per capita (IBGE/2008[4]) R$ 7 235,03

Silva Jardim é um município brasileiro do estado do Rio de Janeiro.

História

Seu nome atual é uma homenagem ao jornalista e político fluminense Antônio da Silva Jardim. Anteriormente o município chamava-se Capivary, cuja fundação se deu em 1801, nas terras de D. Maria Rodrigues, viúva de Manoel da Silveira Azevedo, onde o casal havia construído uma capela em devoção à Sant'Ana. A viúva doou a capela e seu entorno, para a criação da paróquia de Nossa Senhora da Lapa de Capivary, a pedido da população local.[5] No entorno da capela formou-se o vilarejo, que posteriormente foi elevado à categoria de freguesia, e mais adiante à categoria de vila, por decreto de 1841, separando-se definitivamente do município de Cabo Frio. A condição imposta para o desmenbramento, era de que alguns fazendeiros locais se responsabilizassem e construissem uma câmara, que executava as mesmas funções atuais de uma prefeitura, bem como uma cadeia para a nova vila. O Major Joaquim Fernandes Lopes Ramos, o Alferes Luiz Gomes da Silva Leite, juntamente com alguns membros da família Pinto Coelho, executaram as construções entre os anos de 1841 e 1843, atendendo assim às exigências.[6] A partir do ano de 1943, a vila de Capivary teve seu nome modificado para Silva Jardim, denominação esta que perdura até os dias atuais.

Geografia

Localiza-se 35 metros acima do nível do mar. Contando com uma população de 22.158 habitantes (2008)[7], faz divisa com os municípios de Casimiro de Abreu, Nova Friburgo, Rio Bonito, Cachoeiras de Macacu e Araruama. Ocupa uma área de 938,336 km².

Dentre as localidades mais importantes inscritas no território municipal (todas próximas à Serra do Mar), estão Quartéis ou Aldeia Velha, Bananeiras e Gaviões.

Vale destacar que uma parte do seu território encontra-se protegido pela Reserva Biológica Poço das Antas, unidade federal de conservação da natureza destinada ao projeto de preservação da Mata Atlântica e do mico leão dourado.

Outro local de interesse ecológico é a Lagoa de Juturnaíba, situada no rio São João, e represada para prover o abastecimento de água em Cabo Frio e outras cidades da Região dos Lagos fluminense.

Economia

Historicamente, o município experimentou uma significativa pujança econômica entre os finais do século XVIII e os finais do século XIX, quando, então, foi decretada a abolição da escravidão.

As matas nativas da região eram ricas em madeira de lei e, com a facilidade de escoamento da produção das toras pelo caudaloso rio São João, a extração da madeira passou a ser a mola mestra da economia capivarense. Na cabeceira do rio, Capivary cortava e fornecia a madeira e, na foz do rio, a vila de Barra de São João a cortava em tábuas e a preparava para envio direto ao exterior. Registra-se que todas as madeiras nobres que compõem o grandioso trabalho de talha da sacristia da basílica de São Pedro, no Vaticano, teve origem em Capivary.

Uma vez devastada a floresta, o campo estava pronto para plantação. Assim, a madeira cedeu lugar ao café e à cana-de-açúcar e o enriquecimento dos fazendeiros da região foi ainda mais relevante. No entanto, esse desenvolvimento econômico não perduraria mais do que um século. A extinção das matas, assim como a exaustão dos solos, aliados à escassez de mão de obra decorrente da abolição da escravatura, fizeram com que Capivary entrasse em colapso no final do século XIX. As hipotecas, que muitos fazendeiros tinham junto aos negociantes da Corte, foram executadas. As terras foram abandonadas pelos lavradores e, em seguida, fracionadas em propriedades menores, para revenda por parte dos executantes. Encerrou-se, assim, um dos mais notáveis ciclos econômicos da economia fluminense.

Atualmente, a base econômica está centrada no setor primário, com ênfase para a atividade pecuária. É de pouca expressão o setor terciário (comércio e serviços), embora o turismo (mais precisamente o ecoturismo) venha se mostrando uma atividade promissora, sobretudo na região da lagoa de Juturnaíba e na vila de Aldeia Velha, conhecida também pelo nome de Quartéis.

Em 2011, Silva Jardim criou uma moeda interna para estimular o consumo e o comercio na cidade. A moeda se chama Capivari.[8]

Turismo

O município apresenta grande potencial turístico natural ainda não explorado, com a Lagoa de Juturnaíba e os rios com cachoeiras – que permitem o ecoturismo e o turismo de aventura – constituindo os principais pontos de interesse.

Imprensa

O primeiro jornal da cidade foi a "Gazeta de Capivary", de 1891, ao qual outros se seguiram, como: "O Recreio", "A Pérola", "O Capivary", "O Silva-jardinense" e, por fim, o atual e ainda existente "Jornal da Cidade".

Registros de silva-jardinenses ilustres

Dentre os nascidos em Silva Jardim, destacamos o poeta Casimiro de Abreu, nascido na Fazenda da Prata, de propriedade de sua mãe, em Correntezas[9], a atriz Zezé Macedo, o artilheiro Jorge Pinto Mendonça, os ilustres cidadãos Saturnino Duarte Silveira e João Duarte Silveira, e o próprio Antônio da Silva Jardim, cujo nome batiza o município.

Referências

  1. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010 
  2. «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010 
  5. Sinopse Estatística de Silva Jardim, IBGE, 1945
  6. CASIMIRO DE ABREU, Bruzi,Nilo, Ed. Aurora, 1949.
  7. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome IBGE_Pop_2008
  8. http://www.silvajardim.rj.gov.br
  9. CASIMIRO DE ABREU, Bruzzi,Nilo, Editora Aurora, Rio de Janeiro, 1949.

Ligações externas

Ícone de esboço Este artigo sobre municípios do estado do Rio de Janeiro é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.