Clóvis Bornay: diferenças entre revisões
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Era museólogo de profissão e também se notabilizou como jurado para os apresentadores de televisão [[Chacrinha]] e [[Sílvio Santos]]. |
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Figura lendária do bairro de Copacabana, era famoso por disseminar suas artes e mistérios entre seus vizinhos de prédio. Sendo seu pupilo e amante mais famoso o estiloso Leandro, até hoje praticante de seus ofícios. Juntos confeccionaram a lendária fantasia Esplendor do Amanhecer da Púrpura Morenidade Adolescente, que se encontra exposta no Hall da Fama da PG de SP. |
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Em Cabo Frio, Clóvis também fez escola, onde recrutava jovens humildes, porém com grandes potencias criativos. Clóvis, apesar de dar todo suporte e carinho que lhes era necessário, criava estas promessas não para si, mas para o mundo. |
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Uma prova viva deste trablho é seu principal discípulo, Nereu (revelação do Jardim Esperança), que foi o notório estilista e coreógrafo da escola de samba - Todos Unidos Atrás de Mim - vencedor do Carnaval, no ano de 2006 da Região dos Lagos, com o famoso enredo "Chumbo Trocado Não Dói". |
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Entretanto, a cidade de Macaé ficou pequena para a criatividade deste exímio artista. Sua mudança para Niterói foi inevitável e em seu novo recanto, Nereu deu asas a sua imaginação, e obteve grande destaque no meio artístico desta cidade com sua criatividade contemporânea, que pode ser comprovada e admirada nas fantasias de "Araribóia, Padroeiro de Niterói" e "Adolfo Rufião" de seu acervo pessoal. |
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Atualmente, este discípulo de Clóvis Bornay, anda exibindo sua inventividade em Salvador. Sua principal fonte inspiração são os antigos escravos do Pelourinho, por quem nutre grande admiração e desejo. |
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Revisão das 16h35min de 18 de abril de 2011
Clóvis Bornay (Nova Friburgo, 10 de janeiro de 1916 — Rio de Janeiro, 9 de outubro de 2005) foi um museólogo e carnavalesco brasileiro, idealizador do Baile de Gala do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, em 1937.[1]
Biografia
Era o mais novo dos doze filhos de mãe espanhola e pai suíço,[1][2] um dono de uma loja de joias em Nova Friburgo.
Na sua juventude, durante a década de 1920, descobre no carnaval sua grande paixão. Começou sua carreira em 1937, quando conseguiu convencer o diretor do Teatro Municipal do Rio de Janeiro a instituir bailes de carnaval de gala com concurso de fantasias, inspirado no modelo dos bailes de Veneza. Estreou neste ano com sua fantasia intitulada "Príncipe Hindu" e obteve o primeiro lugar.[2]
Passou a desfilar também nas Escolas de Samba, sendo célebre a fantasia em homenagem a Estácio de Sá, no desfile de 1967, quando a cidade comemorava seu quarto centenário de fundação.[3]
Tornou-se um dos mestres em fantasias de Carnaval - a todo ano trazia novos elementos em suas fantasias, e acabava ganhando quase todos os concursos que disputava. Evandro de Castro Lima e Mauro Rosas eram seus rivais de salão. De tanto ganhar, acabou sendo declarado hors concours (concorrente de honra, não sujeito à premiação).[2][3]
Museologia
Trabalhou como museólogo no Museu Histórico Nacional,[2][3] cuja iniciativa que se tem nota foi a da cessão do refrigerador de seu gabinete de trabalho para a criação de uma sala de exposição-depósito de peças com estabilidade de temperatura. Atuou também em outras entidades culturais.
Foi carnavalesco das escolas de samba Salgueiro, em 1966, Portela em 1969 e 1970, Mocidade Independente de Padre Miguel em 1972 e 1973 e Unidos da Tijuca, em 1973. Com a Portela ganhou o campeonato de 1970 com o enredo "Lendas e mistérios da Amazônia" (que foi reprisado no desfile de 2004).[3]
Introduziu inovações como a figura do destaque, que é uma pessoa luxuosamente fantasiada sendo conduzida do alto de um carro alegórico. Após isso, todas as demais escolas de samba copiam e tornam o quesito obrigatório. E ao longo de seus 77 anos de carnaval (69 em desfiles), sempre ele mesmo participava dos desfiles carnavalescos como destaque. Embora sua carreira esteja justa e fortemente ligada ao carnaval do Rio de Janeiro, por diversas vezes desfilou no carnaval de São Paulo como destaque da Escola de Samba Nenê de Vila Matilde.[2]
Algumas de suas fantasias são expostas no Brasil e são acervo de outros museus no exterior. Pela significação de seu trabalho, foi laureado com o título de cidadão honorário de Louisiana em 1964.
Recebeu a "Medalha Tiradentes" da ALERJ em 1966 dada a personalidades que tenham relevância cultural para o estado.[1][2]
Foi também cantor, gravando marchinhas carnavalescas nos anos 60 e 70.
Atuação no cinema
Em 1967, foi chamado para atuar no filme Terra em Transe, de Glauber Rocha, contracenando com Paulo Autran. Também participou do filme "Independência ou Morte", de 1972.[2]
Falecimento
Às 15 horas do dia 9 de outubro de 2005, Clóvis deu entrada no Hospital Souza Aguiar desidratado e com infecção intestinal. Apesar de medicado, acabou falecendo de uma parada cárdio-respiratória.[1]
Curiosidades
O vestido da estátua de Nossa Senhora da Glória do Outeiro era sempre, a todo dia 5 de agosto, trocada por outro feito por Bornay.
Era museólogo de profissão e também se notabilizou como jurado para os apresentadores de televisão Chacrinha e Sílvio Santos.