Podemos (Brasil): diferenças entre revisões
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Após isso, o Podemos expulsou do partido o deputado [[Alexandre Baldy]] que aceitou o cargo de Ministro das Cidades do governo Temer.<ref>{{citar web|url=https://congressoemfoco.uol.com.br/especial/noticias/novo-ministro-das-cidades-e-desfiliado-do-podemos-por-aceitar-ser-ministro-de-temer-pp-sera-sua-nova-sigla/|título=Novo ministro das Cidades é desfiliado do Podemos por aceitar ser ministro de Temer; PP será sua nova sigla|data=20 de novembro de 2017|publicado=}}</ref> |
Após isso, o Podemos expulsou do partido o deputado [[Alexandre Baldy]] que aceitou o cargo de Ministro das Cidades do governo Temer.<ref>{{citar web|url=https://congressoemfoco.uol.com.br/especial/noticias/novo-ministro-das-cidades-e-desfiliado-do-podemos-por-aceitar-ser-ministro-de-temer-pp-sera-sua-nova-sigla/|título=Novo ministro das Cidades é desfiliado do Podemos por aceitar ser ministro de Temer; PP será sua nova sigla|data=20 de novembro de 2017|publicado=}}</ref> |
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Em dezembro de 2018, o Podemos incorpora o [[Partido Humanista da Solidariedade|Partido Humanista da Solidariedade (PHS)]] e o [[Partido Republicano Progressista|Partido Republicano Progressista (PRP).<ref>{{Citar web|url=https://oglobo.globo.com/brasil/podemos-incorpora-phs-vira-terceira-maior-bancada-do-senado-23321821|titulo=Podemos incorpora PHS e vira terceira maior bancada do Senado|data=2018-12-21|acessodata=2018-12-22|obra=O Globo|lingua=pt-BR}}</ref> |
Em dezembro de 2018, o Podemos incorpora o [[Partido Humanista da Solidariedade|Partido Humanista da Solidariedade (PHS)]] e o [[Partido Republicano Progressista|Partido Republicano Progressista (PRP)]].<ref>{{Citar web|url=https://oglobo.globo.com/brasil/podemos-incorpora-phs-vira-terceira-maior-bancada-do-senado-23321821|titulo=Podemos incorpora PHS e vira terceira maior bancada do Senado|data=2018-12-21|acessodata=2018-12-22|obra=O Globo|lingua=pt-BR}}</ref> |
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===Candidato à Presidente=== |
===Candidato à Presidente=== |
Revisão das 01h34min de 13 de setembro de 2020
Podemos | |
---|---|
Número eleitoral | 19 |
Presidente | Renata Abreu |
Fundação | 01 de maio de 1995 |
Registro | 2 de outubro de 1997 (26 anos)[1] |
Sede | São Paulo e Brasília |
Ideologia | Nacionalismo[2] Social-Liberalismo[2] Conservadorismo liberal[2] Histórico: (1997 a 2017) Trabalhismo[2] Janismo[2] Nacionalismo[2] |
Espectro político | Centro-Direita[3] |
Ala de juventude | Podemos Jovem[4] |
Membros (2020) | 409 162 filiados[5] |
Senadores[6] | 11 / 81 |
Deputados federais (2020)[7] | 11 / 513 |
Governadores (2020) | 0 / 27 |
Deputados estaduais (2018)[8] | 22 / 1 024 |
Cores | |
Página oficial | |
www | |
Política do Brasil |
Podemos (PODE), denominado Partido Trabalhista Nacional (PTN) de sua fundação até o ano de 2016, é um partido político brasileiro.[9][2] A legenda tem sido comandada pela família Abreu (José Masci de Abreu, Dorival de Abreu e Renata Abreu) desde a fundação, em 1995. Em 2016, mudou seu nome para Podemos. A homologação da mudança pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), porém, veio apenas em 16 de maio de 2017.[10] O partido afirma que a inspiração para seu nome foi sobre o slogan da campanha de Barack Obama à presidência dos Estados Unidos, "sim, nós podemos" ("yes, we can")[11][12]. Em agosto de 2020 o partido possuía 409.162 filiados.[13]
História
Fundação
O PTN foi fundado em maio de 1995, ganhando o registro provisório no mesmo ano; no ano seguinte já obteve o registro definitivo da legenda, tendo sido dirigido pelo ex-deputado petebista Dorival de Abreu; e seu código eleitoral é o 19.[14]
A agremiação pretendia recriar o PTN, partido que veio a eleger Jânio Quadros, fundado, na origem, por uma dissidência nacionalista do PTB varguista.
Após o falecimento de Dorival, seu irmão, o também ex-deputado federal paulista José de Abreu, dirigiu a legenda. Nas eleições presidenciais de 1998 lançou como candidata a presidência a Secretária Geral da legenda, a paulista Thereza Ruiz, que obteve votação superior a 100 mil votos. Em São Paulo, apresentou o candidato a governador Fred Corrêa, nas eleições de 2006.
No pleito de 2014, elegeu 4 deputados federais, sendo eles Bacelar (BA), Christiane de Souza Yared (PR), Delegado Edson Moreira (MG), Renata Abreu (SP), filha de José de Abreu, que também agora é a nova presidente nacional do partido, e 14 deputados estaduais. Mantivera um desempenho eleitoral pouco significativo, até então. Como um partido centrista de pouca projeção, gradualmente acomodou seu programa às novas preferências políticas, agremiando nomes da direita, e uma perspectiva mais liberal. Nesse liame, com a janela partidária no início do ano de 2016, vários parlamentares trocaram de legenda e o destino de alguns deles foi o PTN que, à época, passou a ter 13 deputados federais. Ainda como PTN, o Podemos foi o partido que teve o maior crescimento proporcional no número de prefeituras nas eleições de 2016.[12]
Troca de nome e história recente
Em maio de 2017, o então “Partido Trabalhista Nacional” foi autorizado a mudar de nome e passou a ser denominado Podemos.[15] A mudança foi uma tentativa de modernização devido à crise político-econômica de 2014.[16] Baseado em pesquisas e estudos de consultorias, a organização foi renomeada por inspiração no mote “sim, nós podemos” (yes, we can) da campanha de Barack Obama à presidência dos Estados Unidos em 2008 e sem qualquer relação com o partido-movimento espanhol Podemos. A essa época, a bancada do partido foi caracterizada como de centro-direita com parlamentares conservadores pelo presidente do diretório estadual na Bahia, João Carlos Bacelar Batista, enquanto que a nova organização não seria nem de direita, nem de esquerda, segundo seus dirigentes.[17][18][19][20]
Em virtude da delação da JBS, em 18 de maio de 2017, foi o primeiro partido a abandonar a base aliada do governo Michel Temer, saindo também do bloco partidário do qual integrava ao lado do PP e do PTdoB, então declarou-se independente em relação ao governo.[21]
Ainda em 2017, passou a ter representatividade no Senado Federal com a filiação de Alvaro Dias (ex-PV) e de Romário, que deixou o PSB no final de junho. Em agosto, o partido recebeu a filiação de José Medeiros (ex-PSD), senador pelo Mato Grosso.
O Podemos expulsou deputados estaduais Chiquinho da Mangueira e Jorge Moreira Teodoro, conhecido como Dica, que votaram para livrar os colegas Jorge Picciani, então presidente da Alerj, Paulo Melo e Edson Albertassi da prisão, que foram alvo da Operação Cadeia Velha.[22]
Após isso, o Podemos expulsou do partido o deputado Alexandre Baldy que aceitou o cargo de Ministro das Cidades do governo Temer.[23]
Em dezembro de 2018, o Podemos incorpora o Partido Humanista da Solidariedade (PHS) e o Partido Republicano Progressista (PRP).[24]
Candidato à Presidente
Com apenas dois anos de criação o Podemos lança como candidato à presidência Alvaro Dias.[25] Alvaro Dias foi acompanhado por Paulo Rabello de Castro, ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), na disputa presidencial como candidato a vice-presidente.[26]
No pleito da campanha presidencial de 2018, Alvaro Dias defendeu o pacto social para refundar a República, aumento de investimentos nos setores de educação, foi favorável à reforma tributária e politica do país.[27]
Ideologia
Segundo a Presidente do partido, Renata Abreu, o Podemos não é de esquerda e nem de direita, mas para a frente, com mais democracia para juntos decidir o futuro do país.[3] Na análise clássica das ciências políticas, se define como centro, tanto com propostas liberais na economia, como de distribuição e renda, quando o assunto é o desenvolvimento social.
O partido defende mais mecanismos de democracia direta no Brasil,[28] seja através de Plebiscitos, Referendos, a exemplo da PEC 330/2017, de autoria de Renata Abreu, presidente do partido, que propõe que a cada eleição o povo possa votar em mais do que candidatos, mas também em temas importantes de interesse da maioria,[29] Veto popular, como defende a PEC 331/2017, também da deputada federal Renata Abreu, para incluir na constituição o direito do povo de vetar leis já aprovadas[30] ou Direito de Revogação, conforme propõem os projetos de Alvaro Dias (PEC 37/2016),[31] candidato à presidência da República pelo partido, e de Renata Abreu (PEC 332/2017),[32] para que o cidadão possa participar das tomadas de decisões, fazendo valer seu direito de participar diretamente de todo o processo democrático.[28]
A presidente do partido, Renata Abreu, é autora da PEC 185/2015, que propõe o acesso à internet como um direito de todo o cidadão brasileiro.[33]
A bancada do partido na presente legislatura tem a seguinte composição por unidade federativa:
Deputados | AC | AL | AM | AP | BA | CE | DF | ES | GO | MA | MG | MS | MT | PA | PB | PE | PI | PR | RJ | RN | RO | RR | RS | SC | SE | SP | TO |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
10 | 0 | 0 | 0 | 0 | 1 | 0 | 0 | 0 | 1 | 0 | 1 | 0 | 1 | 0 | 0 | 1 | 0 | 1 | 0 | 0 | 1 | 0 | 0 | 0 | 0 | 3 | 0 |
Senadores | AC | AL | AM | AP | BA | CE | DF | ES | GO | MA | MG | MS | MT | PA | PB | PE | PI | PR | RJ | RN | RO | RR | RS | SC | SE | SP | TO |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
10 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 1 | 1 | 2 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 1 | 2 | 1 | 1 | 0 | 0 | 1 | 0 | 0 | 0 | 0 |
Participação e desempenho eleitorais
Participação do partido nas eleições presidenciais
Ano | Imagem | Candidato a Presidente | Candidato a Vice-Presidente | Coligação de Partidos | Votos | % | Colocação |
---|---|---|---|---|---|---|---|
1998 | Thereza Ruiz (PTN) | Eduardo Gomes (PTN) | sem coligação | 166 138 | 0,25 | 10.º | |
2010 | Dilma Rousseff (PT) | Michel Temer (PMDB) | PT, PMDB, PR, PSB, PDT, PCdoB, PSC, PRB, PTC e PTN | 55 752 529 | 56,05 | 1.º | |
2014 | Aécio Neves (PSDB) | Aloysio Nunes
(PSDB) |
PSDB, PMN, SD, DEM, PEN, PTN, PTB, PTC e PTdoB | 51 036 040 | 48,36 | 2.º | |
2018 | Álvaro Dias (PODE) | Paulo Rabello de Castro (PSC) | PODE, PSC, PTC, PRP | 859.574 | 0,80% | 9.º |
Referências
- ↑ Tribunal Superior Eleitoral (TSE). «TSE - Partidos políticos registrados no TSE». Consultado em 7 de novembro de 2015
- ↑ a b c d e f g jul 2017 - 19h30, Vladimir Gonçalves 02 (30 de junho de 2017). «Novo partido Podemos usa estratégia internacional para se firmar». EXAME
- ↑ a b [ https://noticias.uol.com.br/politica/eleicoes/2016/noticias/2016/10/31/inspirado-em-espanhois-podemos-brasileiro-quer-surfar-em-queda-da-esquerda.htm Podemos faz parte de um Movimento Internacional ]
- ↑ https://podemos.org.br/jovem/
- ↑ «Estatísticas do eleitorado». Tribunal Superior Eleitoral. Consultado em 4 de setembro de 2020
- ↑ «Senadores em Exercício». Senado Federal. Consultado em 7 de fevereiro de 2020
- ↑ «Siglas de Maia, Bolsonaro e Dias se beneficiam de troca-troca partidário». Folha de S.Paulo. Consultado em 7 de fevereiro de 2020
- ↑ «Deputados estaduais 2010». UOL
- ↑ «Podemos». Tribunal Superior Eleitoral. Consultado em 18 de maio de 2017
- ↑ «TSE autoriza PTN a mudar nome para "Podemos"». 16 de maio de 2017
- ↑ Gerson Camarotti (21 de março de 2017). «Deputados articulam novo partido para a disputa de 2018»
- ↑ a b «PTN vai mudar de nome para Podemos, inspirado em Obama.». Folha de S. Paulo. 22 de novembro de 2016
- ↑ «Estatísticas do eleitorado – Eleitores filiados». Tribunal Superior Eleitoral. Consultado em 4 de setembro de 2020
- ↑ «Partidos políticos registrados no TSE». Arquivado do original em 17 de julho de 2007
- ↑ «TSE autoriza PTN a mudar nome para "Podemos"». 16 de maio de 2017
- ↑ «Em meio à crise política, partidos mudam de nome para atrair eleitor». R7. 15 de agosto de 2019
- ↑ 24/7, Brasil (27 de novembro de 2016). «Mudança de nome não deve estancar sangria no PTN». jornal
- ↑ «PTN, que já teve Jânio e Pitta, muda para Podemos, inspirado em Obama - 22/11/2016 - Poder - Folha de S.Paulo». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 27 de novembro de 2016
- ↑ «PTN muda de nome a passa a se chamar Podemos». Metrópoles. Consultado em 27 de novembro de 2016
- ↑ «PTN muda de nome e vira Podemos». Consultado em 27 de novembro de 2016
- ↑ Gadelha, Igor (18 de maio de 2017). «Com 13 deputados, PTN anuncia rompimento com governo Temer». Correio. Consultado em 18 de maio de 2017
- ↑ «Romário expulsa deputados do Podemos que votaram para salvar Picciani»
- ↑ «Novo ministro das Cidades é desfiliado do Podemos por aceitar ser ministro de Temer; PP será sua nova sigla». 20 de novembro de 2017
- ↑ «Podemos incorpora PHS e vira terceira maior bancada do Senado». O Globo. 21 de dezembro de 2018. Consultado em 22 de dezembro de 2018
- ↑ «Podemos confirma Alvaro Dias para disputa da Presidência; candidato defende 'refundar a República'». G1. 4 de agosto de 2018. Consultado em 30 de setembro de 2019
- ↑ «Alvaro Dias é oficializado candidato à Presidência pelo Podemos». Agencia EBC. 4 de agosto de 2018. Consultado em 30 de setembro de 2019
- ↑ «Alvaro Dias defende que é preciso um pacto social para refundar a república». Correio Braziliense. 6 de junho de 2018. Consultado em 30 de setembro de 2019
- ↑ a b «Novo partido de Alvaro Dias quer ouvir eleitores para tudo». Gazeta do Povo
- ↑ Renata Abreu propõe plebiscitos e referendos no país
- ↑ Renate Abreu propõe projeto que instituir o Veto Popular
- ↑ «Proposta de Emenda à Constituição n° 37, de 2016 - Pesquisas - Senado Federal». www25.senado.leg.br
- ↑ Projeto de Recall de Renata Abreu
- ↑ Projeto da deputada Renata Abreu
Ligações externas