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Protestos no Brasil em 7 de setembro de 2021: diferenças entre revisões

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*Policiais antifascistas
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*[[Governo Federal do Brasil|Governo]]
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*Grupos pró-governo
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*Parte dos policiais militares e civis<ref>{{citar web |url=https://veja.abril.com.br/brasil/bolsonaro-avanca-sobre-as-policias-e-conquista-adeptos-mostra-estudo/ |titulo=Bolsonaro avança sobre as polícias e conquista adeptos, mostra estudo |publicado=Veja |data=1 de setembro de 2021 |acessodata=7 de setembro de 2021}}</ref>{{fonte melhor}}
*Parte dos policiais militares e civis<ref>{{citar web |url=https://veja.abril.com.br/brasil/bolsonaro-avanca-sobre-as-policias-e-conquista-adeptos-mostra-estudo/ |titulo=Bolsonaro avança sobre as polícias e conquista adeptos, mostra estudo |publicado=Veja |data=1 de setembro de 2021 |acessodata=7 de setembro de 2021}}</ref>{{fonte melhor}}
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Revisão das 22h29min de 7 de setembro de 2021

Protestos do dia 7 de setembro de 2021
Local 160 cidades do território nacional (incluindo a capital Brasília) e 5 cidades fora do território nacional confirmaram atos contrários ao governo Bolsonaro.[carece de fonte melhor]
Objetivos Entre os dois lados:
Características Entre os dois lados:
  • Governistas: protestos nas ruas e promessa de invasão de prédios públicos
  • Oposição ao governo: protestos nas ruas
Participantes do protesto
Oposição[carece de fontes?]

Simpatizantes:

Governistas[carece de fontes?]

Os protestos no Brasil em 7 de setembro de 2021 foram protestos que ocorreram por todo o território nacional durante o feriado do dia da independência do país. Foram marcadas manifestações pelo lado governista e pela oposição.[2][3][4]

Anualmente no dia 7 de setembro as forças armadas do país fazem desfiles cívico-militares em diversas cidades espalhadas pelo país, durante este feriado os desfiles continuarão acontecendo, e as manifestações independentemente dos seus lados não têm aval das forças armadas, assim requisitando que os manifestantes não atrapalhem o desfile. O que é uma surpresa, tendo em vista que os governistas esperavam apoio vindo dos militares.[5]

Além das cidades dentro do território nacional outras cinco cidades fora do país confirmaram eventos contra o governo do presidente Jair Bolsonaro, são elas: Porto, Lisboa, Madrid, Frankfurt e Viena.

Antecedentes

Preocupações

Após discursos ameaçadores do presidente da república que garantiu que em 2022 apenas sairia da presidência "preso, morto ou vitorioso"[6] seus apoiadores começaram a ter cada vez mais discursos radicais. Em alguns destes discursos e convites para as manifestações do dia 7 de setembro, manifestantes prometeram "expulsar a China do território nacional"[7][8] e "tomar o Supremo Tribunal Federal".[9][10][11]

Após discursos ácidos, e diversas prisões para evitar ameaças a democracia, o Supremo Tribunal Federal (STF) ordenou reforço na segurança da casa no dia da manifestação.[12][13]

Imparcialidade policial

Outra preocupação que vem crescendo, é a imparcialidade da policia militar, que é um dos principais órgãos responsáveis pela organização e pacificação das manifestações. Com cada vez mais apoio ao governo Bolsonaro dentro dos quartéis, é preocupante uma possível situação de confronto entre manifestantes da oposição com policiais.[14] [15][16]

Já houveram casos em 2021 onde as polícias militares agiram com força desproporcional quando se tratava de manifestantes de oposição ao governo Bolsonaro, exemplos como o caso Daniel Campelo, um trabalhador que teve que passar por uma manifestação até então pacifica e foi acertado por uma bala de borracha no olho e logo após teve seu socorro negado pela polícia.[17] Outro exemplo foi de uma senhora detida pelo simples ato de bater uma panela durante uma "motociata" do governo Bolsonaro em Porto Alegre.[18]

Sobre policiais fazerem parte de manifestações através de uma greve, alguns governadores se posicionaram previamente, entre eles:[19][20][21]

Estado Governador Posicionamento
Acre Gladson Camelli Se posicionaram porém não deixaram claras as punições e investigações em caso de evasão de cargo
Amapá Waldez Goes
Mato Grosso Mauro Mendes
Pará Helder Barbalho
Minas Gerais Romeu Zema
Mato Grosso do Sul Reinaldo Azambuja
Pernambuco Paulo Câmara
Paraná Ratinho Junior
Rio de Janeiro Cláudio Castro
Santa Catarina Carlos Moisés
Alagoas Renan Filho Não se posicionaram
Ceará Camilo Santana
Goiás Ronaldo Caiado
Rio Grande do Norte Fatima Bezerra
Rondônia Marcos Rocha
Sergipe Belivaldo Chagas
Tocantins Mauro Carlesse
São Paulo João Doria Prometeram investigações e punições dentro dos códigos civis e militares
Bahia Rui Costa
Espírito Santo Renato Casagrande
Amazonas Wilson Lima
Maranhão Flávio Dino
Paraíba João Azevedo
Piauí Wellington Dias
Roraima Antônio Denarium
Distrito Federal Ibaneis Rocha Permitiram a participação de policiais de folga e sem fardamento em manifestações
Rio Grande do Sul Eduardo Leite

Outra preocupação é um possível aumento da violência policial e motins, tendo em vista que caso sejam proibidos de realizar manifestações, os policiais podem apoiar as manifestações através da violência contra um dos grupos.[22][23]

Preocupações internacionais

Alguns países reagiram com certa preocupação ao avanço do extremismo e a um possível choque entre dois lados políticos nas manifestações do dia 7, entre eles:

Estados Unidos

Os Estados Unidos por meio de sua embaixada no Brasil requisitou aos seus cidadãos em solo brasileiro, que evitem sair de casa durante o dia 7 de setembro e que caso seja necessário a saída de suas residências, que os cidadãos norte-americanos evitassem certos locais que seriam possíveis pontos de encontro para manifestantes de ambos os lados como a Avenida Paulista em São Paulo, a praia de Copacabana no Rio de Janeiro, Orla da Barra em Salvador e o Parque Farroupilha em Porto Alegre. Lugares estes que são utilizados pela oposição e por governistas para seus protestos em dias diferentes, o que pode causar complicação caso ocorra um encontro entre os grupos.[24][25]

A embaixada também recomendou a utilização de roupas "discretas" e a utilização de um aplicativo de emergência criado pelos Estados Unidos para cidadãos americanos que morem fora do país, assim permitindo a monitoração e a ajuda aos norte-americanos caso necessário em um possível conflito. A recomendação norte-americana assustou outros países sobre uma ameaça de conflitos civis no dia da manifestação.[26][27]

China

Outra grande interessada na manifestação é a China, que observa a situação do país com preocupação e fica ciente sobre possíveis depredações e tentativas de invasões a suas embaixadas no território brasileiro. Caso permitido pelo governo uma invasão ás embaixadas, as relações já instáveis com uma das maiores parceiras comerciais do país poderiam acabar com uma grande crise econômica e diplomática.[8][28][7][29]

Confrontos entre grupos

Com os grupos governistas prometendo confrontos a preocupação central é o encontro entre grupos de oposição e grupos governistas. Com os grupos governistas com um discurso cada dia mais agressivo porem perdendo apoiadores[30], e com os grupos de oposição cada dia com mais simpatizantes[31], o confronto entre os grupos poderia causar um caos generalizado.[32]

Em algumas cidades, os manifestantes ficarão separados por uma curta distância de 3 quilômetros de distancia.[7] Em outros casos, a presença do presidente da república pode gerar certos tumultos.[33] E em casos como a cidade de Porto Alegre, onde originalmente ambos grupos de oposição e governistas pretendiam utilizar o mesmo local para suas manifestações, o local em questão era o parque da redenção. Em São Paulo, a Avenida Paulista ficou reservada aos manifestantes da direita, enquanto a esquerda ocupou o Vale do Anhangabaú.[34]

Motivos e objetivos

Lado governista

O lado governista, apoiador do governo do Jair Messias Bolsonaro, prepara manifestações para reinvindicação das seguintes pautas:

  • Os manifestantes têm a intenção de demonstrar seu apoio ao governo federal e a reeleição do então presidente Bolsonaro;
  • Os manifestantes requerem o voto eletrônico auditável para a eleição de 2022;[35]
  • Alguns manifestantes também pedem a saída da embaixada da China do território nacional, afirmando uma "ameaça comunista";[29]
  • Alguns manifestantes pedem o fechamento do Supremo Tribunal Federal, assim facilitando um possível golpe de estado oriundo do atual presidente;[10]
  • Alguns manifestantes pedem o impeachment do ministro Alexandre de Moraes e do presidente do TSE Luís Roberto Barroso.[8]

Oposição

A oposição começou a se arquitetar após as ameaças de um protesto violento por parte do lado governista, e em pouco tempo, conseguiu forte apoio por todo território nacional, as pautas para reinvindicação são as seguintes:[2]

  • Abertura do processo de impeachment do então presidente Jair Bolsonaro;
  • Apoio à CPI da COVID-19;
  • Apoio às instituições federais e ao Supremo Tribunal Federal;
  • A garantia da eleição 2022 mantendo os votos eletrônicos;

Tentativa de invasão a Praça dos Três Poderes

Na noite de 6 de setembro de 2021, manifestantes pró-Bolsonaro tentaram invadir a área bloqueada pela Polícia Militar na Praça dos Três Poderes em Brasília. As forças de segurança reagiram e os dispersaram com bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta. [36] [37] O deputado federal Eduardo Bolsonaro foi flagrado neste dia junto a tentativa de invasão. [38]

Ligações externas

Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
Wikinotícias Notícias no Wikinotícias
Wikidata Base de dados no Wikidata

Referências

  1. «Bolsonaro avança sobre as polícias e conquista adeptos, mostra estudo». Veja. 1 de setembro de 2021. Consultado em 7 de setembro de 2021 
  2. a b «Fora Bolsonaro: pelo menos 160 cidades terão atos em 7 de setembro. Confira». Rede Brasil Atual. 3 de setembro de 2021. Consultado em 4 de setembro de 2021 
  3. Povo, O. «Manifestação de 7 de setembro pró-Bolsonaro: últimas notícias de hoje, 2». O POVO. Consultado em 4 de setembro de 2021 
  4. «Em Brasília, grupos pró e contra Bolsonaro estarão separados por apenas 3 km». Jornal de Brasília. 3 de setembro de 2021. Consultado em 4 de setembro de 2021 
  5. Fernandes ', 'Augusto (2 de setembro de 2021). «7 de setembro: manifestações não contam com aval das Forças Armadas». Política. Consultado em 4 de setembro de 2021 
  6. Portugal, Rádio e Televisão de. «"Preso, morto, ou vitorioso". As alternativas de futuro de Bolsonaro». "Preso, morto, ou vitorioso". As alternativas de futuro de Bolsonaro. Consultado em 4 de setembro de 2021 
  7. a b c Attuch, Leonardo (22 de agosto de 2021). «Ex-funcionário de Damares ameaça invadir a embaixada da China, no 7 de setembro (vídeo)». Brasil 247. Consultado em 4 de setembro de 2021 
  8. a b c «Milícias bolsonaristas falam em invadir embaixada da China no 7 de setembro». Revista Fórum. 16 de agosto de 2021. Consultado em 4 de setembro de 2021 
  9. «Bolsonaro volta a atacar TSE e diz que seu futuro é "preso, morto ou vitorioso"». Congresso em Foco. 28 de agosto de 2021. Consultado em 4 de setembro de 2021 
  10. a b Minas, Estado de; Minas, Estado de (3 de setembro de 2021). «'Vamos invadir o STF': veja o que diz Wellington Macedo, preso por Moraes». Estado de Minas. Consultado em 4 de setembro de 2021 
  11. «Sérgio Reis, que ameaçou invadir o STF, é internado em SP». Revista Fórum. 26 de agosto de 2021. Consultado em 4 de setembro de 2021 
  12. «STF reforça segurança para o 7 de Setembro». Valor Econômico. Consultado em 4 de setembro de 2021 
  13. «STF se prepara para risco de ataques ao prédio e 'todos os cenários possíveis' no 7 de setembro». BBC News Brasil. Consultado em 4 de setembro de 2021 
  14. «Bolsonaro avança sobre as polícias e conquista adeptos, mostra estudo». VEJA. Consultado em 4 de setembro de 2021 
  15. «Bolsonaro diz que impedir presença de policiais no 7 de setembro visa esvaziar movimento». Terra. Consultado em 4 de setembro de 2021 
  16. Povo, Gazeta do. «Manifestações sete de setembro: policiais e o apoio a Bolsonaro». Gazeta do Povo. Consultado em 4 de setembro de 2021 
  17. «Em Recife, homem fica cego de olho após ser atingido por bala de borracha». Revista Cenarium. 29 de maio de 2021. Consultado em 4 de setembro de 2021 
  18. Minas, Estado de; Minas, Estado de (10 de julho de 2021). «Mulher e presa por bater panela em protesto contra motociata de Bolsonaro». Estado de Minas. Consultado em 4 de setembro de 2021 
  19. «Oito estados e o DF devem punir policiais que participarem de atos no Sete de Setembro». Congresso em Foco. 4 de setembro de 2021. Consultado em 5 de setembro de 2021 
  20. «Os policiais que participarem do Sete de Setembro podem ser demitidos, diz governador Renan Filho». ISTOÉ Independente. 3 de setembro de 2021. Consultado em 5 de setembro de 2021 
  21. «Oito estados prometem punir PMs por adesão a atos no 7 de Setembro». Metrópoles. 4 de setembro de 2021. Consultado em 5 de setembro de 2021 
  22. «Com risco de motim, corregedoria vai tentar impedir presença ilegal de PMs em ato pró-Bolsonaro». Brasil de Fato. Consultado em 5 de setembro de 2021 
  23. «Motim capixaba aproximou PMs de bolsonarismo - Política». Estadão. Consultado em 5 de setembro de 2021 
  24. «Embaixada dos EUA recomenda distância das manifestações de 7 de setembro». Poder360. 3 de setembro de 2021. Consultado em 4 de setembro de 2021 
  25. «Embaixada dos EUA alerta americanos sobre risco de confrontos em 7 de Setembro». CNN Brasil. Consultado em 4 de setembro de 2021 
  26. «Embaixada dos EUA faz alerta de risco sobre 7 de setembro para cidadãos americanos». Valor Econômico. Consultado em 4 de setembro de 2021 
  27. EMBAIXADA DOS EUA ALERTA PARA RISCOS DO 7 DE SETEMBRO, consultado em 4 de setembro de 2021 
  28. «Embaixada da China em Brasília recebe reforço policial para o 7 de Setembro». Metrópoles. 3 de setembro de 2021. Consultado em 4 de setembro de 2021 
  29. a b «Manifestantes planejam acampar na frente da embaixada da China em 7 de setembro e falam em expulsar Yang Wanming». Revista Sociedade Militar. 16 de agosto de 2021. Consultado em 4 de setembro de 2021 
  30. «Bolsonaro busca fôlego após perder apoios; entenda os atos do 7 de Setembro e suas consequências». Folha de S.Paulo. 31 de agosto de 2021. Consultado em 4 de setembro de 2021 
  31. «Protestos da oposição mostram que Bolsonaro não domina mais as ruas, dizem pesquisadores». BBC News Brasil. Consultado em 4 de setembro de 2021 
  32. ', 'Augusto Fernandes (2 de setembro de 2021). «Lira: Bolsonaro é o único a perder se houver tumulto na manifestação». Política. Consultado em 4 de setembro de 2021 
  33. Fernandes ', 'Jorge Vasconcellos, Ingrid Soares, Augusto (2 de setembro de 2021). «7 de setembro: Brasília e São Paulo vão receber caravanas contra e a favor de Bolsonaro». Política. Consultado em 4 de setembro de 2021 
  34. Malinoski, André. «Grito dos Excluídos vai fazer marcha em Porto Alegre no dia 7 de Setembro». Correio do Povo. Consultado em 4 de setembro de 2021 
  35. «Bia Kicis diz ter PEC pronta para acabar com o poder do TSE de legislar». Poder360. 3 de setembro de 2021. Consultado em 4 de setembro de 2021 
  36. https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/09/07/7-de-setembro-tem-protestos-a-favor-e-contra-o-governo-bolsonaro.ghtml
  37. https://www.oantagonista.com/videos/bolsonaristas-forcam-liberacao-da-esplanada-na-noite-anterior-ao-7-de-setembro/
  38. https://www.oantagonista.com/brasil/bolsonaristas-avancam-em-direcao-ao-congresso-eduardo-bolsonaro-se-mistura-ao-grupo/