Papa Leão VIII: diferenças entre revisões

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Papa da Igreja Cristã Romana ([[963]]-[[964]]) nascido em [[Roma]], eleito como um antipapa por Oton I, depois de várias disputas com o predecessor [[João XII]] e com seu sucessor [[Bento V]]. Era leigo, ao ser escolhido em [[6 de dezembro]] ([[963]]). Seu papado se deu numa época em que o novo imperador alemão estava ansioso para se apoderar da [[Itália]] e do papado. Em [[Roma]], o papa de número 132, [[João XII]], aceitou uma aliança com o imperador Oto I em que no futuro nenhum papa seria consagrado sem a presença dos enviados do imperador..Porém quando Oto saiu da cidade, João uniu-se aos nacionalistas feudais, para expulsar os alemães da [[Itália]]. O imperador, revoltado, retornou a [[Roma]] e depôs do trono o [[papa João XII]], sob a acusação de vários crimes e colocou seu sucessor no trono de São Pedro (963) governando como um antipapa, pois o legítimo [[papa João XII]] ([[955]]-[[963]]), apesar do mau caráter, ainda estava vivo. Também não caiu nas graças dos romanos por ter servido de instrumento aos interesses do imperador germânico. Na realidade tanto ele como seu antecessor foram papas legitimados pelas circunstâncias. Realmente este [[antipapa]] mostrou-se reconhecido ao imperador. Por exemplo, por decreto promulgado em concílio, concedeu-lhe e a seus sucessores, o direito de nomear o [[papa]], bispos e arcebispos, punindo com a excomunhão quem se opusesse a esse decreto. Em outra medida, proibiu aos leigos de entrarem no presbitério durante as funções solenes. Com a súbita morte de João, este poderoso antipapa governou a [[Igreja]] ainda mais um ano, totalizando dois anos de pontificado, até ser deposto por forças franco-suíças leais ao legítimo papa e os italianos elegeram [[Bento V]] ([[964]]), homem virtuoso e de reconhecida capacidade para o cargo. O imperador voltou a [[Roma]], invadiu a cidade, mandou [[Bento V]] para o exílio e recolocou sua criatura no trono, mas ele morreu logo depois. O imperador reconheceu a autoridade pontifícia de [[Bento V]], sob pressão dos francos e romanos, porém o restante do pontificado deste não duraria mais que poucos dias. O imperador, com base no decreto forçado de [[João XII]], colocou no trono [[João XIII]] ([[965]]-[[972]]).
Papa da Igreja Cristã Romana ([[963]]-[[964]]) nascido em [[Roma]], eleito como um antipapa por Oton I, depois de várias disputas com o predecessor [[João XII]] e com seu sucessor [[Bento V]]. Era leigo, ao ser escolhido em [[6 de dezembro]] ([[963]]). Seu papado se deu numa época em que o novo imperador alemão estava ansioso para se apoderar da [[Itália]] e do papado. Em [[Roma]], o papa de número 132, [[João XII]], aceitou uma aliança com o imperador Oto I em que no futuro nenhum papa seria consagrado sem a presença dos enviados do imperador..Porém quando Oto saiu da cidade, João uniu-se aos nacionalistas feudais, para expulsar os alemães da [[Itália]]. O imperador, revoltado, retornou a [[Roma]] e depôs do trono o [[papa João XII]], sob a acusação de vários crimes e colocou seu sucessor no trono de São Pedro (963) governando como um antipapa, pois o legítimo [[papa João XII]] ([[955]]-[[963]]), apesar do mau caráter, ainda estava vivo. Também não caiu nas graças dos romanos por ter servido de instrumento aos interesses do imperador germânico. Na realidade tanto ele como seu antecessor foram papas legitimados pelas circunstâncias. Realmente este [[antipapa]] mostrou-se reconhecido ao imperador. Por exemplo, por decreto promulgado em concílio, concedeu-lhe e a seus sucessores, o direito de nomear o [[papa]], bispos e arcebispos, punindo com a excomunhão quem se opusesse a esse decreto. Em outra medida, proibiu aos leigos de entrarem no presbitério durante as funções solenes. Com a súbita morte de João, este poderoso antipapa governou a [[Igreja]] ainda mais um ano, totalizando dois anos de pontificado, até ser deposto por forças franco-suíças leais ao legítimo papa e os italianos elegeram [[Bento V]] ([[964]]), homem virtuoso e de reconhecida capacidade para o cargo. O imperador voltou a [[Roma]], invadiu a cidade, mandou [[Bento V]] para o exílio e recolocou sua criatura no trono, mas ele morreu logo depois. O imperador reconheceu a autoridade pontifícia de [[Bento V]], sob pressão dos francos e romanos, porém o restante do pontificado deste não duraria mais que poucos dias. O imperador, com base no decreto forçado de [[João XII]], colocou no trono [[João XIII]] ([[965]]-[[972]]).

A legitimidade do seu pontificado é questionada
A legitimidade do seu pontificado é questionada.


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Revisão das 19h05min de 23 de novembro de 2009

Leão VIII
Leo VIII.jpg
Atividade eclesiástica
Fim do pontificado 1 de Março de 965
Predecessor João XII
Sucessor Bento V
Ordenação e nomeação
Dados pessoais
Categoria:Igreja Católica
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo
Lista de papas

Papa da Igreja Cristã Romana (963-964) nascido em Roma, eleito como um antipapa por Oton I, depois de várias disputas com o predecessor João XII e com seu sucessor Bento V. Era leigo, ao ser escolhido em 6 de dezembro (963). Seu papado se deu numa época em que o novo imperador alemão estava ansioso para se apoderar da Itália e do papado. Em Roma, o papa de número 132, João XII, aceitou uma aliança com o imperador Oto I em que no futuro nenhum papa seria consagrado sem a presença dos enviados do imperador..Porém quando Oto saiu da cidade, João uniu-se aos nacionalistas feudais, para expulsar os alemães da Itália. O imperador, revoltado, retornou a Roma e depôs do trono o papa João XII, sob a acusação de vários crimes e colocou seu sucessor no trono de São Pedro (963) governando como um antipapa, pois o legítimo papa João XII (955-963), apesar do mau caráter, ainda estava vivo. Também não caiu nas graças dos romanos por ter servido de instrumento aos interesses do imperador germânico. Na realidade tanto ele como seu antecessor foram papas legitimados pelas circunstâncias. Realmente este antipapa mostrou-se reconhecido ao imperador. Por exemplo, por decreto promulgado em concílio, concedeu-lhe e a seus sucessores, o direito de nomear o papa, bispos e arcebispos, punindo com a excomunhão quem se opusesse a esse decreto. Em outra medida, proibiu aos leigos de entrarem no presbitério durante as funções solenes. Com a súbita morte de João, este poderoso antipapa governou a Igreja ainda mais um ano, totalizando dois anos de pontificado, até ser deposto por forças franco-suíças leais ao legítimo papa e os italianos elegeram Bento V (964), homem virtuoso e de reconhecida capacidade para o cargo. O imperador voltou a Roma, invadiu a cidade, mandou Bento V para o exílio e recolocou sua criatura no trono, mas ele morreu logo depois. O imperador reconheceu a autoridade pontifícia de Bento V, sob pressão dos francos e romanos, porém o restante do pontificado deste não duraria mais que poucos dias. O imperador, com base no decreto forçado de João XII, colocou no trono João XIII (965-972).

A legitimidade do seu pontificado é questionada.


Precedido por
João XII

Papa

132.º
Sucedido por
Bento V


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