Cannabis (psicotrópico): diferenças entre revisões

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Um estudo publicado na publicação sul-africana ''Journal of Science'', indicou que "cachimbos desenterrados do jardim da casa de [[Shakespeare]], em [[Stratford-upon-Avon]], contém vestígios de ''cannabis''".<ref name='Shakespeare-BBC-2001'>{{cite news |title=Bard 'used drugs for inspiration' |date=1 de março de 2001 |publisher=BBC News |url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/entertainment/1195939.stm |accessdate=23 de julho de 2013}}</ref> A análise química foi realizada depois que os pesquisadores cogitaram a hipótese de que a "notável erva", mencionada no [[Sonetos de Shakespeare|Soneto 76]], e a "viagem na minha cabeça", do [[Sonetos de Shakespeare|Soneto 27]], poderiam ser referências à maconha e ao seu uso.<ref name='Shakespeare-CNN-2001'>{{cite news |title=Drugs clue to Shakespeare's genius |date=1 de março de 2001 |publisher=[[Turner Broadcasting System]] |url=http://edition.cnn.com/2001/WORLD/europe/UK/03/01/shakespeare.cannabis/ |work=[[CNN]] |accessdate=2009-08-07}}</ref> Exemplos de literatura clássica que caracteriza ''cannabis'' incluem ''[[Les paradis artificiels]]'', de [[Charles Baudelaire]], e ''O Comedor de Haxixe'', de Fitz Hugh Ludlow.<ref>{{citar web |url=http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0047-20852011000200006&script=sci_arttext |título=Neurobiologia da Cannabis: do sistema endocanabinoide aos transtornos por uso de Cannabis |editor=Jornal Brasileiro de Psiquiatria |data=2011 |acessodata=30 de julho de 2013}}</ref>
Um estudo publicado na publicação sul-africana ''Journal of Science'', indicou que "cachimbos desenterrados do jardim da casa de [[Shakespeare]], em [[Stratford-upon-Avon]], contém vestígios de ''cannabis''".<ref name='Shakespeare-BBC-2001'>{{cite news |title=Bard 'used drugs for inspiration' |date=1 de março de 2001 |publisher=BBC News |url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/entertainment/1195939.stm |accessdate=23 de julho de 2013}}</ref> A análise química foi realizada depois que os pesquisadores cogitaram a hipótese de que a "notável erva", mencionada no [[Sonetos de Shakespeare|Soneto 76]], e a "viagem na minha cabeça", do [[Sonetos de Shakespeare|Soneto 27]], poderiam ser referências à maconha e ao seu uso.<ref name='Shakespeare-CNN-2001'>{{cite news |title=Drugs clue to Shakespeare's genius |date=1 de março de 2001 |publisher=[[Turner Broadcasting System]] |url=http://edition.cnn.com/2001/WORLD/europe/UK/03/01/shakespeare.cannabis/ |work=[[CNN]] |accessdate=2009-08-07}}</ref> Exemplos de literatura clássica que caracteriza ''cannabis'' incluem ''[[Les paradis artificiels]]'', de [[Charles Baudelaire]], e ''O Comedor de Haxixe'', de Fitz Hugh Ludlow.<ref>{{citar web |url=http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0047-20852011000200006&script=sci_arttext |título=Neurobiologia da Cannabis: do sistema endocanabinoide aos transtornos por uso de Cannabis |editor=Jornal Brasileiro de Psiquiatria |data=2011 |acessodata=30 de julho de 2013}}</ref>


[[Ficheiro:Drug bottle containing cannbis.jpg|thumb|upright|Fluido de extrato de ''[[cannabis indica]]'' (Sindicato dos Droguistas Americanos, pré-1937).]]
[[Ficheiro:Drug bottle containing cannbis.jpg|thumb|120px|Fluido de extrato de ''[[cannabis indica]]'' (Sindicato dos Droguistas Americanos, pré-1937).]]


John Gregory Bourke, um capitão do [[Exército dos Estados Unidos]], descreveu o uso de "''mariguan''", que ele identifica como ''[[cannabis indica]]'' ou cânhamo indiano, por residentes mexicanos da região do [[Rio Grande (América do Norte)|Rio Grande]], no [[Texas]], em 1894. Ele descreveu o uso da planta para o tratamento de [[asma]], para afastar bruxas e como um filtro amoroso. Ele também escreveu que muitos mexicanos acrescentavam a erva em seus ''cigarritos'' ou mescal, muitas vezes comendo um pouco de açúcar depois, para intensificar o efeito. Bourke escreveu isso porque muitas vezes a maconha era utilizada em uma mistura com [[Datura inoxia|toloachi]] (que ele erroneamente descreve como ''[[Datura stramonium]]''). Bourke compara a ''mariguan'' ao [[haxixe]], que ele chamou de "uma das maiores maldições do Oriente", citando relatos de usuários que "se tornam maníacos e estavam aptos a cometer todos os tipos de atos de violência e assassinato", causando a degeneração do corpo e uma aparência de idiótica e mencionou leis contra a venda de haxixe "na maioria dos países do Oriente".<ref>{{cite journal|url=http://books.google.com/books?id=KQMpAAAAYAAJ&pg=PA138|title=Popular medicine, customs, and superstitions of the Rio Grande|author=John G. Bourke|date=1984-01-05|journal=Journal of American folklore|volume=7-8|page=138}}</ref><ref>{{cite web |url=http://ids.si.edu/ids/deliveryService?max=800&id=http://collections.si.edu/search/results.htm?q=record_ID:nmnhanthropology_8342891|title=(Record of "marijuan" sample submitted by Bourke to the National Museum, 1892)}}</ref>
John Gregory Bourke, um capitão do [[Exército dos Estados Unidos]], descreveu o uso de "''mariguan''", que ele identifica como ''[[cannabis indica]]'' ou cânhamo indiano, por residentes mexicanos da região do [[Rio Grande (América do Norte)|Rio Grande]], no [[Texas]], em 1894. Ele descreveu o uso da planta para o tratamento de [[asma]], para afastar bruxas e como um filtro amoroso. Ele também escreveu que muitos mexicanos acrescentavam a erva em seus ''cigarritos'' ou mescal, muitas vezes comendo um pouco de açúcar depois, para intensificar o efeito. Bourke escreveu isso porque muitas vezes a maconha era utilizada em uma mistura com [[Datura inoxia|toloachi]] (que ele erroneamente descreve como ''[[Datura stramonium]]''). Bourke compara a ''mariguan'' ao [[haxixe]], que ele chamou de "uma das maiores maldições do Oriente", citando relatos de usuários que "se tornam maníacos e estavam aptos a cometer todos os tipos de atos de violência e assassinato", causando a degeneração do corpo e uma aparência de idiótica e mencionou leis contra a venda de haxixe "na maioria dos países do Oriente".<ref>{{cite journal|url=http://books.google.com/books?id=KQMpAAAAYAAJ&pg=PA138|title=Popular medicine, customs, and superstitions of the Rio Grande|author=John G. Bourke|date=1984-01-05|journal=Journal of American folklore|volume=7-8|page=138}}</ref><ref>{{cite web |url=http://ids.si.edu/ids/deliveryService?max=800&id=http://collections.si.edu/search/results.htm?q=record_ID:nmnhanthropology_8342891|title=(Record of "marijuan" sample submitted by Bourke to the National Museum, 1892)}}</ref>
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[[Ficheiro:Efeitos corporais provocados pelo Cannabis.png|thumb|250px|Ilustração dos principais efeitos causados pelo uso da canábis.]]
[[Ficheiro:Efeitos corporais provocados pelo Cannabis.png|thumb|250px|Ilustração dos principais efeitos causados pelo uso da canábis.]]


A maconha causa alguns efeitos psicoativos e fisiológicos quando é consumida.<ref name="OnaiviSugiura2005">{{cite book|author1=Emmanuel S Onaivi|author2=Takayuki Sugiura|author3=Vincenzo Di Marzo|title=Endocannabinoids: The Brain and Body's Marijuana and Beyond|url=http://books.google.com/books?id=BxfLB4n3uoMC&pg=PA58|year=2005|publisher=Taylor & Francis|isbn=978-0-415-30008-7|page=58}}</ref> Entre os efeitos desejados imediatos do consumo de ''cannabis'' estão o relaxamento e a leve euforia, enquanto alguns efeitos colaterais indesejáveis imediatos incluem uma diminuição passageira na memória de curto prazo, boca seca, habilidades motora levemente debilitadas e vermelhidão dos olhos.<ref name="HallPacula2003ew">{{cite book|author1=Wayne Hall|author2=Rosalie Liccardo Pacula|title=Cannabis Use and Dependence: Public Health and Public Policy|url=http://books.google.com/books?id=BsRGRMkZD1wC&pg=PA38|year=2003|publisher=Cambridge University Press|isbn=978-0-521-80024-2|page=38}}</ref> Além de uma subjetiva mudança na percepção e, sobretudo, no humor, os efeitos físicos e neurológicos de curto prazo mais comuns incluem aumento da frequência cardíaca, aumento do apetite, diminuição da memória de curto prazo e da [[memória de trabalho]],<ref name="Mathre1997">{{cite book|author=Mary Lynn Mathre|coauthors=International Cannabis Alliance of Researchers and Educators|title=Cannabis in Medical Practice: A Legal, Historical, and Pharmacological Overview of the Therapeutic Use of Marijuana|url=http://books.google.com/books?id=1AWGDhIOvk0C&pg=PA144|date=1997|publisher=University of Virginia Medical Center|isbn=978-0-7864-8390-7|pages=144–}}</ref><ref name=memoryhindered>{{cite journal |author1=Riedel, G. |author2=Davies, S.N. |title=Cannabinoid function in learning, memory and plasticity |journal=Handb Exp Pharmacol |year=2005 |volume=168 |page=446 |pmid=16596784 |url=http://link.springer.com/chapter/10.1007/3-540-26573-2_15 |doi=10.1007/3-540-26573-2_15 |series=Handbook of Experimental Pharmacology |isbn=3-540-22565-X}}</ref> da [[coordenação psicomotora]] e da concentração. Efeitos a longo prazo são menos óbvios.<ref name="Jacquette2011g">{{cite book|author=Dale Jacquette|title=Cannabis - Philosophy for Everyone: What Were We Just Talking About|url=http://books.google.com/books?id=lwQTdbbJOH0C&pg=PA151|year=2011|publisher=John Wiley & Sons|isbn=978-1-4443-4139-3|page=151}}</ref> Nos seres humanos, além de danos respiratórios quando fumada,<ref name="Roomq">{{cite book|author1=Robin Room, PhD|author2=Benedikt Fischer, PhD|author3=Wayne Hall, PhD|coauthors=Simon Lenton, PhD, MPsych(clin)|title=Cannabis Policy: Moving Beyond Stalemate|url=http://books.google.com/books?id=4vSA4F2Qb3QC&pg=PA27|accessdate=15 de julho de 2013|year=2010|publisher=Oxford University Press|isbn=978-0-19-958148-1|page=27}}</ref> poucos efeitos nocivos sobre a saúde foram documentados pelo uso crônico de ''cannabis''.<ref name="RoffmanStephens2006x">{{cite book|author1=Roger Roffman|author2=Robert S. Stephens|title=Cannabis Dependence: Its Nature, Consequences and Treatment|url=http://books.google.com/books?id=FGxfaap_5tYC&pg=PA106|date=2006|publisher=Cambridge University Press|isbn=978-1-139-44955-7|pages=106–110}}</ref><ref>{{Cite journal |url=http://www.pbs.org/wgbh/pages/frontline/shows/dope/body/mortality.html |title=Marijuana use and mortality |publisher=PBS |date=1996}}</ref>
A canábis produz efeitos psicoativos e fisiológicos quando consumida. A quantidade mínima de THC para poder notar-se um efeito perceptível é de cerca de 10 microgramas por quilo de peso corporal.<ref name="The Tolerance Factor">{{cite web | url = http://www.marijuanalibrary.org/brain2.txt | title = Marijuana and the Brain, Part II: The Tolerance Factor}}</ref> Para além de uma mudança na percepção subjetiva, as mais comuns de curto prazo são efeitos físicos e neurológicos, que incluem aumento da freqüência cardíaca, diminuição da pressão do sangue, diminuição da coordenação psicomotora, e perda de memória.<ref name=memoryhindered>{{cite journal |author=Riedel G, Davies SN |title=Cannabinoid function in learning, memory and plasticity |journal=Handb Exp Pharmacol |volume= |issue=168 |pages=445–77 |year=2005 |pmid=16596784 |doi= |url=http://www.springerlink.com/openurl.asp?genre=chapter&issn=0171-2004&volume=&page=445}}</ref> Efeitos a longo prazo são menos claros.<ref>{{Citar web |url=http://www.sciencedirect.com/science?_ob=ArticleURL&_udi=B6W7F-4F2V4WS-1&_user=10&_rdoc=1&_fmt=&_orig=search&_sort=d&view=c&_acct=C000050221&_version=1&_urlVersion=0&_userid=10&md5=b92fd07057e46eea44d2a4ef5d33d744 |título=Long-term effects of exposure to cannabis |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://www.sciencedirect.com/science?_ob=ArticleURL&_udi=B6TBR-4CY0JSM-2&_user=10&_rdoc=1&_fmt=&_orig=search&_sort=d&view=c&_acct=C000050221&_version=1&_urlVersion=0&_userid=10&md5=95a842fef02272cc8b862ad11cc89cb8 |título=Adverse effects of cannabis on health: an update of the literature since 1996 |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref> Embora muitos fármacos claramente a inserem na categoria de qualquer estimulante, sedativo, alucinógeno, ou antipsicótica, a canábis contém tanto [[THC]] e [[canabidiol]] (CBD), os quais fazem parte da propriedade dos [[alucinógeno]]s e principalmente [[estimulante]]s. Alguns estudos sugerem outros canabinóides, especialmente CDB, encontrado na planta Cannabis que altera a psicoativadade do THC e efeitos estimulantes.<ref name="mckim">{{cite book | author=McKim, William A | title=Drugs and Behavior: An Introduction to Behavioral Pharmacology (5th Edition)| publisher=Prentice Hall| year=2002| isbn=0-13-048118-1| page=400 }}</ref><ref name="nida">{{cite web | title=Information on Drugs of Abuse | work=Commonly Abused Drug Chart | url=http://www.nida.nih.gov/DrugPages/DrugsofAbuse.html | dateformat=mdy | accessdate=15-7-2007 }}</ref><ref name="Stafford">{{cite book | author=Stafford, Peter | title=Psychedelics Encyclopedia| year=1992 | isbn=0914171518 | publisher=Ronin Publishing, Inc | location=Berkeley, CA }}</ref>


Dr. Jack E. Henningfield, do National Institute on Drug Abuse (NIDA), classificou a dependência relativa de seis substâncias diferentes (maconha, [[cafeína]], [[cocaína]], [[álcool]], [[heroína]] e [[nicotina]]). A maconha foi considerada a menos viciante, sendo a cafeína a segunda menos viciante. A nicotina foi classificada como a mais viciante entre as substâncias avaliadas.<ref>{{cite web |url=http://www.tfy.drugsense.org/tfy/addictvn.htm |title=Relative Addictiveness of Drugs |work=The New York Times |publisher=Tfy.drugsense.org |date=2 de agosto de 1994 |accessdate=3 de janeiro de 2013}}</ref>
Alguns estudos associam o uso prolongado da ''Cannabis'' com o desenvolvimento de cânceres pois sua fumaça possui de 50% a 70% a mais de hidrocarbonos [[Câncer (tumor)|cancerígenos]] que o tabaco. Os cânceres mais citados em estudos são os que afetam o [[sistema respiratório|respiratório]]<ref>{{citar web | titulo=Maconha causa mais câncer que o tabaco, diz estudo | url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u368157.shtml | publicado=[[Folha Online]] | data=30 de janeiro de 2008 |acessodata=14-2-2009 }}</ref> e o [[sistema reprodutor]].<ref>{{citar web | titulo=Estudo liga uso de maconha a câncer de testículo | url=http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mat/2009/02/09/estudo-liga-uso-de-maconha-cancer-de-testiculo-754323206.asp | publicado=[[O Globo]] | data=9 de fevereiro de 2009 |acessodata=14-2-2009 }}</ref>


=== Classificação psicoativa ===
;Diferença de velocidades de absorção
Embora muitas drogas psicoativas entram claramente na categoria de qualquer estimulante, sedativo ou alucinógeno, a ''cannabis'' apresenta uma mistura de todas essas propriedades, talvez inclinando-se mais para propriedades alucinógenas ou psicodélicas, embora com outros efeitos bastante pronunciados também. O [[THC]] é tipicamente considerado o principal componente ativo da planta ''cannabis''; vários estudos científicos têm sugerido que certos outros [[canabinóides]], como o CDB, também podem desempenhar um papel significativo nos seus efeitos psicoactivos.<ref>{{cite book |author=Stafford, Peter |title=Psychedelics Encyclopedia |year=1992 |isbn=0-914171-51-8 |publisher=Ronin Publishing, Inc |location=Berkeley, California, United States}}</ref><ref>{{cite book |author=McKim, William A |title=Drugs and Behavior: An Introduction to Behavioral Pharmacology |publisher=Prentice Hall |year=2002 |edition=5 |isbn=0-13-048118-1 |page=400}}</ref><ref>{{cite web |title=Information on Drugs of Abuse |work=Commonly Abused Drug Chart |url=http://www.nida.nih.gov/DrugPages/DrugsofAbuse.html |publisher=nih.gov}}</ref>
<center>
{| class="wikitable"
! Via
! Velocidade
! [[Biodisponibilidade]] (%)
! Início do efeito
! Pico de efeito
! Duração do efeito
|-
| [[Via oral|Oral]]
| Irregular e lenta
| <center>6</center>
| 30-60 minutos
| 2,5 - 3,5 horas
| 4 - 6 horas
|-
| [[Pulmão|Pulmonar]] (fumada)
| Muito rápida
| <center>18</center>
| Alguns minutos
| 8 - 15 minutos
| 2 - 3 horas
|}
</center>

=== Efeitos nocivos ===
A [[Organização Mundial da Saúde]] (OMS) atesta que o uso da maconha comprovadamente prejudica o desenvolvimento cognitivo (capacidade de aprendizagem), incluindo processos associativos, a capacidade de recordar de itens previamente escolhidos, o desempenho psicomotor em uma grande variedade de tarefas tais como [[coordenação motora]], atenção dividida e tarefas operativas de vários tipos como desempenho em máquinas complexas pelo tempo de até 24 horas depois de fumar somente 20 mg de THC.<ref>http://www.who.int/substance_abuse/facts/cannabis/en/</ref> No entanto, o uso prolongado de maconha não causa prejuízos permanentes nas capacidades cognitivas (raciocínio, aprendizado e resolusão de problemas).<ref>{{citar web |url=http://super.abril.com.br/ciencia/verdade-maconha-443276.shtml |título=</ref> Além disso há um aumento no risco de acidentes entre as pessoas que dirigem quando intoxicadas pela maconha.<ref>http://veja.abril.com.br/noticia/saude/maconha-praticamente-dobra-o-risco-de-acidentes-graves-no-transito</ref>

Além disso, existe o risco de contaminação por diversos agentes infecciosos que não são destruídos ao se fumar, sendo possível que a fumaça cause contaminações pulmonares por [[fungo]]s e [[bactéria]]s presentes nas folhas não preservadas adequadamente. Dentre os problemas mais comuns estão [[salmonela]], [[pneumonia]], [[reação alérgica]]s e [[histoplasmose]]. <ref>Kurup,V.P., A. Resnick, S.L. Kagen, S. H. Cohen and J. N. Fink. 1983. Allergenic fungi and actinomycetes in smoking materials and their health implications. Mycopathologia 82: 61-64. </ref> Na gravidez o uso da maconha está associado a alterações no desenvolvimento fetal levando a uma redução no peso ao nascer, elevando o risco pós-natal de formas raras de câncer.<ref>http://www.ncbi.nlm.nih.gov/sites/entrez?cmd=Retrieve&db=PubMed&dopt=Citation&list_uids=16095697</ref> O uso regular também está associado com o dobro de risco de [[surto psicótico]] e [[esquizofrenia]], [[transtornos de ansiedade]] e transtornos do humor como [[depressão maior]], [[distimia]], [[apatia]], [[transtorno do pânico]], [[paranoia]], [[alucinação]], [[delirium]] e [[confusão mental]]; <ref>http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=2765&ReturnCatID=487</ref><ref>http://www.acde.org/common/Marijana.htm</ref>

Por desregular os hormônios sexuais, o uso frequente também está associado com [[câncer de testículo]] <ref>http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mat/2011/09/17/maconha-aumenta-risco-de-desenvolvimento-de-cancer-de-testiculos-em-jovens-925383991.asp</ref>, [[disfunção sexual]] (como a [[ejaculação precoce]] ou a [[anorgasmia]]) e diminuição da fertilidade.<ref>Anthony M.A. Smith PhD, Jason A. Ferris, Judy M Simpson PhD, Julia Shelley PhD, Marian K Pitts PhD, Juliet Richters PhD. Cannabis Use and Sexual Health. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1743-6109.2009.01453.x/abstract</ref> Alguns estudos científicos também indicam risco aumentado de [[Acidente vascular cerebral]]<ref>http://www.drugs.com/forum/latest-drug-related-news/more-evidence-ties-marijuana-stroke-risk-25372.html</ref> e de [[Mal de Alzheimer]].<ref>Eubanks, Lisa M.; Rogers, Claude J.; Beuscher, 4th; Koob, George F.; Olson, Arthur J.; Dickerson, Tobin J.; Janda, Kim D. (2006). "A Molecular Link between the Active Component of Marijuana and Alzheimer's Disease Pathology". Molecular Pharmaceutics 3 (6): 773–7. doi:10.1021/mp060066m. PMC 2562334. PMID 17140265.</ref>

O risco de dependência é baixo e o risco de morrer por overdose é quase nulo quando comparado a outras drogas. A [[síndrome de dependência]] da maconha pode ser identificada por [[distúrbios do sono]], [[apatia]], perda do apetite, ansiedade, [[fadiga]], náuseas, pressão baixa e irritabilidade. <ref>http://www.cenpre.furg.br/maconha/depend_maco.htm</ref>


=== Uso medicinal ===
=== Uso medicinal ===


[[Ficheiro:PEbers c41-bc.jpg|thumb|esquerda|O [[Papiro Ebers]] ([[circa]] 1500 aC), do [[Antigo Egito]], tem uma prescrição de maconha medicinal aplicada diretamente para casos de inflamação.]]
[[Ficheiro:Medical-marijuana-shop.jpg|thumb|250px|Loja de maconha medicinal em [[Los Angeles]], [[Califórnia]].]]


A ''cannabis'' para uso medicinal tem vários efeitos benéficos bem documentados.<ref name="Jacoba2009">{{cite book|author1=Joseph W. Jacob|author2=Joseph W. Jacob B. a. M. P. a.|title=Medical Uses of Marijuana|url=http://books.google.com/books?id=lM1aVrtfmhwC&pg=PA129|year=2009|publisher=Trafford Publishing|isbn=978-1-4269-1540-6|page=129}}</ref> Entre eles estão: melhora de náuseas e vômitos; estimulação do apetite entre pacientes que usam tratamentos [[Quimioterapia|quimioterápicos]] e em doentes com [[AIDS]], diminuição da pressão intra-ocular (o que demonstrou-se eficaz no tratamento de [[glaucoma]]), além de efeitos [[analgésico]]s gerais. Menos confirmados estudos individuais também foram realizados indicando cannabis para ser benéfico para uma grande variedade de doenças, da [[esclerose múltipla]] à [[depressão]]. Canabinóides sintetizados também são vendidos como medicamentos prescritos, incluindo marinol (dronabinol nos Estados Unidos e na Alemanha) e cesamet (nabilone no Canadá, México, Estados Unidos e Reino Unido). Atualmente, no entanto, a [[Food and Drug Administration]] (FDA), dos Estados Unidos, não aprova o fumo de ''cannabis'' para qualquer condição ou doença, em grande parte porque a FDA afirma que ainda faltam evidências científicas de qualidade que comprovem que a utilização da planta é eficaz.<ref>{{cite web |url=http://www.fda.gov/NewsEvents/Newsroom/PressAnnouncements/2006/ucm108643.htm |title=FDA: Inter-Agency Advisory Regarding Claims That Smoked Marijuana Is a Medicine |publisher=Fda.gov |date= |accessdate=2 de julho de 2013}}</ref> Outras instituições, como a American Society of Addiction Medicine, argumentam que não existe "maconha medicinal", porque as partes em questão da planta não cumprem os requisitos das normas para medicamentos aprovados.<ref>{{cite web|url=http://www.asam.org/advocacy/find-a-policy-statement/view-policy-statement/public-policy-statements/2012/07/30/state-level-proposals-to-legalize-marijuana |title=American Society of Addiction Medicine: State-Level Proposals to Legalize Marijuana, July 25, 2012 |doi=10.1136/jech.2010.129056 |publisher=Asam.org |date=25 de julho de 2012 |accessdate=2 de julho de 2013}}</ref>
A ''Cannabis'' é indicada para tratar e prevenir [[náusea]]s e [[vômito]]s, para tratamento de [[glaucoma]], espasmos, além de ser usado como relaxante muscular bem como um [[analgésico]] geral. Estudos individuais também foram realizados indicando a maconha para tratamento da [[esclerose múltipla]]. Extratos de canábis também foram criados e vendidos como medicamentos prescritos nos [[Estados Unidos]], principalmente para o tratamento da dor e náusea. Estudos recentes comprovaram a eficácia do THC, principal substância da maconha, contra o células cancerígenas. Em pesquisas com tratamento de câncer há indícios de que o THC possa induzir as células malsãs a um processo de autodestruição; além de pesquisas com injeções intramusculares de concentrações do D9-tetrahidrocanabinol (D9-THC) retardarem a progressão da imunodeficiência de macacos infectados com [[Vírus da imunodeficiência símia|SIV]] (variante do vírus [[HIV]]) por diminuição da carga viral. <ref>http://www.odiario.com/geral/noticia/427219/maconha-diminui-avanco-do-virus-da-aids-em-macacos/ O Diário Maconha diminui avanço do vírus da AIDS em macacos </ref> <ref>http://www.aidsmeds.com/articles/hiv_marijuana_thc_1667_20533.shtml Marijuana Slows SIV Disease Progression in Monkeys May 27, 2011 </ref> <ref>Molina Patricia E. et al Cannabinoid Administration Attenuates the Progression of Simian Immunodeficiency Virus AIDS Research and Human Retrovirus

Estudos recentes comprovaram a eficácia do THC, principal substância da maconha, contra o células cancerígenas. Em pesquisas com tratamento de câncer há indícios de que o THC possa induzir as células malsãs a um processo de autodestruição; além de pesquisas com injeções intramusculares de concentrações do D9-tetrahidrocanabinol (D9-THC) retardarem a progressão da imunodeficiência de macacos infectados com [[Vírus da imunodeficiência símia|SIV]] (variante do vírus [[HIV]]) por diminuição da carga viral. <ref>http://www.odiario.com/geral/noticia/427219/maconha-diminui-avanco-do-virus-da-aids-em-macacos/ O Diário Maconha diminui avanço do vírus da AIDS em macacos </ref> <ref>http://www.aidsmeds.com/articles/hiv_marijuana_thc_1667_20533.shtml Marijuana Slows SIV Disease Progression in Monkeys May 27, 2011 </ref> <ref>Molina Patricia E. et al Cannabinoid Administration Attenuates the Progression of Simian Immunodeficiency Virus AIDS Research and Human Retrovirus
(doi: 10.1089/AID.2010.0218) - POZ magazine version [http://www.poz.com/pdfs/sos_cannabinoid_study_2010.pdf PDF] Nov. 2011</ref>
(doi: 10.1089/AID.2010.0218) - POZ magazine version [http://www.poz.com/pdfs/sos_cannabinoid_study_2010.pdf PDF] Nov. 2011</ref>
Alguns estudos apontam o consumo de THC como benéfico para portadores de [[Mal de Alzheimer]] <ref>Eubanks, Lisa M.; Rogers, Claude J.; Beuscher, 4th; Koob, George F.; Olson, Arthur J.; Dickerson, Tobin J.; Janda, Kim D. (2006). "A Molecular Link between the Active Component of Marijuana and Alzheimer's Disease Pathology". Molecular Pharmaceutics 3 (6): 773–7. doi:10.1021/mp060066m. PMC 2562334. PMID 17140265.</ref>.
Alguns estudos apontam o consumo de THC como benéfico para portadores de [[Mal de Alzheimer]] <ref>Eubanks, Lisa M.; Rogers, Claude J.; Beuscher, 4th; Koob, George F.; Olson, Arthur J.; Dickerson, Tobin J.; Janda, Kim D. (2006). "A Molecular Link between the Active Component of Marijuana and Alzheimer's Disease Pathology". Molecular Pharmaceutics 3 (6): 773–7. doi:10.1021/mp060066m. PMC 2562334. PMID 17140265.</ref>.
O brasileiro Dartiu Xavier da Silveira, Doutor em Psiquiatria e Psicologia Médica, foi responsável por um estudo com dependentes de crack no qual estes se dispuseram a tratar sua dependência com maconha. Ao final do tratamento, 68% dos pacientes abandonaram o uso de crack, e posteriormente também cessaram o uso de maconha. O estudo foi publicado na conceituada revista científica americana Journal of Psychoactive Drugs, em 1999.<ref>http://science.iowamedicalmarijuana.org/pdfs/addiction/Labigalini%20Therapeutic%20Cannabis%20Crack%20Brazil%20J%20Psychoact%20Drugs%201999.pdf</ref>
O brasileiro Dartiu Xavier da Silveira, Doutor em Psiquiatria e Psicologia Médica, foi responsável por um estudo com dependentes de crack no qual estes se dispuseram a tratar sua dependência com maconha. Ao final do tratamento, 68% dos pacientes abandonaram o uso de crack, e posteriormente também cessaram o uso de maconha. O estudo foi publicado na conceituada revista científica americana Journal of Psychoactive Drugs, em 1999.<ref>http://science.iowamedicalmarijuana.org/pdfs/addiction/Labigalini%20Therapeutic%20Cannabis%20Crack%20Brazil%20J%20Psychoact%20Drugs%201999.pdf</ref>


Dezoito estados dos [[Estados Unidos]], além do [[Distrito de Columbia]], já legalizaram a maconha para uso médico através de leis estaduais.<ref>{{cite web |url=http://medicalmarijuana.procon.org/view.resource.php?resourceID=000881 |title=18 Legal Medical Marijuana States and DC |publisher=ProCon.org |date=6 de dezembro de 2012 |accessdate=7 de janeiro de 2013}}</ref><ref>{{cite web |url=http://www.fda.gov/NewsEvents/Newsroom/PressAnnouncements/2006/ucm108643.htm |title=FDA: Inter-Agency Advisory Regarding Claims That Smoked Marijuana Is a Medicine |publisher=FDA.gov |year=2006 |accessdate=2 de agosto de 2013}}</ref> A [[Suprema Corte dos Estados Unidos]] decidiu, durante os julgamentos ''United States v. Oakland Cannabis Buyers' Cooperative'' e ''Gonzales v. Raich'', que é o governo federal que tem o direito de regulamentar e criminalizar a ''cannabis'', mesmo para fins médicos e mesmo se leis estaduais a legalizarem. Países como [[Canadá]], [[Espanha]], [[Países Baixos]], [[França]],<ref>{{cite news|url=http://finance.yahoo.com/news/medical-marijuana-inc-reports-france-171900735.html|title=Medical Marijuana Inc Reports - France to Legalize Marijuana|accessdate=18 de junho de 2013}}</ref> [[Itália]], [[República Tcheca]]<ref>{{cite news|url=http://www.wealthdaily.com/articles/medical-marijuana-investing-expands/4099|title=Medical Marijuana Investing Expands|accessdate=18 de junho de 2013}}</ref> e a [[Áustria]] legalizaram de alguma forma a ''cannabis'' ou o extrato contendo uma dose baixa de [[THC]] para uso medicinal.<ref>{{cite web |url=http://www.hc-sc.gc.ca/dhp-mps/marihuana/about-apropos/faq-eng.php |title=Frequently Asked Questions&nbsp;– Medical Marihuana |publisher=Hc-sc.gc.ca |date= |accessdate=2 de agosto de 2013}}</ref> Recentemente, o [[Uruguai]] tem tomado medidas para legalizar e regulamentar a produção e a venda da droga.<ref>{{cite web |url=http://www.economist.com/news/americas/21582579-another-blow-against-prohibition-experiment |title=The experiment: Another blow against prohibition |date=1 de agosto de 2013 |publisher=[[The Economist]]}}</ref>
Em 2009, um americano entrou para o [[Guiness Book]] como a pessoa que mais fumou maconha "legal" no mundo <ref name="">[http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1390590-5602,00-HOMEM+FUMA+MIL+CIGARROS+DE+MACONHA+MEDICINAL+E+ESTABELECE+RECORDE.html Homem fuma 115 mil cigarros de maconha medicinal e estabelece recorde] - ''[[G1]]''</ref>. Irvin Rosenfeld possui um câncer raro nos ossos e recebe a maconha gratuitamente do governo americano como tratamento. O paciente afirma já ter fumado cerca de 115 mil cigarros de canábis medicinal, uma média de 10 a 12 por dia, desde 1981, tendo sido o segundo paciente a se beneficiar da lei que autoriza o uso de maconha para fins terapêuticos nos Estados Unidos.

=== Outros efeitos ===


=== Efeitos a longo prazo ===
[[Ficheiro:Rational scale to assess the harm of drugs (mean physical harm and mean dependence) pt.svg|thumb|250px|Comparação dos danos físicos e da dependência em relação a várias drogas (feita pela revista médica britânica [[The Lancet]]).<ref name="pmid17382831">{{cite journal | author = Nutt D, King LA, Saulsbury W, Blakemore C | title = Development of a rational scale to assess the harm of drugs of potential misuse | journal = [[Lancet]] | volume = 369 | issue = 9566 | pages = 1047–53 | year = 2007 | month = Março | pmid = 17382831 | doi = 10.1016/S0140-6736(07)60464-4 | url = http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0140-6736(07)60464-4 | accessdate = 14-7-2009 }}</ref>]]
[[Ficheiro:Rational scale to assess the harm of drugs (mean physical harm and mean dependence) pt.svg|thumb|250px|Comparação dos danos físicos e da dependência em relação a várias drogas (feita pela revista médica britânica [[The Lancet]]).<ref name="pmid17382831">{{cite journal | author = Nutt D, King LA, Saulsbury W, Blakemore C | title = Development of a rational scale to assess the harm of drugs of potential misuse | journal = [[Lancet]] | volume = 369 | issue = 9566 | pages = 1047–53 | year = 2007 | month = Março | pmid = 17382831 | doi = 10.1016/S0140-6736(07)60464-4 | url = http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0140-6736(07)60464-4 | accessdate = 14-7-2009 }}</ref>]]


Embora os efeitos de longo prazo da maconha tenham sido estudados, ainda há muito para ser concluído. Vários estudos investigaram se o uso a longo prazo de ''cannabis'' pode causar ou contribuir para o desenvolvimento de diversas doenças, tais como [[doença cardiovascular]], [[transtorno bipolar]], [[depressão]], oscilações de humor ou [[esquizofrenia]]. Seus efeitos sobre a inteligência, a memória, as funções respiratórias e a possível relação entre o uso de maconha com transtornos mentais,<ref>{{Cite book |title=Cannabis and Mental Health: Put into Context |url=http://ncpic.org.au/ncpic/news/ncpic-news/article/new-national-drug-strategy-monograph-series-report-cannabis-and-mental-health-put-into-context |last1=McLaren |first1=Jennifer |last2=Lemon |first2=Jim |last3=Robins |first3=Lisa |last4=Mattick |first4=Richard P. |year=2008 |month=February |publisher=Australian Government Department of Health and Ageing |series=National Drug Strategy Monograph Series |accessdate=17 de outubro de 2009}}</ref> como a [[esquizofrenia]],<ref>{{cite news |title=Pot-induced psychosis may signal schizophrenia |first=Anne |last=Harding |url=http://www.reuters.com/article/2008/11/03/us-pot-induced-psychosis-idUSTRE4A26JV20081103 |agency=Reuters |date=3 de novembro de 2008 |accessdate=2 de agosto de 2013}}</ref> a [[psicose]],<ref name="henquet2005">{{cite doi|10.1136/bmj.38267.664086.63}}</ref> o [[transtorno de despersonalização]]<ref>{{cite journal |last=Simeon |first=Daphne |title=Depersonalization disorder: a contemporary overview |url=http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15089102 |journal=CNS Drugs |year=2004 |volume=18 |issue=6 |pages=343–54 |pmid=15089102 |doi=10.2165/00023210-200418060-00002}}</ref> e a [[depressão]]<ref>{{cite web |title=The BEACH Project |url=http://www.fmrc.org.au/beach.htm |accessdate=17 de outubro de 2009}}</ref> ainda estão em discussão e não foram comprovados.<ref>http://blog.uvm.edu/jrhughes/files/2011/11/10.1.1.175.3772.pdf</ref>
A ação de fumar canábis é o método mais prejudicial do consumo, uma vez que a inalação de [[fumo]] a partir de [[composto orgânico|materiais orgânicos]], como a maconha, tabaco, jornais e material pode causar diversos problemas de saúde.<ref name="Harm Reduction">{{cite journal | author = Franjo Grotenhermen | title = Harm Reduction Associated with Inhalation and Oral Administration of Cannabis and THC. | journal = Journal of Cannabis Therapeutics | volume = 1 | issue = 3-4 | pages = 133-152 | year = 2001 | month = June | doi = 10.1300/J175v01n03_09 | url = http://www.informaworld.com/smpp/content~db=all?content=10.1300/J175v01n03_09 | accessdate = 14-7-2009 }}</ref>

Tanto defensores quando opositores do uso de maconha são capazes de invocar inúmeros estudos científicos que suportam suas respectivas posições.<ref name="Rätsch2001"/> Por exemplo, enquanto a ''cannabis'' tem sido ligada ao desenvolvimento de diversos transtornos mentais em alguns estudos, esses estudos são muito diferentes quanto ao fato de se o consumo de maconha é real a causa dos problemas mentais exibidos em usuários crônicos, se esses problemas mentais são mesmo agravados pelo consumo de ''cannabis'', ou se tanto o uso de maconha quanto os problemas mentais são efeitos de alguma outra causa.<ref name="Rätsch2001">{{cite book|author=Christian Rätsch|title=Marijuana Medicine: A World Tour of the Healing and Visionary Powers of Cannabis|url=http://books.google.com/books?id=o_dKbMFRSzUC&pg=PR8-IA7|year=2001|publisher=Inner Traditions / Bear & Co|isbn=978-0-89281-933-1|page=8}}</ref>

Foi apontado que, conforme o consumo de maconha aumentou nas últimas décadas, as taxas de [[esquizofrenia]] não subiram da mesma forma no mesmo período. Lester Grinspoon, professor de psiquiatria da [[Harvard Medical School]], diz que o argumento de que a ''cannabis'' causa psicose é refutada pela falta de "um ''blip'' na incidência de esquizofrenia nos Estados Unidos depois que milhões de pessoas começaram a fumar maconha na década de 1960". A prevalência mundial de esquizofrenia é de cerca de 1% em adultos, a quantidade de pessoas que consomem maconha em qualquer país parece não ter tido qualquer efeito sobre essa taxa.<ref>{{cite web |url=http://www.scribd.com/doc/50158634/Cannabis-and-Schizophrenia-Grinspoon |title=Cannabis and Schizophrenia |author=Lester Grinspoon |publisher=Scribd.com |year=2008 |accessdate=1 de julho de 2013}}</ref>

Um estudo médico publicado em 2009 feita pelo Medical Research Council, em [[Londres]], concluiu usuários de maconha recreativa não liberam quantidades significativas de [[dopamina]] de uma dose oral de THC equivalente a um cigarro de ''cannabis'' padrão, e que, portanto, o uso de cannabis poderia deixar usuários vulneráveis à psicose.<ref>{{cite journal |authors=Stokes PR, Mehta MA, Curran HV, Breen G, Grasby PM. |title=Can recreational doses of THC produce significant dopamine release in the human striatum? |journal=NeuroImage |date=15 de outubro de 2009 |volume=48 |issue=1 |pages=186–90 |doi=10.1016/j.neuroimage.2009.06.029 |pmid=19539765}}</ref>

Os efeitos positivos do fármaco, também foram observados. Por exemplo, em um estudo de 2009 pesquisadores descobriram que, em comparação com aqueles que não fumavam maconha, fumantes de ''cannabis'' de longo prazo tinham cerca de 62% menos chances de desenvolver câncer na cabeça e no pescoço.<ref>{{Cite journal |url=http://www.reuters.com/article/2009/08/25/us-smoking-pot-idUSTRE57O5DC20090825 |title=Could smoking pot cut risk of head, neck cancer? |publisher=Reuters |date=25 de agosto de 2009 |accessdate=1 de julho de 2013}}</ref>

==== Desenvolvimento cerebral de adolescentes ====
Um estudo de grupo de 35 anos de duração publicado em agosto de 2012 em ''[[Proceedings of the National Academy of Sciences]]'' e financiado em parte pelo National Institute on Drug Abuse (NIDA) e pelos [[Institutos Nacionais da Saúde]] (NIH) relatou uma associação entre o uso de maconha a longo prazo a um declínio neuropsicológico.<ref name="Meier-109-40">{{cite journal |url=http://www.pnas.org/content/early/2012/08/22/1206820109.abstract |title=Persistent cannabis users show neuropsychological decline from childhood to midlife |author=Meier MH, et al. |journal=[[PNAS]] |date=30 de julho de 2012 |volume=109 |issue=40 |doi=10.1073/pnas.1206820109 |pages=E2657}}</ref> O estudo descobriu que o uso persistente e dependente de maconha antes dos 18 anos de idade estava associado a danos permanentes à inteligência, atenção e memória de uma pessoa e sugeriu danos neurológicos causados pela ''cannabis'' em jovens. Interromper o uso de maconha não pareceu reverter os danos cerebrais. No entanto, as pessoas que começaram a usar maconha após os 18 anos de idade não mostraram os declínios neuropsicológicos semelhantes àqueles observados em pessoas que começaram a usar a ''cannabis'' antes dessa idade.<ref>{{cite news |url=http://journalistsresource.org/studies/society/health/persistent-cannabis-users-neuropsychological-decline/ |title=Persistent Cannabis Users Show Neuropsychological Decline from Childhood to Midlife |publisher=JournalistsResource.org |accessdate=3 de julho de 2013}}</ref>

No entanto, os resultados do estudo de 2012 foram questionados quando uma nova análise publicada em janeiro de 2013 na mesma [[revista científica]] por pesquisadores do Ragnar Frisch Center for Economic Research, de [[Oslo]], notou outras diferenças entre o grupo de estudo, como nível educacional, ocupação e outros fatores socioeconômicos, que mostraram o mesmo efeito sobre o [[QI]] que o causado pelo uso de ''cannabis''. O resumo do estudo diz: "a pesquisa existente sugere um modelo alternativo baseado na variável de tempo dos efeitos do nível socioeconômico no QI. A simulação do modelo reproduz as associações relatadas no estudo de agosto 2012, sugerindo que os efeitos causais estimados em Meier. et ai. são susceptíveis de terem sido sobrestimados e que o efeito real pode ser zero."<ref>{{cite journal|author=Ole Rogeberg |url=http://www.pnas.org/content/early/2013/01/09/1215678110.short |title=Correlations between cannabis use and IQ change in the Dunedin cohort are consistent with confounding from socioeconomic status |journal=PNAS |volume=|issue=|date=14 de janeiro de 2013 |doi=10.1073/pnas.1215678110}}</ref><ref>{{cite web |url=http://vitals.nbcnews.com/_news/2013/01/14/16509521-does-pot-really-lower-iq-its-not-so-simple |title=Does pot really lower IQ? It's not so simple |publisher=Vitals.nbcnews.com |date=14 de janeiro de 2013 |accessdate=3 de agosto de 2013}}</ref> Os pesquisadores apontaram outros três estudos que demonstraram que a cannabis não causa um declínio no QI.<ref name="Barceloux2012qe">{{cite book|author=Donald G. Barceloux, MD|title=Medical Toxicology of Drug Abuse: Synthesized Chemicals and Psychoactive Plants|url=http://books.google.com/books?id=9JLiJcjdqkcC&pg=PA912|date= 2012|publisher=John Wiley & Sons|isbn=978-1-118-10605-1|page=912}}</ref> Esses estudos mostraram que fumantes crônicos tiveram reduções claras no QI, mas que elas não eram permanentes.<ref>{{cite web |url=http://www.nature.com/news/pot-smokers-might-not-turn-into-dopes-after-all-1.12207 |title=Pot smokers might not turn into dopes after all |publisher=Nature.com |date=14 de janeiro de 2013 |accessdate=25 de janeiro de 2013}}</ref><ref name="Barceloux2012qe"/>

Um artigo de julho de 2012, divulgado na publicação ''Brain'', da [[Oxford University Press]], relatou deficiência na neuro-conectividade de algumas regiões do cérebro após o uso prolongado e pesado de ''cannabis'' iniciado na adolescência ou na idade adulta jovem.<ref>{{cite journal |author=Zalesky A, et al. |title=Effect of long-term cannabis use on axonal fibre connectivity |journal=[[Brain (journal)|Brain]] |year=2012 |month=Jul |pages=2245–55 |doi=10.1093/brain/aws136 |volume=135 |issue=7 |pmid=22669080}}</ref>

Um estudo de 2012 conduzido por pesquisadores da [[Universidade da Califórnia em San Diego]] não mostrou efeitos deletérios sobre o cérebro de adolescentes causados pelo uso da maconha. Os pesquisadores analisaram [[neuroimagiologia]]s antes e depois de indivíduos entre 16 e 20 anos de idade que consumiam álcool e comparou-os com indivíduos da mesma idade que usaram ''cannabis'' em seu lugar. O estudo analisou 92 pessoas e foi conduzido durante um período de dezoito meses. Embora o uso de álcool por adolescentes resultou em uma redução observável de [[substância branca]] no cérebro e na saúde do tecido, o uso de maconha não foi associado a qualquer dano estrutural. O estudo não mediu o desempenho cognitivo dos sujeitos que participaram da pesquisa. A publicação foi feita no jornal ''Alcoholism: Clinical and Experimental Research''.<ref>{{cite web |url=http://www.huffingtonpost.com/2012/12/21/teens-marijuana-brain-tissue-alcohol_n_2331779.html |title=Teen marijuana use may show no effect on brain tissue, unlike alcohol, study finds |publisher=Huffingtonpost.com |date=21 de dezembro de 2012 |accessdate=3 de agosto de 2013}}</ref>

==== Teoria da "porta de entrada" ====

Desde a década de 1950, as políticas de drogas nos [[Estados Unidos]] têm sido guiadas pela suposição de que experimentar maconha aumenta a probabilidade de que os usuários acabarão por usar drogas mais "pesadas".<ref name="Rand" /> Esta hipótese tem sido um dos pilares centrais da política de drogas anti-maconha no Estados Unidos,<ref name="Benavie2009x">{{cite book|author=Arthur Benavie (University of North Carolina)|title=Drugs: America's Holy War|url=http://books.google.com/books?id=DQxXDgLnKD8C&pg=PA90|year=2009|publisher=Routledge|isbn=978-0-7890-3840-1|pages=90–}}</ref> embora a validade e as implicações desta hipótese sejam muito debatidas.<ref name="Rand">{{Cite journal |date=2002-12-02 |url=http://www.rand.org/news/press.02/gateway.html |archiveurl=http://web.archive.org/web/20061104124529/http://www.rand.org/news/press.02/gateway.html |archivedate=4 de novembro de 2006 |title=RAND study casts doubt on claims that marijuana acts as "gateway" to the use of cocaine and heroin|publisher=RAND Corporation}}</ref> Estudos têm demonstrado que o [[tabagismo]] é um preditor melhor para o uso de drogas ilícitas pesadas do que fumar maconha.<ref name="pmid8246462">{{cite journal |author=Torabi MR, Bailey WJ, Majd-Jabbari M |title=Cigarette Smoking as a Predictor of Alcohol and Other Drug Use by Children and Adolescents: Evidence of the "Gateway Drug Effect" |journal=[[The Journal of School Health]] |volume=63 |issue=7 |pages=302–6 |year=1993 |pmid=8246462 |doi=10.1111/j.1746-1561.1993.tb06150.x}}</ref>

Nenhum estudo amplamente aceito jamais demonstrou uma relação de causa e efeito entre o uso de ''cannabis'' e o uso posterior de drogas mais pesadas, como a [[heroína]] e a [[cocaína]]. No entanto, a prevalência da publicidade de cigarros de [[tabaco]] e a prática de misturar tabaco e cannabis juntos em um único [[baseado]], o que é comum na [[Europa]], são consideradas fatores auxiliares na promoção da dependência de [[nicotina]] entre os jovens que usam maconha.<ref>[http://www.groups.psychology.org.au/Assets/Files/National_Cannabis_Strategy_Consultation_Paper.pdf Australian Government Department of Health: National Cannabis Strategy Consultation Paper], p. 4. "''Cannabis''</ref>

Uma grande revisão da literatura sobre a hipótese da ''cannabis'' ser uma "porta de entrada", feita em 2005, descobriu que características pré-existentes podem predispor os usuários à dependência em geral, que a disponibilidade de múltiplas drogas em uma determinada configuração confunde os padrões preditivos em seu uso e que as sub-culturas de drogas são mais influentes do que a própria cannabis. O estudo pediu por mais pesquisas sobre "o contexto social, as características individuais e os efeitos da droga" para descobrir as relações reais entre a ''cannabis'' e o uso de outras drogas.<ref name="pmid16191720">{{cite journal |author=Hall WD, Lynskey M |title=Is ''Cannabis'' A Gateway Drug? Testing Hypotheses About the Relationship Between ''Cannabis'' Use and the Use of Other Illicit Drugs |journal=[[Drug and Alcohol Review]] |volume=24 |issue=1 |pages=39–48 |year=2005 |month=January |pmid=16191720 |doi=10.1080/09595230500126698}}</ref>

Alguns estudos afirmam que, enquanto não há nenhuma prova para essa hipótese da "porta de entrada",<ref name="MosherAkins2007">{{cite book|author1=Clayton J. Mosher|author2=Scott Akins|title=Drugs and Drug Policy: The Control of Consciousness Alteration|url=http://books.google.com/books?id=aDMvoMxx0-IC&pg=PA18|year=2007|publisher=SAGE Publications|isbn=978-0-7619-3007-5|page=18}}</ref> jovens consumidores de cannabis ainda devem ser considerado como um grupo de risco para programas de intervenção.<ref name="journalwatch">{{cite journal |author=Saitz, Richard |title=Is marijuana a gateway drug?|journal=Journal Watch |date=2003-02-18 |volume=2003 |issue=218 |page=1 |url=http://general-medicine.jwatch.org/cgi/content/full/2003/218/1}}</ref> Outras conclusões indicam que os usuários de drogas pesadas tendem a ser usuários de vários tipos diferentes de substâncias e que as intervenções devem abordar o uso de múltiplas drogas em vez de uma única droga pesada.<ref>{{Cite journal |author=Degenhardt, Louisa et al. |title=Who are the new amphetamine users? A 10-year prospective study of young Australians |journal=Addiction |year=2007 |doi=10.1111/j.1360-0443.2007.01906.x |pmid=17624977 |volume=102 |issue=8 |pages=1269–79}}</ref>

Outra hipótese é que o efeito de "porta de entrada" pode ser detectado como resultado dos fatores "comuns" envolvidos com o uso de qualquer droga ilegal. Por ser considerada ilegal, os usuários da maconha estão mais propensos a estar em situações que lhes permitam conhecer pessoas que usam e/ou vendem outras drogas ilegais.<ref name="morral2002">{{cite journal |url=http://www3.interscience.wiley.com/journal/118957921/abstract |author=Morral AR, McCaffrey DF, Paddock SM |title=Reassessing the marijuana gateway effect |journal=Addiction |volume=97 |issue=12 |pages=1493–504 |year=2002 |pmid=12472629 |doi=10.1046/j.1360-0443.2002.00280.x}}</ref><ref>{{cite web |url=http://www.mpp.org/about/faq.html|archiveurl=http://web.archive.org/web/20080622204803/http://www.mpp.org/about/faq.html|archivedate=2008-06-22|title=Marijuana Policy Project- FAQ}}</ref> Com este argumento, alguns estudos têm demonstrado que o álcool e o tabaco podem ser considerados como "drogas de entrada".<ref name="pmid8246462"/> No entanto, uma explicação mais parcimoniosa pode ser que a maconha é simplesmente mais prontamente disponível do que as drogas ilegais mais pesadas e o álcool/tabaco por sua vez são mais fáceis de obter mais cedo do que ''cannabis'' (porém o inverso pode ser verdadeiro em algumas áreas), levando assim ao "efeito porta de entrada" nas pessoas que são mais propensas a experimentar qualquer droga oferecida.<ref name="Rand"/>

Um estudo de 2008 do [[Instituto Karolinska]] sugere que ratos jovens tratados com [[THC]] receberam uma maior motivação para o uso de outras drogas (no caso do estudo a heroína) sob condições de estresse.<ref>{{Cite book |last=Ellgren, Maria |title=Neurobiological effects of early life cannabis exposure in relation to the gateway hypothesis |date=9 February 2007|isbn=978-91-7357-064-0 |url=http://diss.kib.ki.se/2007/978-91-7357-064-0/ |language=English and Swedish |location=Stockholm}}</ref><ref>{{cite journal |doi=10.1038/sj.npp.1301127 |title=Adolescent Cannabis Exposure Alters Opiate Intake and Opioid Limbic Neuronal Populations in Adult Rats |year=2006 |last1=Ellgren |first1=Maria |last2=Spano |first2=Sabrina M |last3=Hurd |first3=Yasmin L |journal=Neuropsychopharmacology |volume=32 |issue=3 |pages=607–615 |pmid=16823391}}</ref>

Um estudo de 2010, publicado no ''Journal of Health and Social Behavior'', da American Sociological Association, constatou que os principais fatores para os usuários que se deslocarem para outras drogas foram idade, riqueza, desemprego e estresse psicológico. O estudo concluiu que não há validade para a "teoria da porta de entrada" e que o uso de drogas está mais intimamente ligado à situação de vida de uma pessoa, embora os usuários de maconha estejam mais propensos a usar outras drogas.<ref>{{cite web |url=http://www.sciencedaily.com/releases/2010/09/100902073507.htm |title=Risk of marijuana's 'gateway effect' overblown, new research shows |publisher=Sciencedaily.com |date=2010-09-02 |accessdate=2010-09-20}}</ref>

==== Memória, aprendizagem e inteligência ====

Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia em San Diego não conseguiram demonstrar efeitos neurológicos substanciais e sistêmicos em relação ao uso recreativo de longo prazo de ''cannabis''. Seus resultados foram publicados na edição de julho de 2003 do ''Journal of the International Neuropsychological Society''.<ref>{{cite web |url=http://health.ucsd.edu/news/2003/06_27_grant.html |title=Minimal long-term effects of marijuana use found in central nervous system by UCSD researchers |publisher=Health.ucsd.edu |date=27 de junho de 2003 |accessdate=31 de dezembro de 2012}}</ref> A equipe de pesquisa, liderada pelo Dr. Igor Grant, descobriu que o uso de maconha afetou a percepção, mas não causou qualquer dano cerebral permanente. Os pesquisadores analisaram dados de 15 estudos controlados publicados anteriormente envolvendo 704 usuários crônicos de maconha e 484 pessoas que não usam a droga. Os resultados mostraram que o consumo de ''cannabis'' a longo prazo foi apenas marginalmente lesivo à memória e aprendizagem. Outras funções, como o tempo de reação, atenção, linguagem, capacidade de raciocínio, percepção e habilidades motoras não foram afetados. Os efeitos observados sobre a memória e aprendizagem, segundo eles, mostram o uso de maconha a longo prazo causam "defeitos seletivos de memória", mas que o impacto foi "de uma magnitude muito pequena".<ref>{{cite web |url=http://www.cmcr.ucsd.edu/images/pdfs/Reuters_062703.pdf |title=Study&nbsp;– Pot doesn't cause permanent brain damage |author=Deena Beasley |work=Reuters |date=27 de junho de 2003 |accessdate=31 de dezembro de 2012}}</ref>

==== Controle da obesidade ====
De acordo com um estudo de 2011 publicado no ''American Journal of Epidemiology'', a obesidade é menor em usuários de maconha do que em pessoas não a usam. Os autores do estudo analisaram dados de dois estudos epidemiológicos representativos de cidadãos norte-americanos com 18 anos de idade ou mais.<ref>{{cite journal |author=Yann Le Strat, Bernard Le Foll |url=http://aje.oxfordjournals.org/content/early/2011/08/24/aje.kwr200.abstract |title=Obesity and cannabis use: results from 2 representative national surveys |journal=Am. J. Epidemiol. |date=24 de agosto de 2011 |doi=10.1093/aje/kwr200 |volume=174 |issue=8 |pages=929–33 |pmid=21868374}}</ref> As taxas de obesidade em pessoas que não usaram cannabis eram de 22% e 25,3%. Os participantes do estudo que fumaram maconha pelo menos três vezes por semana tinham taxas de obesidade de 14,3% e 17,2%.<ref>{{Cite journal |url=http://www.cbsnews.com/8301-504763_162-20102773-10391704/does-pot-prevent-obesity-what-new-marijuana-study-says/ |title=Does pot prevent obesity? What new marijuana study says |publisher=CBS News |date=7 de setembro de 2011 |accessdate=9 de janeiro de 2013}}</ref> A associação entre o consumo de maconha e menor risco de obesidade permaneceu forte depois que fatores, tais como tabagismo, idade e sexo, o que poderia ter um impacto sobre a obesidade, foram considerados.<ref>{{cite web |last=Szalavitz |first=Maia |url=http://healthland.time.com/2011/09/08/marijuana-slims-pot-smoking-linked-to-lower-body-weight/#ixzz2HR6KUSyY |title=Marijuana slims? Why pot smokers are less obese |publisher=TIME.com |date=8 de setembro de 2011 |accessdate=9 de janeiro de 2013}}</ref>

A ''cannabis'' é conhecida por induzir a fome, mas dois [[canabinóide]]s — THCV e [[canabidiol]] — são conhecidos por ter um efeito supressor do apetite. Em testes com animais, a droga também teve impacto sobre o nível de gordura no corpo, bem como a sua resposta à insulina. Compostos de ''cannabis'' demonstraram aumentar o [[metabolismo]] de ratos, conduzindo a baixos níveis de gordura no fígado e na diminuição do [[colesterol]]. Testes em humanos estão sendo realizados para encontrar uma droga que auxilia no tratamento de doenças relacionadas à obesidade.<ref>{{Cite journal |url=http://www.telegraph.co.uk/science/science-news/9383640/Cannabis-could-be-used-to-treat-obesity-related-diseases.html |title=Cannabis could be used to treat obesity-related diseases |publisher=Telegraph |date=8 de julho de 2012 |accessdate=9 de janeiro de 2013}}</ref>

==== Função pulmonar ====
Um estudo de 2012 publicado n ''[[Journal of the American Medical Association]]'' (JAMA) e financiado pelos [[Institutos Nacionais da Saúde]] observaram para uma população de mais de 5.115 homens e mulheres norte-americanos para ver se a maconha fumada tem efeitos sobre o [[sistema respiratório]] semelhantes aos causados pelo tabaco. Os pesquisadores descobriram que "o uso da maconha cumulativo ocasional e baixo não foi associado a efeitos adversos na função pulmonar." Fumar uma média de um baseado por dia, durante sete anos, eles descobriram, não piorou a saúde pulmonar.<ref>{{cite journal|url=http://jama.jamanetwork.com/article.aspx?articleid=1104848 |title=Association between marijuana exposure and pulmonary function over 20 years |authors=Mark Pletcher et al. |journal=JAMA |date=2 de maio de 2012 |volume=307 |issue=2 |pages=173–81 |doi=10.1001/jama.2011.1961}}</ref><ref>{{cite web |last=Kim |first=Leland |url=http://www.ucsf.edu/news/2012/01/11282/marijuana-shown-be-less-damaging-lungs-tobacco |title=Marijuana shown to be less damaging to lungs than tobacco |publisher=UCSF.edu |date=10 de janeiro de 2012 |accessdate=25 de janeiro de 2013}}</ref>

Dr. Donald Tashkin comentou sobre o estudo, dizendo que confirmaram os resultados de vários outros estudos<ref>{{cite web |url=http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2006/05/25/AR2006052501729.html |title=Study finds no cancer-marijuana connection |publisher=Washingtonpost.com |date=25 de maio de 2006 |accessdate=25 de janeiro de 2013}}</ref> mostrando "que, essencialmente, não existe uma relação significativa entre a exposição à maconha e o comprometimento da função pulmonar." Ele observou que apesar de conter compostos nocivos semelhantes, a razão para fumaça de ''cannabis'' não ser tão prejudicial quanto a do tabaco pode ser devido aos efeitos anti-inflamatórios do THC. "Nós não sabemos ao certo, mas uma possibilidade muito razoável é que o THC pode realmente interferir com o desenvolvimento de doença pulmonar obstrutiva crônica", Tashkin disse. Em sua própria pesquisa, Tashkin inesperadamente que fumar até três baseados por dia parece não ter afetado a função pulmonar. Tashkin disse: "Eu acho que a linha de fundo é que fumar maconha parece não ter qualquer impacto negativo sobre a função pulmonar."<ref>{{cite web |last=O'Connor |first=Anahad |url=http://well.blogs.nytimes.com/2012/01/11/marijuana-smoking-does-not-harm-lungs-study-finds/ |title=Moderate marijuana use does not impair lung function, study finds |publisher=NYTimes.com |date=11 de janeiro de 2012 |accessdate=25 de janeiro de 2013}}</ref><ref>{{cite web |last=Szalavitz |first=Maia |url=http://healthland.time.com/2012/01/10/study-smoking-marijuana-not-linked-with-lung-damage/ |title=Study: smoking marijuana not linked with lung damage |publisher=TIME.com |date=10 de janeiro de 2012 |accessdate=25 de janeiro de 2013}}</ref>

==== Expectativa de vida ====

[[Ficheiro:Cannabis sativa (Köhler).jpg|thumb|A ''cannabis'' ilustrada no livro [[Plantas Medicinais de Köhler]], de 1897.]]

Devido ao baixo número de estudos realizados sobre a maconha, não há evidências suficientes para chegar a uma conclusão sobre o efeito da ''cannabis'' no risco geral de morte ou de vida.<ref name="ncbi.nlm.nih.gov">{{cite journal|url=http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20565525 |title=Does cannabis use increase the risk of death? Systematic review of epidemiological evidence on adverse effects of cannabis use |journal=Drug Alcohol Rev. |volume=29 |issue=3 |pages=318–30 |year=2010 |month=Maio |doi=10.1111/j.1465-3362.2009.00149.x |pmid=20565525 |author=Calabria B, et al.}}</ref> Não existem provas de que a maconha tenha causado mortes, mas uma associação está atualmente sendo pesquisada.<ref>{{cite journal | last =Aranya | first =A | coauthors = Williams, M | title = Marijuana as a trigger of cardiovascular events: Speculation or scientific certainty? | journal =International Journal of Cardiology | volume =118 | issue =2 | pages =141–147| year =2007 | language = | url = http://www.internationaljournalofcardiology.com/article/S0167-5273(06)00778-9/abstract| accessdate =31 de janeiro de 2013 }}</ref><ref name="Walker and Huang">{{cite journal |pages=127–35 |doi=10.1016/S0163-7258(02)00252-8 |quote=...&nbsp;to date, there are no deaths known to have resulted from overdose of cannabis. (p. 128) |title=Cannabinoid analgesia |year=2002 |last1=Walker |first1=J.Michael |last2=Huang |first2=Susan M |journal=Pharmacology & Therapeutics |volume=95 |issue=2}}</ref> Há relatos médicos de [[infarto]], [[acidente vascular cerebral]] ocasional e outros efeitos colaterais cardiovasculares.<ref name="Jones2002">{{cite pmid|12412837}}</ref> Efeitos cardiovasculares da maconha não estão associados a graves problemas de saúde para os usuários mais jovens e saudáveis.<ref name="Jones2002"/>

De acordo com um relatório de 2006 elaborado pelo governo do [[Reino Unido]], o uso de maconha é muito menos perigoso do que o uso de tabaco, medicamentos e álcool no que diz respeito a danos sociais, danos físicos e [[dependência psicológica]].<ref>{{cite journal|url=http://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736%2810%2961462-6/abstract |title=Drug harms in the UK: a multicriteria decision analysis |author=David J Nutt, et al. |journal=The Lancet |year=2010 |month=Nov |volume=376 |issue=9752 |pages=1558–65 |doi=10.1016/S0140-6736(10)61462-6 |pmid=21036393}}</ref> O Dr. Lester Grinspoon, da [[Universidade Harvard]], afirmou em um editorial de jornal que a "erva de maconha é extremamente não tóxica".<ref>{{cite web |url=http://articles.latimes.com/2006/may/05/opinion/oe-grinspoon5 |title=Puffing is the best medicine |publisher=Articles.latimes.com |date=5 de maio de 2006 |accessdate=25 de janeiro de 2013}}</ref>


Dr. Stephen Ross, professor de psiquiatria infantil em dependência do Hospital Tish da [[Universidade de Nova Iorque]], explica relatos de algumas mortes relacionadas com a ''cannabis'': "mortes associadas à droga são o resultado das atividades realizadas durante o efeito da droga, tais como dirigir sob a sua influência."<ref>{{cite web |author=Susan E. Matthews |url=http://www.myhealthnewsdaily.com/2799-child-marijuana-consumption.html |title=Toddler's marijuana cookie ingestion was harmless, expert says |publisher=MyHealthNewsDaily.com |date=3 de julho de 2012 |accessdate=2 de janeiro de 2013}}</ref> O Substance Abuse and Mental Health Services Administration, dos Estados Unidos, declarou no seu relatório de julho de 2001, a partir de dados do sistema ''Drug Abuse Warning'', que: "...a maconha raramente é a única droga envolvida em um caso de morte por abuso de drogas."<ref>{{cite web |url=http://medicalmarijuana.procon.org/sourcefiles/DAWN2001.pdf |title=Mortality data from the Drug Abuse Warning Network |publisher=ProCon.org |year=2001 |accessdate=5 de janeiro de 2013}}</ref><ref>{{cite web |url=http://www.oregon.gov/Pharmacy/Imports/Marijuana/Public/DeathsFromMarijuanaV17FDAdrugs.pdf |title=Deaths from Marijuana v. 17 FDA-Approved Drugs |publisher=ProCon.org |year=2005 |accessdate=5 de janeiro de 2013}}</ref>
Em comparação, o estudo sobre o uso da canábis através da [[vaporização]], constatou que "apenas 40% dos indivíduos têm a probabilidade de relatar sintomas respiratórios como os usuários que não a usam por vaporização, mesmo quando a sua idade, sexo, utilização do cigarro, e a quantidade de ''Cannabis'' consumida são controladas."<ref name="pmid17437626">{{cite journal | author = Earleywine M, Barnwell SS | title = Decreased Respiratory Symptoms in Cannabis Users Who Vaporize. | journal = Harm Reduction Journal | volume = 4 | issue = | pages = 11 | year = 2007 | pmid = 17437626 | pmc = 1853086 | doi = 10.1186/1477-7517-4-11 | url = | accessdate = 14-7-2009 }}</ref> Outro estudo constatou que os vaporizadores são "um seguro e eficaz sistema para a utilização da Cannabis."<ref name="pmid17429350">{{cite journal | author = Abrams DI, Vizoso HP, Shade SB, Jay C, Kelly ME, Benowitz NL | title = Vaporization as a Smokeless Cannabis Delivery System: A Pilot Study. | journal = Clinical Pharmacology and Therapeutics | volume = 82 | issue = 5 | pages = 572–8 | year = 2007 | month = November | pmid = 17429350 | doi = 10.1038/sj.clpt.6100200 | url = url=http://cat.inist.fr/?aModele=afficheN&cpsidt=17821306| accessdate = 14-7-2009 }}</ref><ref name="pmid16637053">{{cite journal | author = Hazekamp A, Ruhaak R, Zuurman L, van Gerven J, Verpoorte R | title = Evaluation of a vaporizing device (Volcano) for the pulmonary administration of tetrahydrocannabinol | journal = Journal of Pharmaceutical Sciences | volume = 95 | issue = 6 | pages = 1308–17 | year = 2006 | month = Junho | pmid = 16637053 | doi = 10.1002/jps.20574 | url = http://dx.doi.org/10.1002/jps.20574 | accessdate = 14-7-2009-07-14}}</ref>


O THC, o principal [[Droga psicoativa|constituinte psicoativo]] da planta ''cannabis'', tem uma [[toxicidade]] extremamente baixa. Um estudo de 1998 publicado no ''[[The Lancet]]'' relata: "Não há casos publicados e confirmados em todo o mundo de mortes humanas a partir de envenenamento de ''cannabis'' e a dose de THC necessária para produzir 50% de mortalidade em roedores é extremamente elevada em comparação com outras drogas vulgarmente utilizadas."<ref>{{cite journal |url=http://www.ukcia.org/research/AdverseEffectsOfCannabis.pdf |title=Adverse effects of cannabis |journal=Lancet |volume=352 |issue=9140 |pages=1611–16 |date=14 de novembro de 1998 |pmid=9843121 |author=W. Hall, N. Solowij |doi=10.1016/S0140-6736(98)05021-1}}</ref> Dr. Paul Hornby, pesquisador de ''cannabis'', disse que "você tem que fumar algo como 15.000 baseados em 20 minutos para obter uma quantidade tóxica de Δ<sup>9</sup>-tetrahidrocanabinol".<ref>{{cite web |url=http://www.ibtimes.com/%E2%80%98medical%E2%80%99-marijuana-10-health-benefits-legitimize-legalization-742456 |title=Medical marijuana: 10 health benefits that legitimize legalization |author=Dave Smith |publisher=Ibtimes.com |date=8 de agosto de 2012 |accessdate=31 de dezembro de 2012}}</ref> As mortes registradas decorrentes de overdose de maconha em animais são geralmente somente após a injeção intravenosa de óleo de [[haxixe]].<ref>{{Cite pmid|16225128}}</ref>
Em um estudo de 2007, o governo canadense constatou que o fumo da maconha continha maior concentração de algumas substâncias tóxicas do que o fumo do tabaco, porém muito menos diversidade de substâncias tóxicas.<ref name="Cannabis smoke 'has more toxins'">{{cite news|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/health/7150274.stm|publisher=[[BBC News]]|date=19 de dezembro de 2007|title=Cannabis smoke 'has more toxins'}}</ref> O estudo determinou que o fumo da maconha continha 20 vezes mais [[amônia]], e cinco vezes mais [[cianeto de hidrogénio]] e [[óxidos de nitrogênio]] do que o fumo do tabaco. Embora muitos investigadores não conseguiram encontrar uma correspondência,<ref name="Study Finds No Link Between Marijuana Use And Lung Cancer">{{cite news |url=http://www.sciencedaily.com/releases/2006/05/060526083353.htm |publisher=Science Daily |date=26 de maio de 2006 |title=Study Finds No Link Between Marijuana Use And Lung Cancer |accessdate=17-4-2009}}</ref><ref name="Study finds no marijuana-cancer connection">{{cite news |url=http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2006/05/25/AR2006052501729_pf.html |publisher=[[The Washington Post]] |date=26 de maio de 2006 |title=Study Finds No Cancer-Marijuana Connection |accessdate=17-4-2009}}</ref> alguns pesquisadores concluem que o fumo da maconha representa um maior risco de câncer de pulmão do que o fumo do [[tabaco]].<ref>{{cite web|url=http://www.reuters.com/article/healthNews/idUSHKG10478820080129|title=Cannabis bigger cancer risk than cigarettes: study|publisher=[[Reuters]]|accessdate=2-12-2008}}</ref> Mas, diferentemente do tabaco, praticamente nenhum usuário de maconha fuma um maço por dia, se restringindo a fumar 1 ou 2 baseados.<ref>http://super.abril.com.br/ciencia/verdade-maconha-443276.shtml</ref> Alguns estudos têm demonstrado que o mesmo ingrediente [[cannabidiol]], não intoxicante, e que é encontrado na maconha, pode ser útil no tratamento do [[câncer de mama]].<ref name="Marijuana compound may stop spread of breast cancer">{{cite news |url=http://www.foxnews.com/story/0,2933,312132,00.html |publisher=[[Fox News]] |date=19 de novembro de 2007 |title=Marijuana compound may stop spread of breast cancer |accessdate=17-4-2009 }}</ref>


As avaliações de segurança e tolerabilidade do [[Sativex]], um preparado farmacológico feito de [[canabinoide]]s, concluíram que ele é realmente bem tolerado e útil.<ref name="Sativex">{{cite pmid|22509986}}</ref>
O consumo da canábis tem sido avaliado por vários estudos a serem correlacionados com o desenvolvimento de [[transtornos de ansiedade]], [[psicose|surto psicótico]] e [[depressão maior]].<ref name="pmid=15574485">{{cite journal | author = Henquet C, Krabbendam L, Spauwen J, ''et al.'' | title = Prospective Cohort Study of Cannabis Use, Predisposition for Psychosis, and Psychotic Symptoms in Young People. | journal = British Medical Journal | volume = 330 | issue = 7481 | page = 11 | year = 2005 | month = January | pmid = 15574485 | pmc = 539839 | doi = 10.1136/bmj.38267.664086.63 }}</ref><ref name="pmid12446533">{{cite journal | author = Patton GC, Coffey C, Carlin JB, Degenhardt L, Lynskey M, Hall W | title = Cannabis Use and Mental Health in Young People: Cohort Study. | journal = British Medical Journal | volume = 325 | issue = 7374 | pages = 1195–1198 | year = 2002 | month = Novembro | pmid = 12446533 | pmc = 135489 | doi = 10.1136/bmj.325.7374.1195 }}</ref> Alguns estudos correlacionam o uso de maconha e [[esquizofrenia]]<ref>http://www.schizophrenia.com/prevention/streetdrugs.html#can</ref>. No entanto, nunca foi demonstrada uma relação de causalidade entre o consumo da droga e o desenvolvimento desta doença.<ref>http://www.proad.unifesp.br/pdf/cannabis_pode_realmente_causar_esquizofrenia.pdf</ref>


Muitos estudos analisaram os efeitos de fumar maconha no sistema respiratório. O fumo da ''cannabis'' contém milhares de compostos químicos orgânicos e inorgânicos. Esses resíduos são quimicamente semelhantes aos encontrado na fumaça do tabaco ou de cigarros.<ref>{{Cite journal |last=Gumbiner |first=Jann
Apesar da canábis, por vezes, tem sido associada com [[AVC]], não é firmemente estabelecida a ligação e os mecanismos potenciais são desconhecidos.<ref name="pmid1932970">{{cite journal | author = Halpin SF, Yeoman L, Dundas DD | title = Radiographic examination of the lumbar spine in a community hospital: an audit of current practice | journal = BMJ (Clinical Research Ed.) | volume = 303 | issue = 6806 | pages = 813–5 | year = 1991 | month = October | pmid = 1932970 | pmc = 1671162 | doi = | url = | accessdate = 14-7-2009 }}</ref> Do mesmo modo, não existe nenhuma relação estabelecida entre o consumo de cannabis e doenças cardíacas, incluindo exacerbação em casos de doenças cardíacas existentes.<ref name="pmid18294478">{{cite journal | author = Mukamal KJ, Maclure M, Muller JE, Mittleman MA | title = An exploratory prospective study of marijuana use and mortality following acute myocardial infarction | journal = American Heart Journal | volume = 155 | issue = 3 | pages = 465–70 | year = 2008 | month = March | pmid = 18294478 | pmc = 2276621 | doi = 10.1016/j.ahj.2007.10.049 | url = http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0002-8703(07)01044-7 | accessdate = 14-7-2009}}</ref>
|title=Does Marijuana Cause Cancer? |publisher=Psychology Today |url=http://www.psychologytoday.com/blog/the-teenage-mind/201102/does-marijuana-cause-cancer |date=17 de fevereiro de 2011 |accessdate=9 de janeiro de 2013}}</ref> Mais de cinquenta agentes [[cancerígeno]]s conhecidos foram identificados na fumaça de maconha.<ref>{{Cite journal |title=Does smoking cannabis cause cancer? |publisher=Cancer Research UK |date=20 de setembro de 2010 |url=http://cancerhelp.cancerresearchuk.org/about-cancer/cancer-questions/does-smoking-cannabis-cause-cancer |accessdate=9 de janeiro de 2013}}</ref> Estes incluem [[nitrosamina]]s, [[aldeído]]s reativos e [[hidrocarboneto]]s policíclicos, incluindo o [[benzo(a)pireno]].<ref>{{Cite journal |last=Tashkin |first=Donald |year=1997 |month=March |title=Effects of marijuana on the lung and its immune defenses |publisher=UCLA School of Medicine |url=http://www.ukcia.org/research/EffectsOfMarijuanaOnLungAndImmuneDefenses.php |accessdate=23 de junho de 2012}}</ref> A fumaça da maconha foi listado como um agente cancerígeno na [[Califórnia]], em 2009.<ref>{{cite web |url=http://oehha.ca.gov/prop65/prop65_list/files/p65single072012.pdf |title=Chemicals known to the state to cause cancer or reproductive toxicity |publisher=ca.gov |date=20 de julho de 2012 |accessdate=8 de janeiro de 2013}}</ref> Em 2012, um relatório da ''British Lung Foundation'' identificou a fumaça da maconha como uma substância cancerígena e também descobriu que a consciência sobre esse perigo era baixa em comparação com a alta consciência dos perigos do tabaco, especialmente entre os usuários mais jovens. Outras observações incluem o aumento do risco devido ao fato de que muitos usuários seguram a fumaça. A falta de pesquisas sobre o efeito apenas da fumaça da maconha é devido à mistura de cannabis ao tabaco e ao frequente uso do tabaco comum por usuários de maconha, a baixa taxa de dependência em relação ao tabaco e à natureza episódica do consumo de ''cannabis'' em comparação ao tabagismo.<ref name=BLA2012>{{Cite journal |title=The impact of cannabis on your lungs |url=http://www.blf.org.uk/Files/8ec171b2-9b7e-49d9-b3b1-a07e00f11c05/ |publisher=British Lung Association |year=2012 |month=June |accessdate=9 de janeiro de 2013}}</ref> Esse estudo foi criticado pelo psiquiatra e neuropsicofarmacologista britânico David Nutt.<ref>{{cite web |last=Nutt |first=Professor David |url=http://profdavidnutt.wordpress.com/2012/06/11/smoke-without-fire-scaremongering-by-the-british-lung-foundation-over-cannabis-vs-tobacco/ |title=Smoke without fire? Scaremongering by the British Lung Foundation over cannabis vs tobacco : Evidence not Exaggeration |publisher=Profdavidnutt.wordpress.com |date=11 de junho de 2012 |accessdate=25 de janeiro de 2013}}</ref> Em contraste com o relatório ''British Lung Foundation'', um grande estudo de 2006 não descobriu qualquer ligação entre o uso de maconha e o [[câncer de pulmão]], mesmo entre fumantes crônicos, quando ajustado à vários fatores de confusão, como o tabagismo e o uso de álcool.<ref name=Taskin-MarijuanaAndCancer>{{cite pmid|17035389}}</ref>


== Potência ==
== Potência ==
De acordo com o [[Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime]] (UNDOC, na sigla em inglês), a quantidade de [[tetrahidrocanabinol]] (THC) presente em uma amostra de canábis é geralmente utilizada como medida de potência desta maconha.<ref name='UNODC 2009-06-29'>{{citar web|url=http://www.unodc.org/unodc/en/frontpage/2009/June/why-does-cannabis-potency-matter.html |título =Why does cannabis potency matter? |acessodata=27-7-2009 |data=29 de junho de 2009 |publicado=[[Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime]] }}</ref> Os três principais tipos de produtos derivados da canábis são a erva (maconha), a resina (haxixe) e o óleo (óleo de haxixe). O UNODC afirma que a maconha frequentemente contém 5 por cento de seu conteúdo composto por THC, enquanto a resina pode conter até 20% de conteúdo, e o óleo de haxixe cerca de 60%.<ref name='UNODC 2009-06-29' />
De acordo com o [[Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime]] (UNDOC, na sigla em inglês), a quantidade de [[tetrahidrocanabinol]] (THC) presente em uma amostra de canábis é geralmente utilizada como medida de potência desta maconha.<ref name='UNODC 2009-06-29'>{{citar web|url=http://www.unodc.org/unodc/en/frontpage/2009/June/why-does-cannabis-potency-matter.html |título =Why does cannabis potency matter? |acessodata=27 de julho de 2009 |data=29 de junho de 2009 |publicado=[[Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime]] }}</ref> Os três principais tipos de produtos derivados da canábis são a erva (maconha), a resina (haxixe) e o óleo (óleo de haxixe). O UNODC afirma que a maconha frequentemente contém 5 por cento de seu conteúdo composto por THC, enquanto a resina pode conter até 20% de conteúdo, e o óleo de haxixe cerca de 60%.<ref name='UNODC 2009-06-29' />


Um estudo publicado em 2000 no ''Journal of Forensic Sciences'' concluiu que a potência da maconha confiscada nos [[Estados Unidos]] passou de "cerca de 3,3% em [[1983]] e [[1984]]" para "4,47% em [[1997]]." Concluiu igualmente que "outros grandes canabinóides [o [[canabidiol]] (CBD), o [[canabinol]] (CBN) e o [[canabicromeno]] (CBC)] não mostraram qualquer mudança significativa na sua concentração ao longo dos anos."<ref name='JFS 2000-01-01'>{{cite journal|title=Potency trends of D9-THC and other cannabinoids in confiscated marijuana from 1980-1997|journal=Journal of Forensic Sciences|date=1 de janeiro de 2000|first=|last=ElSohly|coauthors=Ross, Mehmedic, et al.|volume=45|issue=1|pages=|id= |url=http://www.astm.org/JOURNALS/FORENSIC/PAGES/JFS45100X24X.htm|accessdate=27-7-2009 }}</ref>
Um estudo publicado em 2000 no ''Journal of Forensic Sciences'' concluiu que a potência da maconha confiscada nos [[Estados Unidos]] passou de "cerca de 3,3% em [[1983]] e [[1984]]" para "4,47% em [[1997]]." Concluiu igualmente que "outros grandes canabinóides [o [[canabidiol]] (CBD), o [[canabinol]] (CBN) e o [[canabicromeno]] (CBC)] não mostraram qualquer mudança significativa na sua concentração ao longo dos anos."<ref name='JFS 2000-01-01'>{{cite journal|title=Potency trends of D9-THC and other cannabinoids in confiscated marijuana from 1980-1997|journal=Journal of Forensic Sciences|date=1 de janeiro de 2000|first=|last=ElSohly|coauthors=Ross, Mehmedic, et al.|volume=45|issue=1|pages=|id= |url=http://www.astm.org/JOURNALS/FORENSIC/PAGES/JFS45100X24X.htm|accessdate=27-7-2009 }}</ref>
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Revisão das 00h29min de 4 de agosto de 2013

 Nota: Se procura pela planta de nome semelhante, veja Cannabis. Se procura pelo EP da banda Brujeria, veja Marijuana (EP).
Planta de cannabis sativa em seu florescimento, com os tricomas visíveis.

Cannabis, também conhecida pelo termo maconha, além de outros nomes populares,[nota 1] refere-se a várias drogas psicoativas e medicamentos derivados de plantas do gênero Cannabis. Farmacologicamente, o principal constituinte psicoativo desse tipo de planta é o tetrahidrocanabinol (THC), um dos 400 compostos da planta, incluindo outros canabinoides, como o canabidiol (CBD), canabinol (CBN), e tetrahidrocanabivarin (THCV).[5]

A forma herbácea da droga consiste de flores femininas maduras e folhas que subtendem das plantas pistiladas (femininas). A forma resinosa, conhecida como haxixe,[6] consiste fundamentalmente de tricomas glandulares coletados do mesmo material vegetal.

A cannabis é frequentemente consumida por seus efeitos psicoativos e fisiológicos que podem incluir bom humor ou euforia, relaxamento,[7] e aumento do apetite.[8] Entre os efeitos colaterais indesejados estão a diminuição da memória de curto prazo, boca seca, dificuldade motora, vermelhidão dos olhos[7] e sentimentos de paranoia ou ansiedade.[9]

O consumo humano da cannabis teve início no terceiro milênio a.C. e seu uso atual é voltado para recreação ou como medicamento, além de também ser usada como parte de ritos religiosos ou espirituais.[10] A Organização das Nações Unidas estima que cerca de quatro por cento da população mundial (162 milhões de pessoas) usam maconha pelo menos uma vez ao ano e cerca de 0,6 por cento (22,5 milhões) consomem-na diariamente.[11] A posse, uso ou venda da maconha se tornou ilegal na maioria dos países do mundo no início do século XX; desde então, alguns países têm intensificado as leis que regulamentam a proibição do produto, enquanto outros reduziram a prioridade na aplicação destas leis.

História

Ver artigos principais: Cannabis, Cânhamo e Guerra contra as drogas
Caractere chinês usado para se referir ao cânhamo (麻 ou ).[12] O cultivo da cannabis data de pelos menos 10 mil anos atrás em Taiwan.[13]

A cannabis é uma espécie nativa do Centro e do Sul da Ásia.[14] Evidências da inalação de fumaça de cannabis são encontradas desde terceiro milênio a.C., como indicado por sementes carbonizadas de maconha encontradas em um braseiro usado em rituais em um antigo cemitério na atual Romênia.[15] Em 2003, uma cesta de couro cheia de fragmentos de folhas e sementes de maconha foi encontrada ao lado do corpo mumificado de um xamã de 2500-2800 anos de idade em Xinjiang, no noroeste da China.[16][17]

A planta também é conhecida por ter sido usada pelos antigos hindus da Índia e do Nepal há milhares de anos. A erva era chamada ganjika em sânscrito (गांजा, ganja nas modernas línguas indo-arianas).[18][19] A antiga droga conhecida como soma e mencionada nos Vedas, foi por vezes associada a cannabis.[20]

A maconha também era conhecida pelos antigos assírios, que descobriram as suas propriedades psicoativas através dos arianos.[21] Ao usá-la em algumas cerimônias religiosas, eles a chamavam de qunubu (que significa "caminho para a produção de fumo"), provável origem da palavra moderna "cannabis".[22] A planta também foi introduzida pelos arianos aos povos citas, trácios e dácios, cujos xamãs (que eram conhecidos como kapnobatai — "aqueles que andam no fumo/nuvens") queimavam flores de cannabis para alcançar um estado de transe.[23]

Cannabis sativa em Dioscórides, edição de Vienna 512 a.C.

A cannabis tem uma antiga história de uso ritual e é encontrada em cultos farmacológicos em todo o planeta. Sementes de cânhamo descobertas por arqueólogos em Pazyryk (um conjunto de tumbas encontradas nas Montanhas Altai, na Sibéria) sugerem que práticas cerimoniais antigas, como comer sementes, foram usadas pelos citas e ocorreram durante os séculos quinto e segundo a.C., confirmando relatos históricos anteriores feitos por Heródoto.[24] Um escritor afirmou que a maconha era usada como um sacramento religioso por judeus antigos e pelos primeiros cristãos,[25][26] devido à semelhança entre a palavra hebraica "qannabbos" ("cannabis") e a frase hebraica "qené bosem" ("cana aromática"). A erva também foi usada por muçulmanos de várias ordens sufistas no período mameluco, como, por exemplo, os qalandars.[27]

Um estudo publicado na publicação sul-africana Journal of Science, indicou que "cachimbos desenterrados do jardim da casa de Shakespeare, em Stratford-upon-Avon, contém vestígios de cannabis".[28] A análise química foi realizada depois que os pesquisadores cogitaram a hipótese de que a "notável erva", mencionada no Soneto 76, e a "viagem na minha cabeça", do Soneto 27, poderiam ser referências à maconha e ao seu uso.[29] Exemplos de literatura clássica que caracteriza cannabis incluem Les paradis artificiels, de Charles Baudelaire, e O Comedor de Haxixe, de Fitz Hugh Ludlow.[30]

Fluido de extrato de cannabis indica (Sindicato dos Droguistas Americanos, pré-1937).

John Gregory Bourke, um capitão do Exército dos Estados Unidos, descreveu o uso de "mariguan", que ele identifica como cannabis indica ou cânhamo indiano, por residentes mexicanos da região do Rio Grande, no Texas, em 1894. Ele descreveu o uso da planta para o tratamento de asma, para afastar bruxas e como um filtro amoroso. Ele também escreveu que muitos mexicanos acrescentavam a erva em seus cigarritos ou mescal, muitas vezes comendo um pouco de açúcar depois, para intensificar o efeito. Bourke escreveu isso porque muitas vezes a maconha era utilizada em uma mistura com toloachi (que ele erroneamente descreve como Datura stramonium). Bourke compara a mariguan ao haxixe, que ele chamou de "uma das maiores maldições do Oriente", citando relatos de usuários que "se tornam maníacos e estavam aptos a cometer todos os tipos de atos de violência e assassinato", causando a degeneração do corpo e uma aparência de idiótica e mencionou leis contra a venda de haxixe "na maioria dos países do Oriente".[31][32]

Criminalização

A cannabis começou a ser criminalizada em vários países no início do século XX. Nos Estados Unidos, as primeiras restrições para a venda de cannabis surgiram em 1906 (no Distrito de Columbia).[33] Ela foi proibida na África do Sul em 1911, na Jamaica (então uma colônia britânica) em 1913, e no Reino Unido, na Nova Zelândia e no Brasil[34] na década de 1920.[35] Em 1925, um acordo foi feito em uma conferência internacional em Haia, durante a Convenção Internacional do Ópio, que proibiu a exportação do "cânhamo indiano" para os países que haviam proibido o seu uso e que exigiu que os países importadores emitissem certificados aprovando a importação e afirmando que a transferência foi necessária "exclusivamente para fins médicos ou científicos". Foi também posto como necessário que as partes "exercessem um controle efetivo de tal natureza a impedir o tráfico internacional ilícito do cânhamo indiano e, especialmente, de sua resina".[36][37]

Nos Estados Unidos, em 1937, o Marihuana Tax Act foi aprovado e proibiu a produção de cânhamo, além da cannabis. As razões para o cânhamo também ter sido incluído na proibição são disputadas, mas vários estudiosos têm afirmado que a lei foi aprovada com o objetivo de destruir a indústria do cânhamo nos Estados Unidos,[38][39][40] graças ao envolvimento de empresários como Andrew Mellon, Randolph Hearst e da família Du Pont.[38][40] ​​Com a invenção do decorticador, o cânhamo tornou-se um substituto muito barato para a polpa de celulose que era usada pela indústria de jornais[38][41] e Hearst, consequentemente, acreditava que os seus grandes cultivos de madeira estavam em perigo. Mellon, o então Secretário do Tesouro e o homem mais rico do país naquela época, tinha investido enormes quantias na nova fibra sintética da DuPont, o nylon, e acreditava que a substituição do seu recurso tradicional, o cânhamo, era essencial para o sucesso do novo produto.[38][42][43][44][45][46][47][48]

O "Relatório Mundial sobre Drogas" de 2012, elaborado pelas Nações Unidas, afirmou que a cannabis "foi a droga mais amplamente produzida, traficada e consumida do mundo em 2010", identificando que entre 119 milhões e 224 milhões de usuários adultos existiam no mundo (população com 18 anos ou mais).[49]

Efeitos

Ver artigo principal: Efeitos da maconha à saúde
Ilustração dos principais efeitos causados pelo uso da canábis.

A maconha causa alguns efeitos psicoativos e fisiológicos quando é consumida.[50] Entre os efeitos desejados imediatos do consumo de cannabis estão o relaxamento e a leve euforia, enquanto alguns efeitos colaterais indesejáveis imediatos incluem uma diminuição passageira na memória de curto prazo, boca seca, habilidades motora levemente debilitadas e vermelhidão dos olhos.[51] Além de uma subjetiva mudança na percepção e, sobretudo, no humor, os efeitos físicos e neurológicos de curto prazo mais comuns incluem aumento da frequência cardíaca, aumento do apetite, diminuição da memória de curto prazo e da memória de trabalho,[52][53] da coordenação psicomotora e da concentração. Efeitos a longo prazo são menos óbvios.[54] Nos seres humanos, além de danos respiratórios quando fumada,[55] poucos efeitos nocivos sobre a saúde foram documentados pelo uso crônico de cannabis.[56][57]

Dr. Jack E. Henningfield, do National Institute on Drug Abuse (NIDA), classificou a dependência relativa de seis substâncias diferentes (maconha, cafeína, cocaína, álcool, heroína e nicotina). A maconha foi considerada a menos viciante, sendo a cafeína a segunda menos viciante. A nicotina foi classificada como a mais viciante entre as substâncias avaliadas.[58]

Classificação psicoativa

Embora muitas drogas psicoativas entram claramente na categoria de qualquer estimulante, sedativo ou alucinógeno, a cannabis apresenta uma mistura de todas essas propriedades, talvez inclinando-se mais para propriedades alucinógenas ou psicodélicas, embora com outros efeitos bastante pronunciados também. O THC é tipicamente considerado o principal componente ativo da planta cannabis; vários estudos científicos têm sugerido que certos outros canabinóides, como o CDB, também podem desempenhar um papel significativo nos seus efeitos psicoactivos.[59][60][61]

Uso medicinal

O Papiro Ebers (circa 1500 aC), do Antigo Egito, tem uma prescrição de maconha medicinal aplicada diretamente para casos de inflamação.

A cannabis para uso medicinal tem vários efeitos benéficos bem documentados.[62] Entre eles estão: melhora de náuseas e vômitos; estimulação do apetite entre pacientes que usam tratamentos quimioterápicos e em doentes com AIDS, diminuição da pressão intra-ocular (o que demonstrou-se eficaz no tratamento de glaucoma), além de efeitos analgésicos gerais. Menos confirmados estudos individuais também foram realizados indicando cannabis para ser benéfico para uma grande variedade de doenças, da esclerose múltipla à depressão. Canabinóides sintetizados também são vendidos como medicamentos prescritos, incluindo marinol (dronabinol nos Estados Unidos e na Alemanha) e cesamet (nabilone no Canadá, México, Estados Unidos e Reino Unido). Atualmente, no entanto, a Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, não aprova o fumo de cannabis para qualquer condição ou doença, em grande parte porque a FDA afirma que ainda faltam evidências científicas de qualidade que comprovem que a utilização da planta é eficaz.[63] Outras instituições, como a American Society of Addiction Medicine, argumentam que não existe "maconha medicinal", porque as partes em questão da planta não cumprem os requisitos das normas para medicamentos aprovados.[64]

Estudos recentes comprovaram a eficácia do THC, principal substância da maconha, contra o células cancerígenas. Em pesquisas com tratamento de câncer há indícios de que o THC possa induzir as células malsãs a um processo de autodestruição; além de pesquisas com injeções intramusculares de concentrações do D9-tetrahidrocanabinol (D9-THC) retardarem a progressão da imunodeficiência de macacos infectados com SIV (variante do vírus HIV) por diminuição da carga viral. [65] [66] [67] Alguns estudos apontam o consumo de THC como benéfico para portadores de Mal de Alzheimer [68]. O brasileiro Dartiu Xavier da Silveira, Doutor em Psiquiatria e Psicologia Médica, foi responsável por um estudo com dependentes de crack no qual estes se dispuseram a tratar sua dependência com maconha. Ao final do tratamento, 68% dos pacientes abandonaram o uso de crack, e posteriormente também cessaram o uso de maconha. O estudo foi publicado na conceituada revista científica americana Journal of Psychoactive Drugs, em 1999.[69]

Dezoito estados dos Estados Unidos, além do Distrito de Columbia, já legalizaram a maconha para uso médico através de leis estaduais.[70][71] A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu, durante os julgamentos United States v. Oakland Cannabis Buyers' Cooperative e Gonzales v. Raich, que é o governo federal que tem o direito de regulamentar e criminalizar a cannabis, mesmo para fins médicos e mesmo se leis estaduais a legalizarem. Países como Canadá, Espanha, Países Baixos, França,[72] Itália, República Tcheca[73] e a Áustria legalizaram de alguma forma a cannabis ou o extrato contendo uma dose baixa de THC para uso medicinal.[74] Recentemente, o Uruguai tem tomado medidas para legalizar e regulamentar a produção e a venda da droga.[75]

Outros efeitos

Comparação dos danos físicos e da dependência em relação a várias drogas (feita pela revista médica britânica The Lancet).[76]

Embora os efeitos de longo prazo da maconha tenham sido estudados, ainda há muito para ser concluído. Vários estudos investigaram se o uso a longo prazo de cannabis pode causar ou contribuir para o desenvolvimento de diversas doenças, tais como doença cardiovascular, transtorno bipolar, depressão, oscilações de humor ou esquizofrenia. Seus efeitos sobre a inteligência, a memória, as funções respiratórias e a possível relação entre o uso de maconha com transtornos mentais,[77] como a esquizofrenia,[78] a psicose,[79] o transtorno de despersonalização[80] e a depressão[81] ainda estão em discussão e não foram comprovados.[82]

Tanto defensores quando opositores do uso de maconha são capazes de invocar inúmeros estudos científicos que suportam suas respectivas posições.[83] Por exemplo, enquanto a cannabis tem sido ligada ao desenvolvimento de diversos transtornos mentais em alguns estudos, esses estudos são muito diferentes quanto ao fato de se o consumo de maconha é real a causa dos problemas mentais exibidos em usuários crônicos, se esses problemas mentais são mesmo agravados pelo consumo de cannabis, ou se tanto o uso de maconha quanto os problemas mentais são efeitos de alguma outra causa.[83]

Foi apontado que, conforme o consumo de maconha aumentou nas últimas décadas, as taxas de esquizofrenia não subiram da mesma forma no mesmo período. Lester Grinspoon, professor de psiquiatria da Harvard Medical School, diz que o argumento de que a cannabis causa psicose é refutada pela falta de "um blip na incidência de esquizofrenia nos Estados Unidos depois que milhões de pessoas começaram a fumar maconha na década de 1960". A prevalência mundial de esquizofrenia é de cerca de 1% em adultos, a quantidade de pessoas que consomem maconha em qualquer país parece não ter tido qualquer efeito sobre essa taxa.[84]

Um estudo médico publicado em 2009 feita pelo Medical Research Council, em Londres, concluiu usuários de maconha recreativa não liberam quantidades significativas de dopamina de uma dose oral de THC equivalente a um cigarro de cannabis padrão, e que, portanto, o uso de cannabis poderia deixar usuários vulneráveis à psicose.[85]

Os efeitos positivos do fármaco, também foram observados. Por exemplo, em um estudo de 2009 pesquisadores descobriram que, em comparação com aqueles que não fumavam maconha, fumantes de cannabis de longo prazo tinham cerca de 62% menos chances de desenvolver câncer na cabeça e no pescoço.[86]

Desenvolvimento cerebral de adolescentes

Um estudo de grupo de 35 anos de duração publicado em agosto de 2012 em Proceedings of the National Academy of Sciences e financiado em parte pelo National Institute on Drug Abuse (NIDA) e pelos Institutos Nacionais da Saúde (NIH) relatou uma associação entre o uso de maconha a longo prazo a um declínio neuropsicológico.[87] O estudo descobriu que o uso persistente e dependente de maconha antes dos 18 anos de idade estava associado a danos permanentes à inteligência, atenção e memória de uma pessoa e sugeriu danos neurológicos causados pela cannabis em jovens. Interromper o uso de maconha não pareceu reverter os danos cerebrais. No entanto, as pessoas que começaram a usar maconha após os 18 anos de idade não mostraram os declínios neuropsicológicos semelhantes àqueles observados em pessoas que começaram a usar a cannabis antes dessa idade.[88]

No entanto, os resultados do estudo de 2012 foram questionados quando uma nova análise publicada em janeiro de 2013 na mesma revista científica por pesquisadores do Ragnar Frisch Center for Economic Research, de Oslo, notou outras diferenças entre o grupo de estudo, como nível educacional, ocupação e outros fatores socioeconômicos, que mostraram o mesmo efeito sobre o QI que o causado pelo uso de cannabis. O resumo do estudo diz: "a pesquisa existente sugere um modelo alternativo baseado na variável de tempo dos efeitos do nível socioeconômico no QI. A simulação do modelo reproduz as associações relatadas no estudo de agosto 2012, sugerindo que os efeitos causais estimados em Meier. et ai. são susceptíveis de terem sido sobrestimados e que o efeito real pode ser zero."[89][90] Os pesquisadores apontaram outros três estudos que demonstraram que a cannabis não causa um declínio no QI.[91] Esses estudos mostraram que fumantes crônicos tiveram reduções claras no QI, mas que elas não eram permanentes.[92][91]

Um artigo de julho de 2012, divulgado na publicação Brain, da Oxford University Press, relatou deficiência na neuro-conectividade de algumas regiões do cérebro após o uso prolongado e pesado de cannabis iniciado na adolescência ou na idade adulta jovem.[93]

Um estudo de 2012 conduzido por pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego não mostrou efeitos deletérios sobre o cérebro de adolescentes causados pelo uso da maconha. Os pesquisadores analisaram neuroimagiologias antes e depois de indivíduos entre 16 e 20 anos de idade que consumiam álcool e comparou-os com indivíduos da mesma idade que usaram cannabis em seu lugar. O estudo analisou 92 pessoas e foi conduzido durante um período de dezoito meses. Embora o uso de álcool por adolescentes resultou em uma redução observável de substância branca no cérebro e na saúde do tecido, o uso de maconha não foi associado a qualquer dano estrutural. O estudo não mediu o desempenho cognitivo dos sujeitos que participaram da pesquisa. A publicação foi feita no jornal Alcoholism: Clinical and Experimental Research.[94]

Teoria da "porta de entrada"

Desde a década de 1950, as políticas de drogas nos Estados Unidos têm sido guiadas pela suposição de que experimentar maconha aumenta a probabilidade de que os usuários acabarão por usar drogas mais "pesadas".[95] Esta hipótese tem sido um dos pilares centrais da política de drogas anti-maconha no Estados Unidos,[96] embora a validade e as implicações desta hipótese sejam muito debatidas.[95] Estudos têm demonstrado que o tabagismo é um preditor melhor para o uso de drogas ilícitas pesadas do que fumar maconha.[97]

Nenhum estudo amplamente aceito jamais demonstrou uma relação de causa e efeito entre o uso de cannabis e o uso posterior de drogas mais pesadas, como a heroína e a cocaína. No entanto, a prevalência da publicidade de cigarros de tabaco e a prática de misturar tabaco e cannabis juntos em um único baseado, o que é comum na Europa, são consideradas fatores auxiliares na promoção da dependência de nicotina entre os jovens que usam maconha.[98]

Uma grande revisão da literatura sobre a hipótese da cannabis ser uma "porta de entrada", feita em 2005, descobriu que características pré-existentes podem predispor os usuários à dependência em geral, que a disponibilidade de múltiplas drogas em uma determinada configuração confunde os padrões preditivos em seu uso e que as sub-culturas de drogas são mais influentes do que a própria cannabis. O estudo pediu por mais pesquisas sobre "o contexto social, as características individuais e os efeitos da droga" para descobrir as relações reais entre a cannabis e o uso de outras drogas.[99]

Alguns estudos afirmam que, enquanto não há nenhuma prova para essa hipótese da "porta de entrada",[100] jovens consumidores de cannabis ainda devem ser considerado como um grupo de risco para programas de intervenção.[101] Outras conclusões indicam que os usuários de drogas pesadas tendem a ser usuários de vários tipos diferentes de substâncias e que as intervenções devem abordar o uso de múltiplas drogas em vez de uma única droga pesada.[102]

Outra hipótese é que o efeito de "porta de entrada" pode ser detectado como resultado dos fatores "comuns" envolvidos com o uso de qualquer droga ilegal. Por ser considerada ilegal, os usuários da maconha estão mais propensos a estar em situações que lhes permitam conhecer pessoas que usam e/ou vendem outras drogas ilegais.[103][104] Com este argumento, alguns estudos têm demonstrado que o álcool e o tabaco podem ser considerados como "drogas de entrada".[97] No entanto, uma explicação mais parcimoniosa pode ser que a maconha é simplesmente mais prontamente disponível do que as drogas ilegais mais pesadas e o álcool/tabaco por sua vez são mais fáceis de obter mais cedo do que cannabis (porém o inverso pode ser verdadeiro em algumas áreas), levando assim ao "efeito porta de entrada" nas pessoas que são mais propensas a experimentar qualquer droga oferecida.[95]

Um estudo de 2008 do Instituto Karolinska sugere que ratos jovens tratados com THC receberam uma maior motivação para o uso de outras drogas (no caso do estudo a heroína) sob condições de estresse.[105][106]

Um estudo de 2010, publicado no Journal of Health and Social Behavior, da American Sociological Association, constatou que os principais fatores para os usuários que se deslocarem para outras drogas foram idade, riqueza, desemprego e estresse psicológico. O estudo concluiu que não há validade para a "teoria da porta de entrada" e que o uso de drogas está mais intimamente ligado à situação de vida de uma pessoa, embora os usuários de maconha estejam mais propensos a usar outras drogas.[107]

Memória, aprendizagem e inteligência

Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia em San Diego não conseguiram demonstrar efeitos neurológicos substanciais e sistêmicos em relação ao uso recreativo de longo prazo de cannabis. Seus resultados foram publicados na edição de julho de 2003 do Journal of the International Neuropsychological Society.[108] A equipe de pesquisa, liderada pelo Dr. Igor Grant, descobriu que o uso de maconha afetou a percepção, mas não causou qualquer dano cerebral permanente. Os pesquisadores analisaram dados de 15 estudos controlados publicados anteriormente envolvendo 704 usuários crônicos de maconha e 484 pessoas que não usam a droga. Os resultados mostraram que o consumo de cannabis a longo prazo foi apenas marginalmente lesivo à memória e aprendizagem. Outras funções, como o tempo de reação, atenção, linguagem, capacidade de raciocínio, percepção e habilidades motoras não foram afetados. Os efeitos observados sobre a memória e aprendizagem, segundo eles, mostram o uso de maconha a longo prazo causam "defeitos seletivos de memória", mas que o impacto foi "de uma magnitude muito pequena".[109]

Controle da obesidade

De acordo com um estudo de 2011 publicado no American Journal of Epidemiology, a obesidade é menor em usuários de maconha do que em pessoas não a usam. Os autores do estudo analisaram dados de dois estudos epidemiológicos representativos de cidadãos norte-americanos com 18 anos de idade ou mais.[110] As taxas de obesidade em pessoas que não usaram cannabis eram de 22% e 25,3%. Os participantes do estudo que fumaram maconha pelo menos três vezes por semana tinham taxas de obesidade de 14,3% e 17,2%.[111] A associação entre o consumo de maconha e menor risco de obesidade permaneceu forte depois que fatores, tais como tabagismo, idade e sexo, o que poderia ter um impacto sobre a obesidade, foram considerados.[112]

A cannabis é conhecida por induzir a fome, mas dois canabinóides — THCV e canabidiol — são conhecidos por ter um efeito supressor do apetite. Em testes com animais, a droga também teve impacto sobre o nível de gordura no corpo, bem como a sua resposta à insulina. Compostos de cannabis demonstraram aumentar o metabolismo de ratos, conduzindo a baixos níveis de gordura no fígado e na diminuição do colesterol. Testes em humanos estão sendo realizados para encontrar uma droga que auxilia no tratamento de doenças relacionadas à obesidade.[113]

Função pulmonar

Um estudo de 2012 publicado n Journal of the American Medical Association (JAMA) e financiado pelos Institutos Nacionais da Saúde observaram para uma população de mais de 5.115 homens e mulheres norte-americanos para ver se a maconha fumada tem efeitos sobre o sistema respiratório semelhantes aos causados pelo tabaco. Os pesquisadores descobriram que "o uso da maconha cumulativo ocasional e baixo não foi associado a efeitos adversos na função pulmonar." Fumar uma média de um baseado por dia, durante sete anos, eles descobriram, não piorou a saúde pulmonar.[114][115]

Dr. Donald Tashkin comentou sobre o estudo, dizendo que confirmaram os resultados de vários outros estudos[116] mostrando "que, essencialmente, não existe uma relação significativa entre a exposição à maconha e o comprometimento da função pulmonar." Ele observou que apesar de conter compostos nocivos semelhantes, a razão para fumaça de cannabis não ser tão prejudicial quanto a do tabaco pode ser devido aos efeitos anti-inflamatórios do THC. "Nós não sabemos ao certo, mas uma possibilidade muito razoável é que o THC pode realmente interferir com o desenvolvimento de doença pulmonar obstrutiva crônica", Tashkin disse. Em sua própria pesquisa, Tashkin inesperadamente que fumar até três baseados por dia parece não ter afetado a função pulmonar. Tashkin disse: "Eu acho que a linha de fundo é que fumar maconha parece não ter qualquer impacto negativo sobre a função pulmonar."[117][118]

Expectativa de vida

A cannabis ilustrada no livro Plantas Medicinais de Köhler, de 1897.

Devido ao baixo número de estudos realizados sobre a maconha, não há evidências suficientes para chegar a uma conclusão sobre o efeito da cannabis no risco geral de morte ou de vida.[119] Não existem provas de que a maconha tenha causado mortes, mas uma associação está atualmente sendo pesquisada.[120][121] Há relatos médicos de infarto, acidente vascular cerebral ocasional e outros efeitos colaterais cardiovasculares.[122] Efeitos cardiovasculares da maconha não estão associados a graves problemas de saúde para os usuários mais jovens e saudáveis.[122]

De acordo com um relatório de 2006 elaborado pelo governo do Reino Unido, o uso de maconha é muito menos perigoso do que o uso de tabaco, medicamentos e álcool no que diz respeito a danos sociais, danos físicos e dependência psicológica.[123] O Dr. Lester Grinspoon, da Universidade Harvard, afirmou em um editorial de jornal que a "erva de maconha é extremamente não tóxica".[124]

Dr. Stephen Ross, professor de psiquiatria infantil em dependência do Hospital Tish da Universidade de Nova Iorque, explica relatos de algumas mortes relacionadas com a cannabis: "mortes associadas à droga são o resultado das atividades realizadas durante o efeito da droga, tais como dirigir sob a sua influência."[125] O Substance Abuse and Mental Health Services Administration, dos Estados Unidos, declarou no seu relatório de julho de 2001, a partir de dados do sistema Drug Abuse Warning, que: "...a maconha raramente é a única droga envolvida em um caso de morte por abuso de drogas."[126][127]

O THC, o principal constituinte psicoativo da planta cannabis, tem uma toxicidade extremamente baixa. Um estudo de 1998 publicado no The Lancet relata: "Não há casos publicados e confirmados em todo o mundo de mortes humanas a partir de envenenamento de cannabis e a dose de THC necessária para produzir 50% de mortalidade em roedores é extremamente elevada em comparação com outras drogas vulgarmente utilizadas."[128] Dr. Paul Hornby, pesquisador de cannabis, disse que "você tem que fumar algo como 15.000 baseados em 20 minutos para obter uma quantidade tóxica de Δ9-tetrahidrocanabinol".[129] As mortes registradas decorrentes de overdose de maconha em animais são geralmente somente após a injeção intravenosa de óleo de haxixe.[130]

As avaliações de segurança e tolerabilidade do Sativex, um preparado farmacológico feito de canabinoides, concluíram que ele é realmente bem tolerado e útil.[131]

Muitos estudos analisaram os efeitos de fumar maconha no sistema respiratório. O fumo da cannabis contém milhares de compostos químicos orgânicos e inorgânicos. Esses resíduos são quimicamente semelhantes aos encontrado na fumaça do tabaco ou de cigarros.[132] Mais de cinquenta agentes cancerígenos conhecidos foram identificados na fumaça de maconha.[133] Estes incluem nitrosaminas, aldeídos reativos e hidrocarbonetos policíclicos, incluindo o benzo(a)pireno.[134] A fumaça da maconha foi listado como um agente cancerígeno na Califórnia, em 2009.[135] Em 2012, um relatório da British Lung Foundation identificou a fumaça da maconha como uma substância cancerígena e também descobriu que a consciência sobre esse perigo era baixa em comparação com a alta consciência dos perigos do tabaco, especialmente entre os usuários mais jovens. Outras observações incluem o aumento do risco devido ao fato de que muitos usuários seguram a fumaça. A falta de pesquisas sobre o efeito apenas da fumaça da maconha é devido à mistura de cannabis ao tabaco e ao frequente uso do tabaco comum por usuários de maconha, a baixa taxa de dependência em relação ao tabaco e à natureza episódica do consumo de cannabis em comparação ao tabagismo.[136] Esse estudo foi criticado pelo psiquiatra e neuropsicofarmacologista britânico David Nutt.[137] Em contraste com o relatório British Lung Foundation, um grande estudo de 2006 não descobriu qualquer ligação entre o uso de maconha e o câncer de pulmão, mesmo entre fumantes crônicos, quando ajustado à vários fatores de confusão, como o tabagismo e o uso de álcool.[138]

Potência

De acordo com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNDOC, na sigla em inglês), a quantidade de tetrahidrocanabinol (THC) presente em uma amostra de canábis é geralmente utilizada como medida de potência desta maconha.[139] Os três principais tipos de produtos derivados da canábis são a erva (maconha), a resina (haxixe) e o óleo (óleo de haxixe). O UNODC afirma que a maconha frequentemente contém 5 por cento de seu conteúdo composto por THC, enquanto a resina pode conter até 20% de conteúdo, e o óleo de haxixe cerca de 60%.[139]

Um estudo publicado em 2000 no Journal of Forensic Sciences concluiu que a potência da maconha confiscada nos Estados Unidos passou de "cerca de 3,3% em 1983 e 1984" para "4,47% em 1997." Concluiu igualmente que "outros grandes canabinóides [o canabidiol (CBD), o canabinol (CBN) e o canabicromeno (CBC)] não mostraram qualquer mudança significativa na sua concentração ao longo dos anos."[140]

O Centro Nacional de Informação e Prevenção da Canábis da Austrália afirma que os 'brotos' da cannabis de sexo feminino contêm a concentração mais alta de THC, seguido pelas folhas. Os caules e as sementes têm "níveis muito mais baixos".[141] A ONU afirma que as folhas podem conter dez vezes menos THC do que os brotos, e os caules cem vezes menos THC.[139]

Após revisões na classificação da cannabis no Reino Unido, o governo alterou a planta para uma droga da classe C para uma de classe B. A razão disso foi o aparecimento de variedades de cannabis de alta potência. O governo contabiliza que entre 70 e 80% das amostras apreendidas pela polícia é de skunk[142] (apesar do fato de que o skunk pode às vezes ser confundido incorretamente com todos os tipos de cannabis herbácea).[143][144] Extratos como o haxixe e o óleo de haxixe normalmente contêm mais THC do que as flores de cannabis de alta potência.

Tipos de Cannabis.

Apesar de críticos apontarem que cannabis de "alta potência" poderia representar um risco para a saúde, outros observaram que os usuários desse tipo de droga facilmente aprendiam a compensar os efeitos nocivos reduzindo suas doses, beneficiando-se da redução dos efeitos colaterais de fumar, como o choque térmico ou o monóxido de carbono. Vários laboratórios analíticos que fornecem a indústria da maconha medicinal na costa oeste dos Estados Unidos avaliaram os níveis de THC na maconha vendida. Os níveis típicos variam entre 16 e 17%, enquanto as amostras de cannabis com menos de 10% de THC são raras. Atualmente os limites máximos de THC para folhas de cannabis cultivadas na Califórnia é de 23/25%.[145]

Diferença entre Cannabis indica e Cannabis sativa

A Cannabis indica pode ter uma relação CBD/THC de 4 a 5 vezes maior que a Cannabis sativa. As cepas de cannabis com índices de CBD/THC relativamente altos são menos propensas a induzir à ansiedade, do que ao contrário. Isto pode acontecer devido a efeitos antagonistas do CBD nos receptores de canabinoides, em comparação ao efeito do THC agonista parcial. O CBD também é um agonista do receptor 5-HT1A, o que também pode contribuir para um possível efeito ansiolítico.[146] Isto provavelmente significa que as altas concentrações de CBD encontrados na Cannabis indica uma significativa mitigação do efeito ansiogênico do THC.[146] Os efeitos da sativa são bastante conhecidos por suas altas cerebral, portanto utilizada durante o dia como maconha medicinal, enquanto os efeitos da indica são conhecidos por seus resultados sedativos e, portanto, é mais utilizada preferencialmente durante à noite como medicamento.[146]

Adulteradores

É menos comum a presença de adulterantes na maconha do que em outras drogas. Giz (nos Países Baixos) e partículas de vidro (no Reino Unido) têm sido utilizadas para fazer o produto parecer de melhor qualidade.[147][148][149] O uso de chumbo para aumentar o peso dos produtos de haxixe na Alemanha provocou intoxicações com chumbo em pelo menos 29 usuários.[150] Nos Países Baixos, foram encontrados dois similares químicos do Sildenafil (Viagra) em maconha adulterada.[151]

De acordo com os sites "Talk to FRANK" e UKCIA, o Soap Bar, "talvez o tipo mais comum de haxixe no Reino Unido", foi analisado e nele encontrado "na pior das hipóteses" terebintina, tranquilizantes, betume, henna e fezes de animais, entre várias outras coisas.[152][153] Um pequeno estudo de cinco amostras de Soap Bar apreendidas pela Alfândega do Reino Unido em 2001, detectou uma enorme adulteração por muitas substâncias tóxicas, incluindo o petróleo, cola de motor e fezes de animais.[154]

Crescimento e cultivo

Uma planta de Cannabis fêmea e madura.

Agricultores e criadores de cannabis herbácea frequentemente afirmam que os avanços na produção e nas técnicas de cultivo aumentaram a potência dos efeitos da planta desde os anos 1960 e início dos anos 1970, quando o THC foi descoberto e compreendido. No entanto, variedades potentes de cannabis sem sementes, tais como a "Thai stick", já estavam disponíveis nessa época. A Sinsemilla (espanhol para "sem semente") são as secas sem caroço, inflorescências de plantas fêmeas de cannabis.

Como a produção de THC cai depois que a polinização ocorre, as plantas masculinas (que produzem pouco THC) são eliminadas antes de lançar o pólen, justamente para impedir o processo de polinização. Técnicas de cultivo avançadas, como a hidroponia, a clonagem e a iluminação artificial de alta intensidade são métodos frequentemente empregados em resposta (em parte) aos esforços de aplicação da proibição legal, que torna o cultivo ao ar livre mais arriscado. É frequentemente citado que os níveis médios de THC na maconha vendida nos Estados Unidos aumentou drasticamente entre os anos 1970 e 2000, mas tais declarações são provavelmente distorcidas por causa do peso excessivo dado a amostras muito mais caras e potentes, mas menos frequentes.[155] O nível médio de THC em coffeeshops nos Países Baixos é de 18 a 19%, mas novas regras adotadas pelo governo do pais em 2011 obrigam que o teor de THC na maconha vendida em nos café a ter um teto de 15%, indicando que as amostras de cannabis com mais de 15% de THC serão reclassificadas como uma droga pesada. Essas novas regras entraram em vigor em 2012.[156][157]

Preço

O preço ou o valor de mercado da cannabis varia muito, dependendo da área geográfica e de sua potência.[158]

Nos Estados Unidos, a cannabis é a quarta cultura agrícola de maior valor e a primeira ou segunda em muitos estados do país, como Califórnia, Nova York e Flórida, com um valor médio de US$ 3.000/lb.[159][160] Estima-se que o cultivo e o comércio de cannabis movimente um mercado de 36 bilhões de dólares.[161] A maior parte do dinheiro não é gasto no cultivo e na produção, mas no contrabando e no fornecimento para os compradores. O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime afirmou no Relatório Mundial sobre Drogas de 2008 que os preços típicos de varejo da droga nos Estados Unidos é de US$ 10/15 por grama. O valor de mercado da planta na América do Norte é conhecido por variar entre US$ 150 a US$ 400 por onça, dependendo da qualidade.[162]

Os relatórios do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência mostram que os preços típicos de varejo na Europa para a cannabis varia de 2 a 14 € por grama, com a maioria dos países europeus preços na faixa de 4/10 €.[163]

Formas

Marijuana.

Maconha

Os termos maconha, liamba ou marijuana referem-se às folhas secas das plantas Cannabis e às flores das plantas femininas.[164] Este é o modo mais amplo de consumir-se cannabis. Contém um teor de THC que pode variar de 3% até 22%;[165] em contrapartida, a Cannabis utilizada para produzir linhagens industrais de cânhamo contém menos de 1% do THC.[166]

Haxixe

Haxixe.
Ver artigo principal: Haxixe

O haxixe é uma resina concentrada, produzida a partir das plantas fêmeas da canábis. O haxixe é mais forte do que a maconha, e pode ser fumado ou mastigado.[167] Ele varia na cor, de preto ao dourado escuro.

Óleo de haxixe

Óleo de haxixe.
Ver artigo principal: Óleo de haxixe

O óleo de haxixe, é um óleo essencial extraído das plantas Cannabis através da utilização de diversos solventes. Possui uma elevada proporção de canabinóides (variando entre 40-90%).[168]

Kief

Ver artigo principal: Kief

O kief é feito a partir de tricomas (incorretamente referida muitas vezes como "pólen"), retiradas das folhas e flores das plantas Cannabis. Kief também pode ser compactado para produzir uma forma de haxixe, ou consumido em forma de pó.[169]

Consumo

Ver artigo principal: Consumo da maconha
Um vaporizador Volcano.

A canábis é consumida de muitas maneiras diferentes, sendo que a maioria envolve inalar fumaça ou vapor a partir de plantas ou cachimbos.

Vários dispositivos existentes são utilizados para fumar a canábis. Os mais comumente usados incluem tigelas, bongs, chilums, papéis e folhas de tabaco embalados. Métodos locais diferem pela preparação da planta cannabis antes da sua utilização; as partes da planta Cannabis que são utilizadas, bem como o tratamento do fumo antes da inalação.[170]

Um vaporizador aquece a canábis herbácea 365-410 °F (185-210 °C), o que faz com que os ingredientes ativos evaporem em um gás sem queima do material vegetal (o ponto de ebulição do THC é 392 °F (200 °C) numa pressão de 0,02 mmHg, e um pouco superior à pressão atmosférica normal).[171] É a menor proporção de produtos químicos tóxicos que são liberados pelo tabagismo, embora isto possa variar, dependendo da forma do vaporizador e a temperatura em que é definido. Este método de consumir cannabis produz efeitos marcadamente diferentes do que fumar devido à inflamação de pontos de diferentes canabinóides; por exemplo, cannabinol (CBN) tem um ponto de inflamação de 212,7 °C[172] e seria normalmente presente na fumaça, mas pode não estar presente no vapor.

Cachimbo para o consumo de maconha.

Baseado(pt-BR) ou charro(pt-PT?) é o nome popular dado ao cigarro feito com a canábis. É geralmente confeccionado a partir de papéis a base de arroz, mas também pode ser feito a partir de guardanapos, cartolina, sacos de pão, papel-seda e outros materiais. Segundo especialistas, um cigarro de canábis equivale ao fumo de cinco cigarros de tabaco.[173] O baseado também é popularmente conhecido no Brasil como beck ou "breu" ,[174] beise ou ret (uma corruptela da palavra francesa cigarette); como fino, cabinho ou perninha-de-grilo, quando contém pouca quantidade de maconha; ou como bomba, vela ou tora, "charola", quando contém muita. Quando a quantidade é muito extravagante é chamado de trave, é chamado viga quando a quantidade é absurdamente extravagante ou cone, se a abertura for maior. Existem também certas misturas com outros tipos de drogas, que ganharam nomes populares como freebase e mesclado (maconha com cocaína),[175] e cabral, "pitico","zirrê" ou "melado"[176] (maconha com crack).

Como uma alternativa ao tabaco, a canábis pode ser consumida por via oral. No entanto, a maconha ou o seu extrato deve ser suficientemente aquecido ou desidratado para causar descar-boxilação de seus canabinóides mais abundantes.[177]

A canábis também pode ser consumida na forma de chá. O THC é lipofílico e pouco solúvel (com uma solubilidade de 2,8 mg por litro)[178] para chás. É feito com uma primeira adição de gordura saturada para uma de água quente e utilizando uma pequena quantidade de maconha, junto com chá preto ou verde e algumas folhas de mel ou açúcar, mergulhada durante cerca de 5 minutos.

Legalidade

Ver artigo principal: Legalização da maconha
Locais onde a posse de pequena quantidade de cannabis é legalizada na Europa:
  Legalizada
  Descriminalizada
  Ilegal, mas sem penas para consumo
  Ilegal e com pena para consumo
  Sem dados

Desde o início do século XX, a maioria dos países promulgaram leis contra o cultivo, a posse ou a transferência de cannabis. Estas leis impactaram negativamente o cultivo da planta de cannabis para fins não recreativos, mas há muitas regiões onde, em certas circunstâncias, a manipulação de maconha é legal ou licenciada. Muitos países têm diminuído as penas para o porte de pequenas quantidades de maconha, para que ela seja punido pela apreensão e multa, ao invés de prisão, concentrando-se mais sobre aqueles que o traficam a droga no mercado negro. Em algumas áreas onde o uso da maconha tem sido historicamente tolerado, algumas novas restrições foram postas em prática, tais como o fechamento de cafés de maconha perto de escolas secundárias e das fronteiras dos Países Baixos.[179][180]

Algumas jurisdições usam programas gratuitos e voluntários de tratamento de voluntários e/ou programas de tratamento obrigatório para usuários frequentes conhecidos. A simples posse pode levar a longas penas de prisão em alguns países, especialmente na Ásia Oriental, onde a venda de maconha pode levar a penas de prisão perpétua ou mesmo de execução. Mais recentemente, porém, surgiram muitos partidos políticos, organizações sem fins lucrativos e movimentos sociais que buscam a legalização da cannabis medicinal e/ou a legalização total da planta (com algumas restrições).

No dia 20 de junho de 2012 o governo do Uruguai apresentou um projeto de lei que visa liberar a venda da maconha de forma controlada. O principal objetivo dessa iniciativa seria o de enfraquecer o narcotráfico. O próprio estado venderia a canábis através de redes estatais, com registro de consumidores.[181] A campanha pela legalização da canábis ganhou força a partir das décadas de 1980 e 1990, notadamente apoiada por artistas e políticos liberais. No Brasil, é uma das bandeiras do político Fernando Gabeira, que tentou implementar o cultivo do cânhamo para fins industriais. O uso da canábis em Portugal foi descriminalizado a 6 de julho de 2000, em uma lei aprovada pelo Parlamento.[182]

Ver também

Notas

  1. cânabis/canábis (português brasileiro) ou canábis (português europeu)[1][2] Erva, Liamba, marijuana,[3] cânhamo, ganja ou ganza (do sânscrito गांजा, transl. gañjā, "cânhamo") ou suruma (em Moçambique[4]) são termos utilizados para se referir à planta

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