Canal Gov

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Canal Gov
Empresa Brasil de Comunicação S.A. - EBC
Canal Gov
Tipo governamental
País Brasil
Fundação 25 de julho de 2023 (9 meses)
por Governo do Brasil
Pertence a Secretaria de Comunicação Social (operado pela EBC)
Proprietário Secretaria de Comunicação Social
Presidente Hélio Doyle[1]
Cidade de origem Brasília, DF
Sede Brasília, DF
Estúdios Brasília, DF
Formato de vídeo
Canais irmãos
Página oficial agenciagov.ebc.com.br/canal-gov
Disponibilidade aberta e gratuita

¹: Como subcanal da multiprogramação das emissoras próprias da TV Brasil e suas afiliadas

Disponibilidade por satélite
Canal 5 (Maceió)
Canal 10
Canal 25
Canal 26
Canal 14
3755 MHz @ 7500 ksps, Horizontal (HDTV)
3749 MHz @ 7500 ksps, Horizontal (SDTV)
12580 MHz @ 29890 ksps (SDTV)
4733 MHz @ 9165 ksps, Horizontal (HDTV)
Canal 10[nota 1]
Canal 136[nota 2]
Disponibilidade por cabo
Canal 2 (Belo Horizonte e Betim)
Canal 5 (ABC Paulista, Aracaju, Barueri, Bauru, Campina Grande, Guarulhos, Jaú, João Pessoa, Maceió, Mogi das Cruzes, Osasco, Porto Velho, São Paulo e Vitória)
Canal 6 (Americana, Belém, Brusque, Campinas, Cuiabá, Itapetininga, Itu, Limeira, Palmas, Rondonópolis e São José do Rio Preto)
Canal 10 (Caruaru, Curitiba, Fortaleza, Franca, Manaus e Salvador)
Canal 13 (Rio de Janeiro)
Canal 2
Oi TV (Fibra)
Canal 25
TCM
Canal 225
RCA
Canal 44 (Colatina)
Canal 29 (Francisco Beltrão)
Canal 4 (Guarapari)
Canal 8 (Lauro de Freitas)
Canal 99 (Linhares)
Canal 33 (Nova Friburgo)
Canal 26 (Paranavaí)
Canal 28 (São Mateus)
Canal 25 (Teresópolis)
Canal 3 (Toledo)
Canal 96 (Vitória)
Disponibilidade digital
Zapping
Canal 250

Canal Gov é um canal de televisão governamental brasileiro pertencente à Secretaria de Comunicação Social e operado pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A emissora é voltada para a cobertura das ações do Poder Executivo Federal e iniciou as suas operações no dia 25 de julho de 2023.[2]

História[editar | editar código-fonte]

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: TV Nacional do Brasil

Em 30 de janeiro de 1998, durante o Governo Fernando Henrique Cardoso, foi inaugurada a TV Nacional do Brasil, mais conhecida como TV NBR, ainda sob fases de testes. A emissora tinha como missão cobrir as ações do Governo Federal, além de exibir programas educativos. Apesar de entrar no ar pelo dia 30 de janeiro, o canal iniciou oficialmente as suas transmissões no dia 13 de junho, que era considerada a data de sua inauguração.[3] Em seu início, o canal utilizava profissionais da Agência Funas e da Radiobrás, além de obter retransmissão em 15 cidades. Entre as suas afiliadas mais notáveis, estava a Rede Cultura do Pará. A rápida expansão da TV NBR causava polêmica pelo uso ilegal de meios de comunicação para ações eleitorais, faltando menos de quatro meses para as eleições gerais daquele ano.[4] A emissora integrava o complexo de comunicações Radiobrás, formado até então por cinco emissoras de rádio, uma emissora de televisão aberta, um centro produção de notícias, setor de produtos jornalísticos (mídia impressa, sinopse, etc) e um serviço radiofônico via satélite. A NBR estava fisicamente ligada à TV Nacional por fibra ótica lançada até a Embratel, onde o sinal é digitalizado e transmitido para o satélite, que faz a distribuição do sinal para todo o Brasil. Com a criação da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), em 2007, a NBR passou a ser de responsabilidade da EBC Serviços.[5]

Fusão com a TV Brasil[editar | editar código-fonte]

Com o início do Governo Bolsonaro e a entrada de um novo ministro na Secretaria de Governo, o militar Carlos Alberto dos Santos Cruz (à época sem partido), foi anunciada uma proposta de fusão da NBR com a TV Brasil com o objetivo de reduzir gastos.[6] Para a Folha de S.Paulo, Carlos Santos Cruz disse que a proposta de fusão iria respeitar a legislação de cada uma: "Fazer uma estrutura que transmita o interesse de estado e de governo ao mesmo tempo." A proposta era que a grade de programação do novo canal dê destaque a conteúdos culturais e educativos, mas com perfil mais próximo ao que já existe na NBR.[7] No fim de março, em texto da coluna Radar da Veja, foi anunciado que a NBR seria encerrada, acarretando em dispensa dos quase mil funcionários terceirizados.[8] Parte da produção da NBR foi unida com a nova programação da TV Brasil, que entrou no ar em 10 de abril de 2019, sendo extinta e tendo seu sinal trocado para TV Brasil 2. Os conteúdos que eram disponibilizados no site da NBR foram migrados para a TV Brasil Distribuição,[9] e as redes sociais mudaram para 'TV Brasil Gov'.[10][11]

Desmembramento da TV Brasil e criação do Canal Gov[editar | editar código-fonte]

Em 29 de dezembro de 2022, o futuro Ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta (PT-RS), anunciou em entrevista à CNN Brasil um novo desmembramento da TV Brasil em duas vertentes, como era antes, com o canal principal voltando a focar exclusivamente em conteúdos generalistas e o segundo canal voltando ao seu foco inicial de cobertura do dia a dia do Governo Federal. A mudança deu margem a uma possível recriação da TV NBR, extinta em 2019.[12]

Em 15 de junho de 2023, durante uma reunião com a direção e funcionários da Empresa Brasil de Comunicação, o presidente Hélio Doyle anunciou uma reformulação na programação da TV Brasil, confirmando o que já havido sido anunciado pelo ministro da SECOM, Paulo Pimenta, em dezembro de 2022. A TV Brasil deixaria de transmitir ao vivo as cerimônias de inauguração de obras e pronunciamento de ministros do terceiro Governo Lula e do presidente da república e seu vice, que ocasionalmente interrompia a programação normal do canal, passando a realizar as coberturas destes na frequência ocupada pela TV Brasil 2, que receberia o nome de Canal Gov. Com isso, a TV Brasil voltaria a veicular exclusivamente conteúdos educativos, jornalísticos e transmissões esportivas, à exemplo de emissoras públicas como a RAI, TVE e BBC. A mudança começaria a valer a partir do dia 24 de julho.[13]

Na primeira semana de julho, a EBC e a Secom apresentaram para o público o novo projeto, com o Canal Gov fazendo parte de uma nova rede de comunicações do Governo Federal, que envolvem também uma rádio web, newsletter, agência de notícias, rede nacional de rádios e redes sociais. A nova cadeia de mídias receberia o nome de RedeGov. Pelo consórcio, ocorreria também a transmissão de programas já exibidos na NBR e que atualmente são exibidos na Rádio Nacional como o Bom Dia Ministro, Conversa com o Presidente, Brasil em Dia e A Voz do Brasil, esse último ainda exibido de maneira obrigatória em todas as rádios do país na faixa das 19h.[14] Apesar da reformulação, a portaria que uniu a TV Brasil e a NBR, que foi aprovada no Governo Bolsonaro, ainda não havia sido revogada.[15]

Em 24 de julho de 2023, é finalizado o processo de separação da programação da TV Brasil e da TV Brasil 2, com o canal alternativo retransmitindo a programação experimental do Canal Gov pelo YouTube, ainda com a marca d'água da TV Brasil e a nova emissora foi oficialmente inaugurada às 8h06min do dia seguinte (25). Antes de ir ao ar, após o encerramento do programa Vale Agrícola e com a chamada do programa Conhecendo Museus, por volta das 8h, foi colocado ao ar um comunicado informando as mudanças para o público, seguido da vinheta do canal.[16] O primeiro programa a ser exibido foi o Brasil em Dia.[2][17]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas e referências

Notas

  1. Receptores do sistema SAT HD Regional
  2. Receptores do sistema Nova Parabólica

Referências

  1. «Hélio Doyle será novo presidente da EBC». Agência Brasil. 26 de janeiro de 2023 
  2. a b Redação (24 de julho de 2023). «EBC faz estreia do Canal Gov e consolida separação da TV Brasil». Empresa Brasil de Comunicação. Consultado em 25 de julho de 2023 
  3. Peng, Ricardo (2014). NBR : A TV do Governo Federal [livro eletrônico] (PDF). Florianópolis: Combook. p. 21. ISBN 978-85-917216-0-3. Consultado em 9 de julho de 2023 
  4. «Escândalo: NBr, a TV do FHC». web.archive.org. Consultado em 9 de julho de 2023 
  5. «NBR completa 20 anos ampliando disponibilização de conteúdos». Agência Brasil. 30 de junho de 2018. Consultado em 9 de julho de 2023 
  6. Gustavo Uribe (13 de janeiro de 2019). «Contratos de comunicação serão revistos, diz chefe da Secretaria de Governo». Folha de S.Paulo. Consultado em 9 de julho de 2023 
  7. Gustavo Uribe (2 de março de 2019). «Governo prevê cortar R$ 130 mi com reforma de estatal de comunicação». Folha de S.Paulo. Consultado em 9 de julho de 2023 
  8. Evandro Éboli (29 de março de 2019). «TV Bolsonaro vai exibir obras do Exército e acaba com a NBR». Veja. Consultado em 9 de julho de 2023 
  9. «TV NBR». 30 de outubro de 2020. Consultado em 9 de julho de 2023 
  10. Chico Marés, Maurício Moraes, Nathália Afonso (17 de abril de 2019). «#Verificamos: Publicação lista 31 ações de Bolsonaro em três meses, mas só sete são verdadeiras». Agência Lupa. Consultado em 9 de julho de 2023 
  11. Eu,Rio!; Gontijo, Gabriel; Rio!, Eu (9 de abril de 2019). «Portaria oficializa fusão da TV Brasil com NBR». Eu, Rio!. Consultado em 9 de julho de 2023 
  12. Redação (30 de dezembro de 2022). «Pimenta anuncia volta da NBR, tevê que vai prestar informações oficiais do governo». Agenda do Poder. Consultado em 9 de julho de 2023 
  13. «MENOS LULA NA TV BRASIL». Revista Piauí. 15 de junho de 2023. Consultado em 9 de julho de 2023 
  14. «Rede_Gov.pdf». Google Docs. Consultado em 9 de julho de 2023 
  15. https://telaviva.com.br/author/marcosurupa (7 de julho de 2023). «Secom e EBC apresentam nova proposta para o canal de TV do poder executivo, antiga NBR». TELA VIVA News. Consultado em 9 de julho de 2023 
  16. Գաբրիել 🇸🇪 [@vodimtenigranku] (25 de julho de 2023). «Fim da TV Brasil 2 e início do Canal GOV» (Tweet) – via Twitter 
  17. «EBC faz estreia do Canal Gov e consolida separação da TV Brasil». Agência Brasil. 24 de julho de 2023. Consultado em 25 de julho de 2023 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]