Damon Hill
Este artigo não cita fontes confiáveis. (Janeiro de 2012) |
Damon Hill | |
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Damon Hill em 2024. | |
Informações pessoais | |
Nome completo | Damon Graham Devereux Hill |
Nacionalidade | inglês britânico |
Nascimento | 17 de setembro de 1960 (64 anos) Londres, Grande Londres Inglaterra |
Progenitores | Pai: Graham Hill |
Registros na Fórmula 1 | |
Temporadas | 1992-1999 |
Equipes | 4 (Brabham, Williams, Arrows e Jordan) |
GPs disputados | 122 (115 largadas) |
Títulos | 1 (1996) |
Vitórias | 22 |
Pódios | 42 |
Pontos | 360 |
Pole positions | 20 |
Primeiro GP | GP da Grã-Bretanha de 1992 |
Primeira vitória | GP da Hungria de 1993 |
Última vitória | GP da Bélgica de 1998 |
Último GP | GP do Japão de 1999 |
Registros nas 24 Horas de Le Mans | |
Edições | 1989 |
Equipes | Richard Lloyd Racing |
Melhor resultado | 0 |
Vitórias em classe(s) | 0 |
Damon Graham Devereux Hill, OBE, ou simplesmente conhecido como Damon Hill, (Londres, 17 de setembro de 1960) é um ex-automobilista britânico. É filho do falecido bicampeão mundial de Fórmula 1 Graham Hill.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Damon Hill chegou tardiamente à Fórmula 1 depois de uma carreira anterior em corridas de motocicleta, não fazendo sua estreia até 1984. Ele lentamente subiu pela Fórmula 3 e Fórmula 3000, mostrando velocidade ocasionalmente. Em 1992, aos 31 anos de idade (mais dois em relação ao seu pai), Hill substituiu a italiana Giovanna Amati na equipe Brabham em total decadência. Com um carro que só tinha condições de fechar o grid e com muitas dificuldades financeiras, o piloto inglês conseguiu alinhar em dois GPs: Grã-Bretanha em Silverstone e Hungria em Hungaroring — (acabou sendo a última corrida da equipe na categoria). Hill também foi piloto de testes para a dominante equipe Williams-Renault e quando seu compatriota Nigel Mansell finalmente ganhou o campeonato daquele ano e deixou a equipe para pilotar na CART no ano seguinte. Com isso, em 1993, Hill foi promovido para piloto titular tendo como companheiro de equipe o francês Alain Prost. No Grande Prêmio da Alemanha, Hill tinha tudo para vencer a primeira prova na categoria, mas faltando duas voltas para o final, um furo lento no pneu traseiro esquerdo impediu que a primeira vitória acontecesse, mas na prova seguinte, no Grande Prêmio da Hungria, com os problemas de Prost: o motor apagou-se antes dele fazer a volta de aquecimento e teve que largar na última fila e para piorar uma vibração forte na asa traseira durante a prova, que os mecânicos tiveram que fazer o reparo e com isso perdeu muito tempo e mais os abandonos de Senna e Schumacher, Damon Hill finalmente conseguiu vencê-la. Após 24 anos e quase 3 meses, ele se tornou o primeiro piloto filho de um campeão de Fórmula 1 a também vencer assim como seu pai Graham Hill que conquistou a última vitória no Grande Prêmio de Mônaco de 1969. Após essa, o piloto inglês venceria duas provas seguidas: Bélgica e Itália. Com isso, ele chegou a vice colocação no campeonato. Contudo, ele perdeu essa colocação para Senna nas últimas duas provas, em que o brasileiro conquistou as últimas duas vitórias de sua vida. Num carro competitivo, terminou em 3º lugar com 69 pontos.
Em 1994, com o novo patrocínio da Rothmans, ele foi companheiro de Ayrton Senna, e após o falecimento do tricampeão brasileiro no GP de San Marino, Hill tornou-se o primeiro piloto da escuderia. Parecia que Michael Schumacher iria faturar o campeonato com muita antecedência, mas Hill veio para o páreo pelo título após o piloto alemão ser desclassificado no Grande Prêmio da Grã-Bretanha (por ultrapassar com Safety car na volta de aquecimento e ignorar a punição) e banido por duas corridas (por ignorar a bandeira preta). O piloto inglês da Williams seria também beneficiado com a desclassificação do seu rival após a corrida no Grande Prêmio da Bélgica, porque os comissários descobriram um desgaste anormal no assoalho da madeira no Benetton número 5. Este tinha 7,5 milímetros de espessura, bem abaixo dos 9 mm permitidos em desgaste, já que essa tábua tem 10 mm de espessura, quando montado nos carros.[carece de fontes] Com tudo isso, mais a ausência de Schumacher nos GPs: Itália e Portugal, Hill marcava 40 pontos e ia para a as últimas corridas para ganhar o campeonato. Na última etapa, em Adelaide, na Austrália, Hill estava 1 ponto atrás dele, e com grandes chances de conquistar o campeonato. Na 36ª volta, Schumacher, o líder da prova, abriu demasiado a curva e despistou-se, tocando no muro do circuito; o piloto alemão conseguiu voltar à pista e quando ia ser ultrapassado por Hill que vinha logo atrás, o piloto do Benetton número 5 não teve dúvidas e jogou o seu carro contra o Williams do inglês, para que o filho de Graham não fizesse a curva seguinte na frente dele. Com o abandono de Schumacher, Hill continuou na pista, mas com dificuldades para conduzir seu carro. O piloto conseguiu levá-lo até os boxes, mas os mecânicos da sua equipe não puderam fazer o conserto, porque com a colisão, o Williams número 0 teve a suspensão dianteira esquerda prensada e o piloto não conseguia realizar o movimento completo do volante. Sem condições de retornar ao circuito, Hill deixou o cockpit e foi para o fundo do boxe da equipe sentindo a perda do título que lhe escapou em suas mãos. Fechou com o vice-campeonato marcando 91 pontos.
Em 1995, Hill ficou novamente com o vice e os 69 pontos quando pela segunda vez consecutiva, Schumacher ganhou o título.
O título
[editar | editar código-fonte]Em 1996, ainda competindo pela Williams, Hill sagrou-se campeão mundial com 97 pontos, vencendo o companheiro de escuderia, o canadense Jacques Villeneuve (em seu primeiro ano na Fórmula 1) e a Ferrari de Schumacher, e se tornou o primeiro filho de campeão de Fórmula 1 a vencer um campeonato (seu pai, Graham Hill, havia sido campeão mundial em 1962 e 1968). Em 28 de agosto, Frank Williams anunciou que Damon Hill não pilotaria mais para a equipe, e sendo assim Damon Hill assinou com a equipe Arrows para a temporada de 1997.
GP memorável
[editar | editar código-fonte]O Grande Prêmio da Hungria quem chamou a atenção, não foi nem o canadense Jacques Villeneuve nem o alemão Michael Schumacher, que disputavam o campeonato palmo a palmo, mas sim, Damon Hill na surpreendente Arrows com pneus Bridgestone perfeitamente adaptados para a pista da Hungria. O piloto inglês, campeão do ano anterior, largou bem e deixou para trás a Williams número 3 de Villeneuve e pulava para a segunda posição. O piloto da Arrows número 1 não deixava a Ferrari número 5 do alemão ir embora. Na 10ª volta, no final da reta dos boxes, Hill consegue ultrapassá-lo e contorna a curva à frente dele e assumia a ponta da prova. O inglês liderou por 80% a corrida e tinha acumulado mais de 30 segundos de vantagem sobre Villeneuve, mas faltando três voltas, Hill fala com sua equipe pelo rádio que o acelerador não estava funcionando direito. Depois as marchas começaram a não entrar. Era um problema hidráulico... O filho de Graham tentava desesperadamente se manter na pista, mas ele perdia 10 segundos por volta. No início da última volta, Hill já podia vê-lo pelos retrovisores. No desespero de perder a primeira vitória da equipe, do motor Yamaha e dos pneus Bridgestone, ele balançava o carro de um lado para o outro para que pelo menos o acelerador e o câmbio funcionasse razoavelmente bem e não perdesse muito tempo. Com essa manobra perigosa, Villeneuve não teve alternativas a não ser colocar metade do seu carro na grama para superá-lo.[carece de fontes] Com a perda da inédita vitória, o piloto inglês da Arrows foi se arrastando no circuito húngaro e conseguiu terminar em 2º lugar. Nos boxes, Tom Walkinshaw chorava, os mecânicos não sabiam se faziam o mesmo ou sorriam de felicidade pela grande atuação do seu piloto, que era o mais festejado no podium e antes dele e mesmo com a grande injustiça sofrida, Hill ainda comemorou o segundo lugar. "Eu estou impressionado por ter chegado até o fim. Estou feliz em ser segundo, mas há uma mistura de emoções."
Em sua nova equipe, o piloto fez uma boa temporada com um carro claramente inferior. A sua grande atuação ficou aí terminando em 12º lugar com 7 pontos.
Final de Carreira na F1
[editar | editar código-fonte]Apesar da corrida na Hungria, estava claro que a Arrows não poderia dar-lhe o nível de competitividade de que precisava. Hill, então, competiu as duas temporadas seguintes pela Jordan, conseguindo a primeira vitória e com dobradinha da equipe, com Ralf Schumacher em segundo, no memorável Grande Prêmio da Bélgica de 1998. Ficou em 6º com 20 pontos.
Ele se aposentou da Fórmula 1 após uma má temporada em 1999. Sua carreira inclui 22 vitórias em Grandes Prêmios pela Williams e pela Jordan. Hill foi premiado com o BBC Sports Personality of the Year duas vezes, em 1994 e 1996, uma das três únicas pessoas a realizar essa façanha. Encerrou a carreira na categoria em 12º lugar com 7 pontos.
Depois da F1
[editar | editar código-fonte]Damon é casado com Georgie e eles têm quatro filhos: Oliver, Joshua, Tabitha e Rosie. Oliver nasceu com Síndrome de Down e Damon e Georgie são ambos ativos colaboradores com campanhas de caridade para portadores deste problema.
Após sua aposentadoria, o ex-piloto está envolvido com negócios e contribui com muitos artigos para revistas de automobilismo. Em 2005 ele chegou a testar um carro da GP2 Series. Ele, entretanto, descarta uma volta às corridas.
Damon além de pilotar, também mostra que tem algum talento com a guitarra, chegando a gravar uma participação especial num disco da banda Def Leppard, em 1999.
Resultados na Fórmula 1
[editar | editar código-fonte](legenda : Corrida em negrito indica pole position e corridas em itálico indica volta mais rápida)
Resultados na Fórmula 1
[editar | editar código-fonte]Vitórias na Fórmula 1 |
GP da Hungria de 1993 |
Apesar de sua carreira relativamente curta na Fórmula 1, de uma entrada bastante tardia para os padrões atuais e de competir com pilotos como Alain Prost, Ayrton Senna, Michael Schumacher, Nigel Mansell e Mika Häkkinen, entre outros, Hill fez uma carreira respeitável:
- é o 11º piloto da história da F1 em número de pontos;
- é o décimo em número de vitórias;
- venceu cinco corridas fazendo a Pole position e a melhor volta.
Temporada | Escuderia | Vitórias | Pontos | Posição final |
---|---|---|---|---|
1992 | Brabham Judd | - | - | - |
1993 | Williams-Renault | 3 | 69 | 3º |
1994 | 6 | 91 | Vice-Campeão | |
1995 | 4 | 69 | Vice-Campeão | |
1996 | 8 | 97 | Campeão | |
1997 | Arrows Yamaha | - | 7 | 12º |
1998 | Jordan Mugen | 1 | 20 | 6º |
1999 | - | 7 | 12º | |
Totais | 22 | 360 |
Comparação com parceiros de equipe
[editar | editar código-fonte]Ano | Pontos do Hill | Pontos do parceiro | Parceiro de equipe | Equipe |
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1992 | 0 | 0 | Eric van de Poele | Brabham |
1993 | 69 | 99 | Alain Prost | Williams |
1994 | 91 | 14 | David Coulthard | |
1995 | 69 | 49 | ||
1996 | 97 | 78 | Jacques Villeneuve | |
1997 | 7 | 2 | Pedro Paulo Diniz | Arrows |
1998 | 20 | 14 | Ralf Schumacher | Jordan |
1999 | 7 | 54 | Heinz-Harald Frentzen |
Vitórias por equipe
[editar | editar código-fonte]Williams: 21
Jordan: 1
Referências
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «site de fã» (em alemão)
- Entrevista completa a Damon Hill
- Nascidos em 1960
- Pilotos de Fórmula 1 da Inglaterra
- Naturais de Londres
- Ordem do Império Britânico
- Pilotos da equipe Brabham de Fórmula 1
- Pilotos da equipe Williams de Fórmula 1
- Pilotos da equipe Arrows de Fórmula 1
- Pilotos da equipe Jordan de Fórmula 1
- Pilotos campeões mundiais de Fórmula 1
- Pilotos de Fórmula 3000