Eleições estaduais no Ceará em 1998: diferenças entre revisões
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Revisão das 13h17min de 26 de maio de 2016
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Eleições estaduais no ![]() | ||||
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4 de outubro de 1998 (Decisão em primeiro turno) | ||||
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Ficheiro:Joseairton.jpg | |||
Candidato | Tasso Jereissati | Gonzaga Mota | José Airton | |
Partido | PSDB | PMDB | PT | |
Natural de | Fortaleza, CE | Fortaleza, CE | Aracati, CE | |
Vice | Beni Veras | Júlio Ventura Neto | Heitor Férrer (PDT) | |
Votos | 1.569.110 | 548.509 | 347.671 | |
Porcentagem | 62,72% | 21,92% | 13,9% | |
Titular Eleito | ||||
Eleição parlamentar de ![]() | ||||
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4 de outubro de 1998 Primeiro Turno | ||||
Líder | Luiz Pontes | Paes de Andrade | ||
Partido | PSDB | PMDB | ||
Natural de | Fortaleza, CE | Mombaça, CE | ||
Votos | 1.433.020 | 734.180 | ||
Porcentagem | 63,43% | 32,5% | ||
Titular(es) Eleito(s) | ||||
As eleições estaduais no Ceará em 1998 aconteceram em 4 de outubro como parte das eleições gerais no Distrito Federal e em 26 estados. Foram eleitos então o governador, o vice-governador, um senador, vinte e dois deputados federais e quarenta e seis estaduais numa disputa para governador onde vigoravam os dois turnos, porém como o eleito, Tasso Jereissati (PSDB), obteve mais da metade dos votos válidos o pleito foi decidido em primeiro turno e marcou a quarta vitória consecutiva do grupo político tassista.
Filho de Carlos Jereissati e genro de Edson Queiroz, o governador Tasso Jereissati nasceu em Fortaleza, é empresário formado em Administração de Empresas na Fundação Getulio Vargas e iniciou na vida política em 1976 ao ingressar no Centro Industrial do Ceará, fórum de debates econômicos e políticos. Filiado ao PMDB foi eleito governador do Ceará em 1986[1] e fez Ciro Gomes seu sucessor em 1990, ano em que eles ingressaram no PSDB[2] e uma vez fora do Palácio Iracema[3] Tasso Jereissati foi eleito presidente nacional do PSDB em setembro de 1991[4] e voltou ao governo em 1994[1] reelegendo-se sob a Emenda Constitucional nº 16 de 4 de junho de 1997 com votação recorde. Concluída a apuração o PSDB elegeu ainda o senador Luiz Pontes e obteve as maiores bancadas para deputado federal e deputado estadual.
A vitória de Tasso Jereissati contou com o auxílio de Ciro Gomes embora ele tenha disputado a presidência da República como rival do tucano Fernando Henrique Cardoso, candidato apoiado por Tasso. Na disputa por esse cargo os cearenses se dividiram entre Ciro Gomes, Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso evidenciando desgaste entre as maiores lideranças políticas do estado que, embora tenham permanecido unidas em 2002, passaram por situações vexatórias nos anos seguintes, pois se em 2006 Tasso Jereissati ignorou a candidatura do governador Lúcio Alcântara a reeleição embora fossem do mesmo partido e contribuiu com a vitória de Cid Gomes, irmão de Ciro, em 2010 houve a ruptura definitiva no tassismo quando o governador Cid Gomes reelegeu-se derrotando Marcos Cals, candidato de Tasso.
O triunfo de Tasso Jereissati foi marcado pelo confronto com o ex-governador Gonzaga Mota, patrono da candidatura do primeiro ao governo do estado em 1986 quando ambos pertenciam ao PMDB.
Candidatos a governador
Número | Candidato (em ordem alfabética) |
Partido | Vice-candidato | Coligação |
---|---|---|---|---|
33 | Antônio Reginaldo da Costa Moreira | PMN | Paulo Maciel | |
13 | José Airton Félix Cirilo da Silva | PT | Heitor Correia Férrer (PDT) | |
15 | Luiz de Gonzaga Fonseca Mota | PMDB | Júlio Ventura Neto (PFL) | |
45 | Tasso Ribeiro Jereissati | PSDB | Benedito Clayton Veras Alcântara (PSDB) | Avançando nas Mudanças |
16 | Valdir Alves Pereira | PSTU | Jacinta Silva de Sousa |
Candidatos a senador
O PT, que tinha como candidato a governador José Airton, não tinha candidato próprio ao Senado. O partido apoiou a candidatura do peemedebista Paes de Andrade. [5]
Número | Candidato (em ordem alfabética) |
Partido | Suplentes | Coligação |
---|---|---|---|---|
15 | Antonio Paes de Andrade | PMDB | 1º: Manuel Francisco Viana Neto 2º: José Ricardo Barroso Prado |
|
31 | Francisco Tarcísio Leite | PSN | 1º: Francisco José Caminha Almeida 2º: Eunizia Lopes Barroso |
|
45 | Luiz Alberto Vidal Pontes | PSDB | 1º: José Reginaldo Duarte 2º: José Valdomiro Távora de Castro |
Avançando nas Mudanças |
16 | Raimundo Pereira de Castro | PSTU | 1º: Manoel de Farias Maciel 2º: Francisco Francine Pereira Lima |
Resultados
Governador (turno único)
De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral do Ceará houve 560.499 (16,98%) votos em branco e 238.527 (7,23%) votos nulos calculados sobre um total de 3.300.859 eleitores com os 2.656.103 votos nominais assim distribuídos:[1]
Partido | Candidato | Votos | Votos (%) | |
---|---|---|---|---|
PSDB | Tasso Jereissati | 1 569 110 | ||
PMDB | Gonzaga Mota | 548 509 | ||
PT | José Airton | 347 671 | ||
PMN | Reginaldo Moreira | 18 304 | ||
PSTU | Valdir Alves | 18 239 | ||
Totais | 2 501 833 |
Senador
Conforme o Tribunal Regional Eleitoral do Ceará houve 637.352 (19,31%) votos em branco e 360.209 (10,91%) votos nulos calculados sobre um total de 3.300.859 eleitores com os 2.303.298 votos nominais assim distribuídos:[1]
Partido | Candidato | Votos | Votos (%) | |
---|---|---|---|---|
PSDB | Luiz Pontes | 1 433 020 | ||
PMDB | Paes de Andrade | 734 180 | ||
PSN | Tarcísio Leite | 73 647 | ||
PSTU | Raimundão | 18 239 | ||
Totais | 2 259 086 |
Deputados eleitos
Federais
Na distribuição das cadeiras os números foram os seguintes: PSDB doze, PMDB cinco, PFL uma, PPB uma, PT uma, PSB uma, PCdoB uma.[1]
Estaduais
Na disputa pelas 46 cadeiras da Assembleia Legislativa do Ceará o resultado foi o seguinte: PSDB vinte e uma, PMDB seis, PPS quatro, PT três, PFL duas, PPB duas, PTB duas, PDT duas, PL uma, PSC uma, PSB uma, PCdoB uma. [1]
Referências
- ↑ a b c d e f «Banco de dados do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará». Consultado em 25 de setembro de 2013
- ↑ Tasso Jereissati se filia ao PSDB e diz que sua opção é "definitiva" (online). Folha de S. Paulo, 17/01/1990. Página visitada em 25 de setembro de 2013.
- ↑ O Palácio da Abolição, só recuperaria seu status como sede do governo cearense em 2011.
- ↑ PSDB elege Tasso como presidente, mas não define o seu perfil político" (online). Folha de S. Paulo, 02/09/1991. Página visitada em 25 de setembro de 2013.
- ↑ «PT decide dar apoio a Paes ao Senado». Folha de S.Paulo. 16 de julho de 1998
- ↑ Renunciou em 2 de maio de 2001 para assumir uma cadeira de ministro no Tribunal de Contas da União e em seu lugar foi efetivado Nelson Otoch.
- ↑ Renunciou nos últimos dias de mandato, em 15 de janeiro de 2003, sendo efetivado Mauro Benevides.
- ↑ Secretário de Ciência e Tecnologia no governo Tasso Jereissati foi substituído por Nelson Otoch e Pimentel Gomes.