Jacinto (mitologia)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Jacinto (Mitologia))
 Nota: Para por outras definições de Jacinto, veja Jacinto.
Jacinto

Zéfiro e Jacinto
Por Eutimides, 490 a.C.
Filho(s) Anteis, Egleis, Liteia e Orteia

Jacinto (em grego: Υάκινθος, transl.: Hyákinthos), na mitologia grega, era um jovem mortal muito amado pelas divindades, principalmente por Apolo que o seguia aonde quer que ele fosse. Certa vez em que ambos se divertiam com um jogo, Apolo lançou o disco com tal habilidade para o céu que Jacinto, olhando admirado, correu para o apanhar, ansioso por fazer a sua jogada. Zéfiro (o vento oeste) também amava o jovem e, enciumado pela preferência por Apolo, mudou a direção do disco para que este o atingisse. Ao bater na testa de Jacinto, o disco fez com que o jovem caísse morto naquele instante. Apolo correu em desespero até ele e com toda sua habilidade médica tentou reavivar o corpo de Jacinto, mas a sua cura estava além de qualquer habilidade.

Apolo se sentiu tão culpado por sua morte que prometeu que Jacinto viveria para sempre com ele na memória do seu canto. Sua lira celebrá-lo-ia, seu canto entoaria a canção de seu destino e ele se transformaria numa flor. Assim, o sangue de Jacinto que manchara a erva, se transforma numa flor de um colorido mais belo que a púrpura tíria. Uma flor muito semelhante ao lírio, porém, roxa. Nela foi gravada a saudade e o pesar de Apolo com o lamento "Ai! Ai!" que ele escreveu na flor, como até hoje se vê. A flor carrega seu nome e renasce todas as primaveras relembrando o seu destino.

A flor mencionada não parece ser o jacinto moderno conhecido; talvez se trate de alguma espécie de íris, de esporinha ou de amor-perfeito.

Filhas de Jacinto[editar | editar código-fonte]

Jacinto
Museu do Louvre

Jacinto (provavelmente, segundo analistas, um outro espartano de mesmo nome[1]) era um espartano que vivia em Atenas quando esta estava sendo atacada por Minos.[2] Minos, não conseguindo tomar Atenas, rezou a Zeus pedindo vingança, que fez Atenas sofrer fome e peste.[2]

Os atenienses, atendendo a um oráculo, sacrificaram as quatro filhas de Jacinto, Anteis, Egleis, Liteia e Orteia, no túmulo do ciclope Geresto.[2] Isso não adiantou, e o oráculo sugeriu a rendição incondicional (dar a Minos o que quiser). Minos então exigiu como tributo a entrega de sete rapazes e sete damas para serem sacrificados ao Minotauro.[2]

Família[editar | editar código-fonte]

Existem várias versões sobre sua família. O próprio Pseudo-Apolodoro dá duas versões.

Árvore genealógica segundo Pseudo-Apolodoro, Livro I:[3][4]

Zeus
Mnemósine
Magnes
Clio
Piero
Jacinto

Árvore genealógica segundo Pseudo-Apolodoro, Livro III; por simplificação os tios e sobrinhos de Jacinto foram omitidos.[5]

Lacedemão
Esparta
Lápito
Amiclas
Diomede
Cinorta
Jacinto



Referências