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Guerra Civil Líbia (2011): diferenças entre revisões

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== Antecedentes ==
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=== Khadafi no poder ===
=== Lizandra Xavier No poder ===
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Em 1969, a [[Líbia]] passava por uma grande insatisfação popular pelo governo de [[Idris I]].<ref>[http://www.webcitation.org/5woom3ygF Qaddafi Is No Mubarak as Regime Overthrow May Trigger a 'Descent to Chaos']. Gregory Viscusi, [[Bloomberg]].com, 23 de fevereiro de 2011.</ref> O petróleo do país era usado pelos [[Estados Unidos]] sem que a Líbia e seus habitantes recebessem melhorias. Gaddafi era um dos líderes dessas insatisfações e, após o golpe de estado de 1º de setembro de 1969, instalou-se no poder. As primeiras decisões de Gaddafi foram proibir [[Bebida alcoólica|bebidas alcoólicas]] e [[Jogo de azar|jogos de azar]]. O país também passa a ser rígido e a seguir fielmente os preceitos [[Islamismo|islâmicos]], retirando todos as comunidades judaicas do país.
Em 1969, a [[Líbia]] passava por uma grande insatisfação popular pelo governo de [[Idris I]].<ref>[http://www.webcitation.org/5woom3ygF Qaddafi Is No Mubarak as Regime Overthrow May Trigger a 'Descent to Chaos']. Gregory Viscusi, [[Bloomberg]].com, 23 de fevereiro de 2011.</ref> O petróleo do país era usado pelos [[Estados Unidos]] sem que a Líbia e seus habitantes recebessem melhorias. Gaddafi era um dos líderes dessas insatisfações e, após o golpe de estado de 1º de setembro de 1969, instalou-se no poder. As primeiras decisões de Gaddafi foram proibir [[Bebida alcoólica|bebidas alcoólicas]] e [[Jogo de azar|jogos de azar]]. O país também passa a ser rígido e a seguir fielmente os preceitos [[Islamismo|islâmicos]], retirando todos as comunidades judaicas do país.

Revisão das 15h50min de 17 de novembro de 2011

Guerra Civil Líbia
em árabe: الحرب الأهليّة في ليبيّا
Parte da Primavera Árabe
Ficheiro:Libyancivilwar2.png
Data 15 de fevereiro - 23 de outubro de 2011 (8 meses e 11 dias)
Local Líbia
Desfecho Derrubada do governo de Muammar al-Gaddafi
  • Forças Anti-Gaddafi assumem o controle do país.
  • Morte de Muammar Gaddafi.
  • O Conselho Nacional de Transição assume como novo governo líbio sendo reconhecido pela comunidade internacional.
Beligerantes
Líbia Conselho Nacional de Transição (CNT)
  • Exercito de Libertação Nacional
  • Força Aérea da Líbia livre
  • Forças Anti-Gaddafi
  • Conselheiros militares estrangeiros
Líbia Líbia de Gaddafi
Comandantes
Líbia Mustafa Abdul Jalil
(Presidente da CNT)
Líbia Abdul Hafiz Ghoga
(Vice-Presidente da CNT)
Líbia Mahmoud Jibril
(Interino primeiro-ministro da Líbia)
Líbia Jalal al-Digheily
Líbia Omar El-Hariri
Líbia Abdul Fatah Younis
(Morto em combate)
(assassinado em 28 de julho em Benghazi)
Líbia Mahdi al-Harati
Líbia Abu Oweis
Líbia Abdul Hassan
Líbia Suleiman Mahmoud
Líbia Khalifa Belqasim Haftar
Líbia Khalid Shahmah

OTAN Anders Fogh Rasmussen
(Secretário Geral da OTAN)
OTAN James G. Stavridis
(Comandante Supremo Aliado da Europa)
OTAN Charles Bouchard
(Comandante Operacional)
OTAN Ralph Jodice
(Comandante Aéreo)
OTAN Rinaldo Veri
(Comandante Marítimo)
OTAN Carter Ham


Albânia Sali Berisha
(Primeiro-ministro da Albânia)
Albânia Xhemal Gjunkshi
Canadá Stephen Harper
(Primeiro-ministro do Canadá)
Canadá Marc Lessard
(Comandante da Força Expedicionária canadense)
Dinamarca Lars Løkke Rasmussen
(Primeiro-ministro da Dinamarca até 03 de outubro)
Dinamarca Helle Thorning-Schmidt
(Primeiro-ministro da Dinamarca a partir de 03 de outubro)
Dinamarca Knud Bartels
França Nicolas Sarkozy
(Presidente da França)
França Édouard Guillaud
Itália Giorgio Napolitano
(Presidente da Itália)
Itália Silvio Berlusconi
(Primeiro-ministro da Itália)
Itália Rinaldo Veri
Noruega Jens Stoltenberg
(Primeiro-ministro da Noruega)
Noruega Harald Sunde
Reino Unido David Cameron
(Primeiro-ministro do Reino Unido)
Reino Unido Sir Stuart Peach
(Chefe de Operações Conjuntas)
Estados Unidos Barack Obama
(Presidente dos Estados Unidos)
Estados Unidos Carter Ham
Estados Unidos Samuel J. Locklear
Suécia Sverker Göranson
Jordânia Abdullah II
Catar Hamad bin Khalifa
=Emirados Árabes Unidos Khalifa bin Zayid Al Nahyan
Líbia Muammar al-Gaddafi
(Morto em combate)
Filhos de Muammar al-Gaddafi:
Líbia Saif al-Islam Gaddafi
Líbia Khamis al-Gaddafi
(Morto em combate)
Líbia Saif al-Arab al-Gaddafi
(Morto em combate)
Líbia Al-Mu'tasim-Billah al-Gaddafi
(Morto em combate)
Líbia Al-Saadi al-Gaddafi
Líderes militares:
Líbia Abdullah Senussi
(Chefe da Inteligência Militar)
Líbia Abu-Bakr Yunis Jabr
(Morto em combate)
(Ministro da Defesa)
Líbia Massoud Abdelhafid
(Chefe da polícia secreta)
Líbia Baghdadi Mahmudi
(Primeiro-ministro da Líbia)
Líbia Mahdi al-Arabi
(Prisioneiro de guerra)
(Vice-chefe de pessoal do Exército e comandante das forças especiais)
Líbia Moussa Ibrahim
(O porta-voz do governo da Líbia)
Líbia Mohamed Abu Al-Quasim al-Zwai
(Prisioneiro de guerra)
(Secretário-Geral do Congresso Geral do Povo)
Líbia Abuzed Omar Dorda
(Prisioneiro de guerra)
(Chefe da Inteligência Nacional)

Líbia Khouildi Hamidi
(Prisioneiro de guerra)
(Vice-chefe da polícia secreta)
Líbia Salih Rajab al-Mismari
(Ministro de Segurança Pública)
Líbia Abdul Ati al-Obeidi
(Prisioneiro de guerra)
(Ministro dos Negócios Estrangeiros)
Líbia Rafi al-Sharif
(Chefe da Marinha)
Líbia Ali Sharif al-Rifi
(General e Chefe da Força Aérea)
Líbia Ali Kana
(General e comandante das forças do sul)
Líbia Awad Hamza
(Líder de Infantaria)
Líbia Bashir Hawadi
(General e comandante de campo)
Líbia Mustafa al-Kharoubi
(General e militar estrategista)
Líbia Nasr al-Mabrouk
(General e comandante da polícia primária)
Líbia Mansour Daw
(Prisioneiro de guerra)
(Chefe da guarda pessoal de Gaddafi)
Líbia Muftah Anaqrat
(Morto em combate)
(Brigadeiro)
Forças
17.000 soldados desertores e voluntários
Forças internacionais
20.000 - 40.000 soldados e mercenários
Baixas
5.667 - 7.059 combatentes da oposição e simpatizantes mortos, 2.886 - 3.005 desaparecidos

Turquia 2 soldados mortos
Países Baixos 3 Marinheiros holandêses capturados (liberados mais tarde)


2.580 - 3.231 soldados mortos, 7.000 capturados*
Estimativa total de baixas em ambos os lados, incluindo civis:
25.000 - 30.000 mortos, 4.000 desaparecidos

* Grande número de civis leais ou imigrante, e não militares, entre os capturados pelos rebeldes, somente um mínimo estimado de 1.542+ foram confirmados como soldados.

Guerra Civil Líbia[1] (em árabe: الحرب الأهليّة في ليبيّا) foi um conflito bélico que ocorreu neste país do norte africano. Começou com uma onda de protestos populares contra a ditadura de Muammar Gaddafi,[2] com reivindicações sociais e políticas, iniciada em 13 de fevereiro de 2011 na Líbia.[3] Faz parte do movimento de protestos nos países árabes em 2010 e 2011. Tal como na revolução na Tunísia e na revolução no Egito, os manifestantes exigiam mais liberdade e democracia, mais respeito pelos direitos humanos, uma melhor distribuição da riqueza e a redução da corrupção no seio do Estado e das suas instituições.[4] O chefe de Estado líbio, Muammar al-Gaddafi, também conhecido pelos nomes Gaddafi, Kadhafi e Qaddafi,[5] era o chefe de Estado árabe no cargo há mais tempo: liderou a Líbia durante 42 anos[6]

As principais alterações ocorreram nas cidades de Al Bayda', Derna, Bengasi e Bani Walid e em vários outros locais, porém em menor grau. Para evitar o "efeito dominó" dos vizinhos Tunísia e Egito, o governo líbio reservou um fundo de 24 milhões de dólares no dia 27 de janeiro de 2011, para financiar a construção de habitações e desenvolver socialmente o país. Vários intelectuais aliaram-se aos manifestantes, e, na sua maioria, foram presos, como o escritor e comentarista político Jamal al-Hajji, preso em 1° de fevereiro, que teria "apelado pela Internet aos protestos pela liberdade na Líbia",[7] e acusado dois dias depois, o que motivou protestos da Amnistia Internacional que alega que al-Hajji está preso por razões políticas não-violentas.[7]

Antecedentes

Ficheiro:Muammar Abu Minyar al-Gaddafi in Dimashq.jpg
Muammar al-Gaddafi

Lizandra Xavier No poder

Ver artigo principal: Muammar al-Gaddafi

Em 1969, a Líbia passava por uma grande insatisfação popular pelo governo de Idris I.[8] O petróleo do país era usado pelos Estados Unidos sem que a Líbia e seus habitantes recebessem melhorias. Gaddafi era um dos líderes dessas insatisfações e, após o golpe de estado de 1º de setembro de 1969, instalou-se no poder. As primeiras decisões de Gaddafi foram proibir bebidas alcoólicas e jogos de azar. O país também passa a ser rígido e a seguir fielmente os preceitos islâmicos, retirando todos as comunidades judaicas do país.

No período de Gaddafi, houve melhorias na moradia, já que antes de Gaddafi, algumas pessoas povoavam os centros urbanos com barracos de metal. Foi praticamente erradicado o analfabetismo no país. A Líbia avançou nos setores sociais e econômicos graças aos lucros do petróleo.[9]

Corrupção e direitos humanos

A maior parte dos recursos da Líbia tem sido controlada pela família de Gaddafi.[10] Conforme o Departamento de Estado, "A Líbia é uma cleptocracia em que o regime — tanto a família de Gaddafi, ou por seus aliados políticos — tem uma participação direta em qualquer coisa que vale a pena comprar, vender ou possuir."[11]

58% do Produto Interno Bruto líbio vem da produção de petróleo.[12] Acredita-se que a maior parte da riqueza adquirida pela venda do petróleo líbio foi utilizada para a compra de armas e para patrocinar a violência em todo o mundo.[13][14] De acordo com o Índice de Liberdade de Imprensa, a Líbia é o país com maior censura do norte da África.[15] A Líbia foi suspensa do Conselho de Direitos Humanos da ONU por cometer violações aos direitos humanos no país, principalmente contra os opositores ao governo.[16]

Acontecimentos

A bandeira da antiga monarquia líbia tem sido usada durante os protestos contra Gaddafi.

As primeiras manifestações começaram em 15 de fevereiro de 2011 e nos próximos dias, mais de uma dezena de manifestantes foram mortos em confrontos com tribos pro-Gaddafi e a polícia secreta. Também foi relatado que a repressão atingiu um alto nível, tendo ocorrido bombardeios indiscriminados de cidades, franco-atiradores assassinando manifestantes, causando também um declínio na economia da Europa, onde o euro caiu e os preços do petróleo em Londres subiu para níveis acima de 110 dólares.[17]

Os protestos contra a intransigência do governo e a brutal repressão contra os manifestantes, degeneraram em uma revolta que se espalhou rapidamente por Cirenaica, a parte oriental do país, tradicionalmente contrária a Gaddafi.[18] A maior parte do exército nesta área se juntou à oposição, enquanto partidários do regime abandonaram suas armas e seus quartéis .[19]

Os rebeldes neste momento já se organizavam em grupos paramilitares. Ocupando militarmente cidades líbias.

A parte ocidental da Líbia também começou a cair sob o controle dos grupos anti-Gaddafi, deixando Tripoli, a capital do país, cercada por cidades controladas pelos manifestantes.[20] A proximidade dos adversários fez com que as forças leais ao regime lançassem uma série de ataques a essas cidades na tentativa de recuperá-las,[21] causando muitas baixas, mas sem conseguir impedir que a oposição avançasse pela capital.[22]

A maioria das nações condenaram veementemente o governo da Líbia de Gaddafi pelo uso de violência contra os manifestantes, que já matou centenas de pessoas no país .[23] Os Estados Unidos impuseram sanções contra Gaddafi. O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou uma resolução com o congelamento do patrimônio de Gaddafi e 10 membros de seu círculo íntimo. A resolução também impôs uma proibição de viajar e se refere a Líbia para investigação no Tribunal Penal Internacional.[24] No entanto, alguns chefes de Estado da América Latina manifestaram apoio ao governo de Gaddafi [23] pelo qual foram criticados.[25][26][27][28]

No dia 4 de abril de 2011, o jornal "The New York Times" noticiou que dois dos filhos do líder líbio Muammar al-Gaddafi tentaram articular uma transição para uma democracia constitucional que incluiria a saída do pai do poder. A transição seria conduzida por um dos filhos de Gaddafi, Saif al-Islam Gaddafi.[29] Os rebeldes, contudo, recusaram a proposta.[30]

Devido a evidências diretas de crimes contra a humanidade cometidos pelas tropas do governo contra os rebeldes e civis líbios, nas áreas de insurreição e combate, em 16 de maio de 2011, Luis Moreno Ocampo, Procurador-Chefe do Tribunal Penal Internacional, sediado em Haia, solicitou mandato internacional de captura e prisão contra o líder líbio, por crimes contra a Humanidade.[31]

Resolução da ONU e intervenção militar

A resolução 1973 da ONU, proposta pela França, Reino Unido e Líbano,[32][33] prevê um cessar fogo imediato, uma zona de exclusão aérea e uma ocupação externa, para proteger os civis.[34] Foi aprovada por 10 votos a favor (África do Sul, Bósnia e Herzegovina, Colômbia, Gabão, Líbano, Nigéria, Portugal, e os membros permanentes Estados Unidos, França e Reino Unido) e 5 abstenções (Alemanha, Brasil e Índia, e os membros permanentes China e Rússia).[35]

A intervenção militar começou com os caças Rafale sobrevoando sobre as cidades de Trípoli e Bengasi. Os primeiros tiros destruíram 4 blindados e os submarinos norte-americanos lançaram 110 mísseis Tomahawk, para atingir vinte locais estratégicos das forças pró-Gaddafi. As forças leais a Gaddafi reagiram com ataques às forças de coalizão internacional.[36][37]

A OTAN diz que a operação militar será mantida até que Gaddafi deixe o poder. De acordo com o secretário-geral da OTAN, seiscentos voos de combate operam na Líbia desde o fim de março.[38] Os líderes da BRICS,na cúpula em Sanya, condenam os ataques na Líbia, mas não procuram condenar as operações da OTAN. Eles defendem a busca do diálogo, mas afirmam que vão apoiar eventuais ações apoiadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.[39]

Invasão a Trípoli

Ver artigo principal: Segunda Batalha de Trípoli
Notícia brasileira da invasão a Trípoli.

No dia 21 de agosto, os rebeldes começaram a invasão a Trípoli,[40] capital líbia. Os insurgentes colocaram os três filhos de Muammar al-Gaddafi em prisão domiciliar, sendo que Saif Al-Islam não foi detido e o outro filho, Mohamed Gaddafi, escapou. Saif Al-Islam diz que seu pai está a salvo em Trípoli.[41] No dia 23 de agosto, rebeldes tomaram o quartel-general de Muammar al-Gaddafi e o enviado da ONU a Líbia disse que o país estará totalmente nas mãos dos opositores no dia 26 de agosto.[42][43] No mesmo dia (24 de agosto na Líbia), Gaddafi ressurge em mensagem por rádio prometendo "morte ou vitória" e disse que a saída do quartel-general invadido foi um movimento tático após o local ser bombardeado por aviões da OTAN.[44] Em 28 de agosto, os rebeldes anunciaram que tinham a cidade sobre controle.[45][46] Alguns membros da família de Gaddafi fugiram então para a Argélia.[47] Já o paradeiro do líder deposto permanecia incerto,[48] porém evidências sugeriram que ele deixou a capital no dia 26 e se dirigiu para a cidade de Sabha. Contudo, Gaddafi tinha de fato se dirigido para Sirte, cidade ainda controlada por forças leais a ele.[49] Após esta vitória, o Conselho Nacional de Transição transferiu sua sede para a capital Trípoli e iniciou as últimas ofensivas da guerra afim de assumir o controle de todo o território.[50]

Ultimos combates e morte de Gaddafi

Após conquistar a capital Trípoli, os rebeldes se prepararam para lançar sua nova campanha ofensiva a fim de derrotar as forças pró-Gaddafi remanescentes do noroeste da Líbia, em especial na cidade de Sirte que já estava sendo atacada mesmo enquanto as lutas em Trípoli ainda prosseguiam. Os rebeldes então tomaram a cidade de Gadamés próxima a tríplice fronteira com a Tunísia e com a Argélia em 29 de agosto. Membros da família de Gaddafi teriam se refúgiado na Argélia segundo fontes de dentro e fora da Líbia.[51] Em setembro, a fortaleza de Gaddafi em Bani Walid foi cercada por forças do Conselho Nacional de Transição, que reportavam que o filho de Gaddafi, Saif al-Islam, estava escondido lá.[52]

Em 20 de outubro de 2011, a cidade de Sirte oficialmente caiu sob controle do Governo de Transição e então a impressa ligada ao CNT informou oficialmente a rede de TV árabe Al Jazeera que Muammar Gaddafi tinha sido capturado.[53][54] De acordo com Abdel Majid, Gaddafi teria sido ferido a tiros nas pernas.[55] Outras informações dizem que o ex-líder teria morrido devido a estes ferimentos.[56][57] Mais tarde a Al Jazeera mostrou imagens do corpo de Gaddafi logo após sua morte.[58]

Tribos líbias

As tribos líbias

A sociedade líbia se organiza através de 140 tribos, sendo algumas mais importantes que outras.[59] Embora alguns líbios acreditam que a divisão entre tribos pode dificultar a igualdade de oportunidades e o desenvolvimento da sociedade civil, muitos líbios se identificam como pertencente a uma tribo.[60]

Gaddafi sempre favoreceu a divisão entre tribos. No dia 23 de fevereiro, foi feita uma reunião em Al Bayda entre os líderes da tribos. Segundo Abdul Fatah Yunis, político líbio, como consequência dessa reunião, a maioria das tribos se unir para se opor ao governo de Gaddafi.[61] Para consolidar o governo de Muammar al-Gaddafi, teve que fazer alianças com várias dessas tribos. As mais importantes tribos são:[59]

  • Warfallah: Contém um milhão de integrantes, o que representa um sexto da população. Seus líderes pediram abertamente que o líder líbio abandonasse a Líbia.
  • Magarha: É a segunda mais importante e localiza-se a oeste da Líbia. Seus representantes ocuparam cargos públicos no governo de Gaddafi e ainda são leais ao governo líbio.
  • Gaddadfa: Tribo consolidado no Golfo de Sirte, é de onde vem o líder líbio. Essa tribo tem domínio sobre as instituições de segurança e aviação.
  • Al-Zintan: Se situa entre as cidades de Jadu e Yafran, a pouca distância de Trípoli. O porta-voz dirigiu-se aos seguidores de Gaddafi com as seguintes palavras: "Pedimos também aos fiéis do regime corrupto, que são poucos, que se unam a essa revolução para que não deixem passar a oportunidade de serem perdoados".[62]

Conforme alguns historiadores, as tribos não irão submeter-se ao domínio das potências mundiais após a ofensiva da OTAN e preveem que essa situação pode desencadear um conflito dentro do próprio território.[59]

Situação humanitária

A situação humanitária é considerada como angustiante, em Trípoli e oeste da Líbia. O principal hospital traumatológico da Líbia, o Hospital Abu Salim, parou de funcionar devido a falta de funcionários, deixando dezenas de pacientes. Além disso, há falta de água em diversos locais de Trípoli e na parte oeste da Líbia, tornando-se cada vez mais difícil obter água potável. Essa situação atingiu até mesmo as garrafas de água no supermercado.[63] Há também uma certa escassez de remédios, vacinas e outros artigos médicos nos hospitais e centros de saúde. Devido aos efeitos das sanções financeiras, a importação dos suprimentos médicos foi fortemente reduzida.[64]

Há críticas sobre como estão sendo tratados os imigrantes. Em 24 de junho de 2011, em meio à reunião do Conselho Europeu para discutir a situação dos imigrantes, a organização Médicos Sem Fronteiras condenou os termos do acordo bilateral assinado em 17 de junho entre a Itália e o Conselho Nacional de Transição da Líbia. O acordo tem como objetivo estabelecer uma cooperação na luta contra os imigrantes ilegais, visando principalmente à repatriação forçada dessas pessoas, enquanto a guerra continua. A organização criticou a atitude da Itália, considerando "inaceitável que um país que participa dos bombardeios em nome da proteção da população civil da Líbia dê as costas às vítimas da guerra (...) As pessoas chegando de barco da Líbia estão fugindo da violência, e precisam de proteção internacional. Repatriar esses indivíduos, assim como empurrá-los de volta para a Líbia durante a travessia marítima, constitui uma violação da obrigação internacional de non-refoulement (não-devolução)". Como parte de suas atividades, MSF está tratando pessoas que procuraram refúgio no centro de Mineo, na Sicília, e no acampamento de Choucha, na Tunísia. "Próximo de Lampedusa, os italianos nos capturaram, amarraram uma corda em nosso barco e nos conduziram de volta para a Líbia, onde ficamos detidos e fomos torturados e obrigados a ligar para nossas famílias pedindo dinheiro para nosso resgate", disse um jovem somali no acampamento de Choucha, que foi devolvido à Líbia antes do início da guerra civil.[65]

Reação internacional

Órgãos internacionais

Países

  •  Argélia: Abrigou a família de Gaddafi.[47] O país não reconhece o Conselho Nacional de Transição e foi contra a zona de exclusão aérea na Líbia.[70]
  •  Argentina: Se mostra preocupado diantes de graves violações de direitos humanos na Líbia e apoiou a convocar uma sessão especial do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas em Genebra.[71]
  •  Brasil: É contra a violência aos manifestantes. Procura-se unir com outros países lusófonos, como Portugal, para tomar decisões.[72] Publicou em nota oficial o pedido de cessar-fogo imediato na Líbia.[73]
  •  Canadá: Diz que cumprirá determinações da ONU contra a Líbia e que isso dificultará o acesso às armas para que podem ser usadas contra a população.[74]
  •  China: Desde o princípio o governo chinês foi contra a intervenção militar na Líbia. O porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores da China pediu um cessar-fogo imediato para resolver a questão da Líbia de forma pacífica e disse que a China "está muito preocupada por causa das notícias de civis vítimas de ataques das forças multinacionais".[75]
  •  Colômbia: Condena a violência de forças policiais contra os manifestantes.[76]
  •  Cuba: É contra qualquer intervenção estrangeira na Líbia e também reiterou um pedido de calma para as autoridades da Líbia.[77]
  •  Egito: O chanceler Mohamed Kamel Amr declarou apoio ao novo sistema da Líbia.[78]
  •  Estados Unidos: O presidente Barack Obama condena a violência, mas não faz qualquer referência a renúncia de Gaddafi.[79] No dia 25 de fevereiro, o governo dos Estados Unidos anunciou que colocaria sanções unilaterais contra a Líbia e que coordenará sanções internacionais. Entre as medidas em estudo para tornar o regime de Gaddafi "responsável" inclui a imposição de um embargo de armas e o congelamento de fundos da Líbia para o uso da violência por parte do regime de Muammar al-Gaddafi.[80]
  •  França: Solicitou, junto com o Reino Unido, que Muammar al-Gaddafi seja julgado por crimes contra a humanidade.[81] Foi o primeiro país a reconhecer o Conselho Nacional de Transição como o governo legítimo da Líbia.[82]
  • Irã Irão: O presidente disse que o povo árabe "cavará a cova" dos soldados ocidentais, se houvesse uma intervenção dos mesmos.[83]
  • Nicarágua: Daniel Ortega, presidente da Nicarágua, declarou apoio a Gaddafi se caso houvesse uma guerra civil.[84][85]
  •  Peru: No dia 23 de fevereiro de 2011, cortou relações diplomáticas com a Líbia.[86]
  •  Rússia: Exige da Líbia o fim da repressão e o respeito aos direitos humanos.[87]
  •  Venezuela: É contra a interferência estrangeira na Líbia, e o presidente Hugo Chávez disse que ninguém pode condenar as ações de Gaddafi, pois quem ataca o Afeganistão e o Iraque não tem moral para condenar ninguém.[88]. Em 1 de março defende que alguns países formem uma comissão de mediação como meio de buscar uma saída pacífica ao conflito interno que vive a Líbia.[89]
  •  Zimbabwe: Apoia Gaddafi e enviou tropas para ajudá-lo. O governo britânico acreditava que Gaddafi poderia fugir para esse país.[90]

Referências

  1. «Libya». Al Jazeera English. Consultado em 28 de outubro de 2011 
  2. Lucas Ferras (25 de agosto de 2011). «Brasil é solidário à liberdade do povo da Líbia, diz Patriota». Folha.com. Consultado em 28 de outubro de 2011 
  3. Gazeta do Povo. «Medo assola Trípoli e Kadafi perde controle do leste da Líbia». Consultado em 24 de fevereiro de 2011 
  4. G1. «Rebelião antigoverno divide a Líbia; pressão internacional cresce». Consultado em 24 de fevereiro de 2011 
  5. Paula Resende, do R7. «Gaddafi, Khadafi, Qaddafi e Kadafi são a mesma pessoa?». Consultado em 27 de fevereiro de 2011 
  6. Hala Kodmani (16 de fevereiro de 2011). «Manifs en Lybie : Kadhafi, le révolutionnaire révolutionné» (em francês). Consultado em 17 de fevereiro de 2011 
  7. a b «Libyan writer detained following protest call» (em inglês). Amnesty International. 8 de fevereiro de 2011. Consultado em 8 de fevereiro de 2011. Cópia arquivada em 8 de fevereiro de 2011 
  8. Qaddafi Is No Mubarak as Regime Overthrow May Trigger a 'Descent to Chaos'. Gregory Viscusi, Bloomberg.com, 23 de fevereiro de 2011.
  9. Mohamed Hussein (22 de fevereiro de 2011). «Análise: Enfraquecimento de apoio tribal pode erodir poder de Khadafi». BBC. Consultado em 13 de abril de 2011 
  10. Francesca Rheannon (4 de março de 2011). «Lesson from Libya: Despotism, Poverty and Risk» (em inglês). Reuters. Consultado em 21 de setembro de 2011 
  11. Eri Lichtblau, David Rohde e James Risen (24 de março de 2011). «Shady Dealings Helped Qaddafi Build Fortune and Regime» (em inglês). The New York Times. Consultado em 21 de setembro de 2011 
  12. Nate Silver (31 de janeiro de 2011). «Egypt, Oil and Democracy». The New York Times. Consultado em 21 de setembro de 2011 
  13. «Endgame in Tripoli». The Economist. 24 de fevereiro de 2011. Consultado em 21 de setembro de 2011 
  14. Geoffrey Leslie Simons (1993). Libya – The Struggle for Survival. [S.l.]: St. Martin's Press. p. 281. ISBN 978-0-312-08997-9 
  15. «Press Freedom Index 2010». Consultado em 09 de abril de 2011  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  16. «Líbia é suspensa do Conselho de Direitos Humanos.». BBC Brasil. 1 de março de 2011. Consultado em 28 de março de 2011 
  17. http://www.eleconomista.es/energia/noticias/2853149/02/11/El-crudo-Brent-sube-un-517-por-ciento-hasta-los-11125-dolares.html
  18. La Cirenaica lidera la sublevación en El País
  19. Los soldados de la zona oriental retiran su apoyo a Gadafi en El País
  20. La revuelta se contagia al oeste de Libia en El País
  21. Gadafi lucha a la desesperada para mantener el control del oeste de Libia en El País
  22. Los rebeldes avanzan hacia Trípoli en El País
  23. a b Nicholas Casey; José de Córdoba (February 26, 2011). «Where Gadhafi's Name Is Still Gold». The Wall Street Journal  Verifique data em: |data= (ajuda)
  24. Wyatt, Edward (February 26, 2011). «Security Council Calls for War Crimes Inquiry in Libya». The New York Times. Consultado em 27 February 2011  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  25. Chinchilla blasts Ortega for Gadhafi support, The Tico Times
  26. «Humala criticizes Chavez for supporting Gaddafi». Livinginperu.com. Consultado em 28 de fevereiro de 2011 
  27. «Jewish group slams 'solidarity' with Gadhafi». Foxnews.com. 1 de fevereiro de 2010. Consultado em 28 de fevereiro de 2011 
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Ligações externas

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