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João Álvares Frovo

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João Álvares Frovo
Nascimento 16 de novembro de 1602
Lisboa
Morte 29 de janeiro de 1682
Lisboa
Cidadania Reino de Portugal
Ocupação bibliotecário, compositor

João Álvares Frovo ou Joam Alvarez Frouvo (Lisboa, 16 de novembro de 1602Lisboa, 29 de janeiro de 1682) foi um bibliotecário, capelão, compositor e tratadista português do Barroco.

Biografia

Sé de Lisboa

João Álvares Frovo (ou Frouvo) nasceu na cidade de Lisboa em 16 de novembro de 1602. Na sua família existia outro notável elemento, o seu tio Gaspar Alves Lousada, um antiquário de quem provavelmente recebeu formação e gosto pela literatura. Na sua educação musical deu-se na Sé de Lisboa, igualmente com um grande mestre, o famoso compositor Duarte Lobo. Demonstrava nas suas obras conhecer extensivamente a obra de autores latinos e gregos, assim como dos compositores europeus que o precederam. Alguns livros que fizeram parte da sua biblioteca pessoal ainda existem e são guardados atualmente na Biblioteca Nacional de Portugal.[1]

Frovo exerceu funções como capelão e bibliotecário do rei D. João IV, auxiliando-o na construção da famosa Biblioteca Real de Música. Ao mesmo tempo, escreveu bastantes obras musicais e tratados de Música. Em 1647, foi o sucessor de Duarte Lobo como mestre de capela da Sé de Lisboa. Morreu a 29 de janeiro de 1682, sendo sepultado na catedral lisbonense. O seu posto foi ocupado por um dos seus discípulos, Manuel Nunes da Silva.[1]

Obra

  • 1662 - Discursos sobre a perfeiçam do Diathesaron, & louvores do numero quaternario em que elle se contem (Lisboa: António Craesbeck de Melo)[1]

Obra perdida

  • c. 1651 - Speculum Universale in quo exponuntur omnium ibi contentorum Auctorum loci, ubi de quolibet Musices genere disserunt, vel agunt (2 volumes manuscritos)
  • sem data - Theorica, e Practica da Musica (manuscrito)
  • sem data - Breve Explicação da Musica (manuscrito)
  • sem data - Livro de Hymnos a 4 vozes (manuscrito)
  • sem data - Livro de Missas (manuscrito)
  • Missas de Coros a 16 vozes
  • Dois salmos da Noa a 8 vozes
  • Salmos de Vésperas a 8, 10 e 12 vozes
  • Salmo de Completas a 20 vozes
  • Diversos motetes a 3 e 4 vozes
  • Responsórios da Noite de Natal a 8 vozes
  • Invitatório do Ofício dos Defuntos a 4 e a 12 vozes
  • Responsórios do Ofício dos Defuntos 2 a 8 vozes, 1 a 12 vozes, outro a 16 vozes e outro a 17 vozes
  • Tratos das Domingas da Quaresma a 4 vozes
  • Texto da Paixão da Dominga de Ramos e Sexta-feira maior a 4 vozes
  • Miserere a 16 vozes
  • Lamentações de diversas vozes
  • Vilancicos de diversas festividades a 4, 6 e 8 vozes[2]

Ver também

Referências

  1. a b c Vieira, Ernesto (1900). Diccionario Biographico de Musicos Portuguezes. Lisboa: Tipografia Matos Moreira e Pinheiro 
  2. Machado, Diogo Barbosa (1741). Bibliotheca Lusitana. Lisboa: Oficina de António Isidoro da Fonseca 

Ligações externas