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'''Papa Pio XI''' (em [[língua italiana|italiano]]: ''Pio XI'', em [[latim]]: ''Pius PP. XI''; nascido ''Ambrogio Damiano Achille Ratti''; [[Desio]], [[Província de Milão]], [[31 de Maio]] de [[1857]] - [[Vaticano]], [[10 de Fevereiro]] de [[1939]]). Foi bibliotecário da Biblioteca Ambrosiana em Milão <ref>« PIERRARD, Pierre. História da Igreja. São Paulo: Paulus,1982 »</ref> e [[Papa]] entre [[6 de Fevereiro]] de [[1922]] e a data da sua morte. |
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== Pontificado == |
== Pontificado == |
Revisão das 18h01min de 22 de maio de 2012
Pio XI | |
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Atividade eclesiástica | |
Fim do pontificado | 10 de fevereiro de 1939 (81 anos) |
Predecessor | Bento XV |
Sucessor | Pio XII |
Ordenação e nomeação | |
Dados pessoais | |
Categoria:Igreja Católica Categoria:Hierarquia católica Projeto Catolicismo Lista de papas | |
Papa Pio XI (em italiano: Pio XI, em latim: Pius PP. XI; nascido Ambrogio Damiano Achille Ratti; Desio, Província de Milão, 31 de Maio de 1857 - Vaticano, 10 de Fevereiro de 1939). Foi bibliotecário da Biblioteca Ambrosiana em Milão [1] e Papa entre 6 de Fevereiro de 1922 e a data da sua morte.
Pontificado
Em 12 de fevereiro de 1931 inaugura, na presença de Marconi a Rádio Vaticana e envia em língua latina ao mundo a mensagem Quid arcano Dei.
Publicou a encíclica Quas Primas que estabelece a festa de Cristo Rei. Em 1929, a Santa Sé assinou o Tratado de Latrão com o governo italiano de Mussolini. De acordo com o tratado, o Estado do Vaticano tem soberania plena sendo um enclave na cidade de Roma; em troca o Vaticano renuncia aos seus antigos territórios (Estados Papais). Resolvendo assim, a chamada "Questão Romana" que já havia sido, antes, objeto da encíclica Ubi arcano, na qual o papa dizia que "a Itália não tem e não terá o que temer da Santa Sé."
Neste tratado, ficou dito expressamente que a Santa Sé "reconhece o Reino da Itália sob a dinastia da Casa de Savóia com Roma sendo a capital do Estado Italiano e de outra parte a Itália reconhece o Estado da Cidade do Vaticano sob a soberania do Summo Pontífice." Assim, Papa Pio XI tornou-se Chefe de Estado, o primeiro desde a queda dos Estados Papais durante a unificação de Itália no século XIX. Pio XI buscando, ainda, o reconhecimento internacional, sobre esta questão específica, celebrou ainda mais onze concordatas e cinco acordos internacionais.
A relação com o governo fascista de Mussolini deteriorou-se drasticamente nos anos seguintes. Como consequência, Pio XI publicou a encíclica Non abbiamo bisogno (1931), escrita especificamente em língua italiana, em que critica o fascismo. A sua morte continua envolta em mistério, uma vez que Pio XI morreu pouco depois de ter criticado abertamente o regime fascista de Mussolini.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/8/8a/PiusXItomb2.jpg/300px-PiusXItomb2.jpg)
A Questão social
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/04/Pius_XI_after_Coronation.jpg/250px-Pius_XI_after_Coronation.jpg)
Em 1931, ainda, publica outra encíclica: Quadragesimo anno motivado pela Grande Depressão de 1929 e por ocasião dos quarenta anos da encíclica Rerum Novarum de Leão XIII. Neste documento, reitera a condenação do comunismo, faz também forte crítica do socialismo, inclusive do "socialismo moderado" e o considera inteiramente incompatível com a prática e a fé católica, neste mesmo documento condena os abusos do capitalismo e do livre mercado, a concentração de renda e de poder e afirma que sem justiça social e a caridade e sem atenção à reta razão e aos preceitos evangélicos não se terá uma ordem econômica justa. Chama a atenção do papel do Estado para estabelecer regras e coibir os excessos do livre mercado.
Em 1937 sai a encíclica Mit brennender Sorge que condena a ideologia nazista.[2] Esta encíclica foi escrita especificamente em língua alemã, levada à Alemanha em segredo lá foi impressa e distribuída, ainda em segredo em todas as paróquias e lida num mesmo dia, durante a missa dominical, em todas as igrejas católicas do país.
A leitura simultânea da encíclica nos púlpitos provocou grande impacto e forte retaliação do governo nazista contra os católicos, o clero e as instituições da Igreja. Somente depois é que o mundo teve conhecimento do seu conteúdo. Adotou-se este procedimento por antever-se que, se publicada em latim em Roma, a censura nazista impediria o acesso a ela pelo povo alemão e não produziria o efeito e nem teria o alcance desejado.
Neste mesmo ano de 1937, ao mesmo tempo que condenava o nazismo, fazia também pública e solene condenação do comunismo através da encíclica Divini Redemptoris e propondo a Doutrina Social da Igreja como remédio para os males do seu tempo.
Brasão e Lema
- Descrição: Escudo eclesiástico cortado: o 1º de jalde com uma águia de voo estendido de sable, armada e bicada de goles; o 2º de argente com três arruelas de goles postas: 2 e 1. O escudo está assente em tarja branca. O conjunto pousado sobre duas chaves decussadas, a primeira de jalde e a segunda de jalde, atadas por um cordão de goles, com seus pingentes. Timbre: a tiara papal de jalde com três coroas de jalde. Sob o escudo, um listel de jalde com o mote: RAPTIM TRANSIT, em letras de sable. Quando são postos suportes, estes são dois anjos de carnação, sustentando cada um, na mão livre, uma cruz trevolada tripla, de jalde.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/8/8e/C_o_a_Pio_XI.svg/200px-C_o_a_Pio_XI.svg.png)
- Interpretação: O escudo obedece às regras heráldicas para os eclesiásticos. Nele estão representadas as armas familiares do pontífice, os Ratti. No 1º, o campo de jalde , por seu metal, simboliza: nobreza, autoridade, premência, generosidade, ardor e descortínio; a águia é símbolo de poder, generosidade e liberdade, e sua cor, sable (preto), representa: sabedoria, ciência, honestidade e firmeza. O campo de argente (prata) representa: inocência, castidade, pureza e eloqüência e as arruelas, por sua corgoles (vermelho), simbolizam o fogo da caridade inflamada no coração do Soberano Pontífice pelo Divino Espírito Santo, que o inspira diretamente do governo supremo da Igreja, bem como valor e o socorro aos necessitados, que o Vigário de Cristo deve dispensar a todos os homens. Os elementos externos do brasão expressam a jurisdição suprema do papa. As duas chaves "decussadas", uma de jalde (ouro) e a outra de argente (prata) são símbolos do poder espiritual e do poder temporal. E são uma referência do poder máximo do Sucessor de Pedro , relatado no Evangelho de São Mateus, que narra que Nosso Senhor Jesus Cristo disse a Pedro: "Dar-te-ei as chaves do reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado no céu, e tudo o que desligares na terra, será desligado no céu" (Mt 16, 19). Por conseguinte, as chaves são o símbolo típico do poder dado por Cristo a São Pedro e aos seus sucessores. A tiara papal usada como timbre, recorda, por sua simbologia, os três poderes papais: de Ordem, Jurisdição e Magistério, e sua unidade na mesma pessoa. No listel o lema : "Tudo passa muito rápido", é uma lembrança de como as glórias humanas são transitórias.
Dioceses
Pio XI criou várias dioceses, entre elas a Diocese de Santos em São Paulo; Diocese de Ponta Grossa, Diocese de Jacarezinho, Prelazia de Foz do Iguaçu e a Arquidiocese de Curitiba, todas elas no estado do Paraná, no Brasil.
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Referências
Ligações externas
Precedido por Bento XV |
![]() Papa 259.º |
Sucedido por Pio XII |