Usuário(a):Vivianfava/Testes

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Museu Carmen Miranda
Vivianfava/Testes
Vestidos e fotos de Carmen Miranda expostos no Museu.
Tipo Museu biográfico
Inauguração 5 de agosto de 1976
Visitantes 10.000 mil (2012)
Diretor César Soares Balbi
Website Site Oficial
Geografia
País  Brasil
Cidade Av. Atlântica, 3432
Copacabana, Rio de Janeiro

O Museu Carmen Miranda (MCM) é um museu criado em homenagem a cantora e atriz Carmen Miranda, localizado na cidade do Rio de Janeiro e aberto ao público desde 1976.

O museu foi fechado para visitação em 2013 e vem atendendo apenas a pesquisadores. Seu acervo está em preparação para ir para o novo Museu da Imagem e do Som (MIS), em Copacabana. Enquanto isso, o museu passou a se concentrar em atividades técnicas no que tange à conservação, catalogação, pesquisa, seleção, documentação e digitalização do acervo.

Parte do acervo do museu (168 itens), entre turbantes, roupas e acessórios diversos estão em exposição on-line na plataforma "We wear Culture", lançada pelo Google para difundir exposições de moda ao redor do mundo.[1]

Histórico[editar | editar código-fonte]

Vista externa do Museu Carmen Miranda em 2007.

O Museu Carmen Miranda foi criado oficialmente, em 1956, através de decreto n° 886, assinado por Francisco Negrão de Lima, Governador do Distrito Federal. A primeira exposição póstuma organizada por Nilson Penna, foi inaugurada em 19 de outubro de 1957, na Praça do Congresso pelo então presidente Juscelino Kubitschek e a primeira-dama Sara.[2] Sua inauguração só se deu vinte anos mais tarde, em 5 de agosto de 1976, pelo Governador do Rio de Janeiro Floriano Peixoto Faria Lima. Instalado no Parque do Flamengo, o prédio circular foi projetado pelo arquiteto Affonso Eduardo Reidy, posteriormente adaptado pelo arquiteto Ulisses Burlemaqui.

O museu possui a maior coleção de objetos originais utilizados por Carmen Miranda, indumentária, acessórios, objetos pessoais, bem como documentação textual e iconográfica. Abriga também documentos relativos a outros artistas e compositores contemporâneos de Carmen. Por conta de seu acervo, o museu é um dos principais ambientes para disseminação da informação sobre a cantora e o período em que viveu, tornando-se fonte de pesquisa e comunicação.[3] Conta com mais de três mil itens em sua coleção, o acervo fotográfico traz 1 500 fotos que pertenceram a Carmem Miranda e retratam a trajetória artística e a vida da cantora, doados pela família, após sua morte em 1955, através de sua irmã Aurora Miranda e do viúvo David Sebastian.[4] Destacam-se a saia usada em seu show de estréia na Broadway, o turbante usado em seu casamento, alguns trajes completos de shows. Outros destaques são a certidão de casamento de Carmen e David Sebastian (1947), menção do Governo dos Estados Unidos a Carmen Miranda pelos serviços prestados na Segunda Guerra Mundial, programa do show A night in Rio no The Waldorf Astoria (1939), caricatura de Carmen inspirada no filme Entre a Loura e a Morena entre outros documentos representativos da trajetória da artista. A coleção de partituras, composta de 980 itens tem como destaque 80 partituras impressas da década de 1930.

Cerca de 10 mil pessoas visitam o local por ano, sendo 60% público estrangeiro.[5][6] Seu acervo também guarda uma expressiva documentação bibliográfica e iconográfica, caricaturas originais, roteiros de filmes realizados nos Estados Unidos, com anotações feitas pela própria cantora, troféus, partituras, programas, agradecimentos. Além de cinco mil recortes de jornais e revistas que relatam os acontecimentos históricos de Carmen Miranda.[7] O museu nasceu para perpetuar a história da artista que, em pouco tempo, tornou-se um dos ícones da cultura nacional brasileira.

Durante muitos anos, Cecilia Miranda de Carvalho (uma de suas irmãs) foi a gestora do acervo do museu.[8]

Acervo[editar | editar código-fonte]

Vestido usado por Carmen Miranda.

O acervo do museu começou com as doações da família da cantora e abriga hoje 3.560 itens sendo 461 peças de indumentárias, entre elas 220 bijuterias, 11 trajes completos de shows e filmes, cintos, sapatos e turbantes, além de 1.900 partituras, manuscritos, roteiros, 710 fotografias e cartazes.[9] Com destaque para os trajes sociais e de shows, encontra-se em exposição também nas vitrines objetos pessoais como espelhos, escovas e com grande destaque o traje de sua estreia na Broadway e o do dia que deixou sua marca na Calçada da Fama. Porém a maioria das peças - avaliadas em 250 mil dólares em 1950 e desde então, por medidas de segurança, sem passar por nova avaliação -, não faz parte da exposição permanente do local.[10] Em 2013, o governo estadual do Rio de Janeiro, através da Secretário de Cultura, anunciou a restauração de um lote de 454 objetos pertencentes ao museu. Destes, 91 peças, entre roupas, turbantes, bijuterias e sapatos, doadas em 1956, ano seguinte da morte de Carmen. No acervo, há preciosidades como os trajes usados nos filmes Copacabana (1946) e Scared Stiff (1953), em shows na Inglaterra, em Cuba e nos EUA e a fantasia que a artista vestiu na última apresentação antes de morrer. A Secretaria Estadual de Cultura estima gastar R$ 1,5 milhão somente para fazer a restauração dos 91 objetos.[11]

A nova Sede[editar | editar código-fonte]

Em 2009, foi anunciado pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro a construção da nova sede do Museu da Imagem e do Som em Copacabana, no lugar da antiga boate Help. A nova sede também abrigará todo o acervo do Museu Carmen Miranda, hoje localizado no bairro do Flamengo. Com 9,8 mil metros quadrados e 8 pavimentos para disponibilizar ao grande público o acervo da instituição, o novo Museu da Imagem e do Som (Rio de Janeiro) contou com aporte de recursos públicos e privados e tem previsão de inauguração em 2019.[12] O projeto está orçado em R$ 100 milhões e é fruto de um trabalho em conjunto da Secretaria de Estado de Cultura com a Fundação Roberto Marinho.[13]

Com o novo prédio, a direção do MIS espera dar visibilidade a um acervo que tem a marca da cultura popular brasileira e que, em sua maior parte, é resultado de doações dos próprios artistas ou de seus herdeiros. A expectativa é de que o novo museu receba cerca de 600 mil visitantes por ano.[14] O Museu da Imagem e do Som (Rio de Janeiro) foi fundado em 1965 e possui mais de 300 mil itens em seu acervo[12] entre eles uma importante coleção de material fonográfico e audiovisual de diferentes períodos da história do país, como a coleção da Rádio Nacional, que foi totalmente digitalizada.

Referências

  1. «We wear culture: Google lança plataforma com exposições de moda ao redor do mundo». O Globo. 17 de junho de 2017. Consultado em 17 de junho de 2017 
  2. Jornal do Brasil, 19 de outubro de 1957, página 09.
  3. «TRATAMENTO DE CONSERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO DO ACERVO DE INDUMENTÁRIA DO MUSEU CARMEN MIRANDA PARA TRANSFERÊNCIA AO MUSEU DA IMAGEM E DO SOM» (PDF). cultura.rj.gov.br/. 18 de julho de 2013. Consultado em 15 de agosto de 2015 
  4. «Local tem acervo com mais de 3 mil itens de Carmem Miranda». Rio, Guia Oficial. Consultado em 3 de junho de 2014 
  5. Tarcila Zonaro e Charles Antunes (6 de dezembro de 2012). «Acervos pessoais dão origens a museus». Koleções, a rede dos colecionadores. Consultado em 3 de junho de 2014 
  6. JB Online (26 de julho de 2010). «Museu comemora vida e obra de Carmen Miranda». Jornal do Brasil. Consultado em 3 de junho de 2014 
  7. «A famosa cantora tem um museu dedicado a sua obra». Time Out 
  8. Estêvão Bertoni (27 de maio de 2011). «Cecilia Miranda de Carvalho (1913-2011) - Última irmã viva de Carmen Miranda». Folha de S.Paulo 
  9. «Museu possui arquivo vasto e pouco conhecido». Gazeta Digital. 6 de agosto de 2005 
  10. Ana Cora Lima (25 de abril de 2003). «O pequeno notável». Viva Favela 
  11. CHRISTINA NASCIMENTO (21 de dezembro de 2013). «Memória quase destruída de Carmen Miranda, uma diva 'brasileira'». O Dia 
  12. a b «Obras do Museu da Imagem e do Som do Rio serão retomadas». R7.com. 24 de agosto de 2018 
  13. Flavia Villela (9 de junho de 2014). «Nova sede do Museu da Imagem e do Som será aberta no fim do ano no Rio». Agência Brasil. Consultado em 24 de junho de 2014 
  14. Paulo Virgilio (29 de março de 2012). «Começam obras da nova sede do MIS-RJ». Agência Brasil 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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