Tijuca: diferenças entre revisões

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Revisão das 19h49min de 2 de abril de 2012

 Nota: Para outros significados, veja Tijuca (desambiguação).
Tijuca
Bairro do Rio de Janeiro
Praça Saens Peña, importante centro comercial do bairro.
Área 1 006,56 ha[1]
Fundação 1759
IDH 0,926 (2000) [2]
Habitantes 163 805 (2010) [1]
Domicílios 67 183 (2010) [1]
Limites Alto da Boa Vista, Andaraí,
Praça da Bandeira, Maracanã, Rio Comprido,
Vila Isabel, Grajaú
Distrito Tijuca
Subprefeitura Subprefeitura da Tijuca e Adjacências
Região Administrativa Tijuca (Região administrativa 8)[1]
Mapa
Brasão do bairro da Tijuca
Quadro de Rugendas de 1820 mostrando visitantes indo para a Tijuca seguindo uma caravana mercante
Rua Afonso Pena
Rua Haddock Lobo
Praça Afonso Pena
Praça Saens Peña, importante centro comercial do bairro
Rua Conde de Bonfim
Rua das Flores
Rua Professor Lafayette Cortes
Rua São Francisco Xavier, importante via de ligação para o Centro da cidade

Tijuca é um bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro, no Brasil.

Topônimo

"Tijuca" é um nome com origem na língua tupi e significa "água podre", de ty ("água") e îuk ("podre")[3]. O nome, porém, se refere principalmente à região da Lagoa da Tijuca, que possui muito mangue e água parada e que está separada do atual bairro da Tijuca pelo Maciço da Tijuca[4]. O bairro atual da Tijuca ficava no caminho para a Lagoa da Tijuca, razão pela qual acabou por adquirir o nome dessa lagoa.

História

Logo após a vitória dos portugueses sobre os franceses no episódio da França Antártica, em 1565, a região do atual bairro da Tijuca foi ocupada pelos padres jesuítas, que, nela, instalaram imensas fazendas dedicadas ao cultivo da cana-de-açúcar. Nessa época, foi construída uma capela dedicada a São Francisco Xavier que deu o nome à fazenda dos jesuítas mais próxima do Centro da cidade: a Fazenda de São Francisco Xavier. Em 1759, com a expulsão dos jesuítas do Brasil pelo Marquês de Pombal, as suas fazendas foram vendidas a centenas de novos sitiantes[5][6].

A região passou a caracterizar-se pelas suas chácaras e, a partir do século XX, passou a ser um bairro tipicamente urbano. Ainda assim, possui a terceira maior floresta urbana do mundo, a Floresta da Tijuca, plantada por determinação de dom Pedro II na segunda metade do século XIX pelo major Archer em terras de café desapropriadas, para combater a falta de água que se instalara na então capital do império. Trata-se de uma floresta secundária, uma vez que é fruto de um replantio, compreendendo espécies que não são nativas da mata atlântica, a cobertura vegetal original.

Data de 1859 até 1866 o funcionamento pioneiro da primeira linha de transporte em veículos sobre trilhos[7] no Rio de Janeiro, com tração animal, anterior ao bonde elétrico, ligando o Largo do Rocio (a atual Praça Tiradentes) ao Alto da Boa Vista.

Em 23 de agosto de 1985, o Decreto 5 280 definiu os atuais limites do bairro[8].

Em 2010, foi inaugurada a primeira Unidade de Polícia Pacificadora na Tijuca, no Morro do Borel. Tal medida foi tomada visando a combater a crescente criminalidade no bairro[9][10].

Infraestrutura

A Tijuca tem área de 1 006,56 hectares (2003), com 56 980 domicílios (censo de 2000) e integra a VIII Região Administrativa do Rio de Janeiro, junto com os bairros da Praça da Bandeira e Alto da Boa Vista. É a sede da Subprefeitura da Grande Tijuca que, além dos bairros da VIII RA, abrange os do Maracanã, Grajaú, Vila Isabel e Andaraí.

Um de seus principais logradouros é a praça Saens Peña. Na Tijuca, o setor de comércio e serviços é dinâmico. Sua população de 163 636 habitantes (censo de 2000) é atendida por várias linhas de ônibus e pelo metrô através das estações Afonso Pena, São Francisco Xavier e Saens Peña, sendo que esta última é a estação terminal da linha um do metrô. Está prevista a inauguração da estação Uruguai no ano de 2014.

Na Tijuca, se localizam as escolas de samba Acadêmicos do Salgueiro,Unidos da Tijuca, esta fundada em 31 de dezembro de 1931, com três campeonatos e dois vice-campeonatos em sua trejetória e a Império da Tijuca, fundada em 1940.

O bairro abriga educandários tradicionais da cidade, como o colégio Pedro II, que teve instalada a sua primeira unidade de externato na Tijuca em 1858; o Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro, fundado em 1880 como a então Escola Normal do Município da Corte, formando educadoras - as "normalistas"; o Colégio Militar do Rio de Janeiro - a Casa de Tomás Coelho, formando gerações de cidadãos e líderes desde 1889; o Colégio Marista São José, fundado em 1902 pelos irmãos Maristas; o Colégio Batista Shepard, fruto do idealismo de três pessoas: Dr. A. B. Deter, Sr. W. C. Canadá e Dr. John J. Watson Shepard, este que o dirigiu inicialmente, entre outros colégios e universidades.

Há também clubes sociais e desportivos tradicionais, como o América Football Club, que é o principal clube do bairro. Foi fundado em 18 de setembro de 1904. Conquistou sete Campeonatos Estaduais (Em 1913, 1916, 1922, 1928, 1931, 1935 e 1960) além de uma Taça Guanabara em 1974, a primeira edição da Taça Rio em 1982 e a mais importante conquista de sua história, a Taça dos Campeões, também em 1982. Além do América, o bairro possui ainda o Tijuca Tênis Clube, o Country Clube da Tijuca, o Montanha Clube, Clube Monte Sinai, Clube Municipal, a Associação Atlética Tijuca e uma gama de clubes portugueses.

Há importantes construções históricas como a igreja de São Francisco Xavier, a igreja de São Sebastião dos Capuchinhos, as igrejas de Santo Afonso, Santa Teresinha e a dos Sagrados Corações, o palácio dos Bianca, uma vivenda majestosa construída na década de 1920 pela família espanhola Bianca, recentemente tombada pelo patrimônio histórico e convertida no centro de referência da Música Carioca da Prefeitura do Rio, a Casa Granado, um tradicional estabelecimento de comércio farmacêutico fundado em 1870 e que funciona até hoje, entre outros.

A Tijuca se tornou, desde os anos 1990, um dos polos de criminalidade do Rio de Janeiro, tendo registrado o maior decréscimo populacional da cidade entre 1991 e 2000.[11][12][13] O contraste social entre o bairro e as favelas que o cercam — como o Borel e o Salgueiro[13] e a omissão do poder público na área são características marcantes. Algumas das vítimas notáveis de violência urbana no bairro são o músico Marcelo Yuka e a criança João Roberto Amorim Soares.

Principais logradouros tijucanos

Tijucano

Tijucano é a denominação dada ao morador da Tijuca. É o bairro do Rio de Janeiro mais identificado pelo seu gentílico.

Sub-bairros

Clubes

Clubes de serviços

Colégios tradicionais

Religião

A Tijuca possui diversos centros religiosos ligados a diferentes crenças. Entre eles:

Escolas de samba

Referências bibliográficas

  • LIMA, Carlos Alberto de. Nomes que marcam o Rio. Rio de Janeiro: O Autor, 2008; 304p.
  • OLIVEIRA, Lili Rose Cruz. Tijuca: de rua em rua. Rio de Janeiro: ED RIO, 2004. 256p.
  • RIBAS, Matha; FRAIHA, Silvia; et LOBO, Tiza. Tijuca & Floresta. Rio de Janeiro: ED FRAHIA, 2000. 128p.
  • VISCONTI, Eliseu. Bom Pra Valer: A história dos 50 anos do Rotary Tijuca. Rio de Janeiro: ED DTP, 1999. 116p.

Referências