Leopoldo Miguez
Leopoldo Miguez | |
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Nascimento | Leopoldo Américo Miguez 9 de setembro de 1850 Niterói |
Morte | 5 de junho de 1902 (51 anos) Rio de Janeiro |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | compositor, violinista, maestro |
Instrumento | violino |
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Leopoldo Américo Miguez (Niterói, 9 de setembro de 1850 — Rio de Janeiro, 6 de junho de 1902) foi um compositor, violinista e maestro brasileiro.[1] Era tio do letrista e poeta Luís Peixoto.[2]
Biografia
Filho de pai espanhol e mãe brasileira, aos oito anos tocou no Porto - onde se educava - em concerto público, um solo de violino composto sobre motivos de La Traviata por seu maestro Nicolau Medina Ribas. Aos dezessete anos foi obrigado pelo pai a abraçar a carreira comercial. Em 1871 voltou ao Rio, onde trabalhou como guarda-livros. Seis anos depois casou-se com Alice Dantas, senhorita da elite brasileira, que pertencia a uma das famílias mais nobres de São Paulo. Em 1878 associou-se a Alfredo Napoleão, dirigindo um estabelecimento de músicas, do qual se retirou em 1881 para se consagrar exclusivamente à sua arte. Em 1882, foi para Paris onde passou dois anos. Ao regressar, foi, no Rio e em São Paulo, regente da ópera organizada pela Sociedade Claudio Rossi (abril a junho de 1886).
Em dezembro de 1889 teve sua composição escolhida no concurso para o Hino da República. Foi então então diretor do Instituto Nacional de Música, a 18 de janeiro de 1890.
O prêmio de Cr$ 25.000,00 que então recebeu, consagrou-o à aquisição de um grande órgão para o Instituto. Ocupou a cadeira de composição durante seis anos(1896), abandonando-a par dirigir o curso de violino. Em 1896, foi, comissionado pelo Governo, a estudar o ensino da música em Portugal, Espanha, França, Bélgica, Alemanha e Itália. Presidiu desde 1897 ao Centro Artístico, sociedade que exerceu grande influência no meio musical.
Além de compositor inspirado e regente de belas qualidades, foi um administrador de primeira ordem, imprimindo ao Instituto Nacional de Música, que organizara, um espírito e disciplina admiráveis.
Sua obra numerosa compreende: Op. I Presentiment; Op. 20 Souvenirs, Noturno, Mazurka, Scherzetto e Lamento; Op. 31 & 32 Bluetts Album de Jeunesse e Op. 33 Srenda e 34 Morceaux Lyrïqus, todas estas para piano. Para orquestra: Marcha Nupcial, Marcha elegíaca e Camões, Ode fúnebre a Benjamin Constant, Syvia-Elegía, Suite a l'antique, Madrigal, Scena, Liberates, Prometeu, Sinfônicos. Para o tearo: Pelo amor, 2 atos, e Saldunes, 3 atos, ambos poemas de Coelho Netto.
Obras principais
- Música dramática: Pelo amor!; I Salduni (Os Saldunes).
- Música orquestral: Sinfonia em sol bemol (1882); Parisina (1888); Ave libertas (1890); Prometheus (1891); Marcha elegíaca a Camões (1880). Marcha nupcial (1876); Hino à Proclamação da República (1890).
- Música de câmara: Silvia; Suite à l’antique (1893); Trio; Sonata para violino e piano
- Música Instrumental: Allegro appassionato; Noturno; Reina a paz em Varsóvia; Noturno para contrabaixo e piano.
- Música vocal: Branca aurora; Le Palmier du Brésil; A Instrução.
Ligações externas
Referências
- ↑ Leopoldo MIGUEZ (gestão 1890-1902) Escola de Música da UFRJ
- ↑ Verbete "Luís Peixoto", Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.