Pedro I do Brasil: diferenças entre revisões
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D. Pedro I abdicou de ambas as coroas: da portuguesa para a filha [[Maria II de Portugal|D. Maria da Glória]] e da brasileira para o filho [[Pedro II do Brasil|D. Pedro II]]. D. Pedro I era o quarto filho (segundo varão) do rei D. João VI e de sua mulher, [[Carlota Joaquina de Bourbon]], princesa de [[Espanha]], primogênita do rei espanhol [[Carlos IV da Espanha]]. Tornou-se herdeiro depois da morte do seu irmão mais velho, [[Francisco António, Príncipe da Beira|Francisco]] ([[1795]] - [[1801]]). |
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D. Pedro I nasceu em [[12 de outubro]] de [[1798]] na sala D. Quixote do [[palácio de Queluz]], próximo a [[Lisboa]]. Era filho do futuro Rei de Portugal, D. João VI, então [[Príncipe Regente]], e da infanta Carlota Joaquina, filha de Carlos IV da Espanha. Seus primeiros mestres foram o Dr. [[José Monteiro da Rocha]], ex-[[jesuíta]], e frei [[Antônio de Nossa Senhora da Salete]]. |
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==No Brasil== |
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Revisão das 15h27min de 6 de outubro de 2008
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D. Pedro I do Brasil
D. Pedro IV de Portugal | |
---|---|
O Rei-soldado, O Libertador | |
![]() Retrato de Dom Pedro I | |
Reinado | 7 de setembro de 1822 – 7 de abril de 1831 (Brasil) 10 de Março de 1826 – 28 de Maio de 1826 (Portugal) |
Consorte | Maria Leopoldina de Áustria, Amélia de Leuchtenberg |
Coroação | 12 de outubro de 1822, Capela Imperial, Rio de Janeiro |
Antecessor(a) | inexistente (Brasil) D. João VI (Portugal) |
Sucessor(a) | D. Pedro II (Brasil) D. Maria II (Portugal) |
Nascimento | 12 de outubro de 1798 |
Palácio de Queluz, Portugal | |
Morte | 24 de setembro de 1834 |
Palácio de Queluz,Portugal | |
Sepultado em | Panteão dos Braganças, Mosteiro de São Vicente de Fora, Lisboa (até 1972) Monumento do Ipiranga, São Paulo (desde 1972) Igreja da Lapa, Porto (onde repousa o coração) |
Pai | D. João VI |
Mãe | D. Carlota Joaquina |
Título(s) | D. Pedro IV de Portugal (Casa de Bragança) |
Filho(s) | D. Maria da Glória, D. Pedro de Alcântara |
Dom Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon (Queluz, 12 de outubro de 1798 — Queluz, 24 de setembro de 1834) foi o primeiro imperador do Brasil (de 1822 a 1831) e 28º rei de Portugal (durante sete dias de 1826).
Recebeu os títulos de infante, grão-prior do Crato, príncipe da Beira, príncipe do Reino Unido de Portugal do Brasil e Algarves, príncipe regente do Reino do Brasil além de primeiro imperador do Brasil, como D. Pedro I, de 12 de outubro de 1822 a 7 de abril de 1831, e ainda 28º Rei de Portugal (título herdado de seu pai, D. João VI), durante um período de sete dias (entre 26 de abril e 2 de maio de 1826), como D. Pedro IV.
Em Portugal é conhecido como O Rei-Soldado, por combater o irmão D. Miguel na Guerra Civil de 1832-34 ou O Rei-Imperador. É também conhecido, de ambos os lados do Oceano Atlântico, como O Libertador — Libertador do Brasil do domínio português e Libertador de Portugal do governo absolutista.
D. Pedro I abdicou de ambas as coroas: da portuguesa para a filha D. Maria da Glória e da brasileira para o filho D. Pedro II. D. Pedro I era o quarto filho (segundo varão) do rei D. João VI e de sua mulher, Carlota Joaquina de Bourbon, princesa de Espanha, primogênita do rei espanhol Carlos IV da Espanha. Tornou-se herdeiro depois da morte do seu irmão mais velho, Francisco (1795 - 1801).
D.Pedro nasceu em portugal no dia 24 de janeiro de 1810, sua mãe morreu apos o parto.
No Brasil
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/40/Pr%C3%ADncipe_Regente_de_Portugal_e_toda_a_Fam%C3%ADlia_Real_embarcando_para_Brasil_no_cais_de_Bel%C3%A9m.jpg/200px-Pr%C3%ADncipe_Regente_de_Portugal_e_toda_a_Fam%C3%ADlia_Real_embarcando_para_Brasil_no_cais_de_Bel%C3%A9m.jpg)
Fugindo das tropas de Napoleão Bonaparte, na sequência da Guerra Peninsular, D. Pedro I embarcou com a restante família real para o Brasil em novembro de 1807, chegando em março de 1808 ao Rio de Janeiro, cidade que se tornaria a capital do Império. É no Brasil que D. Pedro I passa uma parte da sua infância e juventude.
Depois da mudança da família real para o Brasil frei Antônio de Arrábida tornou-se seu principal preceptor. O príncipe jamais se prendeu aos estudos e preferia a vida solta no paço de São Cristóvão e na fazenda de Santa Cruz. A superficialidade da sua instrução é reconhecida mesmo pelos seus contemporâneos, à qual acrescia um espírito impetuoso e enérgico. Em última análise estes são alguns dos fatores que explicam a sua posição na independência do Brasil.
Casamentos
Em 1818, quando tinha 19 anos, casa-se com a Arquiduquesa Dona Leopoldina, filha do Imperador Francisco I da Áustria, e de sua segunda esposa, Maria Teresa de Bourbon, Princesa das Duas Sicílias, de um ramo dos Bourbons franceses.
A cerimônia foi realizada na Igreja de Santa Ifigênia, na Rua da Alfândega, tendo o cortejo nupcial desfilado pelo que é hoje a Rua Primeiro de Março. Nela, dizem os historiadores que se dançou pelas ruas o Catupé, variedade de Congo, antigamente ligado a festejos religiosos e, depois, ao Carnaval. Do enlace nasceram, entre outros filhos, D. Maria da Glória (1819), Rainha de Portugal como Dona Maria II, e D. Pedro de Alcântara (1825), sucessor do pai como Imperador do Brasil com o título de D. Pedro II.
Viúvo desde 11 de dezembro de 1826, em agosto de 1829 contrai segundas núpcias por procuração com Amélia de Beauharnais, Princesa da Baviera, Duquesa de Leuchtenberg, neta da Imperatriz Josefina da França, esposa repudiada de Napoleão Bonaparte.
A Revolução no Porto e o retorno da família real
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/b7/Debret32.jpg/200px-Debret32.jpg)
Em março de 1816, com a morte de Dona Maria I, a Louca e a elevação de seu pai a Rei de Portugal, recebeu o título de Príncipe Real e Herdeiro do Trono (o irmão mais velho, Antônio Príncipe da Beira, falecera em 1801). Irrompe então a revolução constitucionalista de 1820, exigindo a restituição do Pacto Colonial e o retorno da Família Real ao reino. D. João VI a ignora, mas devido à pressão popular do clero, da nobreza e da burguesia portuguesa, em 1821 decide retornar à metrópole depois de cerca de treze anos no Rio de Janeiro. Em Portugal, as Cortes Constituintes já iniciavam a elaboração da Constituição do reino. Mas esta decisão régia foi mal recebida no Brasil.
Ao voltar à Portugal, D. João VI deixa seu filho D. Pedro I como Príncipe Regente do Brasil. Os direitos concedidos ao Brasil, entretanto, foram sendo rescindidos pelas cortes. D. Pedro I então alinha-se ao descontentamento brasileiro provocado pelas medidas portuguesas.
O Dia do Fico
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/3a/Magnifying_glass_01.svg/17px-Magnifying_glass_01.svg.png)
Preocupada com a evolução do Brasil, a elite política portuguesa pressionava as cortes que redigiam a Constituição Portuguesa a rebaixar novamente à categoria de colônia o Brasil (que tinha sido elevado à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves). Pressionado por essas cortes, D. João VI assinou um documento que tornava inefetivo o título de príncipe regente no Brasil concedido a D. Pedro I. Uma ordem judicial exigiu a volta imediata do príncipe a Portugal. Foi enviada uma frota ao Rio de Janeiro, destinada a repatriá-lo. Após ter recebido um abaixo-assinado com centenas de assinaturas (conhecido como Petição do Fico), que pedia que ele permanecesse no Brasil, o regente recusou-se a embarcar para a Europa e, em 9 de janeiro de 1822, pronunciou, em um episódio que ficou conhecido como Dia do Fico, a frase histórica: "Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto, diga ao povo que fico!", declarando também que nenhuma ordem das cortes portuguesas seria cumprida no Brasil sem a sua autorização.
Proclamação da Independência
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/3a/Magnifying_glass_01.svg/17px-Magnifying_glass_01.svg.png)
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/cb/Independencia_brasil_001.jpg/350px-Independencia_brasil_001.jpg)
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/43/Coroa%C3%A7ao_pedro_I_001.jpg/350px-Coroa%C3%A7ao_pedro_I_001.jpg)
Em abril a popularidade do príncipe foi comprovada durante uma viagem a Minas Gerais. De lá seguiu para São Paulo, a fim de pacificar rebeliões na província. Em 7 de setembro, quando ia de Santos para a capital paulista, recebeu notícias de Portugal por cartas da esposa e de seu ministro José Bonifácio. Assim tomou conhecimento de que fora rebaixado da condição de regente a mero delegado das cortes de Lisboa. Ali mesmo, junto ao riacho do Ipiranga (São Paulo), o herdeiro de D. João VI, ao receber a última ordem do pai para regressar em vergonha ao país, proferiu o famoso grito do Ipiranga: "Independência ou Morte!".
D. Pedro I contou, naturalmente, com o apoio do "povo" e, de volta ao Rio de Janeiro, em 12 de outubro, foi proclamado imperador e "defensor perpétuo do Brasil". Em 1 de dezembro foi sagrado e coroado. Em 1821 há a convocação da Assembléia Nacional Consituinte, feita pelo Partido Brasileiro. Em 1823 é apresentado um anteprojeto constitucional, apelidado de "Constituição da Mandioca", com caráter elitista e liberal, submetendo o poder do Imperador ao controle Legislativo, através da Tripartição de poderes (Teoria de Montesquieu) - em especial, os deputados cogitam incluir um artigo que permitirá, à morte do príncipe reinante, que o Parlamento reveja os seus atos. D. Pedro não a aceita e dissolve a Assembléia acusando os brasileiros de infiéis.
Em 24 de fevereiro de 1824 ele promulga e outorga (impõe) uma Constituição redigida por ele mesmo com auxílio de um Conselho de Estado. Apesar da forma autoritária, o Brasil torna-se uma monarquia constitucional. A Constituição de 1824 possuia 4 poderes: Legislativo, Executivo, Judiciário e o Moderador (exclusivo do Imperador), concebido pelo pensador e político francês de origem suíça Benjamin Constant. A divisão do Brasil era em Províncias, o poder era centralizado, a religião oficial era a católica apostólica e romana, garantindo o direito livre de culto, e a escravidão era preservada. Tem início o Primeiro Reinado, que se estendeu da independência até a abdicação de D. Pedro I, em 1831.
A Independência do Brasil foi contestada em território brasileiro por tropas do Exército Português, especialmente nas regiões onde, por razoes estratégicas, elas se concentravam, a saber, nas então Províncias Cisplatina, da Bahia, do Piauí, do Maranhão e do Grão-Pará (Guerra da Independência do Brasil). A Independência foi oficialmente reconhecida por Portugal e pelo Reino Unido somente em 1825.
Atuação política
No entanto, a imagem de D. Pedro I, em poucos anos passa de "Defensor Perpétuo" do Brasil para a de traidor da Nação. O seu primeiro ato político importante foi a convocação, em 1822, da Assembléia Constituinte. Entretanto, as divergências entre os deputados brasileiros e o soberano, que exigia um poder pessoal superior ao do Legislativo e do Judiciário, levaram à sua dissolução em 13 de outubro de 1823. D. Pedro I demitiu o Ministério Andrada e deportou para a Europa em Portugal os seis deputados que se mostraram mais exaltados, inclusive o próprio José Bonifácio de Andrada e Silva e seus irmãos (novembro de 1823). Foi criado então um Conselho de Estado que, com o Imperador à frente, elaborou a Constituição, outorgada em 25 de março de 1824.
A razão da discórdia com os deputados constituintes girava em torno da limitação aos poderes do imperador, o qual, segundo os deputados, deveria ser restringido pela Câmara. D. Pedro I, por sua vez, não abria mão do direito de poder dissolver a Câmara quando lhe aprouvesse, colocando sua autoridade acima de tudo. O resultado foi a dissolução da Assembléia Constituinte e a instauração do Poder Moderador através da nova Carta, o que fortalecia ainda mais o monarca. Contra a Constituição do Império se rebelaram algumas províncias do nordeste, lideradas por Pernambuco. A revolta conhecida como Confederação do Equador foi severamente reprimida pelas autoridades da época.
Em 1826 foram instalados a Câmara e o Senado, este de caráter vitalício. O equilíbrio político, no entanto, permanecia instável, face a dificuldades financeiras e divergências entre nativistas e "marinheiros" ou "marotos" (portugueses residentes no Brasil).
De Portugal, D. João VI tentou sem sucesso reaver o Brasil. A única solução encontrada para reunir Portugal e Brasil foi a de nomear D. Pedro I seu sucessor em Portugal, apesar de este ter sido deserdado em consequência dos acontecimentos de 1822. Em maio de 1826, após a morte de D. João VI, Dona Isabel Maria de Bragança assume a regência do reino e designa D. Pedro I Rei de Portugal, sob o título de D. Pedro IV, 28º Rei de Portugal.
O jovem Imperador decide contrariar as restrições da constituição imperial brasileira, que ele próprio aprovara, e assumir o poder em Lisboa. D. Pedro I começa por idealizar a junção das duas Coroas, mas depressa muda de idéias, outorgando aos portugueses a Carta Constitucional (1826) e abdicando, no mês seguinte, em favor de sua filha primogênita, Dona Maria da Glória, de sete anos, mediante duas condições: o casamento da Rainha com o seu tio D. Miguel, entretanto nomeado regente, e o juramento da Carta Constitucional escrita em Taubaté.
Após a doação da Carta portuguesa, a situação torna-se complicada nos dois reinos. Em Portugal, D. Miguel torna-se senhor de um trono absolutista (1827), faltando ao compromisso assumido com seu irmão, e, no Brasil, D. Pedro I tornou-se cada vez mais impopular por seu absolutismo — ironicamente, visto sua posição nos acontecimentos a seguir em Portugal.
Ministérios
Gabinete de 16 de janeiro de 1821
- Ministro do Império: José Bonifácio de Andrada e Silva
- Ministro da Guerra:
- Ministro da Marinha:
- Ministro da Justiça: Caetano Pinto de Miranda Montenegro
- Ministro da Fazenda:
Gabinete de 28 de outubro de 1822
- Ministro do Império: José Egídio Álvares de Almeida
- Ministro dos Estrangeiros: José Egídio Álvares de Almeida
- Ministro da Guerra: João Vieira de Carvalho
- Ministro da Marinha: Luís da Cunha Moreira
- Ministro da Justiça: Sebastião Luís Tinoco da Silva
- Ministro da Fazenda: João Inácio da Cunha
Gabinete de 30 de outubro de 1822
- Ministro do Império: José Bonifácio de Andrada e Silva
- Ministro dos Estrangeiros: José Bonifácio de Andrada e Silva
- Ministro da Guerra:
- Ministro da Marinha:
- Ministro da Justiça: Caetano Pinto de Miranda Montenegro
- Ministro da Fazenda:
Gabinete de 10 de novembro de 1823
- Ministro do Império: Francisco Vilela Barbosa
- Ministro dos Estrangeiros: Francisco Vilela Barbosa
- Ministro da Guerra: José de Oliveira Barbosa
- Ministro da Marinha: Luís da Cunha Moreira
- Ministro da Justiça: Clemente Ferreira França
- Ministro da Fazenda: Sebastião Luís Tinoco da Silva
Gabinete de 21 de novembro de 1825
- Ministro do Império: José Feliciano Fernandes Pinheiro
- Ministro dos Estrangeiros: José Egídio Álvares de Almeida
- Ministro da Guerra: João Vieira de Carvalho
- Ministro da Marinha: Francisco Vilela Barbosa
- Ministro da Justiça: Sebastião Luís Tinoco da Silva
- Ministro da Fazenda: Felisberto Caldeira Brant Pontes de Oliveira Horta
Gabinete de 20 de novembro de 1827
- Ministro do Império: Pedro de Araújo Lima, José Clemente Pereira
- Ministro dos Estrangeiros: João Carlos Augusto de Oyenhausen-Gravenburg
- Ministro da Guerra: Bento Barroso Pereira, Francisco Cordeiro da Silva Torres de Sousa Melo e Alvim, Joaquim de Oliveira Álvares, José Clemente Pereira
- Ministro da Marinha: Diogo Jorge de Brito, João Carlos Augusto de Oyenhausen-Gravenburg, Miguel de Sousa Melo e Alvim
- Ministro da Justiça: Lúcio Soares Teixeira de Gouveia, José Clemente Pereira, José Bernardino Batista Pereira de Almeida
- Ministro da Fazenda: Miguel Calmon du Pin e Almeida, José Clemente Pereira, José Bernardino Batista Pereira de Almeida
Gabinete de 4 de outubro de 1829
- Ministro do Império: José Joaquim Carneiro de Campos, João Inácio da Cunha, José Antônio da Silva Maia
- Ministro dos Estrangeiros: Miguel Calmon du Pin e Almeida
- Ministro da Guerra: Tomás Joaquim Pereira Valente
- Ministro da Marinha: Francisco Vilela Barbosa
- Ministro da Justiça: João Inácio da Cunha
- Ministro da Fazenda: Felisberto Caldeira Brant Pontes de Oliveira e Horta, José Antônio Lisboa, Antônio Francisco de Paula Holanda Cavalcanti de Albuquerque
Gabinete de 19 de março de 1831
- Ministro do Império: Bernardo José da Gama
- Ministro dos Estrangeiros: Francisco Carneiro de Campos
- Ministro da Guerra: José Manuel de Morais
- Ministro da Marinha: José Manuel de Almeida
- Ministro da Justiça: Manuel José de Sousa França
- Ministro da Fazenda: Antônio Francisco de Paula Holanda Cavalcanti de Albuquerque
Gabinete de 5 de abril de 1831
- Ministro do Império: Antônio Luis Pereira da Cunha
- Ministro dos Estrangeiros: Francisco Carneiro de Campos
- Ministro da Guerra: João Vieira de Carvalho
- Ministro da Marinha: Francisco Vilela Barbosa
- Ministro da Justiça: João Inácio da Cunha
- Ministro da Fazenda: Manuel Jacinto Nogueira da Gama
Declínio no Brasil
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/f3/Pedro_I_por_Henrique_Jos%C3%A9_da_Silva.jpg/220px-Pedro_I_por_Henrique_Jos%C3%A9_da_Silva.jpg)
A indecisão entre o Brasil e Portugal contribuiu para minar a popularidade e o prestígio de D. Pedro I. Os problemas do Imperador agravaram-se a partir de 1825, quando, no plano interno, fracassavam as forças brasileiras na Campanha Cisplatina (1825 - 1827). O Imperador chegou a ir ao Rio Grande do Sul, a fim de participar pessoalmente da campanha, no final de 1826. A notícia da morte da Imperatriz Leopoldina obrigou-o a mudar os planos e retornar ao Rio de Janeiro.
Além do malogro militar, da perda da província da Cisplatina (em 1828), e dos constantes atritos com a Assembléia, a vida privada do Imperador também contribuía para o desgaste de sua imagem. Era notório seu relacionamento com Domitila de Castro Canto e Melo, a quem fez viscondessa e depois marquesa de Santos. O romance teve início em 1822 e durou até o segundo casamento de D. Pedro I, em 1829, com Amélia de Beauharnais, duquesa de Leuchtenberg. O marquês de Barbacena, encarregado de encontrar uma noiva para o Imperador que atendesse às exigências de nobreza, formosura, virtude e educação, enfrentara humilhantes recusas por parte de várias casas reais européias que viam com horror o relacionamento do Imperador com a Marquesa de Santos,e o sofrimento que este causara na Imperatriz Leopoldina.
Tudo isso, ao lado das dificuldades financeiras, provocaram o protesto das elites brasileiras. Apesar da renúncia, sua relação com os assuntos internos de Portugal o tornaram cada vez mais impopular no Brasil. O constante declínio de seu prestígio e a crise provocada pela dissolução do gabinete, em 1830, fez o Imperador sofrer oposição liberal e reação popular, levando-o a abdicar em favor do filho D. Pedro II (com apenas seis anos) em 7 de abril de 1831.
Triunfo em Portugal
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/bf/29-_Imperador_Rei_D._Pedro_IV_-_O_Soldado.jpg/220px-29-_Imperador_Rei_D._Pedro_IV_-_O_Soldado.jpg)
D. Pedro I retorna à Europa e assume a liderança da luta para restaurar os direitos da filha, usurpados por D. Miguel. Em Portugal se viviam as Guerras Liberais entre os miguelistas, partidários do absolutismo defendido por Miguel, que usurpara a Coroa de D. Maria II, Rainha em título, e os liberais, defensores do constitucionalismo. Após conseguir os apoios financeiros necessários e organizar os liberais imigrados, chega aos Açores em 1832, onde assume a regência na qualidade de Duque de Bragança, nomeia um Ministério composto por Mouzinho da Silveira, Marquês de Palmela e Agostinho José Freire (do qual se destaca o primeiro pela legislação que vai promulgando, que viria a alterar a estrutura jurídica e social do país), e prepara força expedicionária para invadir Portugal e colocar a sua filha no trono.
Em junho a expedição militar parte para o norte do país, vindo a desembarcar no Pampelido em 8 de julho e seguindo depois para o Porto. As tropas chegam à cidade no dia seguinte e, ao contrário do que tinham inicialmente previsto, sofrem um longo e penoso cerco, dando-se início a uma guerra civil. Em 24 de julho de 1834, depois da batalha de Lisboa, ganha pelo marechal-duque da Terceira, os liberais derrotam os miguelistas.
As cortes de agosto de 1834 confirmam a regência de D. Pedro I, que repõe a filha no trono português. Apesar de ter reconquistado o trono português para sua filha, D. Pedro I voltou tuberculoso da campanha e morreu em 24 de setembro de 1834, pouco depois da Convenção de Évora Monte (que selara a vitória da causa liberal, de que se fizera paladino), no palácio de Queluz, na mesma sala onde nascera 36 anos antes.
Foi sepultado no Panteão dos Braganças, na Igreja de São Vicente de Fora, como simples general, e não como rei. O seu coração foi doado, por decisão testamentária, à Igreja da Lapa, no Porto, onde se encontra conservado, como relíquia, num mausoléu na capela-mor da igreja, ao lado do Evangelho. Em 1972, no sesquicentenário da Independência, seus despojos foram trasladados do panteão de São Vicente de Fora para a cripta do monumento do Ipiranga, em São Paulo, no Brasil, ao lado da primeira esposa, a Imperatriz Leopoldina e da segunda esposa, Imperatriz Amélia.
Linha cronológica
- 1798 - D. Pedro I nasce, no dia 12 de outubro, no Palácio Real de Queluz
- 1801 - D. Antônio, primogênito de D. João VI, morre
- 1807 - D. Pedro I parte para o Brasil com a Corte Portuguesa
- 1808 - Chegada da Família Real Portuguesa ao Rio de Janeiro, no dia 7 de março
- 1816 - D. João VI é elevado a Rei de Portugal e D. Pedro I recebe o título de Príncipe Real e herdeiro do trono português
- 1818 - D. Pedro I se casa com a arquiduquesa D. Leopoldina, filha do Imperador Francisco I da Áustria, e de sua segunda esposa, Maria Teresa de Bourbon, princesa do Reino das Duas Sicílias
- 1820 - Inicia a Revolução Liberal do Porto
- 1821 - A Família Real Portuguesa, pressionada pelos revoltosos, regressa a Portugal
- 1822 - Dia do Fico, em 9 de janeiro
- 1822 - Independência do Brasil, no dia 7 de setembro, às margens do Rio Ipiranga
- 1822 - Regresso de D. Pedro I ao Rio de Janeiro, no dia 12 de outubro
- 1822 - Coroação de D. Pedro I como Imperador e Defensor Perpétuo do Brasil
- 1823 - A Assembléia Constituinte é dissolvida por D. Pedro I
- 1824 - Uma Constituição é outorgada por D. Pedro I no dia 25 de março
- 1826 - Morre a Imperatriz Leopoldina, no dia 11 de dezembro
- 1826 - Morre D. João VI, e D. Pedro I assume o título de Dom Pedro IV de Portugal, contrariando a Constituição
- 1826 - D. Pedro I decide abdicar o trono português em favor de sua filha, D. Maria da Glória, de sete anos, mediante duas condições: o casamento da rainha com o seu tio D. Miguel I, entretanto nomeado regente, e o juramento da Carta Constitucional
- 1827 - D. Miguel I contraria seu irmão, D. Pedro I, e instalada uma monarquia absolutista em Portugal
- 1827 - D. Pedro I passa a ser visto como impopular e traidor da nação, pelas suas ações autoritaristas
- 1827 - Os brasileiros não obtém sucesso na Campanha Cisplatina, perdendo então seu território ao sul
- 1829 - D. Pedro I contrai segundas núpcias, por procuração, com Amélia de Beauharnais, princesa da Baviera, duquesa de Leuchtenberg, neta da Imperatriz Josefina da França, esposa repudiada de Napoleão Bonaparte
- 1830 - O gabinete é dissolvido
- 1831 - Ocorre a abdicação em favor do filho D. Pedro II (com apenas seis anos) em 7 de abril de 1831
- 1831 - D. Pedro I regressa a Portugal e assume a liderança da luta para restaurar os direitos da filha, usurpados por D. Miguel I. Em Portugal se viviam as Guerras Liberais entre os miguelistas, partidários do absolutismo defendido por D. Miguel I, e os liberais, defensores do constitucionalismo
- 1832 - D. Pedro I chega aos Açores, onde assume a regência na qualidade de duque de Bragança, nomeia um ministério composto por Mouzinho da Silveira, Marquês de Palmela e Agostinho José Freire
- 1834 - Em 24 de julho, depois da batalha de Lisboa, os liberais derrotam os miguelistas
- 1834 - As cortes confirmam a regência de D. Pedro I no mês de agosto
- 1834 - Ao voltar para Lisboa, D. Pedro I é atacado pela tuberculose. No dia 24 de setembro, D. Pedro I morre no Palácio de Queluz.
Ascendência
João V de Portugal | D. Maria Ana de Áustria | José I de Portugal | Mariana Vitória de Bourbon | Carlos III de Espanha | Maria Amália da Saxônia | Filipe, duque de Parma | Maria Luísa Isabel de França | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Pedro III Rei-Consorte de Portugal | Maria I de Portugal | Carlos IV de Espanha | Maria Luísa de Parma | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
João VI de Portugal | Carlota Joaquina de Bourbon | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Pedro I | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Descendência
D. Pedro teve ao todo 18 filhos. De sua esposa em primeiras núpcias, a Imperatriz Leopoldina, Arquiduquesa da Áustria, nasceram:
- D. Maria II, rainha de Portugal (1819-1853), casada por procuração com seu tio, D. Miguel I, rei de Portugal, em primeiras núpcias com Augusto de Beauharnais, duque de Leuchtenberg, e em segundas núpcias com o príncipe Fernando de Saxe-Coburgo-Gota, rei consorte de Portugal;
- Infante D. Miguel de Bragança (1820), príncipe da Beira;
- Infante D. João Carlos de Bragança (1821-1822), príncipe da Beira;
- D. Januária Maria (1822-1901), princesa imperial do Brasil, casada com o príncipe Luís de Bourbon e Duas Sicílias, conde de Áquila;
- D. Paula Mariana (1823-1833);
- D. Francisca (1824-1898), princesa do Brasil, casada com o Francisco Fernando d'Orléans, príncipe de Joinville;
- D. Pedro II (1825-1891), imperador do Brasil, casado com D. Teresa Cristina de Bourbon e Duas Sicílias, princesa de Duas Sicílias.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/d/dc/Dompedroiibebe.jpg/150px-Dompedroiibebe.jpg)
De sua esposa em segundas núpcias, Dona Amélia de Leuchtenberg, imperatriz do Brasil (1829 - 1831), duquesa de Leuchtenberg e de Bragança:
- D. Maria Amélia de Bragança (1831-1853), princesa do Brasil.
De sua amante, Domitília de Castro e Canto Melo, marquesa de Santos:
- rapaz (1823), menino natimorto;
- D. Isabel Maria de Alcântara Brasileira (1824-1898), duquesa de Goiás, casada com Ernesto José João Fischler von Treuberg, conde de Treuberg;
- D. Pedro de Alcântara Brasileiro (1825–1826);
- D. Maria Isabel de Alcântara Brasileira (1827–1828), duquesa do Ceará;
- D. Maria Isabel II Alcântara Brasileira (1830–1896), que se casou com Pedro Caldeira Brant, conde de Iguaçu.
Com a francesa Noémi Thierry teve:
- D. Pedro, falecido antes de completar um ano;
- Menina, falecida antes de completar um ano.
Com Maria Benedita de Castro Canto e Melo, baronesa de Sorocaba e irmã da marquesa de Santos, teve:
Com a uruguaia María del Carmen García teve uma criança natimorta.
De sua amante francesa Clémence Saisset teve:
- D. Pedro de Alcântara Brasileiro[1].
Com a monja portuguesa Ana Augusta teve outro menino de nome D. Pedro.
Apesar das possíveis aparências, muitos biógrafos consideram D. Pedro um pai zeloso pelo menos com a maior parte de sua prole, fosse ela legítima ou não. Procurou, na medida do possível, cuidar pessoalmente da educação de todos, chegando inclusive a se indispor com D. Leopoldina quando exigiu que a duquesa de Goiás fosse educada juntamente com as princesas imperiais. Ainda sobre a duquesa, já exilado em Paris, fez com que viesse a viver juntamente com D. Maria da Glória e Amélia de Leuchtenberg - que finalmente a aceitara após uma primeira rejeição, ainda no Brasil.
De acordo com Isabel Lustosa, D. Pedro costumava brincar com os filhos e lhes ministrar pessoalmente remédios e outros cuidados médicos. Otávio Tarqüinio relata como o ex-imperador ficara consternado com a morte de cada um de seus filhos. O corpo da menina que tivera com Noémi Thierry foi, a seu mando, embalsamado e trasladado para a Quinta da Boa Vista, onde ali permaneceria velado pelo regente até sua partida do Brasil. Maior tristeza lhe abateu quando da morte do Príncipe da Beira, D. João Carlos de Bragança, a quem, em seu leito de morte, deu-lhe o "último beijo" e a "derradeira benção paterna". Mesmo no exílio, manteve constante comunicação com D. Pedro de Alcântara, futuro Pedro II do Brasil, por cartas enviadas mesmo durante as Guerras Liberais.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/7e/Pedro_Am%C3%A9rico_-_Independ%C3%AAncia_ou_Morte_-_Google_Art_Project.jpg/350px-Pedro_Am%C3%A9rico_-_Independ%C3%AAncia_ou_Morte_-_Google_Art_Project.jpg)
Títulos
- 1798-1816: Sua Alteza o Príncipe da Beira
- 1816-1822: Sua Alteza Real o Príncipe Real do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves
- 1822-1828: Sua Majestade Imperial o Imperador e Defensor Perpétuo do Brasil
- 1826-1826: Sua Majestade Fidelíssima El-Rei (de Portugal)
- 1828-1834: Sua Majestade Imperial e Real, D. Pedro, Duque de Bragança
Representações na cultura
D. Pedro I já foi retratado como personagem no cinema e na televisão, interpretado por:
- Achiles Lambertini no filme "O Grito do Ipiranga" (1917)
- Tarcísio Meira e seu filho Tarcísio Filho no filme "Independência ou Morte" (1972)
- Tarcísio Meira na novela "Saramandaia" (1976) (aparição especial)
- Gracindo Júnior na minissérie "Marquesa de Santos" (1984)
- Tarcísio Filho na novela "Dona Beija" (1986)
- Marcos Palmeira no filme "Carlota Joaquina - Princesa do Brazil" (1995)
- Pedro Palli na minissérie "Entre o Amor e a Espada" (2001)
- Marcos Pasquim na minissérie "O Quinto dos Infernos" (2002)
Efígie
Também teve sua efígie impressa na nota de Cr$ 200 (duzentos cruzeiros) de 1951 e na de Cr$ 5,00 (cinco cruzeiros) de 1970; cunhada no verso das moedas de Cr$ 1 (um cruzeiro) e Cr$ 20 (vinte cruzeiros) — comemorativas do sesquicentenário da independência, em 1972 — e, atualmente, de 10 centavos de real.
Referências
- ↑ Sousa, Otávio Tarqüinio de (1954). A vida de D. Pedro I. [S.l.]: José Olympio Parâmetro desconhecido
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) sugerido (ajuda);
Bibliografia
- LUSTOSA, Isabel. D. Pedro I: um herói sem nenhum caráter. São Paulo: Companhia das Letras, 2006 ISBN 85-359-0807-2
- SOUSA, Otávio Tarqüinio de. A vida de D. Pedro I. Rio de Janeiro: José Olympio, 1954.
- CABRAL, Oswaldo Rodrigues. A História da Política em Santa Catarina Durante o Império. Edição em 4 volumes, organizada por Sara Regina Poyares dos Reis. Florianópolis : Editora da UFSC, 2004.
Ver também
- Árvore genealógica dos reis de Portugal
- Família Imperial Brasileira
- Imperial Ordem da Rosa
- Hino da Independência
- Panteão da Pátria
Ligações externas
Casa de Bragança Nascimento: 12 de outubro de 1798; Morte: 24 de setembro de 1834 | ||
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Precedido por D. João VI |
![]() Príncipe Real do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves como D. Pedro de Alcântara 1816–1822 |
Sucedido por Nenhum |
Ficheiro:Brazilimperialblason2.svg Imperador do Brasil como D. Pedro I do Brasil 1822–1831 |
Sucedido por D. Pedro II | |
![]() Rei de Portugal e dos Algarves d'Aquém e d'Além-Mar em África, etc. como D. Pedro IV de Portugal 1826 |
Sucedido por D. Miguel I | |
![]() Regente de Portugal como D. Pedro IV de Portugal 1831–1834 |
Sucedido por D. Maria II | |
![]() Duque de Bragança como D. Pedro I de Bragança 1831–1834 | ||
Precedido por D. Francisco Antônio |
Príncipe da Beira como D. Pedro de Alcântara 1801–1816 |
- Imperadores do Brasil
- Reis de Portugal
- Reis do Algarve
- Regentes de Portugal
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- Príncipes da Beira
- Príncipes do Brasil
- Príncipes Reais do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves
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- Maçons do Brasil
- Maçons de Portugal
- Luso-brasileiros
- Hispano-brasileiros
- Herois nacionais do Brasil