Educação no estado de São Paulo

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A educação do estado de São Paulo tem 14 405 estabelecimentos de ensino fundamental, 12 691 unidades pré-escolares, 5 624 escolas de nível médio e 521 instituições de nível superior, a rede de ensino do estado é a mais extensa do país.[1] Ao total, são 8 981 288 matrículas e 482 519 docentes registrados.[1]

Indicadores[editar | editar código-fonte]

Resultados no ENEM
Ano Português Redação
2006[2]
Média
38,86 (3º)
36,90
51,93 (9º)
52,08
2007[3]
Média
54,25 (2º)
51,52
55,98 (11º)
55,99
2008[4]
Média
44,86 (2º)
41,69
59,70 (7º)
59,35

A taxa de analfabetismo dos residentes do estado de São Paulo com idade igual ou superior a 15 anos era de 4,74% no ano de 2008,[5] taxa 3% superior à registrada no ano anterior, de 4,6%.[6][7][8] O estado possui a 5ª menor taxa de analfabetismo dentre as 27 unidades federativas do Brasil, atrás apenas do Amapá, Distrito Federal, Santa Catarina e Rio de Janeiro. Em números absolutos, São Paulo reúne a segunda maior população de analfabetos do país, com 1,5 milhão de pessoas.[9] Em 2009, a taxa de analfabetismo funcional entre as pessoas com 15 anos ou mais era de 13,8%.[10]

A média de anos de estudo da população do estado que tem entre 15 e 64 anos é de 8,85. 41,72% da população com idade igual ou superior a 25 anos possui menos de oito anos de estudo e 68,37% da população que tem entre 18 e 24 anos possui o ensino médio completo.[5]

O fator "educação" do IDH no estado atingiu em 2005 a marca de 0,921 – patamar considerado elevado, segundo os padrões do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).[11]

Tomando-se por base o relatório do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) de 2007, o estado de São Paulo obteve o maior índice da 5ª à 8ª série do ensino fundamental entre os estados brasileiros (3,6). A cidade de São Paulo, por sua vez, ocupa a 9ª posição entre as 27 capitais (4,1).[12] Na classificação geral do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2007, três escolas do estado figuraram entre as 20 melhores do ranking: os colégios Vértice (3º colocado), Bandeirantes (14º colocado) e Móbile (20º colocado), todos pertencentes à rede privada.[13]

Matrículas (em 2010)[editar | editar código-fonte]

Ensino fundamental[editar | editar código-fonte]

Em 2008, o estado de São Paulo tinha 6.030.171 estudantes matriculados no ensino fundamental, 14.397 instituições de ensino e 301.243 professores atuando nessa etapa da educação básica. A rede estadual é a mais ampla, respondendo, nesse mesmo ano, por 2.810.469 matrículas, 5.077 escolas e 135.952 docentes.[15]

Desde 1997, o Governo do Estado de São Paulo adota o regime de progressão continuada, chamado informalmente de "aprovação automática", para todos os ciclos do ensino fundamental.[16] Segundo documentos oficiais do governo paulista, a estratégia de adoção do regime contribui para a universalização da educação básica e estimula a permanência do aluno na escola, além de ser uma forma de otimizar recursos e regularizar o fluxo de alunos da rede segundo a variável "idade/série".[17] Entretanto, o sistema é motivo de polêmicas, opondo pais e professores, que acreditam que a aprovação automática não estimula o aluno a estudar e não o prepara para as etapas futuras da educação, e o governo estadual, que alega que as medidas são bem sucedidas. Especialistas apontam que metade dos alunos egressos desse tipo de sistema são reprovados ao ingressar no ensino médio[17][18]

Em 2009, a nota média dos alunos do ensino fundamental da rede estadual medida pelo IDESP (Índice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo, feito com metodologia elaborada pelo próprio governo paulista) ficou abaixo de quatro, numa escala que vai de zero a 10, o que representa uma situação de estagnação no desenvolvimento do ensino fundamental da rede, face aos resultados dos anos anteriores.[19]

Ensino superior[editar | editar código-fonte]

Contemplado por expressivo número de renomadas instituições de ensino e centros de excelência, São Paulo é o maior pólo de pesquisa e desenvolvimento do Brasil, responsável por 52% da produção científica brasileira e 0,7% da produção mundial no período compreendido entre os anos de 1998 e 2002.[20] No cenário atual, destacam-se importantes universidades públicas e privadas, muitas delas consideradas centros de referência em determinadas áreas.

As universidades públicas sediadas no estado de São Paulo são:

Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira, com os edifícios da FAUUSP e da FEAUSP em destaque.

Entre as instituições privadas, destacam-se:

Biblioteca Central "George Alexander" da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Completam o exemplário acima as seguintes instituições: Universidade Anhembi Morumbi, São Marcos, Universidade Bandeirante de São Paulo (Uniban), Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul), Universidade Metodista de Piracicaba, Universidade Paulista (Unip) e Universidade São Judas Tadeu – entre outras. Além destas universidades, São Paulo também conta com diversos institutos de ensino superior e pesquisa em áreas específicas, entre os quais podem ser destacados a Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) (engenharia, artes e ciências humanas), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) (administração e direito) e a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

Principais institutos de pesquisa[editar | editar código-fonte]

Instituto de Pesquisas Tecnológicas.
Instituto Biológico, na Vila Mariana.
Instituto Pasteur, na avenida Paulista.
Laboratório Nacional de Luz Síncrotron.

Referências

  1. a b «IBGE Cidades». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 
  2. [1]
  3. [2]
  4. [3]
  5. a b «Perfil do Estado de São Paulo». IBGE, republicado pela Fundação Seade. Setembro de 2008. Consultado em 1 de agosto de 2010 
  6. «Gasto de R$ 2 bilhões reduz pouco o analfabetismo no país». Folha de S.Paulo. 28 de setembro de 2009. Consultado em 1 de agosto de 2010 
  7. [«Presidente Lula erra ao citar índice de analfabetismo de SP». Folha de S.Paulo. 11 de fevereiro de 2009. Consultado em 1 de agosto de 2010 
  8. «Aníbal: dado de Lula sobre analfabetismo é 'mentiroso'». Estadão. 10 de fevereiro de 2009. Consultado em 1 de agosto de 2010 
  9. «Analfabetismo cresce no DF, em SP e mais 10 Estados». Portal Aprendiz. Setembro de 2008. Consultado em 1 de agosto de 2010. Arquivado do original em 6 de julho de 2011 
  10. «IBGE Estados». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 
  11. «Emprego, Desenvolvimento Humano e Trabalho Decente: A Experiência Brasileira Recente» (ZIP). CEPAL/PNUD/OIT. Setembro de 2008. Consultado em 24 de abril de 2009 
  12. «No IDEB, 'pior' cidade raspa nota zero; maioria tira menos de 5». UOL Educação. 26 de abril de 2007. Consultado em 5 de agosto de 2008 
  13. «As 20 melhores escolas do país no ENEM 2007». Portal G1. 3 de abril de 2008. Consultado em 5 de agosto de 2008 
  14. a b c d Vários, in Almanaque Abril 2007. São Paulo: Abril, 2007, p. 705.
  15. «São Paulo». IBGE Estados@. Consultado em 17 de agosto de 2008 
  16. «Deliberação CEE Nº 09/97 (progressão continuada - SP)». Conteúdo Escola. Consultado em 17 de agosto de 2008 
  17. a b «O regime de progressão continuada no estado de São paulo na voz dos professores» (PDF). Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação. Consultado em 17 de agosto de 2008 
  18. «Aprovação automática de ano causapolêmica entre pais e educadores». R7. Consultado em 17 de agosto de 2008 
  19. «AIdesp: ensino médio melhora mas o fundamental fica estagnado». e-educador. Consultado em 17 de agosto de 2008 
  20. «Análise da produção científica a partir de indicadores bibliométricos» (PDF). Tabela 8.2 - Taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade, por cor ou raça, segundo as Grandes Regiões, Unidades da Federação e Regiões Metropolitanas - 2007. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 1 de outubro de 2008 
  21. a b «G1 – USP, UFRJ, Unicamp, UFRGS, UFMG e Unesp aparecem no top 500 elaborado em Taiwan». Portal. 30 de novembro de 2007. Consultado em 5 de agosto de 2008 
  22. Comvest - Comissão Permanente para os Vestibulares Sobre Cidade Universitária, visitado em 6 de abril, 2007
  23. Revista Pesquisa - Fapesp "Unicamp tem o maior número de patentes", visitado em 3 de abril, 2007
  24. Site da Unicamp - Patentes "Unicamp tem o maior número de patentes", visitado em 3 de abril, 2007
  25. «Federal do ABC aposta em pesquisa, e 100% dos professores são doutores» 
  26. «UFABC aparece em ranking internacional». Consultado em 14 de novembro de 2010 
  27. «Ranking Ibero-Americano SIR 2011» (PDF). Consultado em 14 de novembro de 2010. Arquivado do original (PDF) em 16 de julho de 2011 
  28. http://www.ufabc.edu.br/index.php?option=com_content&view=article&id=970:recriando-o-big-bang-no-lhc&catid=187:artigos&Itemid=184
  29. http://www.ufabc.edu.br/index.php?option=com_content&view=article&id=301:universidade-integra-pesquisa-mundial-sobre-estrutura-da-materia&catid=221:2007&Itemid=8
  30. http://www.ufabc.edu.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2970:universidade-divulga-resposta-ao-jornal-qo-estado-de-sao-pauloq&catid=587:2010&Itemid=183
  31. http://www.ufabc.edu.br/index.php?option=com_content&view=article&id=665&Itemid=229
  32. http://www.intel.com/portugues/pressroom/releases/2007/1008.htm
  33. http://www.ufabc.edu.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2853:bcat-aparece-como-curso-mais-procurado-no-sisu&catid=587:2010&Itemid=183
  34. «Relatório de Atividades e Prestação de Contas 2007» (PDF). Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). 2007. Consultado em 7 de agosto de 2008 
  35. a b «Estrutura». Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Consultado em 6 de agosto de 2008 
  36. «Estrutura». Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Consultado em 6 de agosto de 2008 
  37. a b c d «Quem somos». Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN). Consultado em 5 de agosto de 2008 
  38. «Apresentação». Instituto Butantan. Consultado em 6 de agosto de 2008. Arquivado do original em 5 de julho de 2008 
  39. «Unidades de pesquisa». Instituto Butantan. Consultado em 6 de agosto de 2008. Arquivado do original em 5 de julho de 2008 
  40. a b «Quem somos». Instituto Biológico. Consultado em 6 de agosto de 2008 
  41. a b «Menu». Instituto Pasteur. Consultado em 7 de agosto de 2008 
  42. a b c d «Sobre o IMTSP». Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (IMTSP). Consultado em 8 de agosto de 2008 
  43. a b «O Instituto». Instituto Florestal. Consultado em 8 de agosto de 2008 

Ver também[editar | editar código-fonte]