Clima do Brasil: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Amazonie.jpg|thumb|left|Pequeno afluente do [[rio Amazonas]] no Brasil.]]
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Ocorre na região [[Amazônia|Amazônica]], ao norte de [[Mato Grosso]] e a oeste do [[Maranhão]] e está sob ação da massa de ar equatorial continental – de ar [[calor|quente]] e geralmente [[umidade|úmido]]. Suas principais características são [[temperaturas]] médias elevadas ({{Fmtn|25|°C}} a {{Fmtn|27|°C}}); [[chuva]]s abundantes, com índices próximos de


== Tropical ==
== Tropical ==

Revisão das 18h46min de 4 de setembro de 2012

Mapa climático do Brasil de acordo com a classificação climática de Köppen-Geiger.

O clima do Brasil é diversificado em consequência de fatores variados, como a fisionomia geográfica, a extensão territorial, o relevo e a dinâmica das massas de ar. Este último fator é de suma importância porque atua diretamente tanto na temperatura quanto na pluviosidade, provocando as diferenciações climáticas regionais. As massas de ar que interferem mais diretamente são a equatorial (continental e atlântica), a tropical (continental e atlântica) e a polar atlântica.

O Brasil apresenta o clima superúmido com características diversas, tais como o super-úmido quente (equatorial), em trechos da região Norte; super-úmido mesotérmico (subtropical), na Região Sul do Brasil, no sul e planalto paulista do estado de São Paulo, e super-úmido quente (tropical), numa estreita faixa litorânea de São Paulo ao Rio de Janeiro, Vitória, sul da Bahia até Salvador, sul de Sergipe e norte de Alagoas.

O clima úmido, também com várias características: clima úmido quente (equatorial), no Acre, Rondônia, Roraima, norte de Mato Grosso, leste do Amazonas, Pará, Amapá e pequeno trecho a oeste do Maranhão; clima úmido subquente (tropical), em São Paulo e sul do Mato Grosso do Sul, e o clima úmido quente (tropical), no Mato Grosso do Sul, sul de Goiás, sudoeste e uma estreita faixa do oeste de Minas Gerais, e uma faixa de Sergipe e do litoral de Alagoas à Paraíba.

O clima semi-úmido quente (tropical), corresponde à área sul do Mato Grosso do Sul, Goiás, sul do Maranhão, sudoeste do Piauí, Minas Gerais, uma faixa bem estreita a leste da Bahia, a oeste do Rio Grande do Norte e um trecho da Bahia meridional.

O clima semi-árido, com diversificação quanto à umidade, correspondendo a uma ampla área do clima tropical quente. Assim, tem-se o clima semi-árido brando, no nordeste do Maranhão, Piauí e parte sul da Bahia; o semi-árido mediano, no Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e interior da Bahia; o semi-árido forte, ao norte da Bahia e interior da Paraíba, e o semi-árido muito forte, em pequenas porções do interior da Paraíba, de Pernambuco e norte da Bahia.

A maior temperatura registrada oficialmente no Brasil foi 44,7 °C em Bom Jesus, Piauí, em 21 de novembro de 2005, superando o recorde também oficial de Orleans, Santa Catarina, de 44,6 °C, de 6 de janeiro de 1963.[1][2] Já a menor temperatura registrada foi de −17,8 °C no Morro da Igreja, em Urubici, Santa Catarina, em 29 de junho de 1996 (registro extra-oficial).[3] A menor temperatura registrada oficialmente no país foi de −14,0 °C, no município de Caçador, no mesmo estado, em 11 de junho de 1952.[4][5] Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), o maior acumulado de chuva em 24 horas já observado no país foi de 404,8 mm, em Florianópolis, Santa Catarina, no dia 15 de novembro de 1991.[2] Entretanto fontes não-oficiais indicam a ocorrência de 622,5 mm na localidade de Itapanhaú, município de Biritiba Mirim, São Paulo, no dia 20 de junho de 1947.[6]

Equatorial

Ver artigo principal: Clima equatorial
Pequeno afluente do rio Amazonas no Brasil.

O

Tropical

Ver artigo principal: Clima tropical

Abrange toda a região central do país, a porção oriental do Maranhão, grande parte do Piauí e a porção ocidental da Bahia e de Minas Gerais. Também é encontrado no extremo norte do Brasil, em Roraima. Caracteriza-se por temperaturas elevadas (entre 18 °C e 28 °C), com significativa amplitude térmica de (5 °C e 7 °C), e estações bem definidas – um verão quente e chuvoso e inverno ameno e seco. Apresenta alto índice pluviométrico, em torno de 1,500 mm/ano. A estação chuvosa é o verão, quando a massa equatorial continental está sobre a região. No inverno, com o deslocamento dessa massa diminui a umidade e então ocorre a estação seca.

Tropical de altitude

Ver artigo principal: Clima tropical de altitude
Campos do Jordão é a cidade mais alta do Brasil.

É encontrado nas partes mais elevadas, entre 800 m e 1 000 m, do planalto Atlântico do Sudeste. Abrange trechos dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, norte do Paraná e o extremo sul de Mato Grosso do Sul. Sofre a influência da massa de ar tropical atlântica, que provoca chuvas no período do verão. Apresenta temperatura amena, entre 18 °C e 26 °C, e amplitude térmica anual entre 7 °C e 9 °C. No inverno, as geadas acontecem com certa frequência em virtude da ação das frentes frias originadas da massa polar atlântica.

Tropical atlântico ou tropical úmido

Ver artigo principal: Clima tropical úmido
Rio de Janeiro.

Estende-se pela faixa litorânea do Rio Grande do Norte ao extremo leste de São Paulo. Sofre a ação direta da massa tropical atlântica, que, por ser quente e úmida, provoca chuvas intensas. O clima é quente com variação de temperatura entre 18 °C e 26 °C e amplitude térmica maior à medida que se avança em direção ao Sul -, úmido e chuvoso durante todo o ano.

Subtropical

Ver artigo principal: Clima subtropical
Ficheiro:Neve santa catarina.jpg
Neve no Planalto Serrano de Santa Catarina.

É o clima das latitudes abaixo do trópico de Capricórnio: abrange o sul do estado de São Paulo e a região metropolitana de São Paulo, a maior parte do Paraná (com exceção do norte), Santa Catarina, Rio Grande do Sul e o extremo sul de Mato Grosso do Sul. Está localizado na faixa de luminosidade temperada, contudo, não apresenta várias características do clima temperado. É influenciado pela massa polar atlântica, que determina temperatura média de 18°C e amplitude térmica anual elevada para padrões brasileiros, de cerca de 10 °C. As chuvas variam dos 1,000 mm/ano aos 2,000 mm/ano e bem distribuídas anualmente. Há geadas com frequência e eventuais nevadas.

Em termos de temperatura, apresenta as quatro estações do ano relativamente bem marcadas. Os verões são um pouco quentes, na maior parte da Região Sul (Cfa, segundo a Classificação climática de Köppen-Geiger), enquanto os verões são amenos nas Serras Gaúcha e Catarinense, além do extremo sul do país, nas partes mais elevadas das Serras de Sudeste (caracterizado por Köppen como Cfb), com média anual de temperatura inferior aos 17 °C. Os invernos são frescos (frios para os padrões brasileiros), com a ocorrência de geadas em toda a sua área de abrangência, havendo a ocorrência de neve nas partes mais elevadas da região. A neve ocorre com regularidade anual apenas acima dos 1.000 metros de altitude (constituindo uma pequena área entre os estados de Rio Grande do Sul e Santa Catarina), sendo, nas áreas mais baixas, de ocorrência mais esporádica, não ocorrendo todos os anos.

Nos pontos mais altos do planalto, onde pode ocorrer a neve durante os dias de inverno, estão situadas as cidades mais frias do país: São Joaquim e Urupema, em Santa Catarina, e São José dos Ausentes, no Rio Grande do Sul, as três com temperatura média anual de 13 °C. O local mais frio do país é creditado ao cume do Morro da Igreja, no município de Urubici, próximo a São Joaquim, o ponto habitado mais alto da Região Sul do país.

Paisagem de caatinga predominante no semiárido brasileiro.

Semiárido

Ver artigo principal: Clima semiárido

Típico do interior do Nordeste, região conhecida como o Polígono das Secas, que corresponde a quase todo o sertão nordestino e aos vales médios e inferiores do rio São Francisco. Sofre a influência da massa tropical atlântica que, ao chegar à região, já se apresenta com pouca umidade. Caracteriza-se por elevadas temperaturas (média de 27 °C) e chuvas escassas (em torno de 200 mm/ano), irregulares e mal distribuídas durante o ano. Há períodos em que a massa equatorial atlântica (superúmida) chega no litoral norte de Região Nordeste e atinge o sertão, causando chuva intensa.

O país tem 11% de seu território dentro do polígono das secas, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).[7]

Tropical Litorâneo

É encontrado na parte oriental do país e abrange as áreas próximas ao litoral. Esse tipo de clima é fortemente influenciado pela massa de ar Tropical Atlântica e pelos ventos úmidos vindos do oceano.

Ver também

Referências

  1. Terra (26 de novembro de 2005). «Piauí tem a temperatura mais alta em 96 anos». Consultado em 13 de outubro de 2011 
  2. a b Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). «Informações sobre o tempo». Consultado em 13 de outubro de 2011. Cópia arquivada em 13 de outubro de 2011 
  3. Sibéria brasileira no sul do Brasil, Fantástico, 18 de junho de 2006.
  4. «Recordes de frio em SC». EPAGRI/CIRAM. 2011. Consultado em 02 de setembro de 2011  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  5. Vieira H.; et al. «CARACTERIZAÇÃO CLIMÁTICA PRELIMINAR DE CAÇADOR/SC: ALTERAÇÕES MICROCLIMÁTICAS NO PERÍODO DE 1942-2006» (PDF). Anais 1980-2006. Congressos Brasileiros de Meteorologia. Consultado em 24 de julho de 2011 
  6. Carlos Alberto (15 de outubro de 2010). «Recorde absoluto de maior chuva registrada no Brasil». Meteorologia e Clima. Consultado em 13 de outubro de 2011. Cópia arquivada em 13 de outubro de 2011 
  7. Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação - FAO