Copa Rio


Copa Rio | |||||||||
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Dados gerais | |||||||||
Organização | FERJ | ||||||||
Edições | 26 | ||||||||
Local de disputa | ![]() | ||||||||
Sistema | Mata-mata | ||||||||
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Copa Rio é um campeonato promovido pela FERJ desde 1991 para definir times participantes dos Campeonatos Cariocas da Série B1, Série B2, Série C e que não participam do Brasileirão Série A para a Copa do Brasil do ano seguinte. Desde 2008, o campeão escolhe se quer a vaga na Copa do Brasil ou no Campeonato Brasileiro da Série D do ano subsequente, ficando o vice-campeão com a competição que o vencedor não escolher.
Em 24 edições realizadas, houve quinze clubes campeões. O Volta Redonda é o maior vencedor da Copa Rio, com cinco títulos, seguido por Nova Iguaçu, Portuguesa-RJ, Resende, Tigres do Brasil e Vasco da Gama com duas conquistas cada.
História[editar | editar código-fonte]
1991–1995[editar | editar código-fonte]
A Copa Rio foi criada em 1991, na gestão Eduardo Viana,[1] para definir um dos representantes fluminenses para a Copa do Brasil do ano seguinte (o outro seria o campeão do Campeonato Estadual). Caso o campeão estadual também conquistasse a Copa Rio, o representante seria o segundo colocado do Carioca. Curiosamente, o campeão das 3 primeiras edições também ganhou o estadual (Flamengo em 1991; Vasco em 1992 e 1993, que neste último também venceu o Torneio João Havelange, formando uma tríplice coroa). Detalhe que apesar do título o Flamengo não disputou a Copa do Brasil de 1992. A primeira edição é um dos dois títulos de Vanderlei Luxemburgo como treinador do Flamengo, desconsiderando turnos e amistosos (o segundo seria o Carioca de 2011).[2]
Na ocasião os participantes eram divididos em Campeonatos do Interior e da Capital: os dois primeiros colocados de cada um disputavam um mata-mata final, sendo este o formato dos cinco primeiros anos. A fórmula dos "campeonatos internos" variou nas edições. Nas 3 primeiras edições a competição contou com a participação de todos os quatro "grandes" clubes do futebol carioca sem nenhum abandono: Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama.[carece de fontes] Foi na edição de 93 a primeira e ao momento única final que o Vasco venceu o Flamengo após a final do Campeonato Carioca de 1988, não considerando jogos decisivos de turnos.[1]
Em 1994, houve a primeira desistência de um dos grandes clubes. Na Fase Final do Grupo da Capital, após o empate de 2 a 2 entre America e Vasco da Gama no que seria a "partida de volta", o América queria a prorrogação, mas o Vasco da Gama se negou a disputá-la, alegando que vencera a não-realizada "partida de ida" por w.o. do adversário.[3] No dia seguinte, o Vasco desistiu de pleitear a vaga, alegando já estar classificado à Copa do Brasil de 1995.[4] Neste ano, a competição foi pela primeira vez conquistada por um clube de menor investimento, o Volta Redonda, garantindo assim a sua vaga para a Copa do Brasil de 1995.[5] A decisão do Campeonato da Capital desta edição foi a última decisão entre Fluminense e América na história do clássico (vitória tricolor por 4 x 1).
No início de 1995, a CBF anunciou que aumentou em 4 o número de vagas na Copa do Brasil, indo uma destas vagas para o Rio de Janeiro, mais especificamente para o Flamengo, vice-campeão carioca de 1994. A partir de então, o vice-campeão carioca passaria a ter vaga na Copa do Brasil. Vice-campeão carioca também em 1995, o Flamengo tinha vaga assegurada na Copa do Brasil de 1996, e por isso, com o calendário apertado, decidiu abrir mão da disputa da Copa Rio de 1995, abandonando-a no meio da competição.[6] Apesar da participação de 3 clubes grandes, a competição teve uma final do interior.
1996–1997[editar | editar código-fonte]
No início de 1996, a CBF aumentou novamente o número de participantes da Copa do Brasil, incluindo não só o campeão e vice cariocas do ano anterior (Fluminense e Flamengo, respectivamente), mas também Botafogo e Vasco da Gama. Com a vaga na Copa do Brasil doravante assegurada, a Copa Rio perdeu prestígio junto aos grandes clubes. Com o pouco interesse dos clubes da capital, houve apenas o Campeonato do Interior. Em 1996, o Rubro Social foi o campeão ao bater na final o Mesquita. No ano seguinte foi a vez do Duquecaxiense, vencer o Rodoviário na final, após a desistência de Volta Redonda e Americano de disputar um quadrangular contra os dois primeiros.
1998–2000[editar | editar código-fonte]
A partir de 1998, houve uma nova tentativa de reestruturação do torneio, mas sem classificação para a Copa do Brasil. Contudo, esta empreitada durou apenas três anos. Os quatro "grandes" abandonaram a competição, decidindo não mais disputá-la. As exceções foram a participação de Flamengo e Fluminense em 1998 e do Botafogo em 2000.
2005[editar | editar código-fonte]
Em 2005, a Copa Rio foi recriada, continuando sem a participação dos quatro maiores clubes cariocas, havendo o triunfo do Tigres, da cidade de Duque de Caxias. Não houve vaga para a Copa do Brasil.
2007–atualmente[editar | editar código-fonte]
Em 2007, o torneio foi mais valorizado e passou a oferecer vagas à Copa do Brasil de 2008 ou o Campeonato Brasileiro da Série C de 2008. Em 2008, o campeão Nova Iguaçu, desistiu de disputar a Copa do Brasil de 2009 . O Americano foi o convidado e, por sua vez, cedeu a vaga no Campeonato Brasileiro da Série D ao Madureira, terceiro colocado na competição.
Com isso, a Copa Rio-Espírito Santo de 2008, foi disputada pelo Quissamã, que ficou em quarto lugar na classificação. O regulamento previa uma vaga para o Campeonato Brasileiro da Série C de 2009 para o segundo colocado, por se tratar da última divisão disputada no Brasil até então. Com a criação posterior do Campeonato Brasileiro da Série D, o regulamento foi adaptado, passando a contemplar o vice-campeão com uma vaga no mesmo.
Em 2010, o Sendas ficou com o título ao vencer na decisão o Bangu, optando por disputar a Série D em 2011. O Bangu disputou a Copa do Brasil. Em 2011, o campeão foi o Madureira ficando com a classificação para a Copa do Brasil de 2012, pois a equipe já disputava a Série C. O Friburguense, vice-campeão, ficou com a vaga para a Série D de 2012.
No ano de 2012, o Nova Iguaçu conquistou o bicampeonato ao bater o Bangu e, em 2013, o Duque de Caxias conquistou pela primeira vez a competição, ao vencer o Boavista-RJ na grande final.
Em 2014, o Resende ficou com o título pela primeira vez. Após derrotar o Madureira com um gol do goleiro Arthur aos 50 minutos do segundo tempo, a equipe levou a partida para os pênaltis e se sagrou campeã.
A partir do ano de 2017 a Copa Rio mudou de formato, deixando de ter uma fase de grupos e passou a ser disputada apenas em mata-mata, começando nas oitavas de final, em jogos de ida e volta onde um time da Série A enfrentaria um time da Série B1 ou da Série B2 com o mando da partida de volta, a partir das Quartas de Final o mando seria sorteado. Os critérios de classificação foram, seguindo a ordem: Pontos obtidos nos dois jogos; Saldo de Gols; Gol Qualificado; Pênaltis. Foram classificados 16 clubes sendo 8 clubes da Série A, 5 da Série B1 e 3 da Série B2.
Em 2018 o regulamento mudou um pouco, primeiro pelo fim da regra do gol fora de casa e também para dar vagas também aos clubes vindos da Série C e foram acrescentadas mais duas fases, a preliminar, disputada entre o 2° e 3° colocados da Série C do ano anterior e a pré-Oitavas, com 8 jogos em ida e volta disputados por 7 clubes da Série B1, 7 clubes da Série B2, o campeão da Série C e mais o vencedor do Play-Off da fase anterior. Os 6 clubes da Série A, mais os campeões da Série B1 e Série B2 entram direto nas oitavas enfrentando os vencedores da Pré-Oitavas. Os times de divisão superior possuem vantagem do mando do 2° jogo em casa, caso os dois times sejam da mesma divisão o mando é sorteado.
Na edição de 2019 houve a primeira final de dois times da capital desde 1998, sendo a primeira entre dois cariocas de fora do G-4 do Rio de Janeiro.
Campeões[editar | editar código-fonte]
Títulos por clube[editar | editar código-fonte]
Clube | Títulos | Vice-campeonatos | Semifinais |
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5 (1994, 1995, 1999, 2007 e 2022) | — | 4 (1992, 1998, 2013 e 2015) |
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2 (2000 e 2016) | 3 (2015, 2019 e 2022) | — |
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2 (2014 e 2015) | — | 2 (2012 e 2016) |
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2 (2005 e 2009) | — | 1 (2017) |
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2 (1992 e 1993) | — | — |
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2 (2008 e 2012) | — | — |
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1 (2018) | 3 (1991, 2008 e 2017) | 6 (1992, 1993, 1994, 1999, 2021 e 2022) |
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1 (2011) | 3 (1999, 2009 e 2014) | 2 (2012 e 2021) |
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1 (1998) | 2 (1992 e 1994) | — |
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1 (2017) | 1 (2013) | 2 (2014 e 2019) |
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1 (1991) | 1 (1993) | — |
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1 (2010) | — | 1 (2018) |
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1 (1996) | — | — |
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1 (1997) | — | — |
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1 (2013) | — | — |
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1 (2019) | — | — |
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1 (2021) | — | — |
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— | 2 (2010 e 2012) | 4 (1995, 1999, 2011 e 2013) |
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— | 2 (2011 e 2016) | 2 (2014 e 2018) |
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— | 1 (2005) | 2 (1998 e 2011) |
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— | 1 (2018) | 1 (2016) |
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— | 1 (1994) | — |
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— | 1 (1996) | — |
— | 1 (1997) | — | |
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— | 1 (1998) | — |
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— | 1 (2000) | — |
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— | 1 (2007) | — |
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— | 1 (2021) | — |
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— | — | 3 (1991, 1995 e 2000) |
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— | — | 2 (2015 e 2022) |
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— | — | 1 (1991) |
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— | — | 1 (1993) |
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— | — | 1 (1994) |
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— | — | 1 (2000) |
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— | — | 1 (2005) |
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— | — | 1 (2005) |
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— | — | 1 (2017) |
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— | — | 1 (2019) |
- AUD: ^ O Audax Rio chamava-se Sendas em 2010.
- BOT: ^ O Macaé chamava-se Botafogo em 1998.
- PRO: ^ O Itaboraí Profute chamava-se apenas Profute em 2005.
- GPE: ^ O Gonçalense/Petrópolis chamava-se apenas Gonçalense até 2021 e possuía sua sede em São Gonçalo.
Títulos por cidade[editar | editar código-fonte]
Cidade | Títulos | Vices | Semifinais |
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7 | 11 | 10 |
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5 | — | 4 |
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4 | — | 1 |
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3 | — | 2 |
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2 | — | 1 |
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1 | 3 | 6 |
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1 | 1 | 3 |
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1 | — | — |
1 | — | — | |
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— | 2 | 1 |
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— | 1 | 2 |
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— | 1 | 2 |
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— | 1 | — |
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— | 1 | — |
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— | 1 | — |
— | 1 | — | |
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— | 1 | — |
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— | — | 2 |
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— | — | 2 |
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— | — | 1 |
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— | — | 1 |
Artilharia[editar | editar código-fonte]
Ano | Artilheiro | Time | Gols |
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2007 | Éberson | ![]() |
10 |
2008 | Assumpção | ![]() |
13 |
2009 | Daniel | 16 | |
2010 | Arthur Costa | ![]() |
8 |
2011 | Wellinton Pimenta | ![]() |
8 |
2012 | Derley | ![]() |
10 |
2013 | Tiago Amaral | ![]() |
9 |
2014 | Gilcimar | ![]() |
8 |
2015 | Douglas Caé | ![]() |
6 |
Sabão | ![]() | ||
Tiago Amaral | ![]() | ||
2016 | Lohan | ![]() |
11 |
2017 | Felipe Augusto | ![]() |
5 |
2018 | Cláudio Maradona | ![]() |
7 |
2019 | Lelê | ![]() |
7 |
Sorriso | ![]() | ||
2021 | Di María | ![]() |
6 |
2022 | Jonathan Chula | ![]() |
6 |
Rhainer | ![]() |
Notas[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ a b Casado, André (5 de abril de 2014). «Título pós-Cocada: a história apagada da Copa Rio 1993, vencida pelo Vasco». globoesporte.com. Consultado em 18 de janeiro de 2021.
Trata-se da Copa Rio, torneio criado pelo ex-presidente da Federação do Rio, Eduardo Viana, e que não foi aprovado pelos clubes grandes.
- ↑ «Muito queridos! Personagens do futebol que têm o carinho de rivais». esportes.yahoo.com. Consultado em 19 de janeiro de 2021
- ↑ Jornal do Brasil. 27/11/1994. Página 35.
- ↑ Jornal do Brasil. 28/11/1994. Página 3 da Seção de Esportes.
- ↑ Há 20 anos, Voltaço batia o Fluminense e conquistava sua primeira Copa Rio. Super-Gol:18 de dezembro de 2014.
- ↑ Jornal do Brasil, 26/10/1995, página 31.
- ↑ «Friburguense é punido por escalação irregular e perde o título da Copa Rio». GloboEsporte.com. 28 de outubro de 2016. Consultado em 28 de outubro de 2016
- ↑ FERJ. «FERJ cancela algumas competições do seu calendário 2020». Consultado em 25 de março de 2020