Papa João XXII
João XXII | |
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Papa da Igreja Católica | |
196° Papa da Igreja Católica | |
Atividade eclesiástica | |
Diocese | Diocese de Roma |
Eleição | 7 de agosto de 1316 |
Entronização | 5 de setembro de 1316 |
Fim do pontificado | 4 de dezembro de 1334 (18 anos, 119 dias) |
Predecessor | Clemente V |
Sucessor | Bento XII |
Ordenação e nomeação | |
Ordenação episcopal | 4 de fevereiro de 1300 |
Nomeado arcebispo | 18 de março de 1310 |
Cardinalato | |
Criação | 23 de dezembro de 1312 por Papa Clemente V |
Ordem | Cardeal-presbítero (1312-1313) Cardeal-bispo (1313-1316) |
Título | Santos Vital, Valéria, Gervásio e Protásio (1312-1313) Porto-Santa Rufina (1313-1316) |
Papado | |
Brasão | |
Consistório | Consistórios de João XXII |
Dados pessoais | |
Nascimento | Cahors, França 1244 |
Morte | Avinhão, França 4 de dezembro de 1334 (90 anos) |
Nacionalidade | francês |
Nome de nascimento | Jacques-Arnaud d'Euse |
Progenitores | Mãe: Elena di Bérail Pai: Arnaud Duèze |
Sepultura | Avinhão, França |
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O Papa João XXII, nascido Jacques d'Euse (Cahors, 1249 – Avinhão, 4 de dezembro de 1334), foi papa da Igreja Católica de 1316 até sua morte. Inaugurou o período dos papas de Avinhão.
Rebento de uma família de burgueses banqueiros em Cahors, estudou medicina em Montpellier e direito em Paris.
O período de dois anos de sede vacante entre a morte de Clemente V em 1314 e a eleição de João XXII em 1316 deveu-se às desavenças extremas entre os cardeais, os quais estavam divididos em duas facções. Depois de dois anos, Filipe V de França finalmente articulou a realização de um conclave com vinte e três cardeais em Lyon e, através de um engodo, prendeu os cardeais em uma igreja até que a eleição estivesse concluída. Os cardeais então elegeram-no como Papa, sendo coroado em Lyon. Este Papa decidiu que a residência papal seria em Avinhão e não em Roma.
João XXII envolveu-se em movimentos políticos e religiosos de muitos países europeus, com o objetivo de promover os interesses da Igreja, tornando-se um Papa muito controverso em seu tempo.
Antes da eleição de João XXII, decorreu uma disputa pela coroa imperial entre Luís IV da Baviera e seu oponente Frederico I da Áustria. João XXII foi neutro a princípio, mas em 1323, quando Luís IV venceu a disputa e tornou-se o Santo Imperador Romano, os partidos Guelfo (papal) e Gibelino (imperial) iniciaram uma disputa muito séria. Esta foi parcialmente causada pelas aclamações extremas da autoridade de João XXII sobre o Império e parcialmente pelo apoio por Luís IV aos Fraticelli, Franciscanos espirituais, os quais João XXII havia condenado por sua visão distorcida da chamada pobreza evangélica na Bula Papal Sancta Romana. Luís IV tinha assistência de Marsilius de Pádua, e mais tarde do monge britânico William de Ockham. Luís IV invadiu a Itália, entrou em Roma e designou Pietro Rainalducci como o Antipapa Nicolau V, em 1328. O projeto foi um fiasco, e a superioridade dos Gelfos em Roma foi mais tarde restaurada. Ainda assim, Luís IV tinha silenciado as aclamações de autoridade do Papa, e este permaneceu o restante de sua vida em Avinhão.
Como administrador conseguir estabilizar a situação da igreja na época.
Referências culturais
[editar | editar código-fonte]Na área da música, João XXII é conhecido como autor da Bula Docta Sanctorum Patrum (Avinhão, 1322),[1] que proibiu o canto de vozes polifônicas com valores mensurados sobre o canto gregoriano dos ofícios divinos, ou seja, que tentou coibir o desenvolvimento da polifonia na música sacra do século XIV.
João XXII é severamente criticado no livro O Nome da Rosa, de Umberto Eco, pelo personagem principal Guilherme de Baskerville e pelos frades menores como um herege sagaz.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
Precedido por Clemente V |
Papa 196.º |
Sucedido por Bento XII |