O Espantalho (telenovela)
O Espantalho | |
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Informação geral | |
Formato | Telenovela |
Gênero | |
Duração | 60 minutos |
Criador(es) | Ivani Ribeiro |
País de origem | Brasil |
Idioma original | português |
Produção | |
Diretor(es) | José Miziara David Grimberg |
Elenco | |
Tema de abertura | "Festa no Mar", Rolando Boldrin |
Tema de encerramento | "Festa no Mar", Rolando Boldrin |
Composto por | Rolando Boldrin |
Empresa(s) produtora(s) | Estúdios Silvio Santos |
Localização | São Paulo, SP Itanhaém, SP |
Exibição | |
Emissora original | TV Record |
Formato de exibição | 480i (SDTV) |
Transmissão original | 25 de janeiro – 13 de junho de 1977 |
Episódios | 119 |
Cronologia | |
Programas relacionados | Mulheres de Areia (1993) |
O Espantalho é uma telenovela brasileira produzida pelos Estúdios Silvio Santos em 119 capítulos e exibida originalmente em 1977 pela TV Record e pela TVS, líderes da Rede de Emissoras Independentes, cadeia nacional de televisão ligada à produtora. Escrita por Ivani Ribeiro, teve direção de José Miziara e David Grimberg.[1]
Contou com as atuações de Jardel Filho, Nathália Timberg, Rolando Boldrin, Theresa Amayo, Carlos Alberto Riccelli, Esther Góes, Eduardo Tornaghi, Carmen Monegal, Guilherme Corrêa e Suzy Camacho nos papeis principais.[1]
Produção[editar | editar código-fonte]
Após inaugurar sua primeira emissora de televisão, a TVS, no Rio de Janeiro, em 1976, o empresário Silvio Santos demonstrou interesse em ingressá-la na produção de novelas. Assim, os Estúdios Silvio Santos iniciaram os trabalhos de O Espantalho, inicialmente com o título provisório Águas Mortas, de autoria de Ivani Ribeiro, que a escreveu inspirando-se na peça de teatro Um Inimigo do Povo, do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen.[1]
Na época, Silvio havia adquirido parte das ações da TV Record de São Paulo, que também levaria a trama ao ar.[1] O canal produziu novelas entre 1954 e 1974, sendo Meu Adorável Mendigo (1973–74) a última.[2] Com a mesma sem obter sucesso, a Record deixou de veicular folhetins próprios até 1997, quando estreou Canoa do Bagre e retomou sua dramaturgia.[3]
As gravações ocorriam em Suarão, distrito de Itanhaém, no litoral do estado de São Paulo, para representar a cidade fictícia de Guaianá, onde a história se passava. Para a composição do elenco, foram convidados atores já conhecidos por novelas na TV Globo e na Rede Tupi.[1]
Considerada um prejuízo para os Estúdios Silvio Santos, a produção de O Espantalho apresentou problemas de integração entre filmagens externas e as realizadas em estúdios. A trama estreou com o andamento pela metade, dificultando o trabalho da autora em relação à aceitação do público.[1]
Exibição[editar | editar código-fonte]
O Espantalho estreou primeiro em São Paulo na TV Record, em 25 de janeiro de 1977, às 21h15, sendo transferida posteriormente para as 23 horas, e foi exibida até 13 de junho. No mesmo ano, a TVS do Rio transmitiu a novela entre 1.º de junho e 18 de novembro, também inicialmente às 21h15, deslocando-a depois para as 19 horas. A história teve 119 capítulos.[1]
Em 1979, a Rede Tupi exibiu a trama de forma compacta em 60 capítulos entre 2 de maio e 4 de agosto, na faixa das 20h e, em seguida, das 19h. O folhetim também foi veiculado pelo SBT entre 17 de janeiro e 21 de março de 1983.[1]
Enredo[editar | editar código-fonte]
Em Guaianá, uma pequena cidade litorânea, a interdição das praias, devido ao alto índice de poluição das águas, causa conflito com o responsável pelo turismo local. É a luta da integridade do prefeito Breno com Rafael, o vice-prefeito, dono do maior hotel da cidade e o principal interessado na liberação dos banhos de mar, pois só assim se garante o turismo na região. Ao lado do prefeito, e contra a poluição e o deszelo com a saúde pública, está a esfuziante Tônia, comerciante local preocupada com seu povo; e o Dr. Munhoz, um médico humanista que nutre um amor platônico por Tônia, apesar dela namorar Juca e os dois viverem uma relação tempestuosa por causa do ciúme.
Mas Breno, Tônia e o Dr. Munhoz têm que enfrentar as artimanhas do autoritário Rafael, que faz de tudo para impedir a interdição das praias. A princípio, Rafael finge ser solidário com a causa do prefeito, mas está por trás de uma verdadeira campanha contra Breno, acusando-o de impedir o progresso da cidade. Coloca espantalhos pelas praias interditadas, os quais representam o prefeito que afugenta os turistas. Além dos espantalhos, Rafael usa como arma um segredo que revela o passado misterioso de Jeny, a bela mulher do prefeito. Rafael promete desmascará-la perante o marido caso ela não o influencie a favor da liberação das praias. Jeny passa então a demonstrar-se contra as decisões de Breno, o que acaba por comprometer o seu casamento.
Rafael consegue finalmente a renúncia de Breno e assume a prefeitura. No entanto, a essa altura, ele descobre ter um aneurisma cerebral, o que o aproximava da morte. Dando mostras de desequilíbrio mental, Rafael começa a ter alucinações e vê espantalhos em seus pesadelos. Sabendo disso, Vasco, empregado do hotel, veste-se de espantalho e começa a assombrá-lo. Numa noite, Rafael resolve dormir na praia para matar a "assombração". Mas acaba assassinado. Quem cometeu o homicídio foi Zé Pedro, o pai de Tônia. No início, Zé Pedro apoiava as atitudes de Rafael, mas arrependeu-se quando perdeu seu caçula, Reginho, morto por contrair hepatite. Para vingar-se, Zé Pedro mata Rafael.
Elenco[editar | editar código-fonte]
Ator/Atriz | Personagem[1] |
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Theresa Amayo | Tônia |
Fábio Cardoso | Breno |
Jardel Filho | Rafael Nascimento |
Carlos Alberto Riccelli | Ney |
Nathália Timberg | Corina |
Rolando Boldrin | Juca |
Esther Góes | Jeny |
Suzy Camacho | Laurita |
Carmen Monegal | Zilá |
Eduardo Tornaghi | Dirceu |
Walter Stuart | Zé Pedro |
Wanda Kosmo | Manuela |
Guilherme Corrêa | Afrânio |
Hélio Souto | Dr. Munhoz |
Newton Prado | Dr. Mathias |
João Signorelli | Odilon |
Léa Camargo | Santusa |
Leonor Lambertini | dona Madrinha |
Lídia Costa | dona Celeste |
Roberto Maya | Padre Vicente |
Percy Aires | Delegado Sampaio |
Régis Monteiro | Vasco |
Reny de Oliveira | Andréia |
Riva Nimitz | Zezé |
Arnaldo Weiss | Ataliba |
Alexandre Sandrini | Quico |
Augusto Pompeo | Moacir |
Geraldo Louzano | Jairo |
Ivanise Senna | Elza |
Jeremias Santos | Sabiá |
Maria Helena Pinto | Rosa |
Marilene de Carvalho | Leonor |
Marthus Matias | Tobias |
Marta Volpiani | Verinha |
Midori Tange | Shizue |
Roberto Murtinho | Chicão |
Walter Magalhães | Reginho |
Remake de Mulheres de Areia[editar | editar código-fonte]
Ivani Ribeiro reutilizou a história de O Espantalho e somou-a com a trama principal de Mulheres de Areia, novela também de sua autoria exibida pela Rede Tupi em 1973, para o remake com o título desta última transmitido pela TV Globo em 1993.[1]
Trilha sonora[editar | editar código-fonte]
Nacional[editar | editar código-fonte]
- "Festa no Mar" - Rolando Boldrin
- "Gingado Dobrado" - Edu Lobo
- "Contigo" - Adriana
- "Receita" - Paulo Chaves
- "Só (Solidão)" - Tom Zé
- "Cahina-Tiben" - Agepê
- "A Gaivota" - Ney Matogrosso
- "Canção Morrendo de Saudade" - Célia
- "Flor Poluída" - Silvio Brito
- "Espantalho" - Rolando Boldrin e Os Espantalhos
- "Toada" - Edu Lobo
- "Limite das Águas" - Edu Lobo[1]
Internacional[editar | editar código-fonte]
- "Music Is My Way Of Life" - Might Clouds of Joy
- "Isn't She Lovely?" - Peter Kelly
- "Quand L'Autre N'Est Pas La" - Guy Mardel
- "Be My Girl" - The Dramatics
- "So Deep In Your Eyes" - Danny Stinger
- "Perfidia" - Raphael
- "The Best Years Of My Life" - The Faragher Brothers
- "I Can't Get Over You" - The Dramatics
- "Nel Tuo Corpo" - Cristiano Malgioglio
- "You Don't Have To Be a Star (To Be In Your Show)" - Marilyn McCoo & Billy Davis Jr.
- "Feelings" - Al Hudson & The Soul Partners[1]