Yeda Crusius: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Revertidas edições por 200.132.192.2 para a última versão por GRS73 (Huggle)
Linha 1: Linha 1:
<blockquote></blockquote>{{Político
<blockquote></blockquote>{{Político
|nome = Yeda Crusius
|nome = Yeda Crusius (à direita)
|imagem = Yedacrusius06032007.jpg
|imagem = insanus.org/novacorja/yeda.jpg
|título = [[Lista de governadores do Rio Grande do Sul|Governadora]] do [[Rio Grande do Sul]] [[Imagem:Bandeira Estado RioGrandedoSul Brasil.svg|border|20px]]
|título = [[Lista de governadores do Rio Grande do Sul|Governadora]] do [[Rio Grande do Sul]] [[Imagem:Bandeira Estado RioGrandedoSul Brasil.svg|border|20px]]
|mandato = [[1 de janeiro]] de [[2007]] <br />''em exercício''
|mandato = [[1 de janeiro]] de [[2007]] <br />''em exercício''

Revisão das 13h02min de 30 de outubro de 2009

Predefinição:Político

Yeda Rorato Crusius (São Paulo, 26 de julho de 1944) é uma economista e política brasileira. É a governadora do estado do Rio Grande do Sul desde 2007. Até o ano de 2006, ela foi deputada federal pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).

Educação, família e carreira acadêmica

Formada em Economia pela Universidade de São Paulo, pós-graduada pelo Instituto de Estudos e Pesquisas Econômicas da USP e pela Universidade de Vanderbilt (Estados Unidos), Yeda iniciou-se na carreira acadêmica ainda em São Paulo e seguiu na área em Porto Alegre, para onde se mudou em 1970, após se casar com o também economista Carlos Augusto Crusius. Eles têm dois filhos, César e Tarsila.

Em Porto Alegre, Yeda lecionou na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde ocupou cargos de chefia e coordenação, além de ter sido diretora da Faculdade de Ciências Econômicas da UFRGS, entre 1991 e 1992.

Yeda fala fluentemente quatro idiomas: inglês, francês,português e espanhol[1].

Carreira política

Yeda Crusius iniciou-se na política partidária em 1990, ao ingressar no PSDB. Durante o governo de Itamar Franco, em 1993, Crusius foi ministra do Planejamento, Orçamento e Coordenação, tendo sido eleita à Câmara dos Deputados no ano seguinte com mais de cem mil votos; foi a terceira maior votação para deputado no Rio Grande do Sul. Seria reeleita em 1998 e 2002, quando obteve sua maior votação para o Congresso: 170 mil votos.

Concorreu à prefeitura de Porto Alegre em duas ocasiões, em 1996 e 2000. Na primeira vez, ficou em segundo lugar, com 167.397 votos (21,98%) sendo derrotada ainda no primeiro turno por Raul Pont, do PT, que recebeu 408.998 votos (53,71%). Em 2000, ficaria em terceiro lugar, com 121.598 votos (20,07%). Foram para o segundo turno Tarso Genro (PT) e Alceu Collares (PDT), sendo eleito o primeiro.

Yeda ingressou na Executiva Nacional do PSDB em 1995, chefiou o Secretariado Nacional da Mulher de 1998 a 2001 e presidiu o Instituto Teotônio Vilela entre 2001 e 2003. Foi presidente do PSDB do Rio Grande do Sul de agosto de 2005 a junho de 2006, cargo do qual se licenciou para ser candidata ao governo do Estado.

Eleições de 2006

Em Porto Alegre, os tucanos Aécio Neves, Geraldo Alckmin, Yeda Crusius e José Serra.

Yeda Crusius foi escolhida a candidata ao governo do estado numa coligação do PSDB com o PFL, que indicou o postulante a vice Paulo Affonso Feijó, e com o PPS, que desistiu da candidatura de Nélson Proença na véspera da inscrição no contexto da aliança nacional em torno de Geraldo Alckmin. O PPS indicou o candidato ao senado da chapa, Mário Bernd. No início da campanha, em agosto de 2006, Yeda figurava em terceiro lugar nas pesquisas eleitorais, atrás do ex-governador Olívio Dutra e do candidato à reeleição Germano Rigotto. No horário eleitoral gratuito, usava o slogan Um novo jeito de Governar e atacava o governo do estado, do qual o partido tinha participado durante três anos e meio.

Durante a campanha, Yeda se envolveu em três polêmicas. Primeiro, foi acusada de fazer um comentário racista em relação ao ex-governador e também candidato Alceu Collares. Depois, entrou em atrito com o candidato a vice-governador por sua chapa, Paulo Afonso Feijó, defensor de privatizações, desautorizando-o a defender tal política como proposta de governo. Por fim, em 13 de setembro, faltando 18 dias para o primeiro turno, o marqueteiro de sua campanha, Chico Santa Rita, deu uma entrevista ao jornal Zero Hora acusando Yeda de inadimplência. Santa Rita acabou abandonando a campanha, e a equipe técnica, sem conseguir receber os salários atrasados, interrompeu os trabalhos. Dos sessenta profissionais iniciais, apenas seis continuaram trabalhando.

Yeda assumiu pessoalmente a condução de sua campanha, e focou a propaganda no baixo índice de rejeição que tinha, apresentando-se como a única candidata capaz de derrotar tanto Olívio como Rigotto no segundo turno. Também passou a explorar fortemente sua ligação com o candidato do PSDB à presidência, Geraldo Alckmin, que seria o mais votado no estado. A estratégia deu resultados: faltando uma semana para as eleições, Yeda passou para o segundo lugar nas pesquisas, superando Olívio. Com forte migração de votos de Rigotto para Yeda, a fim de tirar Olívio do segundo turno, a tucana se sagrou vencedora do primeiro turno, realizado em 1 de outubro, com 2.037.923 votos (32,9% dos votos válidos). Olívio obteve 1.696.848 (27,39%), enquanto Rigotto ficou em terceiro com 1.679.488 (27,12%).

No segundo turno, Yeda recebeu o apoio de partidos de centro e direita, incluindo o PMDB de Rigotto (ainda que não tenha recebido o apoio pessoal do então governador), além de parte do PDT, que oficialmente ficou neutro e liberou a militância. Yeda Crusius foi eleita em 29 de outubro de 2006 a primeira governadora da história do Rio Grande do Sul, derrotando Olívio Dutra no segundo turno com 3.377.973 (53,94% dos votos válidos).

Governadora do Rio Grande do Sul

Yeda Crusius em convenção do PSDB gaúcho em Torres.

Antes mesmo da posse em janeiro de 2007, Yeda envolveu-se na primeira polêmica de sua gestão. A fim de diminuir o déficit em caixa do Estado, Yeda pediu a Rigotto que enviasse à Assembléia um projeto de corte de despesas e aumento de ICMS (embora tenha prometido o contrário durante campanha), que foi chamado pela oposição de tarifaço. Em 29 de dezembro de 2006, muitos deputados da base aliada de Yeda votaram contra o projeto, que não foi aprovado. A derrubada do projeto foi coordenada pelo vice-governador eleito Paulo Afonso Feijó, do PFL, que rompeu publicamente com Yeda. Devido ao projeto de lei, alguns futuros secretários de estado acabaram renunciando ao cargo antes mesmo de serem empossados, como foram os casos de Berfran Rosado, do PPS, Jerônimo Goergen, do PP, e Marquinho Lang, do PFL. Yeda tomou posse no dia 1° de janeiro de 2007, anunciando forte contenção de gastos a fim de sanear as finanças do Estado.[2]

Ao completar cem dias de governo, Yeda entrou em choque com o Secretário da Segurança, Ênio Bacci, responsável por uma área que vinha recebendo boa aprovação da população. Acusado de ser personalista, de tentar ofuscar Yeda na apresentação de resultados do governo e de ter assessores ligados ao Jogo do Bicho, Bacci foi demitido pela governadora. A decisão culminou na saída do PDT do governo. Na mesma semana, o Democratas (antigo PFL), partido do vice-governador Paulo Afonso Feijó, anunciou que se considerava independente do governo. A saída do PDT e do DEM fizeram Yeda perder o apoio de cerca de dez deputados estaduais.

Já no primeiro ano de governo, o déficit estrutural do Estado diminui pela metade e Yeda apresentou projetos que visam zerar o déficit do Rio Grande do Sul até o ano de 2010.

No dia 19 de março de 2008, Yeda transmitiu pela primeira vez o governo do Estado para o vice-governador Paulo Feijó, que reatou com o governo[3][4], para que pudesse viajar para os Estados Unidos da América e Canadá[5].

Em novembro de 2008 Yeda anunciou, após 37 anos, que o Rio Grande do Sul não é mais um estado deficitário[6]. Junto, Yeda anunciou o pagamento antecipado do 13º com recursos próprios, pela primeira vez em 14 anos [7].

Porém, devido a uma série de medidas controversas, uma oposição forte e várias denúncias de corrupção no seu governo, desde o vice-governador até seu marido, tornou-se um dos governantes mais impopulares do estado[8][9][10].

Referências

Ligações externas

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Yeda Crusius

Precedida por
Paulo Roberto Haddad
Ministra do Planejamento do Brasil
1993
Sucedida por
Alexis Stepanenko
Precedida por
Germano Rigotto
Governadora do Rio Grande do Sul
2007atualidade
Sucedida por