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José Antônio Correia da Câmara

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Visconde de Pelotas
Visconde de Pelotas
Ministro da Guerra do Brasil
Período28 de março de 1880 a 15 de maio de 1881
GabineteSaraiva I
Antecessor(a)João Lustosa da Cunha Paranaguá
Sucessor(a)Franklin Dória
1.° Presidente do Rio Grande do Sul
Período15 de novembro de 1889
a 10 de fevereiro de 1890
Antecessor(a)Justo de Azambuja Rangel
Sucessor(a)Júlio Anacleto Falcão da Frota
Presidente Interino do Rio Grande do Sul
Período8 de junho de 1892
a 16 de junho de 1892
Antecessor(a)Junta governativa gaúcha de 1891
Sucessor(a)Vitoriano Ribeiro Carneiro Monteiro
Dados pessoais
Nascimento17 de fevereiro de 1824
Porto Alegre, RS
Morte18 de agosto de 1893 (69 anos)
Nacionalidadebrasileiro
ProgenitoresMãe: Flora Correia da Câmara
Pai: José Antônio Fernandes de Lima
CônjugeMaria Rita Fernandes Pinheiro
PartidoPartido Liberal
Profissãomilitar e político
Serviço militar
LealdadeImpério do Brasil
Brasil
Serviço/ramoBrasão do Exército Brasileiro Exército Brasileiro
Anos de serviço1839—1893
Graduação Marechal
ConflitosGuerra dos Farrapos
Guerra do Prata
Guerra do Uruguai
Guerra do Paraguai
Batalha de Curuzú
Batalha de Curupaiti
Batalha de Avaí
Batalha de Campo Grande

José Antônio Correia da Câmara, 2º Visconde de Pelotas,[1] (Porto Alegre, 17 de fevereiro de 1824Rio de Janeiro, 18 de agosto de 1893) foi um nobre, militar e político brasileiro.

Filho do Comendador José Antônio Fernandes de Lima e de Flora Correia da Câmara, era neto materno do primeiro visconde de Pelotas .

Sentou praça em 15 de setembro de 1839, no 3° regimento de cavalaria, marchando no mesmo dia para combater os revolucionários farroupilhas. Também tomou parte na Guerra contra Rosas, sob as ordens do tenente-general Manuel Marques de Sousa.

Visconde de Pelotas.

Casou em 1851 com sua sobrinha Maria Rita Fernandes Pinheiro (1829 - 1914), filha do visconde de São Leopoldo, fixando residência no Solar dos Câmara, em Porto Alegre. Tiveram cinco filhos.

Na guerra contra Aguirre, em 1864, apesar de ser de cavalaria, foi voluntário para participar do cerco de Paysandú, Uruguai.

Herói da guerra do Paraguai, ajudou na retomada de Uruguaiana e participou das batalhas de Curuzu, Curupaiti, Avaí e Campo Grande, entre outras. Sua bravura nos combates de Avaí lhe renderam promoção a Brigadeiro. Foram suas as tropas que atacaram o último acampamento paraguaio, em Cerro Corá, onde Solano López foi ferido e depois baleado nas barrancas do arroio Aquidabã. Dele partiu a ordem de rendição ao ditador paraguaio, respondida com o lúgubre:"Muero con mi pátria!". Promovido a Marechal em 1870, logo depois da guerra, em reconhecimento aos seu serviços foi agraciado com o título nobiliárquico de visconde de Pelotas.

Rótulo de cigarro em homenagem ao General Câmara.

Foi ministro da Guerra, conselheiro de guerra, senador do Império do Brasil, pelo Partido Liberal de 1880 a 1889 (ver Gabinete Saraiva de 1880).

Foi nomeado primeiro governador do Rio Grande do Sul após a proclamação da República Brasileira e condecorado no ano seguinte como Marechal Câmara. Permaneceu somente 3 meses no governo devido aos desentendimentos entre membros do Partido Liberal e Partido Republicano.

Seu neto e biógrafo, Rinaldo Pereira da Câmara, escreveu o livro "O Marechal Câmara", em três volumes, descrevendo a vida do visconde de Pelotas.[2]

Referências

  1. Algumas fontes o apontam como segundo Barão de Pelotas, o que é desmentido pelo historiador Carlos G. Rheingantz em Anuário Nobiliárquico Brasileiro, "Titulares do Império". Rio de Janeiro, 1960, páginas 112 a 121.
  2. O Solar dos Câmaras de Leandro Telles Biblioteca da Assembléia Legislativa do RS
  • MOYA, Salvador de. Anuário Genealógico Brasileiro, Ano III, pág. 249. Instituto Genealógico Brasileiro, São Paulo, 1944.
  • PORTO ALEGRE, Aquiles José Gomes. Homens Illustres do Rio Grande do Sul. Livraria Selbach, Porto Alegre, 1917.
  • Almanak do Ministério da Guerra no Anno de 1885, pág. 372. Imprensa Nacional, Rio de Janeiro, 1885.


Precedido por
Homem de Melo
Ministro da Guerra do Brasil
1880 — 1881
Sucedido por
Franklin Dória
Precedido por
Justo de Azambuja Rangel
Governador do Rio Grande do Sul
1889 — 1890
Sucedido por
Júlio Anacleto Falcão da Frota
Precedido por
Junta governativa gaúcha de 1891
Governador do Rio Grande do Sul
1892
Sucedido por
Vitoriano Ribeiro Carneiro Monteiro


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