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Futbol Club Barcelona: diferenças entre revisões

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A cidade de Barcelona é um caso raro de metrópole com dois clubes de futebol não-equiparados: enquanto o ''Barça'', como é também conhecido, soma 21 títulos na [[Campeonato Espanhol de Futebol|Liga Espanhola]], 25 [[Taça do Rei|Taças do Rei]], 4 [[Liga dos Campeões da UEFA|Ligas dos Campeões]] e 2 títulos no [[Mundial de Clubes da FIFA]], o outro time da cidade, o [[RCD Espanyol|Espanyol]], tem como títulos de expressão apenas 4 Taças do Rei. Tal desigualdade é um dos fatores que fazem os ''blaugranas'' sentirem maior rivalidade com um time de outra cidade, o [[Real Madrid]], com quem divide a hegemonia no futebol espanhol. O sentimento é recíproco, com os ''blancos'' detestando mais ao Barcelona do que ao rival citadino, o [[Atlético de Madrid]]. A rivalidade entre Barça e Real é considerada uma das maiores do mundo.
A cidade de Barcelona é um caso raro de metrópole com dois clubes de futebol não-equiparados: enquanto o ''Barça'', como é também conhecido, soma 21 títulos na [[Campeonato Espanhol de Futebol|Liga Espanhola]], 25 [[Taça do Rei|Taças do Rei]], 4 [[Liga dos Campeões da UEFA|Ligas dos Campeões]] e 2 títulos no [[Mundial de Clubes da FIFA]], o outro time da cidade, o [[RCD Espanyol|Espanyol]], tem como títulos de expressão apenas 4 Taças do Rei. Tal desigualdade é um dos fatores que fazem os ''blaugranas'' sentirem maior rivalidade com um time de outra cidade, o [[Real Madrid]], com quem divide a hegemonia no futebol espanhol. O sentimento é recíproco, com os ''blancos'' detestando mais ao Barcelona do que ao rival citadino, o [[Atlético de Madrid]]. A rivalidade entre Barça e Real é considerada uma das maiores do mundo.


O Barcelona, o seu arquirrival [[Real Madrid]] e o [[Athletic Bilbao]] são os únicos times espanhóis que jamais foram rebaixados à [[Segunda Divisão Espanhola]]. Por muito tempo também, o clube orgulhou-se de ser talvez o único time gigante no mundo a não utilizar [[logo]]marcas de patrocinadores em suas camisas de futebol; apenas em [[2006]] um logo passou a ser colocado na parte abdominal das blusas, e ainda assim demonstrando boas causas: o clube paga, ao invés de receber, para estampar o emblema da [[Unicef]]. A partir da temporada 2011/12, pelas dificuldades financeiras,<ref>[http://espnbrasil.terra.com.br/leonardobertozzi/post/164877_DIFICULDADE+FINANCEIRA+ESTA+POR+TRAS+DO+PRIMEIRO+PATROCINIO+DO+BARCELONA "Dificuldade financeira está por trás do primeiro patrocínio do Barcelona", Leonardo Bertozzi, ESPN.com.br]</ref> a tradição vai dar lugar ao maior contrato de patrocínio da história do futebol, em que o ''Barça'' receberá 30 milhões de euros anualmente por cinco anos para exibir, juntamente com a da Unicef, a marca da Qatar Foundation.<ref>[http://trivela.uol.com.br/Noticias.aspx?view=&id=41093 "Barcelona fecha inédito patrocínio para sua camisa", Trivela.com]</ref>
O Barcelona, o seu arquirrival [[Real Madrid]] e o [[Athletic Bilbao]] são os únicos times espanhóis que jamais foram rebaixados à [[Segunda Divisão Espanhola]]. Por muito tempo também, o clube orgulhou-se de ser talvez o único time gigante no mundo a não utilizar [[logo]]marcas de patrocinadores em suas camisas de futebol; apenas em [[2006]] um logo passou a ser colocado na parte abdominal das blusas, e ainda assim d69</ref>


=== is como o Mini Estadi (B estádio do Barcelona) e do Palau Blaugrana, o estádio basquete equipe. Nas instalações do Camp Nou está o Museu de Barcelona, o museu mais visitado na Catalunha.
== História ==
[[Ficheiro:Player FC Barcelona 1903 year.jpg|thumb|right|200px|Time do Barcelona em [[1903]].]]

=== Primeiros anos (1899-1908) ===
Em [[22 de outubro]] de [[1899]], um ex-futebolista [[Suíça|suíço]], [[Hans Gamper]], colocou um anúncio no jornal ''Los Deportes'' declarando seu desejo de formar um clube de futebol em Barcelona. Uma resposta positiva resultou em uma reunião no ''Gimnasio Solé'', em [[29 de novembro]]. Onze jogadores participaram: Walter Wild, Lluís d'Osso, Bartomeu Terradas, Otto Kunzle, Otto Maier, Enric Ducal, Pere Cabot, Carles Puyol, Josep Llobet, John Parsons e William Parsons.

Como resultado, o ''Foot-Ball Club Barcelona'' nasceu de forma cosmopolita, que paradoxalmente lhe caracterizaria juntamente com o espírito catalão, que o clube só exaltaria mais tarde.<ref name = "futlance"/> O nome em [[língua inglesa|inglês]], língua da terra de criação do futebol, a [[Inglaterra]], era comum na época. As cores também seriam influência externa: diz a lenda que Gamper teria inspirado-se nas do [[FC Basel|Basel]], equipe da qual fora capitão, para escolher as do novo clube.<ref name = "futlance"/> Seriam, portanto, [[vermelho]] e [[azul]]. O vermelho acabaria substituído pelo [[grená]], por ser esta a cor que o desenhista do escudo possuía a disposição.
[[Ficheiro:Futbol club barcelona - notas de sport.jpg|thumb|right|200px|O anúncio em que [[Hans Gamper|Hans "Joan" Gamper]] (grafado "Kans Kamper") expressava seu desejo em montar um time de futebol.]]
Em [[1902]], o clube ganhou seu primeiro [[troféu]], a Taça Macaya, e também disputou sua primeira final de [[Taça do Rei]], perdendo de 2 a 1 para o Bizcaya.<ref>{{citar web |url=http://www.rsssf.com/tabless/spancuphist.html |titulo=Spain - List of Cup Finals |publicado=Spain - List of Cup Finals |acessodata=27 de Maio de 2009 |lingua2=en}}</ref>

=== Com Gamper (1908-1925) ===
Em [[1908]], Gamper se tornou [[presidente]] do clube pela primeira vez. Acabaria ficando mais conhecido pela versão [[língua catalã|catalã]] de seu nome: Joan Gamper. Ele assumiu a presidência com a equipe à beira da falência, não tendo ganhado nada desde o Campeonato da [[Catalunha]] de [[1905]]. Gamper venceu eleições para presidente do clube em mais cinco ocasiões, entre [[1908]] e [[1925]], e passou 25 anos ao leme. Uma de suas principais conquistas foi a ajuda para adquirir o seu próprio estádio.

Em [[14 de março]] de [[1909]], após dez anos da fundação, a [[equipe]] se mudou para o ''Carrer [[Indústria]]'', um estádio com uma capacidade de 8000 lugares. Gamper utilizou-se desta manobra para conseguir mais adeptos para o clube, que logo tornaram-se mais numerosos do que o primeiro rival, o hoje extinto Català.<ref name = "futlance"/> A arquitetura do estádio renderia um dos apelidos do time, ''culé'', que derivaria da expressão ''cul'', [[palavrão]] catalão para designar o [[ânus]]: a razão disso era o fato de que quem passava pelo estádio em dia de jogo só conseguia ver as nádegas dos torcedores sentados em muros das arquibancadas.<ref name = "futlance"/> No ano seguinte, faturou sua primeira [[Taça do Rei]].

Gamper também recrutou Jack Greenwell como gestor. Este viu o clube começar a melhorar em campo:<ref>{{citar web |url=http://www.fcbarcelona.cat/web/english/club/historia/presidents.html |titulo="Presidents Presidents" |publicado="Presidents Presidents" |acessodata=[[27 de Maio]] de [[2009]] |lingua2=en}}</ref> na década de 1910, destacou-se pelo fortalecimento da rivalidade com o então [[RCD Espanyol|Real Español]], equipe criada com o mote que mais tarde seria abraçado pelo ''Barça'': a identificação com jogadores e a região local, fazendo contraponto ao estrangeirismo dos ''blaugranas''; e pelos gols de [[Paulino Alcántara]], jogador vindo da colônia espanhola das [[Filipinas]] e maior artilheiro da história do clube, tendo anotado a assombrosa marca de 357 gols em 357 jogos.<ref name = "futlance"/>

Barcelona e Español dividiam as conquistas do [[Campeonato Catalão de Futebol|Campeonato Catalão]], derivado da Taça Macaya, com os ''culés'' ganhando cinco no período, em 1913, 1916, 1919, 1920 e 1921, contra três do rival (1912, 1915 e 1918). Paralelamente, o ''Barça'' ganhou também outras três Taças do Rei, em 1912, 1913 e 1920. As conquistas faziam o clube conseguir cada vez mais torcedores; o progressivo aumento fez com que o Barcelona arranjasse outro estádio, mudando-se para Las Corts, que foi inaugurado em 1922. Este estádio tinha uma capacidade inicial de 22.000, mais tarde ampliado para 30.000.
[[Ficheiro:Zamora Barça.jpg|thumb|right|120px|[[Ricardo Zamora|Ricard Zamora]], goleiro entre 1919 e 1922.]]

=== República e Guerra Civil (1925-1939) ===
Em [[14 de Junho]] de [[1925]], um fato político teria pela primeira vez importância no clube:<ref>{{citar web |url=http://www.fcbarcelona.com/web/english/club/historia/presidents/comissiogestora.html |titulo= http://www.fcbarcelona.com/web/english/club/historia/presidents/comissiogestora.html |publicado=http://www.fcbarcelona.com/web/english/club/historia/presidents/comissiogestora.html |acessodata=[[27 de Maio]] de [[2009]] |lingua1=en]}}</ref> em uma reacção contra a ditadura de [[Primo de Rivera]], a torcida vaiou o hino da [[Espanha]]. Como represália, o clube foi fechado por seis meses, enquanto Gamper forçado a renunciar à presidência.<ref name = "futlance"/>

A década de 1920 seguiu com o time acentuando seu domínio no futebol local, levantando oito das dez edições do campeonato catalão e outras quatro Taças do Rei. Os maiores ídolos eram o goleiro [[Ricardo Zamora|Ricard Zamora]] e [[Josep Samitier]]. A equipe conquistou também o primeiro [[Campeonato Espanhol de Futebol|Campeonato Espanhol]] realizado, o da temporada 1928/29. O troféu foi celebrado com um poema intitulado "''Oda um Platko''", que foi escrito pelo membro importante daquela geração, [[Rafael Alberti]], inspirado pelo heróico desempenho do Barça.

Prenúncios de dificuldades na década de 1930 vieram com o suicídio de Gamper, devido a um período de problemas financeiros e pessoais,<ref>{{citar web |url=http://www.fifa.com/aboutfifa/federation/news/newsid=70557.html |titulo= "Barca - Much more than just a Club".|publicado="Barca - Much more than just a Club". |acessodata=27 de Maio de 2009 |lingua2=en}}</ref> talvez provocados pela [[crise de 1929]].

Embora eles continuaram a ter jogadores da posição de [[:es:Josep Escola|Josep Escola]], o [[clube]] entrou num período de declínio, em que o conflito [[político]] ensombrou o desporto na sociedade. O Barça enfrentou uma crise em três frentes: financeira, social (com o número de membros cair constantemente), e desportivo, apesar da equipa ter ganho o ''Campionat da Catalunya'' em [[1930]], [[1931]], [[1932]], [[1934]], [[1936]] e [[1938]], e as Taças do Rei em 1933, 1934 e 1939. Os anos 1930 viram também os dois primeiros [[brasil]]eiros a jogar no ''Barça'', ambos vindos do [[CR Vasco da Gama|Vasco da Gama]] e que não deram certo devido ao preconceito por serem negros: [[Fausto dos Santos]] e [[Jaguaré Bezerra de Vasconcelos|Jaguaré]],<ref name = "futlance"/> que ficaram apenas na temporada 1931/32.

Nas primeiras semanas da [[Guerra Civil Espanhola]], em 1936, o presidente do Barça, Josep Sunyol, que era de esquerda, acabou assassinado pelos nacionalistas, ligados ao direitista [[General Franco]]. Apesar de sua morte não ter relação com o Barcelona - ele acidentalmente vinha passeando do lado errado da fronteira, gritando "viva a república" sem ter noção da presença próxima das forças nacionalistas <ref name = "FourFourTwo"/>-, ela acabaria depois mitificada como marco inicial da perseguição que o time sofreria da ditadura franquista, até porque as instalações e escritórios do clube não escapariam da ocupação fascista na cidade.

[[Ficheiro:FC Barcelona vs RCD Espanyol (2005-06) (36) (142175725).jpg|thumb|200px|Manifestação pró-[[Catalunha]], algo corriqueiro nos jogos do Barcelona.]]

=== O início de um ícone catalão ===
Após a [[Guerra Civil Espanhola]], o vitorioso [[General Franco]] proibiu oficialmente manifestações culturais que não as castelhanas no país, vedação que se estendia ao uso da [[língua catalã]]. Estas medidas fizeram com que houvesse alterações no Barcelona: do nome, para ''Club de Fútbol Barcelona''; e no símbolo, em que quatro faixas vermelhas na parte superior direta, alusivas à bandeira da [[Catalunha]], foram diminuídas para duas, para representar a [[bandeira da Espanha]].<ref name = "futlance"/> Por consequência, o [[Campeonato Catalão de Futebol|Campeonato Catalão]], após a edição de 1940, foi extinto, com o Barcelona terminando como seu maior vencedor, som 22 títulos, o dobro do rival [[Espanyol|Español]]. Durante a era franquista, um dos poucos lugares em que se podia falar [[catalão]] foi o [[estádio]] do ''Barça''.<ref>{{citar web |url=http://www.fcbarcelona.cat/web/english/club/club_avui/mes_que_un_club/mesqueunclub_historia |titulo="'Més que un club': a historic slogan". http://www.fcbarcelona.cat/web/english/club/club_avui/mes_que_un_club/mesqueunclub_historia |publicado="'Més que un club': a historic slogan". http://www.fcbarcelona.cat/web/english/club/club_avui/mes_que_un_club/mesqueunclub_historia |acessodata=27 de Maio de 2009 |lingua2=en}}</ref> Daí viria a associação cada vez maior do orgulho catalão com o Barcelona, ao passo que o rival Español passaria a ser identificado como um aliado do regime de Franco.<ref name = "entreguista">"Entreguista, eu?", Ubiratan Leal, ''Trivela'' nº 24, fevereiro de 2008, Trivela Comunicações, pág. 55</ref>

Apesar da difícil situação [[política]], o Barcelona usufruiu de êxito considerável entre o fim da guerra civil e [[1953]], justamente o período mais opressor da ditadura franquista;<ref name = "FourFourTwo"/> uma possível razão para a rápida reestruturação do clube foi o fato de justamente nese período o presidente ''blaugrana'' ser indicado pelo governo espanhol.<ref name = "entreguista"/> A equipe ganhou cinco títulos espanhóis, tornando-se momentaneamente a maior vencedora da competição, e três Taças do Generalíssimo, como ficou renomeada a Taça do Rei. Samitier era o treinador e a equipe reunia ainda [[:es:Joan Velasco|Joan Velasco]], [[:es:Antoni Ramallets|Antoni Ramallets]] e César. Em [[1949]], também ganhou a primeira Taça [[Latina]].
<ref>{{citar web |url=http://worldsoccer.about.com/od/halloffameindividuals/p/johancruyff.htm |titulo=Johan Cruyff - Profile and career History |publicado=Johan Cruyff - Profile and career History |acessodata=27 de Maio de 2009 |lingua2=en}}</ref> Na época, a hegemonia no futebol espanhol era disputada com [[Valencia Club de Fútbol|Valencia]] e [[Atlético de Madrid]].<ref name = "entreguista"/>

Desde [[1950]], o Barcelona já contava com o [[magiares|húngaro]] [[László Kubala]]. Kubala quase assinou pelo [[Real Madrid]], mas o momento decisivo para mudar as suas ideias foi quando casou com a filha de Ferdinand Daučík, que esteve em contato com Josep Samitier. Em seguida, devido a esta relação, Kubala escolheu finalmente jogar em Barcelona - e seria votado, em [[1999]], como o maior jogador dos cem primeiros anos do clube.<ref>"O cigano do futebol", ''Especial Placar - Os Craques do Século'', novembro de 1999, Editora Abril, pág. 56</ref> Em 1952, além da Liga Espanhola, outros quatro diferentes [[troféu]]s em [[1952]]: a Taça del Generalísimo, a Taça [[Latina]], a Taça Eva Duarte e da Taça Martini Rossi. A conquista dupla da Liga e da Taça novamente viria na temporada seguinte.

Anteriormente, em um domingo chuvoso de [[1951]],<ref>{{citar web |url=http://www.fcbarcelona.com/web/english/noticies/destacades/n080508104104.html |titulo="Rijkaard until 30th June; Guardiola to take over" |publicado="Rijkaard until 30th June; Guardiola to take over" |acessodata=27 de Maio de 2009 |lingua2=en}}</ref> a multidão deixou a pé o [[estádio]] Les Corts, após uma vitória contra o [[Santander]] por 2-1, recusando-se a apanhar os eléctricos e surpreendeu qualquer autoridade franquista. A razão era simples: ao mesmo tempo, uma greve teve lugar em [[Barcelona]], que recebeu o apoio dos adeptos ''blaugranas''. Acontecimentos como este fizeram Barcelona representarem muito mais do que apenas a [[Catalunha]] e muitos progressistas espanhóis viram o [[clube]] como um acérrimo defensor dos direitos e liberdades.<ref>{{citar web |url=http://www.bcninternet.com/touristinfo.php?contentid=2033 |titulo=FC Barcelona - Club History |publicado=FC Barcelona - Club History |acessodata=27 de Maio de 2009 |lingua2=en}}</ref>

Em [[1953]], o clube contratou o [[argentino]] [[Alfredo di Stéfano]], após uma exibição primorosa do jogador pelo [[Club Deportivo Los Millonarios|Millonarios]], time [[Colômbia|colombiano]] que, em excursão na Espanha, derrotara o [[Real Madrid]] por 4 x 2 em pleno [[Estádio Santiago Bernabéu|Santiago Bernabéu]].<ref name = "entreguista"/> Mas a equipe da capital entrou na disputa: enquanto os ''blaugranas'' negociaram com o detentor legal do passe do argentino (o [[Club Atlético River Plate|River Plate]], uma vez que os times colombianos estavam banidos pela [[FIFA]] por jogarem em uma liga pirata), o Real negociou diretamente com o Millonarios. Di Stéfano já havia jogado três amistosos pelo Barcelona quando veio a solução dada pelo Ministério dos Esportes: o jogador faria temporadas alternadas por cada clube, começando pelo Real.<ref>"16 transferências que abalaram o mundo", Tim Barnett, Dan Brennan, James Corbett, Nick Harper, Ben Lyttleton, Andy Mitten, Leo Moynihan, Simon Talbo e Jonathan Wilson, ''FourFourTwo'', número 2, dezembro de 2008, Editora Cádiz, págs. 62-67</ref> O Barcelona não aceitou e deixou que Di Stéfano jogasse apenas pelo time merengue, que vivia em decadência - o rival [[Atlético de Madrid]] estava em melhor momento, possuía mais troféus e era quem inicialmente havia ligado-se aos militares.<ref name = "futlance"/>

O troco do Real Madrid três anos após perder Kubala para o ''Barça'' vinha justamente no ano em que se completavam dez da partida em que o Barcelona fora derrotado por 11 x 1 para esta equipe. Tal jogo era válido pela partida de volta da semifinal da Taça do Generalíssimo; na ida, em [[Barcelona]], os madrilenhos perderam por 3 x 0 e o resultado surpreendente, a maior goleada dos jogos entre os dois times, seria fruto da intimidação local: o trio de arbitragem foi escalado para favorecer o Real, e policiais invadiram o vestiário do Barcelona ameaçando os jogadores caso saíssem da partida com a classificação. O primeiro grande choque entre as duas equipes seria tão escandaloso que até o Real reconheceria tal fato desta forma.<ref name = "futlance"/> A rivalidade, entretanto, só seria incendiada após a "traição" de Di Stéfano.<ref name="Simon Talbot 2008">"Ícone - Alfredo di Stéfano", Simon Talbot, ''FourFourTwo'', número 7, junho de 2008, Editora Cádiz, págs. 66-69</ref>

=== Últimos anos de hegemonia nacional ===
O efeito Di Stéfano logo seria notado: vinte um anos após seu último troféu na Liga Espanhola, o segundo, o Real reconquistou o troféu e seria bi na edição seguinte. O Barcelona entraria em incômodo jejum de títulos no principal torneio do país, só reconquistado em 1959, quando já contava, além do brasileiro [[Evaristo de Macedo|Evaristo]] e do astro da [[Seleção Espanhola de Futebol|Seleção Espanhola]] [[Luis Suárez Miramontes|Luisito Suárez]], com outras estrelas húngaras: os [[Copa do Mundo de 1954|vice-campeões mundiais em 1954]] [[Zoltán Czibor]] e [[Sándor Kocsis]]. O treinador era o mítico [[Helenio Herrera]]. O time já mandava seus jogos no [[Camp Nou]] ("novo campo", em catalão) desde 1957, com Evaristo tendo estufados as redes na inauguração.<ref name = "futlance"/>

Apesar do bicampeonato em 1960, o estrago já estava feito: o Real, que tinha vencido mais outras duas vezes o Espanhol naquele interím, conquistava a [[Europa]] ao faturar seguidamente as cinco primeiras edições da [[Liga dos Campeões da UEFA|Taça dos Campeões da Europa]], a atual Liga dos Campeões da UEFA, de 1956 a 1960. O gosto era mais amargo por ser Di Stéfano o grande maestro dos ''blancos'', utilizados politicamente em favor de Franco - cuja ditadura fascista causava antipatia na [[Europa]] pós-guerra <ref name = "entreguista"/>-, o que só fazia aumentar as rixas.

Em 1958, o Barcelona também seria campeão continental, mas de um torneio menor, a [[Taça das Cidades com Feiras]] - precursora da atual [[Liga Europa da UEFA]]. A temporada 1959/60 veria o time participando pela primeira vez da Taça dos Campeões, como campeão espanhol. O Real Madrid seguia participando do torneio por ser sempre o campeão das edições anteriores, e os dois encontraram-se nas semifinais. O Real passou à decisão com dois 3 x 1, cada um com dois gols de Di Stéfano, dentro e fora de casa.

A revanche veio na temporada seguinte da Taça, nas oitavas-de-final: em novo encontro, desta vez foi a vez do ''Barça'' classificar-se. O time conseguiu chegar à final, sob a condição de favorito contra os [[Portugal|portugueses]] do [[SL Benfica|Benfica]], que ainda sem [[Eusébio da Silva Ferreira|Eusébio]], ainda não detinham de prestígio internacional. Era a grande chance do Barcelona ameaçar uma reação às conquistas do Real, justamente no torneio até então só vencido por ele.

Pois foram os ''encarnados'' quem levantariam a Taça, em uma decisão conhecida como ''la final de los postes'', em referência a quatro vezes que os ataques barcelonistas resultaram em bolas na trave no segundo tempo, quando a partida já estava 3 x 1 (terminaria em 3 x 2), de virada, para o Benfica. O cenário era o mesmo [[Stade de Suisse, Wankdorf|Wankdorfstadion]] em [[Berna]], estádio em que Czibor e Kocsis - autores dos dois gols - sofreram outra surpreendente derrota, a da final da Taça de 1954. Kocsis declararia que ''"Agora entendo o que ocorreu em 1954. Neste gramado pesa uma maldição contra todo húngaro que o pise"'' - apesar do técnico adversário, [[Béla Guttmann]], ser seu compatriota. Czibor, por sua vez, diria que ''"Normalmente, um jogo assim acabaria 10x0"''.<ref>{{Citar web |url=http://www.trivela.com/Futebol.aspx?secao=16&id=11214 |título=Trivela.com: "La Final de los Postes", Rafael Martins |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref>

O consolo de clube mais vencedor da Liga Espanhola não demoraria a acabar: o clube ficaria em jejum por quatorze anos e veria o rival Real superá-lo em conquistas no torneio em 1963, quando ganhou pela nona vez. Com a falta de títulos no Campeonato Espanhol, o clube teve de contentar-se com novos troféus na já denominada Taça das Feiras, em 1966 e 1971; e na Taça do Generalíssimo, em 1963 e 1968 - neste ano, com sabor especial: foi com um 1 x 0 na final contra o [[Real Madrid]] em pleno [[Estádio Santiago Bernabéu]] com Franco na plateia. Uma das razões era justamente a falta de dinheiro do clube, que havia gasto demais nas obras do Camp Nou - e ainda vira o ídolo Evaristo mudar-se para o Real, naquela década.

A ditadura franquista vinha enfraquecendo com o envelhecimento do General, que faleceria em [[1975]]. Desde o ano anterior, o clube já havia adotado um nome em catalão, '''Futbol Club Barcelona''',<ref>{{citar web |url=http://www.guardian.co.uk/football/2001/mar/26/newsstory.sport13 |titulo="Sid Lowe guardian.co.uk, Monday March 26, 2001 BST Article history" |publicado= "Sid Lowe guardian.co.uk, Monday March 26, 2001 BST Article history"|acessodata=27 de Maio de 2009 |lingua2=en}}</ref> que se mantém até hoje.

=== Cruijff chega, mas não resolve a escassez ===
[[Ficheiro:Johan Cruijff 1982.jpg|thumb|right|188px|[[Johan Cruijff]].]]
A temporada [[1973]]/[[74]] assistiu à chegada de uma lenda, [[Johan Cruijff]]. O jogador já era continentalmente consagrado por ter sido tricampeão seguido com o [[AFC Ajax|Ajax]] da Taça dos Campeões, o torneio que faltava ao Barça, e inauguraria a excelente relação do clube com futebolistas [[Países Baixos|neerlandeses]]. Sua vinda causou escândalo: era a negociação mais cara do futebol mundial até então,<ref name = "placar100">"O agente laranja dos gramados", ''Especial Placar - Os Craques do Século'', novembro de 1999, Editora Abril, págs. 9-10</ref> cinco milhões de florins, preço tão alto que o governo espanhol não aprovou a transferência. Cruijff Só conseguiu ser levado porque foi registrado oficialmente como uma peça de máquina de agricultura <ref name = "cruijff">"Cruyff", Simon Kuper, ''FourFourTwo'', número 9, setembro de 2009, Editora Cádiz, págs. 42-53</ref>

O impacto foi imediato: o craque, em sua primeira temporada, levou o Barça a reconquistar a Liga Espanhola, liderando uma equipe qua contava com os talentos locais [[:es:Juan Manuel Asensi|Juan Manuel Asensi]], [[:es:Carles Rexach|Carles Rexach]] e [[Hugo Sotil]], quebrando o jejum com direito a golear o Real por 5 x 0 no Bernabéu. Receberia sua terceira [[Ballon d'Or|Bola de Ouro]] da ''[[France Football]]'' pelo feito. Durante a temporada, nasceria seu filho, e Cruijff aumentou ainda mais a idolatria em torno dele ao batizá-lo com o nome catalão do padroeiro da [[Catalunha]], [[São Jorge]]: assim foi nomeado [[Jordi Cruijff]].

Após uma primeira temporada de sonhos, as outras acabariam sendo estressantes para Cruijff, mesmo com a companhia do amigo [[Johan Neeskens]] a partir da temporada 1974/75. Ele chegaria a ter uma perna quebrada <ref name = "placar100"/> e deixaria o clube, aposentando-se momentaneamente, após a [[Taça do Rei]] em 1978, justamente o segundo troféu que conseguira conquistar com o ''Barça''. A consquista credenciou o Barcelona a disputar pela primeira vez a [[Taça das Taças]], então o segundo torneio europeu em relevância, sendo campeão. O troféu marcou a despedida do ídolo Neeskens. Outro destaque a sair, um ano depois, foi o artilheiro [[Áustria|austríaco]] [[Hans Krankl]].

=== A escassez continua nos anos 1980 ===
[[:es:Josep Lluís Núñez|Josep Lluís Núñez]] foi eleito presidente do Barcelona em [[1978]]. Seus principais objetivos foram estabelecer o clube como uma marca mundial e dar a estabilidade financeira.<ref name = "futlance"/> Em [[1982]], o [[clube]] ganhou outra Super Taça e acertaria a contratação, pouco antes da [[Taça do Mundo de 1982|Taça do Mundo daquele ano]], de outro craque mundial: [[Diego Maradona]].<ref name = "porta dos fundos">"Pela porta dos fundos", Eduardo Camilli, ''Trivela'' nº 30, agosto de 2008, Trivela Comunicações, págs. 44-45</ref> Na temporada seguinte, sob treinador de seu compatriota [[César Luis Menotti]], Maradona levaria o ''Barça'' a uma inesquecível final de [[Taça do Rei]], batendo o [[Real Madrid]].
[[Ficheiro:Maradona Barcelona.JPG|thumb|250px|right|[[Diego Armando Maradona]].1984]]
No entanto, a passagem de altos e baixos de Maradona <ref>"Vou para onde sou rei", Leonardo Bertozzi, ''Trivela'' nº 37, março de 2009, Trivela Comunicações, págs. 52-53</ref> acabaria curta, também em virtude de estresse e fratura na perna, saindo em 1984, além de má relação com a diretoria; sua saída foi decretada após ele ser suspenso por três meses no futebol espanhol devido à briga campal que provocara na final da [[Taça do Rei]] daquele ano, contra o [[Athletic Bilbao]] (que venceu por 1 x 0). Sem poder contar com ele, o clube aceitou proposta da pequena equipe [[Itália|italiana]] do [[Società Sportiva Calcio Napoli|Napoli]] e o argentino, desgostoso com o que julgou como falta de esforço do Barcelona em defendê-lo no julgamento, acatou.<ref name = "porta dos fundos"/>

Quem o substituiu como grande líder da equipe foi o [[Alemanha|alemão]] [[Bernd Schuster]],<ref name = "schuster">"Questão de gênio", Ubiratan Leal, ''Trivela'', nº 25, março de 2008, Trivela Comunicações, págs. 52-55</ref> no clube desde 1980. Justamente após a saída de Maradona, o ''Barça'' voltaria a conquistar ''[[La Liga]]'', a primeira vez desde o título com Cruijff em 1974, sendo a primeira também desde a morte do detestado Franco.<ref name = "FourFourTwo"/> Sob o comando de [[Terry Venables]], o time faturou a edição 1984/85.

Na temporada seguinte, a equipe chegou novamente à final da Taça dos Campeões, com talvez mais favoritismo do que tivera em 1960: o adversário tinha ainda menos prestígio, os [[Romênia|romenos]] do [[Steaua Bucareste]], que tentariam ser o primeiro time da [[Leste Europeu|Europa Comunista]] a faturar o torneio mais importante de clubes do continente. Para completar, a final seria na [[Espanha]], em [[Sevilla]]. A partida, entretanto, acabaria em 0 x 0 e rumaria para os pênaltis. Mesmo com o goleiro [[:es:Javier Urruticoechea|Urruti]] defendendo os dois primeiros pênaltis adversários, nenhum jogador do Barcelona conseguiu acertar a sua cobrança e o título foi para a [[Romênia]].
[[Ficheiro:Stoiko muzeum.jpg|thumb|right|Camisa-homenagem a [[Hristo Stoichkov]].]]
Jogadores [[bascos]], como Urruti, ficariam cada vez mais comuns no clube, que já contava com [[:es:José Ramón Alexanko|José Ramón Alexanko]]. Na temporada seguinte, contrataria também [[Andoni Zubizarreta]], além do artilheiro da recém-realizada [[Taça do Mundo de 1986]], o [[Inglaterra|inglês]] [[Gary Lineker]]. Lineker saiu-se muito bem na primeira temporada, marcando 21 gols em 41 jogos, chegando a fazer os três dos ''blaugranas'' em um 3 x 2 sobre o [[Real Madrid]].<ref name = "lineker">{{Citar web |url=http://www.trivela.com/Conteudo.aspx?secao=45&id=20777 |título="Os desbravadores", Felipe dos Santos Souza, Trivela.com |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref>

Os resultados, entretanto, não apareceram e, em 1988, após três títulos seguidos do [[Real Madrid]] na Liga, Venables iria embora, assim como o ídolo Schuster - este, para piorar, fora para o Real, após desentender-se com o presidente Núñez,<ref name = "schuster"/> que o usara politicamente em sua reeleição e não cumprira a promessa de aumentar o salário do alemão caso ganhasse.<ref name = "porta dos fundos"/> Os madridistas, com uma esquadra jovem conhecida como ''Quinta del Buitre'',<ref name = "FourFourTwo"/> contando com [[Míchel]], [[Emilio Butragueño]] e o goleador [[Hugo Sánchez]], ganhariam mais duas vezes seguidas o campeonato, em uma das piores décadas do ''Barça''.

=== O ''Dream Team'' de Cruijff ===
Cruijff voltara ao Barcelona em 1988, após conquistar a [[Taça das Taças]] treinando o [[AFC Ajax|Ajax]]. Outros bascos chegaram sob seu comando: [[Aitor Beguiristáin|Txiki Begiristain]], [[Ion Andoni Goikoetxea]], [[José Mari Bakero]], [[Julio Salinas]] e [[Julen Lopetegui|Julen Lopetegi]]. Cruijff também contrataria [[Michael Laudrup]], [[Ronald Koeman]] e [[Hristo Stoichkov]]. Quem saiu foi Lineker, em 1989, aborrecido pela sua não-titularidade em função da insistência de Cruijff em utilizá-lo na meia-esquerda, posicionamento em que ele não rendia tão bem.<ref name = "lineker"/> O primeiro troféu do novo treinador veio já em sua primeira temporada, faturando individualmente sua segunda Super Taça seguida naquele 1989. Em 1990, seria a vez da [[Taça do Rei]].
[[Ficheiro:Ronaldkoeman.jpg|thumb|right|170px|O hoje técnico [[Ronald Koeman]] foi o herói da Taça dos Campeões de 1992, marcando de falta o gol do título. O ex-zagueiro marcou incríveis 67 gols em 192 jogos pelo ''Barça'' na Liga Espanhola<ref name = "qual barça">[http://www.trivela.com/Conteudo.aspx?secao=45&id=21471 "Qual Barça foi melhor", Pedro Venâncio, Trivela.com]</ref>]]
A Liga Espanhola finalmente voltou para o [[Camp Nou]] em 1991 e três seriam vencidas em sequência. Em 1992, o clube finalmente conseguira o título tão desejado da Taça dos Campeões, batendo a [[Sampdoria]] na final. Contra a equipe [[Itália|italiana]], que também usa azul, o ''Barça'' jogou todo de laranja. Mas, na hora de erguer o troféu, o elenco usou por cima o tradicional manto ''blaugrana''.<ref>{{Citar web |url=http://erojkit.blogspot.com/2008/08/sob-o-comando-de-johan-cruyff-o-bara.html |título=ErojKit: 1991-1992 Barcelona (Home e Away) |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref> A partir do ano seguinte, o clube passou a contar também com [[Romário]], que Cruijff vira em seu país natal atuando pelo [[PSV Eindhoven]]. O ''Baixinho'' viveu seu auge no ''Barça'', sendo eleito o [[melhor jogador do mundo pela FIFA]] quando esteve no clube, inclusive ofuscando seus companheiros.<ref name = "qual barça"/> Além disso, foi também o primeiro brasileiro a fazer sucesso por lá desde [[Evaristo de Macedo|Evaristo]]: no período, o time contratara seis jogadores do país, entre eles [[Marinho Peres]] e [[Roberto Dinamite]],<ref name = "futlance"/> todos sem êxito.

Cruijff seguiu no Barcelona até 1996, ficando oito anos no cargo, sendo quem por mais tempo treinou o clube,<ref name = "placar100"/> somando onze troféus. Os campeonatos espanhóis conquistados sob seu comando (quatro) foram o dobro dos vencidos pela equipe entre 1960 e 1988, quando ele chegou. Sua equipe-base, particularmente a tetracampeã espanhola em 1994 - [[Andoni Zubizarreta]], [[Albert Ferrer]], [[Ronald Koeman]], [[Miguel Ángel Nadal]], [[Sergi Barjuan]], [[Josep Guardiola]], [[Guillermo Amor]] (atleta que mais conquistou títulos pelo clube), [[José Mari Bakero]], [[Michael Laudrup]], [[Hristo Stoichkov]] e [[Romário]] - foi bastante acompanhada por espectadores do mundo inteiro. Muitos deles começariam a torcer pelo Barcelona ali.<ref name = "qual barça"/>
[[Ficheiro:Laudrup.jpg|thumb|left|130px|[[Michael Laudrup]], apontado como um dos melhores do ''Dream Team''<ref name = "qual barça"/>]]
Entretanto, o ambiente ficara estremecido ainda em 1994: a equipe teve a chance de ser bi na [[Liga dos Campeões da UEFA]] (denominação adotada em 1993 para a antiga Taça dos Campeões) e chegou favorita à final contra o [[AC Milan|Milan]], mas perdeu por 4 x 0. Foi também o último ano em que o time foi campeão espanhol. Desde então, desentendimentos com Romário e Stoichkov, também donos de personalidades fortes, ficaram mais frequentes para Cruijff, que afastou ambos do time.<ref name = "placar100"/> O ''Baixinho'', por suas constantes idas ao [[Brasil]], seria vendido ao [[CR Flamengo|Flamengo]] ainda em meio à temporada 1994/95;<ref name = "porta dos fundos"/> o [[Bulgária|búlgaro]] saiu em virtude também de um desacordo salarial com o presidente Núñez.<ref name = "porta dos fundos"/> Outro a não se entender com Cruijff foi o [[Romenos|romeno]] e ex-[[Real Madrid]] [[Gheorghe Hagi]], que, contratado após sua bela [[Taça do Mundo de 1994]], não rendeu o esperado após ser exigido por Cruijff a prezar marcação defensiva.<ref>"Ícone - Gheorghe Hagi", Jonathan Wilson, ''FourFourTwo'', número 12, dezembro de 2009, Editora Cádiz, págs. 70-73</ref>

Hagi saiu em 1996, um ano após Laudrup, que repetiu Evaristo e Schuster ao ir para o [[Real Madrid]]. O dinamarquês, que participara de um 5 x 0 imposto pelo Barça sobre o Real em 1994, inspiraria o rival a devolver a mesma goleada sobre o Barcelona em 1995.<ref name = "FourFourTwo"/> Sua ida, uma reação do Real ao sucesso do ''Barça'',<ref name = "FourFourTwo"/> foi provavelmente motivada pela insatisfação de ter sido deixado de fora da decisão europeia - Cruijff preferira preencher a vaga de três estrangeiros na final com Romário, Koeman e Stoichkov.
[[Ficheiro:Romário2004.jpg|thumb|right|[[Romário]]: dois anos breves e marcantes no ''Barça''.]]
Cruijff, entretanto, plantara no ''Barça'' a filosofia que depois caracterizaria o clube e que ele já fizera no Ajax, a valorização das categorias de base. O clube seguiria a receita mesmo após a saída do treinador, e hoje sua academia conta com doze equipes, cada uma com até 24 jogadores. A maioria dos técnicos são licenciados pela [[UEFA]] para dirigir as categorias inferiores do ''Barça'', consideradas as maiores produtoras de jogadores de alto nível, chegando a levar até 15 anos para formar um atleta.<ref name="Nou Kids">"Nou Kids on the Block", ''FourFourTwo'', número 1, novembro de 2008, Editora Cádiz, págs. 16-19</ref>

[[Josep Guardiola]], [[Albert Ferrer]], [[:es:Carles Busquets|Carles Busquets]], [[:es:Thomas Christiansen|Thomas Christiansen]] e [[:es:Sergi Barjuan|Sergi Barjuan]], além de seu filho [[Jordi Cruijff|Jordi]], foram todos garotos levados diretamente por Cruijff ao time principal. Guardiola sintetizou a ideologia de seu ex-treinador, seguida até hoje pelo clube:

{{quote1|"os jogadores têm de pensar rápido e jogar com inteligência, sempre sabendo qual será o próximo passe (…). É assim que aprendemos a jogar e que o público espera que joguemos: de forma atraente, mas sem perder a eficiência (…). Cruijff (…) nos ensinou a jogar movimentando a bola rapidamente. Ele só usava jogadores de grande técnica. Quando procuramos por jogadores, ainda queremos essas qualidades".<ref name="Nou Kids" />}}
[[Ficheiro:Ronaldo.jpeg|thumb|right|200px|[[Ronaldo Nazário|Ronaldo]], que realizou uma única e inesquecível temporada no clube.]]

=== 1996-2003 três anos de conquistas, quatro de decadência ===
Cruijff foi brevemente substituído por [[Bobby Robson]], que tomaram a cargo do [[clube]] para uma única temporada em [[1996]]/97. Ele recrutou [[Ronaldo Nazário|Ronaldo]], outro promissor brasileiro a chegar do [[PSV Eindhoven]]. Na [[Catalunha]], o jovem virou ''El Fenómeno''<ref name = "ronaldo 300">"Ronaldo 300 Gols", André Fontenelle e Valmir Storti, Placar número 1257, maio de 2003, Editora Abril, págs. 40-59</ref> e teve uma temporada arrasadora, em que marcou 34 gols apenas no Campeonato Espanhol, justamente o título que faltou - naquela temporada, o ''Barça'' ganhou a [[Taça do Rei]], a [[SuperTaça da Espanha]] e a [[Super Taça Europeia]] (com gol dele na decisão contra o [[Paris Saint-Germain]]). O brasileiro, assim como [[Maradona]] e [[Romário]], acabaria tendo uma passagem marcante e fugaz: após Núñez recusar-se a aumentar seu salário,<ref name = "ronaldo 300"/> como também fizera com Schuster e Stoichkov,<ref name = "porta dos fundos"/> os empresários do jogador o venderam à [[Internazionale]], que já o desejava anteriormente.<ref name = "ronaldo 300"/>
[[Ficheiro:Luisenrique.jpg|thumb|left|[[Luis Enrique Martínez García|Luis Enrique]], um dos mais adorados jogadores pela torcida no fim de século.]]
Quem ocupou o espaço deixado por Ronaldo foram novos heróis: seus compatriotas [[Giovanni Silva de Oliveira|Giovanni]] (que chegara à equipe meses antes do Fenômeno) e [[Rivaldo]], o [[portugueses|português]] [[Luís Figo]] e o espanhol [[Luis Enrique Martínez García|Luis Enrique]], que superara a desconfiança inicial dos ''culés'' por ter vindo do [[Real Madrid]]. O treinador era outro neerlandês, [[Louis van Gaal]]. Após quatro anos de espera, a Liga Espanhola foi novamente conquistada. A temporada que marcaria o centenário do clube, a de 1998/99, contou com o reforço de uma revelação na [[Copa do Mundo de 1998]], [[Patrick Kluivert]]. A partida que celebrou a comemoração de 100 anos da fundação foi jogada contra nada menos que a [[Seleção Brasileira de Futebol|Seleção Brasileira]], em [[28 de abril]]. O jogo festivo terminou em 2 x 2, marcando também um reencontro da torcida com os ídolos [[Ronaldo Nazário|Ronaldo]] e [[Romário]], que jogaram pelo Brasil, bem como os atletas do clube Rivaldo e Giovanni.<ref>{{Citar web |url=http://chancedegol.uol.com.br/rsssfbrasil/sel/brazil199899.htm |título=Chance de Gol: Seleção Brasileira (''Brazilian National Team'') 1998-1999 |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref>
[[Ficheiro:Luis Figo flickr.jpg|thumb|right|135px|A saída de [[Luís Figo]] para o [[Real Madrid]], em 2000, traumatizou o Barcelona. Tornou-se um dos mais detestados pela torcida, que antes o endeusava<ref name = "FourFourTwo"/>]]
O título espanhol foi conquistado e Rivaldo, premiado com a [[Ballon d'Or|Bola de Ouro]] e o [[melhor jogador do mundo pela FIFA|Melhor do Mundo da FIFA]]. Todavia, um mesmo incômodo tido quarenta nos antes novamente rondava: o clube não se saía bem na Liga dos Campeões e veria o rival [[Real Madrid]] voltar a faturá-la, em 1998 e 2000. Neste ano o ''Barça'' perdeu o campeonato espanhol. Van Gaal, contestado pela crescente colônia de compatriotas que formara na equipe - [[Michael Reiziger]], [[Winston Bogarde]], [[Marc Overmars]], [[Frank de Boer]], [[Ronald de Boer]], [[Phillip Cocu]], [[Ruud Hesp]] e [[Boudewijn Zenden]], além de Kluivert e de [[Jari Litmanen]], [[finlandeses|finlandês]] que treinara no [[AFC Ajax|Ajax]] -, acabaria deixando o time, e Núñez, a presidência.

As partidas dos dois foram nada comparada com a de [[Luís Figo]]. Capitão do elenco e jogador mais popular da torcida, que o tinha como símbolo,<ref name = "porta dos fundos"/> foi comprado pelo [[Real Madrid]] de [[Florentino Pérez]] para a temporada 2000/01, no que foi um verdadeiro choque para todo o mundo, especialmente para o clube. O recém-eleito presidente [[:es:Joan Gaspart|Joan Gaspart]] jamais superaria o trauma.<ref name = "FourFourTwo"/> Figo sentiria na pele o ódio que criou na [[Catalunha]]: em um de seus retornos ao [[Camp Nou]], atuando pelo Real em um ''El Clásico'', foi recepcionado em campo com uma chuva de objetos que incluíam correntes de bicicleta, bolas de golfe, garrafas de vidro, celulares, chaves de fenda e os mais macabros - as cabeças de um galo e de um porco assado.<ref name = "FourFourTwo"/>
[[Ficheiro:RivaldoEmad-2009-23-08.jpg|thumb|left|170px|[[Rivaldo]] chegou a ser criticado por não render na [[Seleção Brasileira de Futebol|Seleção Brasileira]] o que jogava no Barcelona.]]
Por três anos, o ''Barça'' voltou a viver um declínio, notado tanto no elenco remanescente quanto nas novas contratações do período, como [[Simão Sabrosa]], [[Javier Saviola]], [[Geovanni Deiberson Maurício Gomez|Geovanni]], [[Fábio Rochemback]], [[Philippe Christanval]], [[Patrik Andersson]], [[Francesco Coco]], [[Gaizka Mendieta]], [[Juan Román Riquelme]] e [[Juan Pablo Sorín]]. Já os merengues atraíam títulos e mídia com as contratações chamadas "galáticas", sendo nesse interím duas vezes campeão espanhol além de ganhar, em 2002, novamente a Liga dos Campeões, inspirado por um dos astros comprados, o francês [[Zinédine Zidane]] - para piorar, o arquirrival passou à final eliminando o ''Barça'' nas semifinais, com um empate em 1 x 1 em [[Madrid]] precedido por um 2 x 0 em pleno [[Camp Nou]].

Outro galáctico foi o ex-ídolo [[Ronaldo Nazário|Ronaldo]], que veio meses depois, após grande [[Copa do Mundo de 2002]]. Rivaldo deixara o clube rumo ao [[AC Milan|Milan]] pouco antes, insatisfeito com a volta do desafeto Van Gaal. A temporada 2002/03 terminou péssima, com Van Gaal sendo demitido em seu decorrer, sem a classificação para a Liga dos Campeões - a equipe teria de contentar-se em disputar a [[Taça da UEFA]] na seguinte.

Paralelamente, foi a contratação de um terceiro galático, [[David Beckham]], ao fim do esquecível 2002/03, que acordaria o Barcelona. Tudo porque o jogador era uma promessa de campanha do novo presidente, [[Joan Laporta]], que, sem o inglês, partiu para o plano B: [[Ronaldinho Gaúcho]].<ref name="guia 2003">"Começar de novo", Especial Placar - Guia Europeus 2003/2004, setembro de 2003, Editora Abril, págs. 10-11</ref>
[[Ficheiro:Rijkaard Ronaldinho.jpg|thumb|right|200px|[[Frank Rijkaard]] e [[Ronaldinho Gaúcho]] sorrindo: nos melhores dias de ambos, o Barcelona se reergueu.]]

=== Os anos de Rijkaard e Ronaldinho (2003–2008) ===
Embora tivesse melhores propostas do próprio Real Madrid e do [[Manchester United]], Ronaldinho escolheu Barcelona, onde poderia atuar sob menos pressão e ser o único astro.<ref>"O reinado de Ronaldo II", ''Especial Placar - Craques do Milênio'', coleção de aniversário, número 4, junho de 2005, Editora Abril, págs. 48-53</ref> Junto com ele veio um novo treinador, [[Frank Rijkaard]], indicado por seu compatriota Cruijff.<ref name = "cruijff"/> Rijkaard viera para substituir o [[sérvios|sérvio]] [[Radomir Antić]], por sua vez contratado para substituir Van Gaal.

Ronaldinho demoraria a engrenar em sua primeira temporada devido a contusões; no primeiro turno, o time termina apenas em sétimo, com Rijkaard ameaçado de demissão.<ref>"Quem é quem nos europeus", Guilherme Aquino, ''Placar'' número 1267, fevereiro de 2004, Editora Abril, pág. 69</ref> A reação viria na metade da Liga Espanhola, em que ele conduziu uma grande reação do ''Barça'' a um segundo lugar - o título ficou com o [[Valencia CF|Valencia]]. Ofuscou até os outros reforços da temporada, que, à exceção do [[México|mexicano]] [[Rafael Márquez]], não vingariam no clube: o meia [[Portugal|português]] [[Ricardo Quaresma]], o goleiro [[Turquia|turco]] [[Rüştü Reçber]] <ref name="guia 2003"/> e o [[Países Baixos|neerlandês]] [[Edgar Davids]]. Ao fim da temporada, o elenco renovou-se, marcando-se a saída da maior parte dos neerlandeses - além do próprio Davids, Kluivert, Cocu, Reiziger, e Overmars, sobrando o técnico Rijkaard e [[Giovanni van Bronckhorst]].<ref name="guia 2004">"Legião brasileira", Especial Placar - Guia Europeus 2004/2005, setembro de 2004, Editora Abril, págs. 10-11</ref> Outro a sair foi o ídolo Luis Enrique, que se aposentou.
[[Ficheiro:Ronaldinho.jpg|thumb|right|200px|Ronaldinho na temporada 2004/05.]]
A boa fase de Ronaldinho se manteve em 2004, com ele recebendo pela primeira vez o prêmio de melhor do mundo. Com uma colônia brasileira, composta ainda por [[Thiago Motta]], [[José Edmílson Gomes Moraes|Edmílson]], [[Juliano Haus Belletti|Belletti]], [[Sylvio Mendes Campos Júnior|Sylvinho]] e o naturalizado [[Portugal|português]] [[Deco]], Ronaldinho liderou um time bem entrosado em dois títulos espanhóis seguidos, em 2005 e 2006. Motta era cria do clube, onde debutara profissionalmente em 2001. Edmílson viera credenciado com sua participação em três títulos [[Campeonato Francês de Futebol|franceses]] seguidos do [[Olympique Lyonnais|Lyon]], os primeiros da equipe; Belletti e Sylvinho, por destacadas participações nos espanhóis [[Villarreal CF|Villarreal]] e [[Celta Vigo]], respectivamente; Deco, por ser o comandante do [[FC Porto|Porto]], surpreendente campeão da Liga dos Campeões de 2003/04.<ref name="guia 2004"/>

Em meio ao chamado ''Samba Team'',<ref>"A foto proibida", Toni Frieros, ''Placar'' número 1277, Editora Abril, dezembro de 2004, págs. 35-39</ref> destacou-se também a dupla ofensiva que Ronaldinho fazia com o [[Camarões|camaronês]] [[Samuel Eto'o]] (astro do [[Real Mallorca]], mas até então pertencente ao rival [[Real Madrid]]<ref name="guia 2004"/>), completados pelo [[Suécia|sueco]] [[Henrik Larsson]] e o [[França|francês]] [[Ludovic Giuly]] (destaque do [[AS Monaco|Monaco]] vice-campeão da Liga dos Campeões <ref name="guia 2004"/>), todos contratados naquela temporada, além dos espanhóis pratas-da-casa [[Xavi Hernández]] e o jovem [[Andrés Iniesta]]. Mais jovem ainda era a promessa argentina [[Lionel Messi]], outro a vir das bases do clube.

O auge chegou na segunda temporada, em que o Barcelona, em sua campanha campeã da Liga Espanhola, bateu por 3 x 0 o Real em pleno Bernabéu. Ronaldinho teve um desempenho tão impressionante que, tão-logo após marcar o terceiro gol em jogada individual na área adversária (semelhantemente ao segundo gol, também de sua autoria), foi aplaudido de pé pela torcida merengue. Na [[Liga dos Campeões da UEFA]], o time chegou novamente à final após doze anos, batendo o [[Arsenal Football Club|Arsenal]] de virada por 2 x 1, com bastante torcida contra na decisão em [[Paris]] - o clube inglês era repleto de franceses, dentre eles [[Thierry Henry]], além disso, Ronaldinho não teve passagem tão boa no clube da cidade, o [[Paris Saint-Germain]].
[[Ficheiro:Barçabus.JPG|thumb|right|200px|Os autores dos gols na final da Liga dos Campeões de 2006 em meio aos festejos: [[Juliano Haus Belletti|Belletti]] e [[Samuel Eto'o]]. O brasileiro foi o improvável herói da final, ao marcar o tento da vitória.]]
Porém, a apagada atuação do astro na final (os gols foram marcados por [[Samuel Eto'o]] e o inesperado [[Juliano Haus Belletti|Belletti]], em jogadas decisivas de [[Henrik Larsson]][[Ficheiro:Henrik Larsson.jpg|thumb|direita|200px|[[Henrik Larsson]] na vitoriosa temporada 2005/06. Foram dele e de um jovial Andrés Iniesta os dois passes para os gols na vitória contra o Arsenal na final da Liga dos Campeões.]]<ref>{{Citar web |url=http://www.trivela.com/blog/o-ibrahimovic-de-1994 |título=Trivela.com: "O Ibrahimović de 1994", Felipe dos Santos Souza |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref>) acabaria sendo um prenúncio de novo tempo de vacas magras. Após impressão péssima deixada na [[Copa do Mundo de 2006]], Ronaldinho não conseguiu repetir com regularidade a fase assustadora de antes. A má fase incluiu uma surpreendente derrota no [[Mundial de Clubes da FIFA de 2006|Mundial de Clubes da FIFA]] em 2006, para um rival pessoal do craque, que começara a carreira no {{Futebol Grêmio}}: o [[SC Internacional|Internacional]]. A temporada se seguiu com o Barcelona, líder no Espanhol, acabar perdendo o título para o [[Real Madrid]] devido ao confronto direto (os dois times empataram em número de pontos,76 cada. Porém, o Real Madrid ganhou no Santiago Bernabeu por 2 x 0 e empatou por 3 x 3 no Camp Nou). Ronaldinho, cada vez mais cedia sua posição de destaque para Messi.

A temporada 2007/2008, apesar da bombástica contratação do [[França|francês]] [[Thierry Henry]],<ref name="guia 2007">"Os novos galácticos", Especial Placar - Guia Europeus 2007/2008, setembro de 2007, Editora Abril, págs. 14-15</ref> desejado pelo clube desde a anterior,<ref name="guia 2006">"O melhor melhorou", Especial Placar - Guia Europeus 2006/2007, setembro de 2006, Editora Abril, págs. 10-11</ref> foi uma repetição desta: um Barcelona apagadamente terceiro lugar no campeonato espanhol, com Real Madrid mais uma vez campeão. Na Liga dos Campeões, conseguiram alcançar as semifinais, porém foram eliminados pelo futuro campeão [[Manchester United]]. Ronaldinho, Deco e Rijkaard não sobreviveram e acabaram deixando o clube pela porta dos fundos (Ronaldinho e Deco caíram em auto-complacência depois da temporada 2005/2006 e Rijkaard foi apontado como responsável por permitir
que este comportamento dos brasileiros causasse desavenças no plantel).
[[Ficheiro:Manager Josep Guardiola.jpg|thumb|right|200px|[[Josep Guardiola]], como técnico (2008-Atualmente).]]

=== Com Guardiola no comando e Messi em campo (2008) ===
A falta de conquistas quase custou o cargo de [[Joan Laporta]] na pré-temporada de [[2008]]-[[2009|09]]. Com o dinheiro das vendas dos inoperantes Ronaldinho, [[Anderson Luiz de Sousa|Deco]], [[Lilian Thuram]], [[Oleguer Presas|Oleguer]], [[José Edmílson Gomes Moraes|Edmilson]], [[Gianluca Zambrotta]] e [[Giovani dos Santos]], o elenco foi renovado.<ref name="guia 2008"/> A pedido do novo treinador, o ídolo [[Josep Guardiola]], [[Euro|€]]90 [[Milhão|milhões]] foram gastos nas contratações de [[Alyaksandar Hleb]], [[Daniel Alves da Silva|Daniel Alves]], [[Gerard Piqué]] (cria do ''Barça'' que estava no Manchester United), [[Martín Cáceres]] e [[Seydou Keita]]. Os reforços, particularmente Daniel Alves e Piqué, somaram-se à base dos anos anteriores: [[Xavi Hernández|Xavi]], [[Andrés Iniesta]], [[Víctor Valdés]], [[Carles Puyol]], [[Rafael Márquez]], [[Samuel Eto'o]], o mais aprimorado [[Lionel Messi]] e o meteórico [[Bojan Krkić]].<ref name="guia 2008"/>, mostrando a grande utilização por parte de Pepe Guardiola da chamada "La Masia", a academia de jovens jogadores do Barcelona.
[[Ficheiro:LeoMessi.JPG|thumb|left|[[Lionel Messi]], na vitoriosa temporada 2008/09, em que o ''Barça'' conseguiu a tríplice coroa. O argentino marcou o segundo gol na decisão do título mais importante, a Liga dos Campeões. Hoje já é considerado um dos maiores jogadores da historia do futebol mundial.]]
Em [[17 de janeiro]] de [[2009]], Barça definiu o registro para acumulando os pontos mais altos total para a primeira metade de uma temporada na [[Campeonato Espanhol de Futebol|La Liga]], alcançando 50 pontos fora de um eventual 57, com 16 vitórias, 2 empates e apenas 1 derrota, contra o [[Club Deportivo Numancia|Numancia]] no primeiro jogo da temporada (e vencendo o primeiro El Clasico da temporada contra o Real Madrid, 2x0 no Camp Nou). O clube também chegou a [[Copa do Rei da Espanha|Copa do Rei]] final pela primeira vez desde [[1998]]. Seis dias depois, em [[23 de janeiro]], a IFFHS classificou o Barcelona em primeiro lugar em sua lista dos maiores clubes de futebol dos últimos 18 anos. O ''ranking'' foi determinado tendo em conta todos os resultados dos campeonatos nacionais, a taça competições nacionais, o [[clube]] das competições seis confederações continentais e da [[Federação Internacional de Futebol|FIFA]].

Em [[14 de abril]], o Barcelona estava qualificado para as semifinais da [[Liga dos Campeões da UEFA|Liga dos Campeões]] pelo segundo ano consecutivo após derrotar [[Fußball-Club Bayern München|Bayern Munique]] por 5-1 no agregado dos dois jogos e enfrentaram o [[Chelsea Football Club|Chelsea]] nas semifinais. Sua primeira etapa contra o [[Chelsea Football Club|Chelsea]] resultou em um empate sem golos em casa. Após o jogo, enfrentou [[Real Madrid Club de Fútbol|Real Madrid]], em um ''El Clásico'' vencido por humilhantes 6 x 2. Imediatamente após a vitória histórica sobre os seus maiores rivais, o Barcelona jogou contra o Chelsea na segunda etapa das semifinais da Liga dos Campeões. O Chelsea levou o jogo em [[Stamford Bridge]] 1 x 0 desde o início da partida, quando Iniesta marcou o gol do empate classificador aos 48 minutos do segund tempo. As duas saborosíssimas vitórias não passariam despercebidas nas maternidades de Barcelona nove meses depois, onde notou-se um aumento da média de partos por dia. O "fenômeno" receberia o nome de "geração Iniesta", em alusão ao autor do dramático gol contra o Chelsea.<ref>{{Citar web |url=http://www.trivela.com/blog/a-geracao-iniesta |título="A geração Iniesta", Leonardo Bertozzi, Trivela.com |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref>
[[Ficheiro:Eto'o and Evra, 2009 UEFA Champions League Final.jpg|right|170px|thumb|O ídolo [[Samuel Eto'o]] em sua última partida pelo ''Barça'', na vitoriosa final da [[Liga dos Campeões da UEFA]] em 2009, em que ele marcou o primeiro gol.]]
Em [[13 de maio]], o Barcelona venceu o [[Athletic Club de Bilbao|Athletic Bilbao]] 4-1 no estádo [[Estadio de Mestalla|Mestalla]] para ganhar a [[Copa do Rei da Espanha|Copa do Rei]]. Após alguns dias, o Barcelona confirmou o já esperado título da [[Campeonato Espanhol de Futebol|La Liga]]. O clube tinha então a oportunidade de ser o primeiro da [[Espanha]] a conquistar a tríplice coroa: vencer o campeonato espanhol , a Copa do Rei e a Liga dos Campeões da UEFA em uma mesma temporada. O que foi conseguido duas semanas depois, no dia [[27 de maio]], em que o Barcelona derrotou o [[Manchester United Football Club|Manchester United]], no [[Stadio Olimpico|Olímpico de Roma]], com um 2 x 0 selado pela nova estrela do time, Messi. A partida também marcou a saída do ídolo Eto'o, que possuía problemas de relacionamento com o técnico Pep Guardiola.<ref name = "FourFourTwo"/> Ele foi cedido à [[Internazionale]] em uma troca que envolveu o astro da equipe [[Itália|italiana]], o [[suecos|sueco]] [[Zlatan Ibrahimović]].

Em [[19 de dezembro]], em seu ano mais vitorioso, o Barcelona conseguiu o título que lhe faltava, o [[Campeonato Mundial de Clubes da FIFA|mundial de clubes da FIFA]]: após ser derrotado pelas equipes [[brasil]]eiras do [[São Paulo FC|São Paulo]] em 1992 e do [[SC Internacional|Internacional]] em 2006, bateram de virada, na prorrogação, os [[Argentina|argentinos]] do [[Club Estudiantes de La Plata|Estudiantes]].<ref>{{citar web |url=http://esportes.terra.com.br/interna/0,,OI4167166-EI2056,00.html |titulo=Terra - Mundial de Clubes |publicado=esportes.terra.com.br |acessodata=[[19 de Dezembro]] de [[2009]] }}</ref> Lionel Messi, autor do gol da vitória, acabaria eleito dois dias depois o [[melhor jogador do mundo pela FIFA]] no ano.

A temporada 2009/2010 foi marcada pela grande disputa com o Real Madrid pelo título da Liga Espanhola (com o Barça conquistando o título apenas na última rodada e somando impressionantes 99 pontos, além de vencer os dois clássicos contra o grande rival, 1x0 no Camp Nou e 2x0 no Santiago Bernabeu), a incrível ascensão de Pedro (outro jogador "Made in La Masia"), Messi tornando-se ainda mais goleador (devido ao fracasso de Ibrahimovic em cumprir essa função) e pela segunda temporada seguida jogando mais de 50 jogos sem sofrer contusões, os problemas fisicos de Andrés Iniesta (desde o jogo contra o Chelsea em 2008/2009) e Xavi cada vez mais líder do time no meio-campo. Na Copa do Rei, foi eliminado pelo Sevilla, o primeiro sinal de que o plantel não suportaria a carga de jogos e a incrível perseguição do Real Madrid na Liga.

Na Liga dos Campeões, demonstrou grande força ao chegar às semifinais. Porém, foram eliminados mais uma vez pelo futuro campeão da competição, desta vez a Inter de Milão (cujo técnico era ninguém menos que José Mourinho, atual técnico do Real Madrid). As contusões de Iniesta e o curto plantel para esta temporada (obrigando Xavi e Messi a jogarem sem descanso) fizeram o Barça sucumbir nesta competição. Ainda assim, o clube forneceu sete jogadores à [[Seleção Espanhola de Futebol]] que seria campeã, pela primeira vez, na [[Copa do Mundo de 2010]], sendo que todos vieram das categorias de base ''blaugranas'': [[Carles Puyol]], [[Andrés Iniesta]] (autores dos gols decisivos, na semifinal e na final, respectivamente), [[Xavi Hernández|Xavi]] e [[Gerard Piqué]] foram titulares, sendo campeões juntamente com [[Víctor Valdés]], [[Sergio Busquets]] e [[Pedro Rodríguez Ledesma|Pedro]] (os dois últimos, revelações da temporada anterior). Também saídos das ''canteras'' do clube, [[Cesc Fàbregas]] e [[Pepe Reina]] foram outros campeões da ''Furia''. Outro campeão ''culé'' foi o artilheiro [[David Villa]], negociado junto ao [[Valencia CF|Valencia]] logo antes do início do torneio.

Ao final da temporada, ocorreram as eleições para Presidente do Clube. Sandro Rosell (vice de Laporta até 2005) foi eleito para um mandato de 6 anos com 61,35% dos votos (com participação de 57088 sócios do Clube, recorde histórico). Ele foi seguido por 14,09% de Agustí Benedito, 12,29% de Marc Ingla e 10,80% de Jaume Ferrer, o candidato indicado por Joan Laporta. Um claro sinal de que resultados incríveis dentro de campo não justificam ou apagam atitudes equivocadas do agora ex-presidente (como a espionagem de futuros adversários políticos, acordos comerciais no Uzebequistão, uma ditadura, o que vai contra os valores democráticos do Barcelona e o aumento excessivo dos gastos do Clube). Sócios do Clube conseguiram acesso à auditoria que comprovava tais problemas.
Ficheiro:[http://s.glbimg.com/es/ge/f/620x230/2011/05/28/messi4 reu.jpg]

Após doze rodadas do Campeonato Espanhol e vivos na Copa do Rei e Uefa Champions League, o Barcelona finalmente enfrentou o Real Madrid. Após uma semana tensa, devido às pressões dos principais jornais de Madrid (que declaravam mais uma vez o fim da superioridade culé na Espanha, desta vez com a chegada de [[José Mourinho]] aos merengues), o Barcelona repetiu o ''Dream Team'' de 1994 e humilhou o rival com um 5 x 0. Passado uma semana, o Barcelona fez outra vez história: os três finalistas ao prêmio de melhor do mundo são jogadores do clube: Xavi, Iniesta e Messi.
No final da temporada 2010/2011, O Barcelona alcançou as semi finais da Liga dos Campeões e a Final da Copa do Rei, sendo que na duas competições teria que enfrentar o próprio Real Madrid (antes destes três confrontos, empatou em 1X1 no Santiago Bernabéu pelo Campeonato Espanhol). Após perder para os merengues a Copa do Rei na prorrogação (1 X 0), o Barcelona eliminou o Real Madrid da Liga dos Campeões, e repetiu a final de 2009 contra o Manchester United no Estádio de Wembley. Na partida contra o Levante (1X1), o Barça confirmou o tricampeonato espanhol. Na final da Liga dos Campeões 2010-2011 o Barcelona venceu o Manchester United por 3 à 1 e obteve o tetracampeonato europeu. No lado catalão os gols foram de Pedro Rodriguez (27 min), Lionel Messi (53 min) e David Villa (69 min). Já no time inglês o único gol foi de Wayne Rooney (33min).

Na temporada 2011/2012, Barcelona reforçou o seu plantel com o atacante chileno Alexis Sanchez (transferido da Udineses por 37 milhões de euros, sendo 11 milhões condicionados com os títulos do Barcelona), a tão sonhada contratação de Francesc Fabregas (transferido do Arsenal por 40 milhões de euros, sendo 6 milhões de euros condicionados com os títulos do Barcelona) e o desenvolvimento espetacular de Thiago Alcântara, jogador até então do Barcelona B, durante o Euro-21 (sendo campeão pela Espanha) e a copa Audi (sendo eleito melhor jogador do torneio).

No dia 17 de agosto de 2011, o Barcelona levantou a Supercopa da Espanha após ganhar novamente o Real Madrid por 3 a 2, no Camp Nou e empatar em 2 a 2, no Santiago Bernabéu. Na partida decisiva marcaram: Iniesta (14 min), C. Ronaldo (19 min), Messi (44 e 87 min) e Benzema (81 min).Em 26 de agosto de 2011, o Barça voltar a ganhar um troféu, desta vez a Supercopa da Europa, derrotando o Porto por 2 X 0 com gols de Messi e Fabregas. No dia anterior ao jogo, o argentino ganhou o primeiro Prêmio "Melhor jogador da Europa" concedido pela [[UEFA]].

No dia [[10 de dezembro]] de [[2011]], o Barcelona enfrentaria o Real Madrid em Santiago Bernabéu pela La Liga no último jogo antes do embarque para a disputa do Mundial de Clubes de Fifa no [[Japão]]. O Barcelona novamente manteve a freguesia dos merengues ao vencer por 3 a 1 de virada com gols de Benzema (21s), Alexis Sánchez (36 min), Xavi (52 min) e Fabregas (61 min). Horas após o jogo, o Barcelona embarcou rumo à [[Tóquio]]. Na quinta-feira dia 15 de dezembro o Barcelona goleou o [[Al-Sadd Sports Club|Al Sadd]] do [[Qatar]] por 4 a 0 e avançou à final para encarar o [[Santos Futebol Clube|Santos]], pelo qual [[n:Barcelona goleia o Santos e vence Mundial de Clubes|venceu pelo mesmo resultado garantindo o Bicampeonato mundial]]. O clube ainda levou o fair play e Messi e Xavi levaram a Bola de Ouro e Prata respectivamente.
<ref>[http://esporte.ig.com.br/futebol/neymar-apos-derrota-o-barcelona-nos-ensinou-a-jogar-futebol/n1597415291670.html Neymar após derrota: "O Barcelona nos ensinou a jogar futebol"]</ref><ref>[http://globoesporte.globo.com/platb/olhotatico/2011/12/18/aula-do-barca-e-a-maior-oportunidade-de-aprendizado-do-futebol-brasileiro Aula do Barça é a maior oportunidade de aprendizado do futebol brasileiro]</ref><ref>[http://esporte.uol.com.br/futebol/campeonatos/mundial-de-clubes/ultimas-noticias/2011/12/18/com-olhos-marejados-neymar-diz-que-aprendera-a-jogar-futebol-com-o-barca-apos-goleada.htm Com olhos marejados, Neymar diz que aprenderá a jogar futebol com o Barça após goleada]</ref><ref>[http://esporte.ig.com.br/futebol/messi-diz-que-barcelona-dominou-o-santos-o-jogo-inteiro-na-final/n1597415452337.html Messi diz que Barcelona dominou o Santos o jogo inteiro na final]</ref>

No dia 22 de dezembro de 2011, o Barcelona aplicou sua maior goleada na era Guardiola, 9 a 0 em cima do L´Hospitalet pelas oitavas de final da Copa do Rei.

== Escudo ==

O [[escudo]] do Barcelona está na forma de "[[panela]]" três-quartos. Nas duas peças acima do pavilhão do [[Barcelona]] estão a [[Cruz]] de [[São Jorge]] (padroeiro da [[Catalunha]]), referente à bandeira da cidade; e, ao lado, referência à outra bandeira, da [[Catalunha]], região da Espanha da qual a cidade de Barcelona é capital. Na parte inferior aparece uma bola sobre as cores azul e grená do [[clube]]. Entre os quartos superiores e inferiores se reproduz, em siglas, o nome do clube (F.C.B.). No tempo da ditadura de [[Francisco Franco]], que fazia opressão oficial às etnias não-espanholas do país, como a [[catalães|catalã]], as listras vermelhas do canto superior direito eram apenas duas, para a referência dessa parte do distintivo ser à [[bandeira da Espanha|bandeira espanhola]].

Existem duas versões sobre as origens do [[escudo]] do [[clube]]. A primeira versão conta que em [[1900]], um ano após o [[clube]] ser fundado, houve uma reunião para decidir o [[escudo]] (até então, o Barcelona havia utilizado o [[escudo]] da [[cidade]]). Parece que não houve acordo sobre a forma e o conteúdo do escudo e em um momento da reunião o secretário, ''Luis d'Osso'', visivelmente irritado, disse que "''essa é uma panela''", que deu a ideia de propor a [[Hans Gamper]] escudo em forma de "[[panela]]".

A outra versão afirma que [[Hans Gamper|Gamper]], de origem [[suíça]], baseou-se em alguns escudos de [[equipe]]s de seu país quando propôs a famosa "[[panela]]".

== Cores ==
As cores do distintivo do Barcelona são o [[azul]] e [[grená]]. Existem diversas teorias sobre as causas que levaram à fundação do [[clube]] para escolher essas [[cor]]es.

A versão estendida que foi o [[Hans Gamper]] fundou o [[clube]], que escolheu as [[cor]]es. Com efeito, verifica-se que no primeiro jogo de [[futebol]] [[Hans Gamper|Gamper]] ao lugar na [[cidade]] antes da fundação do [[clube]], e usava aquelas [[cor]]es. Sempre defendeu que Gamper escolheu estas cores porque identificou a [[FC Basel]], a [[equipe]] [[suíça]], crê-se que Gamper tinha jogado antes de chegar a [[Barcelona]]. Além disso, especula a possibilidade de que Gamper escolheu estas cores porque elas são o escudo do cantão suíço de Ticino, mas a única relação que Gamper Cantão foi a de que sua irmã [[Rosa]] viveu lá.

Outra versão afirma que as [[cor]]es foram propostos por ''Otto Maier'', um dos fundadores do [[clube]], em honra das [[cor]]es do [[escudo]] da população alemã de ''Heidenheim'', sua [[cidade]] natal.

== Uniforme ==
{{Anexo|[[Anexo:Uniformes do Futbol Club Barcelona]]}}

=== Uniformes dos jogadores ===

* '''1º uniforme''': Camisa com listras [[grená]]s e [[azul|azuis]], calção e meias azuis;
* '''2º uniforme''': Camisa [[preta]], calção e meias pretas;
* '''3º uniforme''': Camisa [[verde]], calção azul-marinho e meias verdes.

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|}

=== Uniformes dos goleiros ===
* Camisa [[preta]], calção e meias pretas;
* Camisa [[verde]], calção preta e meias verdes;
* Camisa [[azul]], calção e meias azuis;
* Camisa [[amarela]], calção e meias amarelas;
* Camisa [[cinza]], calção preta e meias cinzas.

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== Estádio ==
[[Ficheiro:Camp nou mès que un club.JPG|thumb|200px|right|[[Camp Nou]].]]
{{Artigo principal|[[Camp Nou]]}}

O [[estádio]] do Barcelona é o [[Camp Nou]], propriedade do [[clube]]. Inaugurado em [[1957]], tem uma capacidade de {{formatnum:98772}} espectadores sentados. É um dos quatro [[estádio]]s considerados como "''Cinco Estrelas''" pela [[UEFA]] em [[Espanha]], que lhe permite acolher as finais da Liga dos Campeões, [[Taça UEFA]] e [[Supertaça Europeia]], como aconteceu já em 15 ocasiões. Está no bairro de Les Corts em [[Barcelona]], juntamente com outras propriedades clube, tais como o Mini Estadi (B estádio do Barcelona) e do Palau Blaugrana, o estádio basquete equipe. Nas instalações do Camp Nou está o Museu de Barcelona, o museu mais visitado na Catalunha.


Antes do [[Camp Nou]], Barcelona teve duas fases. Entre [[1909]] e [[1922]] os ''Culés'' jogavam num campo da Indústria de [[Barcelona]], habitualmente chamada de ''A Escopidora''. Entre [[1922]] e [[1957]], as partes contestaram a Les Corts Camp aberta para acomodar {{formatnum:30000}} espectadores, e acabou tendo uma capacidade de {{formatnum:60000}} pessoas. Uma das versões sobre a etimologia da palavra "Culès" vem a partir deste estádio, como pode ser visto a partir da versão actual permitida fora dos fãs.
Antes do [[Camp Nou]], Barcelona teve duas fases. Entre [[1909]] e [[1922]] os ''Culés'' jogavam num campo da Indústria de [[Barcelona]], habitualmente chamada de ''A Escopidora''. Entre [[1922]] e [[1957]], as partes contestaram a Les Corts Camp aberta para acomodar {{formatnum:30000}} espectadores, e acabou tendo uma capacidade de {{formatnum:60000}} pessoas. Uma das versões sobre a etimologia da palavra "Culès" vem a partir deste estádio, como pode ser visto a partir da versão actual permitida fora dos fãs.

Revisão das 19h52min de 14 de abril de 2012

Barcelona
[[Ficheiro:FCBarcelona.svg ]]
Nome Futbol Club Barcelona
Alcunhas Barça
Blaugrana
Més que un club
Mascote Abuelo del Barça
Fundação 29 de novembro de 1899 (124 anos)
Estádio Camp Nou
Capacidade 99.356[1]
Localização Barcelona, Catalunha, Espanha
Presidente Espanha Sandro Rosell
Treinador(a) Espanha Josep Guardiola
Patrocinador(a) Catar Bmg
Material (d)esportivo Estados Unidos Adidas
Competição Espanha La Liga
Espanha Copa do Rei
União Europeia Liga dos Campeões
Mundial de Clubes
Website [http://www.Cruzeiro.com.br
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
titular
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
alternativo
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
alternativo
Temporada atual

O Futbol Club Barcelona é um clube espanhol da cidade de Barcelona, Catalunha.

A palavra Barcelona é derivada do antigo fenício Barkencio, que supostamente originou a palavra latina Barcenano, que logo se tornaria Barcelonaia. Os torcedores do clube são conhecidos como culers (ou culés, em espanhol). Em 2010, uma pesquisa realizada pela empresa alemã Sport+Markt concluiu que a torcida do Barcelona é a maior da Europa, contando com cerca de 57,8 milhões de pessoas [2]. O Barcelona foi o primeiro clube espanhol a ganhar na mesma temporada o triplete, composto da Liga dos Campeões, da Copa do Rei da Espanha e de La Liga. [3] O Barcelona é uma das marcas mais conhecidas do planeta.[4]

O Barcelona é fortemente identificado com a região catalã, da qual se proclamou como símbolo. Suas partidas são consideradas até como evento turístico para os forasteiros e rotineiramente locais de demonstração do nacionalismo - e separatismo - catalão. O depoimento um de seus mais famosos torcedores, o tenor Josep Carreras, convidado para cantar na festa de centenário do time, em 1999, exprime bem tal ideia: "Ser torcedor do Barça vai além do puramente esportivo. É o sentimento de raízes, de valores e de uma identidade de país: a Catalunha".[4] Outras expressões icônicas locais são a faixa de capitão do time, que normalmente reproduz a bandeira da Catalunha, e o lema més que un club, adotado em 1968.[4] Apesar disso, é o clube que mais cedeu jogadores à Seleção Espanhola de Futebol.[5]

A cidade de Barcelona é um caso raro de metrópole com dois clubes de futebol não-equiparados: enquanto o Barça, como é também conhecido, soma 21 títulos na Liga Espanhola, 25 Taças do Rei, 4 Ligas dos Campeões e 2 títulos no Mundial de Clubes da FIFA, o outro time da cidade, o Espanyol, tem como títulos de expressão apenas 4 Taças do Rei. Tal desigualdade é um dos fatores que fazem os blaugranas sentirem maior rivalidade com um time de outra cidade, o Real Madrid, com quem divide a hegemonia no futebol espanhol. O sentimento é recíproco, com os blancos detestando mais ao Barcelona do que ao rival citadino, o Atlético de Madrid. A rivalidade entre Barça e Real é considerada uma das maiores do mundo.

O Barcelona, o seu arquirrival Real Madrid e o Athletic Bilbao são os únicos times espanhóis que jamais foram rebaixados à Segunda Divisão Espanhola. Por muito tempo também, o clube orgulhou-se de ser talvez o único time gigante no mundo a não utilizar logomarcas de patrocinadores em suas camisas de futebol; apenas em 2006 um logo passou a ser colocado na parte abdominal das blusas, e ainda assim d69</ref>

=== is como o Mini Estadi (B estádio do Barcelona) e do Palau Blaugrana, o estádio basquete equipe. Nas instalações do Camp Nou está o Museu de Barcelona, o museu mais visitado na Catalunha.

Antes do Camp Nou, Barcelona teve duas fases. Entre 1909 e 1922 os Culés jogavam num campo da Indústria de Barcelona, habitualmente chamada de A Escopidora. Entre 1922 e 1957, as partes contestaram a Les Corts Camp aberta para acomodar 30 000 espectadores, e acabou tendo uma capacidade de 60 000 pessoas. Uma das versões sobre a etimologia da palavra "Culès" vem a partir deste estádio, como pode ser visto a partir da versão actual permitida fora dos fãs.

A remodelação é baseado na actualização de um estádio que tem mais de 50 anos e criar uma capa para proteger espectadores contra a chuva e o sol. Os principais requisitos são para causar o mínimo transtorno aos assinantes, que era compatível com a remodelação desporto competitivo e que Ciner um determinado orçamento. E a criação de um design atraente, moderno e funcional.

A expensas do município, o plano de remodelação do estádio foi iniciado em finais de 2008 e a conclusão está prevista até 2012. O projeto foi atribuído ao arquiteto britânico Norman Foster, que ganhou após um concurso em que só houve dez projectos finalistas. Sir Norman Foster disse que Antoni Gaudí o inspirou para criar a nova pele que envolve o estádio. O presidente da Barcelona e do Colégio de Arquitetos da Catalunha foram os jurados para escolher o vencedor.

Clássicos

El Clásico

Ver artigo principal: El Clásico
Clássico entre Barcelona e Real Madrid no Santiago Bernabéu, em maio de 2009. O Barcelona venceu por 6 x 2 na casa do adversário.

Muitas vezes existe uma feroz rivalidade entre as duas equipes mais fortes em um campeonato nacional, e este é particularmente o caso da La Liga, onde o jogo entre Barça e Real Madrid é conhecido como El Clásico. Desde o início, os clubes foram vistos como representantes de duas regiões rivais na Espanha: Catalunha e Castela, assim como das duas cidades. Mais do que meramente esportiva, a rivalidade tem forte teor político, uma vez que o Barcelona proclama-se como defensor do nacionalismo catalão, não raro a nível de separatismo.

O sentimento anti-Madrid ganhou força nas ditaduras de Primo de Rivera e, especialmente, na de Francisco Franco, em que as culturas regionais foram abertamente reprimidas, o que incluía na proibição do uso de qualquer língua que não a castelhana, oficialmente considerada a língua espanhola. Simbolizando o desejo de liberdade dos catalães, o Barcelona se declarou como més que un club ("mais que um clube") para a sua região. De acordo com Manuel Vázquez Montalbán, "a melhor maneira dos catalães em demonstrar sua identidade foi apoiando o Barça. Foi menos arriscado do que reunir um movimento clandestino anti-Franco e permitiu-lhes expressar as suas dissidências". Os estádios do Barcelona tornaram-se refúgio até para conversas em catalão,[4][6] além de outros protestos contra o governo.[6]

O Real Madrid, por sua vez, passou a ser visto como a personificação do governo franquista e do centralismo opressor de seu regime ditatorial, muito por conta do "Generalíssimo" aproveitar-se do sucesso dos blancos na Europa nos anos cinquenta para uso político, uma vez que a Espanha era vista com antipatia devido ao regime fascista que a governava.[4][5] Ainda assim, foi só no meio da década de 1950 que a rivalidade realmente agravou-se, em torno da contestada contratação de Alfredo di Stéfano pelo Real.[7]

A equipe da capital logo ganhou força, passando a disputar os títulos nacionais com os blaugranas e, mais do que isso, fazendo sucesso na recém-criada Taça dos Campeões da UEFA, faturando as cinco primeiras edições do torneio, que o Barça só venceria em 1992. Com o sucesso do Real, Franco não demorou a declarar-se torcedor do time, e a proximidade do presidente merengue Santiago Bernabéu com o governante foi notória.[4] Por outro lado, o ditadura franquista esteve próxima do Barcelona nos anos 1940, quando o presidente do time era escolhido pelo governo.[8] Além disso, Franco seria simpático ao catalanismo do Barcelona, uma vez que preferiria ver opositores reunidos em um estádio do que nas ruas.[6]

A rivalidade manteve-se mesmo no longo período de carência de títulos do Barcelona, que durou em torno de trinta anos, entre os inícios das décadas de 1960 e de 1990 e aumentou sua expressão internacional quando o clube catalão voltou a conseguir uma sequência regular de títulos, nos anos 1990. A rivalidade entre Real x Barça é considerada uma das maiores do mundo.

Dentre os diversos jogadores que jogaram nas duas equipes, os que mais fizeram sucesso em ambas foram Ricard Zamora, Josep Samitier, Evaristo de Macedo, Bernd Schuster, Michael Laudrup, Luis Enrique, Luís Figo e Ronaldo. Um dos maiores ídolos recentes do Barça, o camaronês Samuel Eto'o, veio ao Camp Nou contratatado do arquirrival, onde não recebera oportunidades e era costumamente repassado por empréstimo a outras equipes. O último a fazer a troca entre as equipes principais dos dois clubes foi o argentino Javier Saviola.

El Derbi Barceloní

Barcelona e Espanyol antes do clássico no Camp Nou, pela temporada 2005/06.

O Barcelona tem também um rival em sua cidade, o Espanyol. Este clube defende que ele, e não o Barcelona, seria o verdadeiro representante dos catalães, uma vez que, apesar do nome, foi fundado justamente para ser um clube para jogadores catalães [9] - enquanto os blaugranas eram formados majoritariamente por suíços, britânicos ou outros imigrantes.[8][9]

Entretanto, durante o governo de Franco, o Barcelona acabou tomando a iniciativa de lutar pelas causas catalães, enquanto o Espanyol - que teve de rebatizar-se como Español - ficou com a imagem de clube que cultivava uma espécie de respeito à autoridade central. A proibição de manifestações das culturas regionais encerrou-se com a morte de Franco em 1975, mas apenas vinte anos depois o clube readotou o nome em catalão, o que só fez reforçar a visão de "colaborador" do governo espanhol.[8] Outro agravante dessa imagem, injusta ou não, é o nome do time, que faz referência à Espanha, além de possuir o título Real - seu nome completo é "Reial Club Deportiu Espanyol de Barcelona".

Há ainda o fato de que uma das principais torcidas organizadas do rival local ter ideologia de extrema direita, costumando levar bandeiras espanholas aos estádios, ter alianças com torcidas do Real Madrid e realizar manifestações racistas.[6] Estes torcedores encaram com ódio o favorecimento da mídia e instituições catalães ao Barcelona.[6] Isso, porém, não é suficiente para afastar a preferência de pequena parte dos nacionalistas catalães pela equipe blanquiazul, por verem o Barcelona como "demagogo". Para esta porção, o Espanyol seria exclusivo de Catalunha, representando o verdadeiro catalanismo, enquanto o Barça teria perdido sua identidade e essência ao tornar-se preferência automática no exterior.[6]

Este dérbi, que perdeu importância para os torcedores do Barcelona em favor da rivalidade com o Real Madrid, possui esmagadora dominância do Barça. Além de ter bem menos troféus e de nunca ter ganho o campeonato espanhol, na tabela classificativa o Espanyol só conseguiu terminar acima do Barcelona em três ocasiões em quase setenta anos. O equilíbrio existiu até o início da década de 1940, quando os dois disputavam acirradamente o campeonato catalão. Apesar de aparentar "indiferença" em relação ao Espanyol, os torcedores blaugranas encaram o dérbi com tensão, uma vez que visualizam na torcida rival "traidores da Catalunha",[6] fazendo com que os jogos necessitem de operações policiais especiais para reduzirem risco de confrontos.[6]

Ricard Zamora, Zoltán Czibor, László Kubala, Javier Urruti, Iván de la Peña, Samuel Eto'o, Jordi Cruijff e, de certa forma, Alfredo di Stéfano, são os mais conhecidos jogadores a terem passado pelas duas equipes. Czibor atuou ainda por outro time da cidade, o Europa.

Barcelona x Atlético

É um clássico espanhol que se caracteriza mais pela tradição das duas equipes, consideradas ao lado do Real Madrid as três maiores da Espanha, do que por uma rivalidade propriamente dita, ao menos por parte do Barcelona. Ambos os clubes são anti-Real Madrid; porém, assim como os barcelonistas odeiam mais ao Real do que ao rival citadino (o Espanyol), os blancos também odeiam mais ao Barça do que ao Atlético, o que desperta certa rixa por parte dos rojiblancos: contra o Barcelona, os atleticanos não jogam amistosamente, costumando comportar-se em campo como adversários de igual para igual e as partidas entre as duas equipes são rotineiramente jogos de muitos gols.[10]

Um dado que poderia apimentar os encontros entre as duas equipes é a constatação que no início do governo franquista, foi o Atlético, e não o Real, a equipe mais próxima dos militares.[4][8] O Real só passou a ser mais apreciado quando Santiago Bernabéu, fascista assumido, chegou a presidência.[4] Mesmo assim, o Atlético viveu sua melhor fase durante o regime de Franco.

Os jogadores que mais recentemente vestiram as duas camisas foram Simão Sabrosa, Thiago Motta, Luis García, Demetrio Albertini e Sergi Barjuan. Julio Alberto, jogador-símbolo do Barça na década de 1980, começou no Atlético. Nenhum deles, entretanto, alcançou o mesmo sucesso nas duas equipes que Miguel Reina, Julio Salinas, Bernd Schuster e Ricard Zamora. Este jogou no Barcelona e, como técnico, comandou o Atlético na conquista dos dois primeiros títulos espanhóis da equipe.

Barcelona x Athletic

Barcelona x Athletic Bilbao, em fevereiro de 2007, no Camp Nou.

Nas décadas de 1930 e 1940, o Barcelona disputava acirradamente os títulos espanhóis com os bilbaínos - adversários desde a final da primeira Taça do Rei realizada, quando seu time ainda chamava-se Viscaya (Biskaia). Tanto que eram os dois maiores vencedores de La Liga até a ascensão do Real Madrid, iniciada na década de 1950. Não tardou para que a rivalidade diminuísse bastante, inclusive pelo fato das duas equipes passarem a detestar o Real - o Athletic Bilbao, em caso similar aos blaugranas, representava outra região de cultura e línguas discriminada por Franco, o País Basco. A decadência vivida pelo Athletic a partir daquele momento, pior que a do Barcelona, também ajudaria a diluir animosidades entre as duas equipes.

A rixa esteve um pouco renovada nos anos 1980 - quando os alvirrubros tiveram uma curta volta às conquistas -, em que o jogador Andoni Goikoetxea chegou a quebrar as pernas dos barcelonistas Bernd Schuster e Diego Maradona. Em outra partida, decisiva pela Taça do Rei de 1984, vencida pelo Athletic (até hoje, o último troféu do clube), Maradona, recuperado da fratura, chegou a provocar uma briga campal entre as duas equipes, o que causaria de certa forma sua saída do Barça. As duas equipes voltariam a decidir o mesmo troféu em 2009, agora com uma certa confraternização das torcidas para vaiar a Marcha Real (hino nacional da Espanha) e o Rei Juan Carlos, presente no estádio - a censura do canal estatal espanhol às vaias acabaria provocando a demissão do seu diretor de esportes.[11]

Atualmente, mantém a aura de clássico mais por envolver dois dos maiores vencedores clubes do país e por reunir também duas das três únicas equipes jamais rebaixadas à Segunda Divisão Espanhola (a outra é o Real), tendo disputado todas as edições da divisão de elite do campeonato espanhol, do que por propriamente um sentimento mútuo de rivalidade. Um curioso outro fator em comum é o fato dos dois também terem sido os últimos grandes times espanhóis a estamparem logomarcas no abdômem das camisas - no Barcelona, a da Unicef (desde 2006) e, no Athletic, o governo basco (2004) a petrolífera basca Petronor (desde 2009).

Três dos componentes do Dream Team do Barcelona também destacaram-se no clube basco: Andoni Zubizarreta, Ion Andoni Goikoetxea (que não é o mesmo Goikoetxea que fraturara Schuster e Maradona) e Julio Salinas. O último a ter vestido as duas camisas foi Santiago Ezquerro.

Futebol profissional

Jogadores do Barcelona.

Desde que o clube foi fundado o futebol permanece o principal esporte do Barcelona, é a actividade que representa mais de 75% do clube.

A primeira equipe de futebol joga na Primeira Divisão da Espanha, e é um dos três clubes que competiram nesta categoria desde a primeira edição da La Liga em 1929. Os outros dois clubes que possuem esta honra é o Athletic Bilbao e o Real Madrid. O Barcelona venceu o campeonato da liga em um total de 21 ocasiões, a mais recente na temporada 2010-11.

Na temporada 2007/2008, a equipe terminou em terceiro lugar na Liga, o que lhe permitiu jogar na próxima temporada na Liga dos Campeões da UEFA. O Barcelona conseguiu conquistar este troféu em quatro ocasiões, nos anos 1992, 2006, 2009 e 2011. O Barcelona é o único clube espanhol para obter os três: Liga, Taça e Taça da Europa no mesmo ano.

O Barcelona detém o recorde de ser a única equipe de futebol que tem jogado continuamente na competição continental desde a sua criação em 1955. É também a equipe com mais títulos na extinta Super Taça da Europa (4 títulos) e que tem mais vitórias no campeonato espanhol, em suas diversas denominações (25 títulos).

O clube tem uma piscina grande para os jogadores, a partir da categoria de pequenos peixes. A filial da primeira equipe de futebol é o Barcelona Atlètic, que milita na Segunda Divisão B da Espanha, e também é conhecido como Barcelona B.

Barcelona desde 1966 organiza anualmente um torneio amigável futebol, o Troféu Joan Gamper, que normalmente ocorre em agosto.

Jogadores

Elenco do Barcelona em 2008.

Mais de 1.000 jogadores têm vestido a camisa primeira equipe do Barcelona durante seus 112 anos de história.

Os jogadores de origem estrangeira (embora alguns, espanhol) sempre tiveram grande peso na história do clube e marcou o mais brilhante de todas as idades catalão. Fundado por um grupo de estrangeiros regularizados em Barcelona, a equipe foi composta inicialmente de jogadores principalmente Inglês origem, suíço e alemão. A maioria dos historiadores acreditam que o húngaro Ladislao Kubala foi na década de 1950, a primeira grande figura de estatura internacional que fizeram campanha em todos Barcelona. Mas foi a partir dos anos 1970, quando os espanhóis futebol regularizada participação de jogadores estrangeiros, quando o clube começou a perfurar um grande números internacionais. Barcelona tem, desde então, com vários jogadores, clube militar no Barça ter ganho o mais prestigiado troféu individual do futebol mundial.

Cinco jogadores do clube foram concedidos o prémio da FIFA World Player de crédito como os melhores futebolistas do mundo (Romario, Ronaldo, Messi, Rivaldo e Ronaldinho), e cinco foram concedidos a Golden Ball como o melhor crédito para os jogadores futebol europeu (Luis Suárez, Johan Cruyff, Hristo Stoichkov, Rivaldo e Ronaldinho). Além disso, Barcelona tem existido grandes jogadores possuem outras distinções internacionais: Allan Simonsen, Hans Krankl, Diego Maradona, Gary Lineker, Michael Laudrup, Luis Figo e Samuel Eto'o são alguns exemplos.

Barcelona tem sido historicamente próximas do Real Madrid, o clube tem os melhores atletas de Espanha e um dos grupos que mais contribuíram para alimentar a Seleção de futebol na Espanha. Jogador F. C. Barcelona tem jogado mais jogos com a seleção é o goleiro Andoni Zubizarreta, com 126 partes, é também o jogador espanhol que tem participado em várias partes da seleção. Luis Enrique e Nadal são 62 jogos cada, os outros dois jogadores na equipa que jogou com mais internacional cercado.

Os jogadores que tenham jogado mais jogos oficiais no F. C. Barcelona são Xavi Hernández (614), Migueli (548), Carles Rexach (452), Carles Puyol (516). Aqueles que tenham obtido mais títulos são Guillermo Amor (17), José Ramón Alexanko (17) e Josep Guardiola (16). E os jogadores que marcaram os mais objetivos em competições oficiais são,Lionel Messi (236) , Cesar Rodriguez (232), Ladislao Kubala (196) e Rivaldo (130).

Elenco atual

Goleiros
N.º Jogador
1 Espanha Víctor ValdésCapitão³
13 Espanha José Manuel Pinto
Defensores
N.º Jogador Pos.
3 Espanha Léo Z
5 Espanha Carles Puyol Capitão Z
24 Espanha Andreu Fontàs Lesionado Z
26 Espanha Marc Muniesa Z
2 Brasil Daniel Alves LD
21 Brasil Adriano LE
22 França Éric Abidal Lesionado LE
Meio-campistas
N.º Jogador Pos.
15 Mali Seydou Keita V
16 Espanha Sergio Busquets V
{{{v4num}}} Argentina Javier Mascherano V
4 Espanha Cesc Fàbregas M
6 Espanha Xavi Hernández Capitão² M
8 Espanha Andrés Iniesta M
12 Espanha Thiago Alcântara M
20 Países Baixos Ibrahim Afellay M
Atacantes
N.º Jogador
7 Espanha David Villa Lesionado
9 Chile Alexis Sánchez
10 Argentina Cristiano Ronaldo
17 Espanha Pedro Rodríguez
39 Espanha Isaac Cuenca
37 Espanha Cristian Tello
Comissão técnica
Nome Pos.
Espanha Josep Guardiola T

Jogadores notáveis

Nome Nacionalidade Posição Temporadas Jogos Gols
Joan Segarra Espanha DF/MC 1949-1964 402 24
Antoni Ramallets Espanha GL 1950–1961 384 0
László Kubala Hungria AT 1951-1961 256 196
Evaristo de Macedo Brasil AT 1957-1962 114 78
Sándor Kocsis Hungria AT 1958-1965 75 42
Carles Rexach Espanha AT 1965–1981 452 122
Juan Manuel Asensi Espanha LD 1970-1981 396 102
Johan Cruyff Países Baixos MC/AT 1973–1978 184 61
Migueli Espanha DF 1973–1989 548 27
Alexanko Espanha DF 1980-1993 399 41
Bakero Espanha MC 1988-1996 312 23
Diego Maradona Argentina MC/AT 1982-1984 58 38
Ronald Koeman Países Baixos DF 1989-1995 191 67
Guillermo Amor Espanha MC 1988-1998 421 68
Hristo Stoichkov Bulgária AT 1990-1998 175 117
Gheorghe Hagi Romênia MC 1994-1996 402 52
Josep Guardiola Espanha MC 1990-2001 384 11
Sergi Barjuan Espanha DE 1990-2001 382 11
Romário Brasil AT 1993-1995 46 34
Ronaldo Brasil AT 1996-1997 37 47
Kluivert Países Baixos AT 1998-2004 182 90
Rivaldo Brasil SA 1997-2002 157 86
Deco Portugal MC 2004-2008 166 21
Eto'o Camarões AT 2004-2009 200 130
Ronaldinho Gaúcho Brasil ME 2003-2008 165 90
Henrik Larsson Suécia AT 2004-2007 40 13
Henry França AT 2007-2010 121 49
Ibrahimovic Suécia AT 2009-2010 42 20
Victor Valdés Espanha GL 2002-Atual 447 0
Carles Puyol Espanha DC 1999-Atual 516 9
Gerard Piqué Espanha DC 2008-Atual 146 12
Daniel Alves Brasil DD 2008-Atual 157 12
Eric Abidal França DE 2007-Atual 146 1
Xavi Hernández Espanha MC 1998-Atual 614 71
Andrés Iniesta Espanha MC 2002-Atual 362 33
Lionel Messi Argentina AT 2004-Atual 314 236
David Villa Espanha AT 2010-Atual 36 23

Estatísticas e recordes

Estatísticas atualizadas em 11 de Março de 2012.

Treinadores

Nome Temporada
Nacional Internacional
SC LE CR SE REC UCL UC ESC ICFC USC MIC
Inglaterra Jack Greenwell 1917–1924 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 3
Hungria Jesza Poszony 1924–1925 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 2
Inglaterra Ralph Kirby 1925–1926 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Espanha Romà Forns 1927–1929 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Espanha Joan Josep Nogués 1941–1944 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 2
Espanha Josep Samitier 1944–1947 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Uruguai Enrique Fernández 1947–1950 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Eslováquia Ferdinand Daučík 1950–1954 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2
Espanha Domingo Balmanya 1956–1958 2 3 0 0 0 0 0 0 0 0 5
Argentina Helenio Herrera 1958–1960, 1980–1981 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 2
Argentina Roque Olsen 1965–1967 2 2 0 0 0 0 0 1 0 0 5
Espanha Salvador Artigas 1967–1969 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1
Inglaterra Vic Buckingham 1969–1971 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Países Baixos Rinus Michels 1971–1978 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Espanha Joaquim Rifé 1979–1980 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 2
Alemanha Udo Lattek 1981–1983 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1
Argentina César Luis Menotti 1983–1984 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1
Inglaterra Terry Venables 1984–1987 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 2
Espanha Luis Aragonés 1987–1988 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Países Baixos Johan Cruyff 1988–1996 4 1 3 0 1 0 1 0 1 0 11
Inglaterra Bobby Robson 1996–97 0 1 1 0 0 0 1 0 0 0 3
Países Baixos Louis van Gaal 1997–2000 2 1 0 0 0 0 0 0 1 0 4
Países Baixos Frank Rijkaard 2003–2008 2 0 2 0 1 0 0 0 0 0 5
Espanha Josep Guardiola 2008–presente 3 1 3 0 2 0 2 0 0 2 13
Total 1899–2011 22 23 9 3 4 0 4 3 2 2 75

Comissão técnica

Cargo Nome
Técnico Josep Guardiola
Auxiliar Técnico Tito Vilanova
Preparador de Goleiros Carles Busquets
Preparadores Físicos Lorenzo Buenaventura Paco Seirul•lo Aureli Altimira Francesc Cos
Médicos Ricard Pruna Daniel Medina
Representante Carles Naval
Fisioterapeutas Roger Gironès Jaume Munill Emili Ricart Juanjo Brau
Olheiros (Análise Tática) Domènec Torrent Carles Planchart Jordi Roura
Roupeiros Chema Corbella José Antonio Ibarz Gabriel Galan
Gabinete de Apoio ao Jogador Pepe Costa

Administração

Cargo Nome
Presidente Sandro Rosell
Vice-Presidente Sênior - Área de Esportes Josep M. Bartomeu i Floreta
Vice-Presidente - Área Econômica e Estratégica Javier Faus i Santasusana
Vice-Presidente - Área Social Jordi Cardoner i Casaus
Vice-presidente - Área Institucional Carles Vilarrubí i Carrió
Diretora - Tesoureira Susana Monje i Gutiérrez

Títulos [12]

Ficheiro:The six Barça cups .jpg
Os 6 titulos conquistados pelo FC Barcelona em 2009.
Mundiais
Competição Títulos Temporadas
Ficheiro:Trofeu mundial fifa01.svg Copa do Mundo de Clubes da FIFA 2 2009 e 2011
Continentais
Competição Títulos Temporadas
Liga dos Campeões da UEFA 4 1991-92, 2005-06, 2008-09 e 2010-11
Taça das Cidades com Feiras 3 1957-58, 1958-60 e 1965-66
Recopa Europeia 4 1978-79, 1981-82, 1988-89 e 1996-97
Supercopa Europeia 4 1992, 1997, 2009 e 2011
Nacionais
Competição Títulos Temporadas
Campeonato Espanhol 21 1928-29, 1944-45, 1947-48, 1948-49, 1951-52, 1952-53, 1958-59, 1959-60, 1973-74, 1984-85, 1990-91, 1991-92, 1992-93, 1993-94, 1997-98, 1998-99, 2004-05, 2005-06,2008-09, 2009-10, 2010-11,
Copa do Rei da Espanha 25 1909-10, 1911-12, 1912-13, 1919-20, 1921-22, 1924-24, 1925-26, 1927-28, 1941-42, 1950-51, 1951-52, 1952-53, 1956-57, 1958-59, 1962-63, 1967-68, 1970-71, 1977-78, 1980-81, 1982-83, 1987-88, 1989-90, 1996-97, 1997-98 e 2008-09
Supercopa da Espanha 10 1983, 1991, 1992, 1994, 1996, 2005, 2006, 2009, 2010 e 2011
Copa da Liga Espanhola 2 1982-83 e 1985-86
Copa Eva Duarte 4 1944-45, 1947-48, 1951-52 e 1952-53
Regionais
Competição Títulos Temporadas
Campeonato Catalão 20 1902, 1905, 1909, 1910, 1911, 1913, 1916, 1919, 1920, 1921, 1922, 1924, 1925, 1926, 1927, 1928, 1930, 1931, 1932, 1935, 1936 e 1938
Copa da Catalunha 6 1990, 1992, 1999, 2003, 2004 e 2006
Outros
Competição Títulos Temporadas
Pequena Taça do Mundo 1 1957
Copa Latina 2 1949 e 1952
Copa dos Pirineus 4 1910, 1911, 1912 e 1913

Temporadas recentes

Temporada Div. Pos. J V E D SG GA GP Copa[13] Europa Outras Competições Técnico
2003-04 1D 2 38 21 9 8 63 39 72 Quartas-de-final UC0 Oitavas-de-Final Países Baixos Frank Rijkaard
2004-05 1D 1 38 25 9 4 73 29 84 2ª Rodada UCL Oitavas-de-final Países Baixos Frank Rijkaard
2005-06 1D 1 38 25 7 6 80 35 82 Quartas-de-final UCL Campeão Sup. Esp. Sup. Eur. CMC Países Baixos Frank Rijkaard
2006-07 1D 2 38 22 10 6 78 33 76 Semifinal UCL Oitavas-de-final Países Baixos Frank Rijkaard
2007-08 1D 3 38 19 10 9 76 43 67 Semifinal UCL Semifinal Países Baixos Frank Rijkaard
2008-09 1D 1 38 27 6 5 104 34 86 Campeão UCL Campeão Sup. Esp. Sup. Eur. CMC Espanha Josep Guardiola
2009-10 1D 1 38 31 6 1 98 24 99 Quartas-de-final UCL Semifinal Sup. Esp. Espanha Josep Guardiola
2010-11 1D 1 38 27 6 5 95 21 96 Finalista UCL Campeão Sup. Esp. Sup. Eur. CMC Espanha Josep Guardiola

Ligações externas

Ver também

Referências

  1. «Camp Nou». Consultado em 29 de janeiro de 2012 
  2. «"Barcelona é único clube da Europa com mais torcedores que o Flamengo"». Consultado em 09 de Janeiro de 2011  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  3. «"Official Sponsors"» (em inglês). "Official Sponsors". Consultado em 27 de Maio de 2009 
  4. a b c d e f g h "Especial Barça", Daniel Setti, FUT Lance!, número 05, abril de 2009, Areté Editorial, págs. 30-49
  5. a b "Real Madrid x Barcelona", FourFourTwo, número 10, outubro de 2009, Editora Cádiz, págs. 40-53
  6. a b c d e f g h "A identidade Barça", Ubiratan Leal, Trivela nº 36, fevereiro de 2009, Trivela Comunicações, págs. 38-41
  7. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Simon Talbot 2008
  8. a b c d Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome entreguista
  9. a b «"Espanyol: O outro rival do Barça", Victor Martins, Trivela.com» 
  10. «"O clássico dos gols", Ubiratan Leal, Balípodo.com.br» 
  11. "Sem hino, sem vaias, sem emprego", Ricardo Espina, Trivela número 40, junho de 2009, Trivela Comunicações, pág. 10
  12. Site oficial. «Honours». Consultado em 06 de março de 2012  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  13. «Spain - List of Cup Finals» 

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